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Transportes

“Para nós é crescer ou morrer”

  Pode-se dizer que 2006 foi o melhor ano da TAP? Foi o maior ano da TAP, em tamanho, em receitas e de cumprir com objectivos mais agressivos. Crescemos muito em receitas. Sedimentámos a presença em vários mercados, fizemos avanços importantes a nível da imagem da empresa, lançámos bases para o futuro. Ultrapassámos uma fase… Continue reading “Para nós é crescer ou morrer”

Ruben Obadia
Transportes

“Para nós é crescer ou morrer”

  Pode-se dizer que 2006 foi o melhor ano da TAP? Foi o maior ano da TAP, em tamanho, em receitas e de cumprir com objectivos mais agressivos. Crescemos muito em receitas. Sedimentámos a presença em vários mercados, fizemos avanços importantes a nível da imagem da empresa, lançámos bases para o futuro. Ultrapassámos uma fase… Continue reading “Para nós é crescer ou morrer”

Ruben Obadia
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 luiz mor

Pode-se dizer que 2006 foi o melhor ano da TAP?
Foi o maior ano da TAP, em tamanho, em receitas e de cumprir com objectivos mais agressivos. Crescemos muito em receitas. Sedimentámos a presença em vários mercados, fizemos avanços importantes a nível da imagem da empresa, lançámos bases para o futuro. Ultrapassámos uma fase decisiva. Tem muito a ver com termos conseguido superar o desafio do petróleo, porque o petróleo teve um custo muito grande e nós resolvemos isso com o aumento a eficiência de custos, por um lado, e por outro lado conseguindo crescer com a mesma estrutura fixa. Foi uma altura muito tensa dentro da organização para conseguir superar todos esses objectivos mas superámos. Isso tem a ver com a entrada de novos aviões, o início de novas rotas e a sedimentação das rotas existentes.

Quando traçaram os objectivos para 2006 estavam à espera que o ano corresse tão bem como correu?
Não. Aconteceram duas coisas fora do programado: os custos de combustível foram maiores do que tínhamos previsto e as receitas ficaram melhores do que o que foi orçamentado. Nós conseguimos índices de ocupação melhores e receitas por passageiro melhores. Como vimos o problema que estava a dar tivemos de pressionar para termos melhores resultados de receitas.

Mas o petróleo agora está mais baixo…
Sim, mas ainda não chegou ao combustível, isso é o preço do petróleo. Ainda temos de esperar. O que estamos a falar é de 2006, onde o custo comparado com o ano anterior foi extremamente mais elevado: 80 milhões de euros. São custos muito pesados para uma empresa que tem custos marginalmente positivos.

A maior preocupação de manhã quando acorda é saber a quanto está o crude?
Durante algum tempo foi assim. O combustível tirou-nos o sono durante algum tempo.

O que destaca de 2006?
Finalmente conseguimos destravar o processo de crescimento em Angola. Foi a rota em que mais crescemos em 2006. Em termos de volume de movimento foi o Brasil. O fim da Varig e o bom posicionamento com que estávamos no Brasil, mais o volume de pessoas que viajam para o Brasil aumentou muito, por isso nós conseguimos uma fatia de mercado muito expressiva e isso ajudou-nos bastante neste ano. Esse crescimento deu-se por causa dos novos voos do Porto, que nos ajudaram bastante, tanto para o Brasil como para Nova Iorque. Mas Angola é a estrela em termos de crescimento percentual e o Brasil em termos de crescimento de volume.

No caso de Angola o mercado dependia das autoridades locais…
Exactamente, dependia exclusivamente do governo de Angola. Foi desbloqueado e existem boas condições de crescer. O nosso objectivo é crescer para o diário.

Isso está dependente do aumento da frota?
O crescimento de Angola não está dependente do aumento dos aviões. Angola é tão importante para nós que se fosse necessário tirávamos aviões de outras rotas. Angola não tem nenhuma outra restrição que não seja a aprovação das autoridades angolanas.

Não teme que a retoma da Varig venha roubar espaço da TAP?
O nosso espaço não é Brasil-Portugal mas sim Brasil-Europa. Nós competimos com a Iberia, Swiss Air, Alitalia e assim por diante. Não introduzimos frequências novas porque a Varig parou. Já estávamos a conquistar esse espaço. Existe um load factor que foi distribuído por todas as empresas. Nós achámos que essa falta de voos é uma situação absolutamente conjuntural.

Pode-se dizer que havia uma relação emocional com a Varig?
Ainda há e a TAP de certa forma ocupa um pouco desse espaço. Mas as pessoas são diferentes e reagem de forma diferente. O Brasil é muito grande, as regiões são diferentes e têm comportamentos diferentes. Não dá para falar do Brasil como uma coisa única. Quantos mais pontos nós voarmos para a Europa e para o Brasil melhor posicionados ficamos. Ao fim ao cabo vence sempre quem tem a melhor relação preço/ produto e nós temos tido um posicionamento em termos de custo/ benefício que é o melhor do mercado.

