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Quatro aeroportos espanhóis com voos diretos para os Açores este verão

A SATA Azores Airlines, a Iberia e a Binter são as três companhias aéreas que, este verão, vão ligar quatro aeroportos espanhóis aos Açores, em operações diretas.

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Quatro aeroportos espanhóis com voos diretos para os Açores este verão

A SATA Azores Airlines, a Iberia e a Binter são as três companhias aéreas que, este verão, vão ligar quatro aeroportos espanhóis aos Açores, em operações diretas.

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A notícia do Viajes National Geographic indica que os Açores estão mais próximos do que nunca da Espanha. Pela primeira vez, o arquipélago o vai ter quatro ligações diretas com os aeroportos espanhóis neste verão: Madrid, Barcelona, ​​Bilbao e Gran Canaria.

Pela primeira vez, Bilbao vai ter este verão voos diretos para a ilha de São Miguel. A SATA Azores Airlines apresentou uma nova rota que vai ligar a cidade da Biscaia e Ponta Delgada. Na semana passada, a transportadora aérea regional anunciou que de 1 de julho a 30 de setembro, ambas as cidades passariam a ter uma nova ligação direta semanal. Esta rota junta-se a Barcelona, ​​que recupera a ligação sazonal dos anos anteriores com a SATA Air Açores, a Madrid, com a Iberia, e às Canárias com um acordo entre a companhia aérea e a Binter. O voo semanal (sábado) sai de Ponta Delgada às 8h10 (hora local) para chegar a Bilbau às 13 horas (hora de Espanha). O regresso far-se-á também aos sábados com partida da capital da Biscaia às 14h10 (hora local), chegando ao aeroporto de São Miguel às 15h20 (hora local). O voo será operado por um Airbus 321 com um total de 186 lugares.

Para além da ligação com Bilbau, de 2 de junho a 29 de setembro, o Aeroporto Josep Tarradellas Barcelona-El Prat estará também ligado a Ponta Delgada com três frequências semanais: quartas, sextas e domingos.

Por sua vez, a Binter possibilita a ligação das Canárias a oito ilhas do arquipélago dos Açores após a aterragem em Ponta Delgada, graças ao acordo de interline entre a companhia das Canárias e a SATA Azores Airlines. A colaboração entre as duas companhias “melhora o conforto dos passageiros, que vão poder fazer estas ligações com um único bilhete, que inclui a escala em Ponta Delgada, com uma única faturação”, segundo as companhias aéreas, citadas pelo Viajes National Geographic.

Desde abril já contam com uma ligação semanal do Aeroporto de Gran Canaria, aos sábados, à qual se acrescentará uma segunda rota, a partir de 1 de julho, às terças-feiras.

Madrid também estará conectada ao destino açoriano, de 1 de julho a 30 de setembro, três vezes por semana. Uma viagem de 3 horas e 25 minutos operada pela Iberia ligará a capital espanhola a Ponta Delgada às segundas, quartas e sábados.

Embora não diretamente, os Açores podem ser facilmente alcançados a partir de outras cidades. Por exemplo, a companhia aérea TAP Air Portugal liga até doze aeroportos espanhóis no verão (Alicante, Ibiza, Málaga, Menorca, Palma de Maiorca, Sevilha, Tenerife, Valência e os anteriormente mencionados) com Lisboa. Por sua vez, a empresa liga a capital portuguesa a Ponta Delgada pelo menos três vezes por dia, tornando o Aeroporto Humberto Delgado no local ideal para fazer escala para chegar ao arquipélago.

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Atual aeroporto de Lisboa “não permite qualquer solução de acréscimo de capacidade minimamente significativo”, diz CTI

Estimando que uma 1.ª fase do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) possa, “no limite, não estar em operação em menos de 10 anos”, a CTI admite que Beja pode ser considerada uma possibilidade para acolher operações exclusivas de carga e de charters não regulares.

A Comissão Técnica Independente (CTI), quem tem em mãos a avaliação de opções estratégicas para o aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, vem admitir no “Relatório da Análise de Curto Prazo”, que o Aeroporto Humberto Delgado (AHD), em Lisboa, está, desde 2018, “em situação de congestionamento acima dos patamares recomendados” pela Organização Internacional da Aviação Civil (International Civil Aviation Organization, ICAO sigla em inglês).

No relatório pode ler-se que o AHD “está com enorme dificuldade em processar os fluxos de passageiros e aeronaves e com uma procura condicionada pela capacidade declarada de 38 mov/h”, sendo que o layout do AHD não permite considerar como viável qualquer solução de acréscimo de capacidade minimamente significativo”.

