“Queremos o Montijo aberto”, pede CEO da Ryanair
Ao longo de toda a conferência de imprensa de Michael O’Leary, CEO da Ryanair, uma das questões principais foi o constante adiamento do aeroporto do Montijo. “A Portela está esgotada, já não chega”, reclama o CEO da Ryanair.
Victor Jorge
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“É imperativo que o Governo português abra urgentemente o aeroporto do Montijo. Queremos o Montijo aberto”. Esta foi uma das mensagens, pedidos deixados por Michael O’Leary, CEO do grupo, na conferência de imprensa de hoje (23 de junho), realizada em Lisboa.
Reiterando a importância que a Ryanair tem para Portugal, tendo transportado mais de 11 milhões de passageiros, em 2019, O’Leary deixou a certeza de que, com a construção do aeroporto do Montijo, a Ryanair “investirá muito mais em Portugal”.
Destacando as quatro bases que a companhia possui no nosso país, “enquanto a TAP reduz as suas bases como foi o caso do Porto”, O’Leary enumerou alguns dos investimentos que seriam canalizados para Portugal com a abertura do aeroporto do Montijo: “um aumento de mais cinco milhões de passageiros pagaremos mais impostos, mais rotas, dois mil milhões de euros em aviões nas quatro bases portuguesas, 5.000 postos de trabalho , aumento de 20 para 50 postos de trabalho no IT Labs de Lisboa, possível base de manutenção em Portugal , correspondendo à criação de 300 a 500 postos de trabalho”.
“A Ryanair será líder no mercado português dentro de cinco anos”
Por tudo isto, O’Leary pergunta, “porque é que o o ministro das Infraestruturas não abre o Montijo?”, adiantando que “a Portel está esgotada, já não chega”.
Igualmente critico pelo destaque que Pedro Nuno Santos deu à easyJet na recente abertura da base algarvia, O’Leary admitiu que “o Governo português sempre recebeu bem a Ryanair”. Por isso, “não não atacamos o ministro, simplesmente respondemos aos ataques que ele fez”.
Na opinião de O’Leary, o Governo não abre Montijo, “porque está a proteger a TAP. O aeroporto já existe, está lá. Porquê este adiamento”, questiona o CEO da companhia irlandesa.
“Além disso, se a frota da TAP está a ser reduzida, qual a razão para não se disponibilizarem as slots na Portela?”, pergunta O’Leary.
Certo é que, segundo o CEO, “a Ryanair será líder no mercado português dentro de cinco anos. Já somos líderes em Espanha e noutros países e aqui seremos, também, em breve”.
Com 122 rotas – 117 internacionais e 5 domésticas – a Ryanair anunciou uma nova rota para Colónia (Alemanha), com dois voos semanais, fazendo, assim, crescer para 600 voos semanais a operação no nosso país.
Ao mesmo tempo, O’Leary “celebrou” o início do verão e a “recuperação da nossa rede portuguesa” com uma oferta com 100.000 lugares a partir 19,99 euros para viagens até 31 de outubro.