A que se deveram os problemas de atrasos de 2006?
Todas as empresas de hub têm problemas nos seus hubs porque a rede de conexões é sempre mais delicada. Nós temos uma dificuldade acrescida que é o aeroporto de Lisboa, que está muito restrito em todas as suas vertentes. É por isso que existe um plano de reforma que deve solucionar isso. Mas o aeroporto não aguenta muito bem diversos problemas. Um dia são problemas com o SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras], no outro são problemas com o tapete. E este ano houve um aumento muito grande das exigências de segurança. Por mais modernidade que a TAP introduza o que acontece é que as necessidades de segurança introduzem complicadores nos aeroportos todos os dias. São questões novas que são colocadas de uma hora para a outra e que a infra-estrutura do aeroporto tem uma lentidão muito maior para reagir.

Os aeroportos mundiais estão ultrapassados relativamente às exigências de segurança?
Não sei se se pode dizer isso. Os aeroportos têm dificuldades grandes em qualquer parte do mundo. Uma é a sazonalidade do tráfego, que é muito forte. Nenhum aeroporto do mundo se dimensiona para as vésperas de feriados. O segundo problema é que quando se introduz uma série de modificações no aeroporto, nomeadamente de segurança, as reformas são mais lentas. Por último, os aviões seguem à risca as exigências e isso obriga a que, por exemplo, com mau tempo os voos não saem.

A TAP tem culpa na questão dos atrasos?
Nós assumimos a nossa responsabilidade. Mas tomamos um conjunto de acções no sentido de minimizar isso, a própria ANA está a fazê-lo com a expansão do aeroporto.

O que é que a TAP pode fazer para melhorar esses problemas?
Pode fazer muitas coisas. Há a gestão do dia-a-dia e é nessa gestão que temos de ser mais e mais eficientes. Não quer dizer que em determinado momento não tenha havido falhas.

Como correram as apostas das novas rotas de 2006?
Há sempre um risco. Às vezes as coisas mudam para melhor ou para pior e nós contamos com isso porque não sabemos como se vai portar a concorrência. Eu diria que as rotas de longo curso estão bem, que são as rotas do Porto para Nova Iorque e São Paulo. A rota de Bolonha e Zagrebe estão bem, devem ser das de short haul que estão melhor. A de Dublin é que está mais fraca, inclusive nós começámos a ter uma competição maior de low cost que não tínhamos previsto na altura, mas estamos a conseguir manter. A de Zagreb, como a de Praga e Budapeste também têm uma sazonabilidade grande.

Quando a TAP concretizar a compra da PGA vão mantê-la a voar para cidades secundárias?
Sim, porque é isso que ela faz e é. Nós não conseguimos fazer um leão virar girafa. Ela é só aquilo, senão seria outra empresa. Os equipamentos dela são de uma empresa regional. Aumenta a nossa competitividade, até na questão do Brasil, na medida em que se tenho cidades secundárias integradas no meu hub, aumento a minha competição no longo curso. Como é que vamos conseguir fazer com que uma empresa que está a dar prejuízo, como a PGA, seja uma mais valia para a TAP? Reduzindo custos, via sinergias, e aumentando receitas e integração no nosso hub.

Havia casos, nomeadamente no voo Lisboa-Porto em que tinham as duas um voo quase à mesma hora…
Nós não fazíamos para concorrer com a PGA nem eles faziam para concorrer connosco. As duas estratégias levaram-nos a termos quase o mesmo horário. Os nossos voos internacionais chegavam de manhã e depois precisávamos de levar os passageiros para o Porto. E temos de trazer os passageiros do Porto para apanharem os voos internacionais ao fim do dia. Nós não trabalhamos no Lisboa-Porto para passageiros entre Lisboa-Porto. O nosso mercado é do Porto para a nossa rede. A PGA tem um avião menor já mais adequado para o ponto a ponto e como não é uma empresa de rede ela posiciona-se para as pessoas que fazem essa rota. Por exemplo, quem vem do Porto, quer chegar de manhã, trabalhar o dia inteiro e voltar ao fim do dia. E vice-versa.

Porque é que deram um nome de código à compra da PGA?
Quando vamos tratar de um processo negocial destes, que pode dar certo ou não, ele tem de ser restrito senão atrapalha a negociação. Para a documentação interna nós chamámos de “Operação Fado”.

A primeira tentativa de compra da PGA não resultou por causa do factor preço. Quem é que cedeu?
Cada um cedeu um pouco. As condições mudaram também. Ao fim de um ano as duas empresas não são as mesmas, mas foram ao encontro uma da outra. Havia um interesse das duas partes e conseguimos viabilizar dessa forma.

