Ryanair pede ao governo que tome medidas “urgentemente” contra aumento de taxas nos Açores
A Ryanair queixa-se do aumento das taxas aeroportuárias no aeroporto de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, Açores, assim como na Madeira, e culpa a ANA – Aeroportos de Portugal pelo aumento dos valores, pedindo a intervenção do governo português para manter a conectividade nestas regiões nacionais.

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A Ryanair veio esta quarta-feira, 26 de julho, apelar novamente ao governo português para que intervenha e tome medidas “urgentemente” contra o aumento de taxas nos aeroportos dos Açores, considerando que, caso nada seja feito, o “futuro do turismo de Ponta Delgada está em risco pelos aumentos exorbitantes de preços da ANA”.
Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a companhia aérea low cost queixa-se do aumento das taxas aeroportuárias no aeroporto de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, Açores, assim como na Madeira, e culpa a ANA – Aeroportos de Portugal pelo aumento dos valores.
Segundo a Ryanair, a empresa gestora dos aeroportos nacionais procedeu a um “aumento excessivo” na taxa cobrada por passageiro, que subiu 26% nos aeroportos da Madeira e Ponta Delgada, contando ainda com uma sobretaxa de segurança.
“O futuro do turismo de Ponta Delgada está em risco pelos aumentos exorbitantes de preços da ANA. Os já excessivos aumentos de tarifas da ANA nos aeroportos de Ponta Delgada e Madeira são exacerbados pelo facto de o governo português continuar a permitir que a ANA cobre a mais 96% pela segurança dos passageiros”, denuncia a transportadora.
Segundo Eddie Wilson, CEO da Ryanair, “o aumento das taxas aeroportuárias tem um impacto significativo nos aeroportos regionais, colocando em risco o crescimento – especialmente para duas economias insulares completamente dependentes do turismo”.
De acordo com o responsável, a “Ryanair está em melhor posição para fornecer a capacidade, o tráfego e o investimento necessários para impulsionar a recuperação pós-Covid dos Açores e fornecer conectividade, escolha e tarifas de baixo custo para cidadãos/visitantes açorianos, no entanto, o governo deve agir agora e introduzir custos de acesso mais baixos”.
A Ryanair considera ainda que o governo português “falhou” na proteção às regiões ultra periféricas dos Açores e Madeira no que diz respeito ao novo regime comunitário de licenças de emissão de gases com efeito estufa da União Europeia, denominado sistema ETS, “o que significa que as tarifas aumentarão até 10 euros adicionais por passageiro”.
A companhia aérea pede, por isso, que o executivo nacional elimine os aumentos de taxas decretados e que implemente taxas de segurança mais baixas, revertendo ainda a inclusão das regiões ultra periféricas no regime ETS, para todas as companhias aéreas que voam dos Açores.
“A Ryanair apela ao governo português para proteger a conectividade, o emprego e o turismo receptivo dos Açores, revertendo o aumento de preços de 26% da ANA e reduzindo imediatamente as taxas de segurança dos passageiros, que já foram aprovadas pelo regulador meses atrás”, defende ainda Eddie Wilson.
Recorde-se que, nos últimos meses, várias notícias têm vindo a dar conta de que a Ryanair poderá abandonar a operação nos Açores já próximo horário de Inverno IATA, devido ao aumento das taxas, pelo que têm vindo a decorrer negociações entre a companhia aérea e o Governo Regional dos Açores.