Já fecharam as contas?
Não. Mas tenho alguns dados de passageiros que posso divulgar. O mercado em Portugal cresceu 6,2 e nós crescemos 9,9 por cento. As vendas em Portugal representaram 33 por cento do total das vendas da TAP. Significa que 67 por cento da nossa receita vem de fora de Portugal. O mercado nacional tem crescido do ponto de vista absoluto só que parece que não cresce mais, porque em Portugal nós temos praticamente 50 por cento do mercado, parece que não há mais capacidade de crescimento excepto pelo crescimento da economia. É um mercado maduro, que está estabilizado. Teoricamente nós devíamos estar a crescer de forma proporcional ao crescimento da economia. Mas como temos introduzido o aumento da oferta conseguimos ganhar market share, por isso é que nós subimos dez por cento.

Até onde poderão chegar os números das vendas no estrangeiro?
Não tenho noção, o que posso dizer é que a tendência é para aumentar. Crescer para nós é uma questão de sobrevivência, é crescer ou morrer. Essa é uma área muito sensível da economia de escala e precisamos de ter dimensão. Nós compramos um determinado equipamento pelo mesmo preço que uma Lufthansa compra, só que ela regateia pelo preço de 600 aviões e eu por 40.

A rentabilidade por passageiro também aumentou?
Isso vai depender dos resultados que estamos à espera. Estamos na expectativa do aumento da receita compensar o aumento dos custos com o combustível. Queremos dar saltos de eficiência de resultados, que estão previstos no plano a três anos e que assentam em três pilares fundamentais: a compra da Portugália, o aumento da oferta com a vinda de novos aviões e a melhoria de eficiência.

O aumento dos voos das low cost para Portugal roubou-vos passageiros?
Não temos vida mansa com isso. Até agora temos conseguido crescer e não perder mercado. As low cost para Lisboa estão a criar um mercado novo, o que é bom para Portugal. Mas como o fenómeno das low cost é muito mediático, a história não é contada de forma completa. Por exemplo, em Faro, deu-se um aumento vertiginoso das low cost, que é verdadeiro. Mas de onde é que vem o fenómeno? Veio da possibilidade do passageiro decidir, pela Internet.

Não será marketing?
Não, é um facto, vieram para ficar. O que é que a low cost faz? Dá uma flexibilidade ao passageiro. Antes o passageiro só viajava por pacotes. A low cost introduz a possibilidade do passageiro construir o seu pacote. O fenómeno low cost, em primeiro lugar ataca as grandes operadoras e são essas que entram em crise com o fenómeno. Quando as operadoras se aperceberam disso introduziram o dinamic packaging, ou seja, no portal da operadora há os pacotes mas também se pode construir o seu pacote. Se olharmos para Faro vai reparar que o volume de passageiros é o mesmo, caem os charter e entram as low cost. Mas é o mesmo avião e a mesma empresa. A Thomson, que vinha como empresa de charter, vem agora como low cost.

Os hotéis também migraram para a Internet…
Obrigatoriamente migraram para a Internet. Houve uma mudança profunda de comportamento do consumidor que obrigou a isso, ao ponto da TAP também se apresentar de uma forma diferente. Por exemplo, 16 por cento das nossas vendas em Inglaterra são na Internet.

E em Portugal?
São quatro por cento. De volta às low cost, em Lisboa introduziram tráfego novo e no Porto há algum aumento de tráfego e alguma substituição de tráfego das empresas tradicionais.

Mas criou-se um mercado de um passageiro que não havia antes…
Os passageiros também estão a mudar, criam oportunidades para nós. O que interessa é saber se trouxe mais gente. Para Lisboa trouxe mais gente; para o Porto, a partir de Londres, não trouxe. Em Faro, o fenómeno principal não foi o aumento, mas sim a mudança do modelo.

Nessa equação onde ficam os valores da marca?
Continuam a pesar, tanto que um dos grandes desafios da low cost é o problema da marca. Como elas não têm presença nas agências de viagens, têm um investimento em propaganda muito forte. De um modo geral investem mais do que qualquer outro. As low cost também usam muito os media, com declarações bombásticas. Têm uma promoção espontânea muito forte no início, mais do que ao longo do tempo. Mas a marca é decisiva. No ar não há bermas, é preciso confiar.

Acha que a tendência é para nivelar: as companhias tradicionais baixam os preços e as low cost aumentam qualidade?
Eu diria que existia o modelo low cost e o modelo tradicional. O que está a existir são diversas empresas posicionadas ao longo dos dois extremos. Existe um pouco da confluência, elas achatam-se um pouco, principalmente as tradicionais, que foram obrigadas a reagir nos custos para poder fazer frente aos preços. Mas por exemplo, a Ryanair cada vez se radicaliza mais. Agora estão a tirar a possibilidade de inclinar a poltrona. Mas outras distribuem-se no meio. A Air Berlin, que veio de uma empresa de charter, é uma companhia de rede, tem frequent flyer. Existe uma distribuição ao longo dessa linha. Nós estamos a lutar nos factores de custo para nos aproximarmos das low cost mas queremos manter o nosso diferencial de produto. Não vamos cortar no produto, vamos manter a qualidade. Vamos manter um meio-termo.

As low cost mordem-vos os calcanhares?
Mordem bastante. Eu não subestimo, são concorrentes duríssimos, mas há espaço para todos. Nas viagens intra-europeias as reservas são feitas, regra geral, com duas semanas de antecedência e nessa altura, algumas, são muito caras. Em alguns momentos chegam a ser mais caras do que na TAP.

Faz sentido haver uma low cost nacional?
Cada um põe o dinheiro onde quer.

O destino Brasília vai para a frente?
Nós ainda estamos com esperanças de criar condições de voar para Brasília, mas ainda há algumas tendências que não resolvemos. Brasília é um ponto de captação de tráfego grande e é um hub regional. Tem cidades secundárias muito grandes à sua volta. É um ponto melhor do que S. Paulo para desenvolver o Norte.

Vamos ter novidades quanto à Ásia?
Não. A Ásia é um mercado muito caro e não tem volume que o justifique ainda.

Estão à espera do novo aeroporto para atacar a Ásia?
Nós nunca esperámos pelo novo aeroporto para nada. É uma questão de passageiros. Se houve passageiros nós começamos a voar.

Não tem receio de ficar muito dependente do Brasil?
Eu estou a distribuir no Brasil e estou a distribuir na Europa.

O Brasil gera 15 por cento das receitas da TAP.

O risco existe em qualquer lado, basta estar vivo. O que nós temos de fazer é distribuir, fazer uma rede sólida.

Em 2006 houve uma quebra de passageiros para o Brasil?
Não sei se não foi geral, mas na TAP não.

Não teme o desenvolvimento de Madrid como o único hub da Península Ibérica?
Essa é a vontade dos espanhóis e nós temos em Espanha um concorrente fantástico.

Mas temo-nos saído bem e isso vai depender da TAP e não do aeroporto. E para nós a PGA é decisiva nessa matéria. Espanha tem uma forte presença em alguns mercados e nós não vamos disputar esses mercados. Para mim a África portuguesa é nossa e na América do Sul para mim funciona o Tratado de Tordesilhas: o Brasil é meu e a Bolívia é deles.

A Espanha é um dos mercados em que mais crescemos este ano.

Quais as grandes apostas para 2007 além da compra da Portugália?
Tenho uma série de propostas mas prefiro anunciar em cima da hora senão perco o efeito que preciso. Temos também o desafio de trazer mais aviões.

O que é que para si seria um bom ano de 2007?
Tudo começa com os resultados. É a análise desse resultado que define tudo e volto a dizer que para mim a PGA é essencial, que o processo da integração da Portugália Airlines seja bem conseguido.

Sobre o autorRuben Obadia

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Turismo Centro de Portugal recebe 3M€ de fundos comunitários para promover região

A TCP vai receber de três milhões de euros para a promoção turística da região, verba proveniente de fundos europeus, que vai chegar ao abrigo do novo quadro comunitário.

A Turismo Centro de Portugal e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) oficializaram esta quinta-feira, 2 de maio, a atribuição de três milhões de euros para a promoção turística da região, verba que vai chegar ao abrigo do novo quadro comunitário europeu.

A cerimónia, que contou com a presença de Raul Almeida, presidente da TCP, Isabel Damasceno, presidente da CCDRC, e Purificação Reis, presidente da ACISO – Associação Empresarial Ourém-Fátima, serviu para ratificar o Termo de Aceitação da Candidatura “Promoção Turística e Sustentabilidade da Região Centro 2023-2025”, submetido pela TCP no âmbito do Programa Regional do Centro (Centro 2030).

“O plano de ação contemplado pela candidatura visa reforçar a notoriedade da região Centro de Portugal e a sua dinamização económica, por via da difusão e comercialização da sua oferta turística. Este esforço contribuirá para solidificar a região como um destino turístico sustentável e de excelência”, indica a TCP, explicando que “a primeira fase de investimento desta operação, para o período 2023-2025, tem o valor de três milhões de euros”.

Para Raul Almeida, este apoio é importante não apenas para a TCP, já que é também fundamental para “todo o território e para a atividade turística na região”.

“Esta estratégia resulta de longas reuniões com parceiros em toda a região, incluindo Comunidades Intermunicipais, Proveres e outros intervenientes que têm um papel essencial na promoção do turismo regional. A colaboração e articulação entre todos foi fundamental para alcançarmos este resultado”, sublinha o presidente da TCP.

A candidatura apresentada aos fundos europeus assenta em cinco pilares fundamentais, concretamente “Campanhas e ativação da marca e destino”; “Instrumentos de promoção e comunicação transversais (online e offline)”; “Observatório do Turismo Sustentável da Região Centro”; “Instrumentos de promoção e comunicação por produto turístico” e “Turismo religioso”.

“Temos trabalhado com a Entidade Regional de Turismo de forma coordenada, com uma estratégia pensada em conjunto, para que os apoios na área do turismo não sejam avulsos, mas pensados de forma integrada. Essa é a forma correta de trabalhar. O turismo tem grandes potencialidades na região, como os números indicam. Temos de continuar a apostar neste setor e a Turismo Centro de Portugal é a entidade certa para fazer este trabalho”, considera ainda Isabel Damasceno.

Sobre o autorPublituris

Publituris

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Sao Rafael Suites

Hotelaria

NAU São Rafael Suites reabre após renovação de 1M€

Após obras de remodelação, a unidade hoteleira pretende captar famílias com crianças, com uma oferta em regime “tudo incluído” com atividades próprias para este segmento. A área de spa também foi abrangida pela renovação e deverá estar concluída no presente mês de maio.

O hotel NAU São Rafael Suites, uma unidade hoteleira de cinco estrelas localizada em Albufeira, abre portas após uma remodelação de cerca de um milhão de euros. Agora, o hotel apresenta um novo conceito de tudo incluído dirigido a famílias com crianças.

As recentes remodelações visaram as áreas de receção e lobby, bar, restaurante de buffet, spa e a zona exterior das piscinas. Com um novo design assinado pelo atelier de arquitetura BroadWay Malyan, o NAU São Rafael Suites passa a contar com uma imagem “contemporânea”, onde predominam as plantas naturais e as cores claras, como indicado em comunicado.

NAU São Rafael Suites | Créditos: DR

“Além de algumas intervenções de manutenção que visaram a ampliação de várias áreas, procedemos também a uma renovação profunda da decoração, com objetivo de melhorar o serviço ao cliente e proporcionar uma nova experiência. Este ano, e pela primeira vez, [o hotel] ficará também disponível durante o inverno”, adianta Tiago Pais, diretor do NAU São Rafael Suites.

A renovação inclui também a área de spa, que ficará concluída a partir de maio deste ano. Após esta remodelação, os hóspedes vão poder encontrar nesta área uma piscina interior aquecida, sauna, banho turco, sala de relaxamento e salas de tratamento e massagens. Esta obra foi idealizada “a pensar numa oferta especialmente destinada aos mais pequenos, até aos 12 anos”, como indica a unidade.

NAU São Rafael Suites | Créditos: DR

O NAU São Rafael Suites tem 105 unidades de alojamento de diferentes tipologias, entre quartos standard, suites, familiares ou familiar plus. Conta também com dois restaurantes: o restaurante a la carte Eataly, com pratos inspirados na culinária italiana, e o buffet “The Garden”, que após a remodelação assenta numa cozinha de alimentação saudável, sustentável e orgânica, incluindo  aulas de culinária e workshops para os mais novos. A oferta gastronómica fica completa com o Tiny Leaf – Lobby Bar.

Na zona exterior, o NAU São Rafael Suites oferece três piscinas exteriores, das quais uma para crianças; um campo de ténis de piso sintético; ginásio ao ar livre e campo relvado multiusos. Os mais jovens têm ainda à disposição uma sala de jogos e as crianças têm acesso ao Kids Club com atividades desde pinturas faciais, gincanas, karaoke e jogos de futebol.

NAU São Rafael Suites | Créditos: DR
Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

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Plataforma Nacional de Turismo debate o futuro do turismo em Portugal

O primeiro fórum da Plataforma Nacional de Turismo (PNT) visa debater a “importância crítica do turismo para a economia nacional, influenciando diretamente o PIB, o emprego, o investimento e o desenvolvimento territorial”. 

A Plataforma Nacional de Turismo (PNT) vai realizar, a 9 de maio, o seu primeiro fórum, que vai ter lugar em Aveiro, sob o tema “Que futuro para o turismo em Portugal?”.

A iniciativa, que decorre entre as 09h30 e as 17h00, no Auditório Renato Araújo, na Reitoria da Universidade de Aveiro, visando debater a “importância crítica do turismo para a economia nacional, influenciando diretamente o PIB, o emprego, o investimento e o desenvolvimento territorial”.

“O evento abordará como o turismo pode atuar como um catalisador para o desenvolvimento sustentável, trazendo benefícios também para setores como agricultura, saúde, bem-estar e tecnologia”, explica a PNT, em comunicado.

O evento vai decorrer em paralelo com a Conferência Internacional INVTUR, permitindo que os participantes tenham “interações
enriquecedoras com académicos e especialistas do setor turístico de
renome mundial”.

“O evento apresentará uma variedade de sessões, incluindo
discussões sobre novas direções para o turismo, sustentabilidade e o
impacto da pesquisa no setor”, lê-se ainda na informação divulgada.

O programa deste evento arranca com a sessão de abertura, que conta com a participação de Carlos Costa, presidente da Direção da PNT;
Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro; Raul Almeida, presidente da Entidade Regional Turismo Centro de
Portugal; estando ainda por confirmar a presença de Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo.

Pelas 10h00, tem início o debate com o tema “Novas direções para o turismo: conclusões apresentadas pelos coordenadores dos Think tanks da PNT”.

Às 12h00, é a vez do professor Dimitrios Buhalis, da University of Bournemouth, apresentar o tema “The future of tourism through smart tourism metaverse and artificial intelligence”, enquanto, pelas 14h30, é a vez da professora Cathy Hsu, da Hong Kong Polytecnhic University, apresentar o tema “Research with impact: A tool to support social
sustainability of tourism”.

Entre as 15h00 e as 17h00, o debate centra-se no tema “Que futuro e agenda para o turismo em Portugal?”, contando com a participação de Bernardo Trindade, presidente da AHP; Carlos Moura, presidente da AHRESP; e Raul Almeida, presidente do Turismo do Centro de Portugal; num debate com a moderação de Carlos Costa, professor catedrático da Universidade de Aveiro e presidente da Direção da PNT.

O encerramento desta iniciativa decorre pelas 17h00, com a participação de Patrícia Remelgado, da portodosmuseus.pt e vice-presidente da PNT, assim como de Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP e vice-presidente da PNT.

As inscrições para este fórum já se encontram a decorrer e podem ser realizadas aqui.

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Governo dos Açores cancela concurso de privatização da Azores Airlines e vai lançar um novo

O Governo Regional dos Açores decidiu cancelar o atual processo de privatização da Azores Airlines. Em questão está o valor atual da companhia que será alvo de um novo concurso.

O Governo dos Açores cancelou o concurso de privatização da companhia aérea Azores Airlines e vai lançar um novo, alegando que a companhia estava avaliada em seis milhões de euros no início do processo e vale agora 20 milhões.

“[O Conselho de Governo] deliberou não dar seguimento ao processo de privatização da Azores Airlines devido à alteração significativa das condições económicas e financeiras tidas em conta na avaliação inicial da companhia. Fica assim cancelado o atual processo de privatização da Azores Airlines”, anunciou hoje, 2 de maio, o vice-presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), Artur Lima.

O governante falava em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, na leitura do comunicado do Conselho de Governo, reunido por videoconferência.

Recorde-se que no final de março deste ano, o presidente do Executivo açoriano deu orientações ao secretário regional das Finanças, que tem a tutela financeira da empresa, e à secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, que tutela o negócio, para que se deem indicações à SATA [holding] “para o fim da suspensão do processo de privatização e que o júri possa apresentar o respetivo relatório o mais depressa possível”.

Em julho de 2023, o concurso para a privatização da Azores Airlines, a companhia aérea do Grupo SATA que realiza voos internacionais, recebeu duas propostas, que foram apresentadas pelo Atlantic Consortium e pelo consórcio Newtour/MSAviation.

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Transporte aéreo volta a crescer em março com forte impulso da procura internacional

Em março, a procura global por transporte aéreo voltou a crescer e subiu 13,8% face ao terceiro mês de 2023, fortemente apoiada pela procura internacional, que aumentou 18,9%, segundo os mais recentes dados da IATA.

Em março, a procura global por transporte aéreo voltou a crescer e subiu 13,8% face ao terceiro mês de 2023, com a IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo a destacar o forte impulso da procura internacional, que subiu 18,9% face a igual mês do ano passado.

Os dados da IATA mostram que, em março, além da procura, também a capacidade global aérea subiu 12,3% face a março de 2023, enquanto o load factor chegou aos 82,0%, ganhando um ponto percentual em comparação com mês homólogo do ano passado.

No entanto, foi na procura internacional que o crescimento mais se fez sentir em março, visto que este indicador aumentou 18,9% face a março de 2023, enquanto a capacidade subiu 18,8% em relação ao ano anterior e a taxa de ocupação melhorou para 81,6%, depois de um aumento de 0,1 pontos percentuais.

Menos dinâmica mostrou-se a procura doméstica, que cresceu 6,6% face a março de 2023, enquanto a capacidade interna aumentou 3,4% em relação ao ano anterior e a taxa de ocupação foi de 82,6%, melhorando 2,5 pontos percentuais face a março de 2023.

“A procura por viagens aéreas está forte. E há todos os indícios de que isto deverá continuar durante o pico da temporada de viagens do verão no Norte. É fundamental que tenhamos capacidade para satisfazer esta procura e garantir uma experiência de viagem sem complicações para os passageiros”, afirma Willie Walsh, diretor-geral da IATA.

Procura internacional cresce em todo o mundo

Os dados da IATA permitem também perceber que, em março, a procura internacional por viagens aéreas cresceu em todas as regiões do globo, com destaque para a Ásia-Pacífico, onde este indicador aumentou 38.5% face a março de 2023.

Na região da Ásia-Pacífico, além da procura, também a capacidade aumentou 37.4%, enquanto o load factor subiu 0,7 pontos percentuais, fixando-se nos 85.6%, o mais elevado entre todas as regiões do mundo.

A IATA destaca que, na Ásia-Pacífico, as principais rotas “apresentam um crescimento notável, embora o número de serviços aéreos regulares da China para a América do Norte ainda seja de apenas 16,5% face aos níveis pré-pandemia”.

Na América Latina, o crescimento da procura internacional foi de 19.7% em março, enquanto a capacidade subiu 18.3% e o load factor chegou aos 84.3%, depois de um aumento de 0,9 pontos percentuais face a março de 2023.

Na América do Norte, o crescimento da procura internacional foi de 14.5% e a capacidade aumentou 14.8%, ainda que o load factor tenha descido para 84.7%, caindo 0,2 pontos percentuais face a março de 2023.

Na Europa, o aumento da procura internacional foi de 11.6%, enquanto a capacidade subiu 11.4% e o load factor fixou-se nos 79.9%, depois de ter aumentado apenas 0,1 pontos percentuais face a março do ano passado.

No Médio Oriente, as companhias aéreas viram a procura internacional subir 10.8%, enquanto a capacidade cresceu 13.9% e o  load factor foi de 77.5%, depois de cair 2.1 pontos percentuais face a março de 2023.

Já em África, onde a procura internacional teve um acréscimo de 8.1% e a capacidade sofreu um aumento de 11.0%, enquanto o load factor caiu 1.9 pontos percentuais, fixando-se nos 70.3%, o mais baixo entre todas as regiões.

“Todas as regiões apresentaram um forte crescimento nos mercados internacionais de passageiros em março de 2024, em comparação com março de 2023. O desempenho do load factor foi irregular, caindo em três das seis regiões”, realça ainda a IATA.

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

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Ryanair abre nova rota entre Lisboa e Tânger para o verão

A rota entre Lisboa e Tânger, que conta com seis voos por semana, é uma das cinco novas anunciadas pela Ryanair para este verão na capital portuguesa, a par de Alicante, Madrid, Poznan e Roma.

A Ryanair abriu esta quinta-feira, 2 de maio, uma nova rota que liga Lisboa a Tânger, em Marrocos, numa operação com seis ligações aéreas por semana, até ao final do verão.

Num comunicado enviado à imprensa, a Ryanair explica que a rota entre Lisboa e Tânger é uma das cinco novas anunciadas para este verão na capital portuguesa, a par de Alicante, Madrid, Poznan e Roma.

“A Ryanair está encantada por lançar oficialmente o nosso primeiro voo de Lisboa para Tânger. Esta rota vai operar seis vezes por semana a partir de hoje, 2 de maio, oferecendo aos nossos clientes em Lisboa ainda mais opções com tarifas baixas”, congratula-se Elena Cabrera, diretora de comunicação da Ryanair para Portugal.

De acordo com a responsável, este verão, a Ryanair vai operar 38 rotas de e para o Aeroporto de Lisboa, incluindo a nova rota para Tânger, num programa de verão que está já disponível para reserva.

Todas as rotas que compõem o programa de verão da Ryanair em Portugal podem ser consultadas e reservadas aqui.

 

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Algarve mostra-se na Expovacaciones em Bilbau

O Turismo do Algarve vai estar mais uma vez presente na Expovacaciones, em Bilbau, uma das principais feiras de turismo do mercado espanhol, que terá lugar de 10 a 12 de maio. A região promete cativar os visitantes com demonstrações gastronómicas, ofertas diversificadas e experiências únicas.

Este ano, a Expovacaciones, que atraiu mais de 20 mil visitantes na sua última edição, introduziu o conceito inovador “Experimenta & Saboreia”, oferecendo aos participantes a oportunidade de vivenciar experiências sensoriais e explorar a gastronomia local dos destinos representados. O Turismo do Algarve, em parceria com os municípios de Albufeira, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Olhão, Portimão e Vila Real de Santo António, estará presente com um stand de 63 metros quadrados de área para destacar a Dieta Mediterrânica e promover os voos diretos entre Bilbau e Faro.

O presidente do Turismo do Algarve, André Gomes, destaca a importância da participação na Expovacaciones: “Depois de Madrid e Barcelona, a nossa presença nesta feira em Bilbau é uma oportunidade extraordinária para continuar a mostrar ao público espanhol tudo o que o Algarve tem para oferecer”, com vista a “alavancar a procura deste importante mercado de proximidade pela região.”

Além de demonstrações gastronómicas diárias, o stand do Algarve oferecerá informação turística sobre o destino e os municípios presentes durante todo o evento.

 

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Ryanair cresce 8% e transporta 17,3 milhões de passageiros em abril

No acumulado do ano, a Ryanair transportou já 185 milhões de passageiros, o que corresponde a um aumento de 9% face aos 170,3 milhões de passageiros transportados em igual período do ano anterior.

A Ryanair transportou, em abril, um total de 17,3 milhões de passageiros, número que traduz um aumento de 8% face ao mesmo mês do ano passado, quando a companhia aérea tinha transportado 16 milhões de passageiros.

De acordo com um comunicado enviado à imprensa pela companhia aérea, em abril, a Ryanair realizou um total de 98,400 voos, mas viu-se obrigada a cancelar cerca de 700 ligações aéreas devido ao conflito armado entre Israel e Gaza, bem como outros 340 voos devido a uma greve de controladores aéreos em França, ocorrida a 25 de abril.

Nesse voos, a transportadora low cost registou um load factor de 92%, o que permite perceber uma quebra de dois pontos percentuais face ao apurado em abril de 2023, quando o load factor tinha sido de 94%.

No acumulado do ano, a Ryanair transportou já 185 milhões de passageiros, o que corresponde a um aumento de 9% face aos 170,3 milhões de passageiros transportados em igual período do ano anterior.

O load factor acumulado dos voos da Ryanair é de 93% até abril, o que também traduz uma ligeira descida de um ponto percentual face aos 94% apurados em igual período do ano passado.

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Aviação

IATA critica aumento de impostos na Alemanha e diz que vai prejudicar economia e descarbonização

A IATA explica que o aumento de impostos sobre a aviação na Alemanha, que entrou em vigor esta quarta-feira, 1 de maio, chega aos 19%, variando entre os 5,53 e 70,83 euros por passageiro, consoante a rota.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) veio esta quinta-feira, 2 de maio, criticar o aumento de impostos sobre a aviação na Alemanha, considerando que tal decisão vai “enfraquecer a economia alemã e prejudicará a capacidade de descarbonização da aviação”.

Num comunicado enviado à imprensa, a IATA explica que o aumento de impostos sobre a aviação na Alemanha, que entrou em vigor esta quarta-feira, 1 de maio, chega aos 19%, variando entre os 5,53 e 70,83 euros por passageiro, consoante a rota.

“O imposto tornará a Alemanha menos competitiva em áreas económicas importantes, como as exportações, o turismo e o emprego. Vai afetar a recuperação do transporte aéreo da Alemanha após a pandemia, que é uma das mais lentas na UE”, defende a IATA, explicando que o número de passageiros internacionais na Alemanha continua 20% abaixo dos níveis pré-pandemia.

Para a IATA, o aumento de impostos para a aviação é uma “loucura política”, uma vez que o desempenho económico da Alemanha tem vindo a ser “anémico” e este aumento deverá prejudicar ainda mais a economia alemã.

“O governo deveria dar prioridade a medidas para melhorar a posição competitiva da Alemanha e encorajar o comércio e as viagens. Esta forma de arrecadar dinheiro só pode prejudicar o crescimento da economia a longo prazo”, considera Willie Walsh, diretor-geral da IATA.

Além dos prejuízos a nível económico que esta decisão pode acarretar, a IATA está também preocupada com o seu impacto ao nível da descarbonização, uma vez que, denuncia a associação, este imposto vem enfraquecer a indústria de transporte aéreo alemã, tornando mais difícil o investimento das companhias aéreas em “SAF – Combustível Sustentável para a Aviação, numa frota mais eficiente em termos de combustível e noutros esforços de descarbonização”.

“O governo alemão parece ter uma obsessão doentia com os impostos sobre a aviação. Além de aumentar o imposto sobre passageiros, também é a favor de um imposto europeu sobre o combustível de aviação, que tornará ainda mais caro fazer negócios na Alemanha ou para as famílias viajarem”, lamenta Willie Walsh, citando um inquérito que mostra que um grande ceticismo relativamente à adoção dos chamados ‘impostos verdes’.

“Repetidas vezes, vemos impostos que deveriam ajudar a indústria a descarbonizar serem roubados e depois perdidos no orçamento geral. E o dinheiro retirado da indústria significa que ela tem menos dinheiro para investir noutras medidas de descarbonização”, conclui Willie Walsh.

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Guimarães adere a estratégia de promoção do enoturismo

A proposta de adesão do município de Guimarães à Associação de Municípios Portugueses do Vinho, ratificada na última Assembleia Municipal, surge no contexto da estratégia de promoção vinícola do território, favorecendo a sua promoção integrada e dos seus produtos endógenos.

O município de Guimarães acaba de sinalizar a sua disposição de aderir à Associação de Municípios Portugueses do Vinho, com a participação de Paulo Lopes Silva, vereador da Câmara Municipal, na reunião extraordinária da Assembleia Intermunicipal AMPV, que decorreu em Santarém.

No total, são já 140 os municípios que fazem parte desta Associação de Municípios que é já a segunda maior do país, logo a seguir à Associação Nacional dos Municípios Portugueses.

Esta adesão surge no contexto da estratégia de promoção vinícola do território, favorecendo a sua promoção integrada e dos seus produtos endógenos. Para Paulo Lopes Silva, fazer parte desta associação promove “o desenvolvimento de redes de trabalho e de cooperação”, que potenciam a “promoção do território enquanto destino vinícola”. Com esta adesão, o município de Guimarães consegue garantir a “participação em eventos com elevado potencial promocional”, bem como a integração na Recevin – Rede Europeia de Cidades do Vinho, permitindo internacionalizar os vinhos de Guimarães.

Refira-se que a Associação de Municípios Portugueses do Vinho é uma pessoa coletiva de direito público sem fins lucrativos, cujo objetivo consiste na afirmação da identidade histórico-cultural, patrimonial, económica e social dos municípios portugueses e dos territórios ligados à produção de vinhos de qualidade. É composta por uma rede de cerca de 130 municípios portugueses com vincada tradição vitivinícola, que tem em vista o desenvolvimento e implementação de projetos conjuntos de promoção e valorização da cultura e dos produtos endógenos.

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