Na operação aérea, a CTI identificou vários aspetos que constituem constrangimentos operacionais à eficiência do AHD, nomeadamente, “Insuficiência de terminais para o tráfego existente; Carência de infraestrutura para parqueamento de veículos, afetando quer passageiros (pela distância a percorrer para os terminais), quer funcionários; Carência de plataformas de estacionamento de aeronaves; Layout existente obriga a um crescimento em profundidade, não paralelo à pista; Capacidade horária do AHD está sem folgas para acomodar qualquer imprevisto; A única pista do AHD não tem saídas rápidas adequadas, atualmente só é permitida a velocidade de 30 Nós, o que penaliza o tempo de ocupação de pista; a Torre de Controle do AHD está antiquada, oferece dificuldades de acomodação adequada das novas tecnologias, e tem limites de visibilidade para certas zonas do aeroporto”.

Assim, refere a CTI, o foco das intervenções no AHD deve ser orientado para “soluções de novas infraestruturas com implementação no curto-prazo, expeditas e não limitativas da operação corrente, bem como para soluções de otimização operacional que promovam a eficiência do uso da capacidade instalada”.

Dadas as condicionantes, e apesar de considerar que a Base Aérea de Beja, nas condições atuais de acessibilidade, “não pode ser uma alternativa comercial para gestão das pontas de tráfego de passageiros do AHD e do Aeroporto de Faro”, a CTI diz que a infraestrutura no Alentejo “pode ser considerada para acolher operações exclusivas de carga e de charters não regulares, libertando espaços do AHD”.

Assim, a CTI conclui que a decisão e aceleração de uma primeira fase de um novo aeroporto “assume um carácter de urgência, que se materializa no spillage decorrente da atual situação de congestionamento do AHD, que poderá ser reduzido com as ações propostas, mas não eliminado”.

Certo é que a análise da CTI estima em que a 1.ª fase do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) possa, “no limite, não estar em operação em menos de 10 anos, embora seja possível considerar um período mais reduzido entre cinco a sete anos dependendo da opção estratégica que vier a ser selecionada e da celeridade dos inerentes processos de contratação pública”.

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O agente de viagens não vai “morrer” com a IA, mas atenção!

A Inteligência Artificial (IA) chegou também ao mundo das viagens, mas os especialistas garantem que o agente de viagens, mais uma vez, não vai “morrer”, pois soube sempre adaptar-se, ao longo dos tempos, às novas tecnologias. No entanto, há novos desafios que se colocam e a classe tem de estar atenta. Pela pertinência do tema, a própria Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) vai esmiuçar o assunto no seu 48.º Congresso, a realizar de 30 de novembro a 2 de dezembro, no Porto, porque quer entender o impacto da IA neste setor.

Esta não será a primeira vez que o Publituris aborda o tema das novas tecnologias nas viagens e turismo, assunto que também o setor da distribuição encarou sempre de frente. Os desafios que se colocam agora com a Inteligência Artificial (IA) têm vindo à baila e vários especialistas têm vindo a dar a sua opinião, com várias empresas a tomar medidas para colocar as ferramentas necessárias ao serviço deste setor.

O Publituris falou com alguns especialistas do setor para entender o que é isto de Inteligência Artificial e como é que o fenómeno pode ou não “mexer” com o setor da distribuição no turismo.

Miguel Quintas, considerado um especialista em matéria de novas tecnologias no nosso país afirmou que, no geral, os agentes de viagens “ainda não estão preocupados” com o impacto da IA, mas “estão a tomar consciência que está aí algo que afeta o seu negócio”, adiantando que o grande problema está “em saber o que fazer e como fazer”.

Realça que, para se tirar alto proveito da IA o know-how e investimento a realizar são grandes, em particular no que toca a integrar as ferramentas e os automatismos. “Este processo terá de ser realizado por grandes empresas tecnológicas ou através de consórcios empresariais devido ao elevado investimento necessário”. Até lá, “usamos manualmente o que amanhã estará facilmente automatizado”, disse.

Hoje CEO do Consolidador.com e Chairman da Airmet, mas que também já foi representante da Amadeus em Portugal, bem como de outras empresas que trouxeram novas tecnologias na área das viagens ao nosso país, Miguel Quintas aponta que “todos os momentos de disrupção tecnológica ou cultural que a humanidade tem vivido trazem consigo uma certeza que é, onde há riscos há oportunidades”.

Mas, “o agente de viagens não vai desaparecer e a IA pode ser um excelente auxiliar para o próprio, nomeadamente no apoio ao cliente, conhecimento de destinos ou informação de caráter generalista em tempo real”. Isto tudo combinado “com o conhecimento e inteligência humana e emocional que nós pessoas temos, são fatores que o cliente ainda vai necessitar, desejar e pagar por elas”.

O gestor está convicto de que “o desenvolvimento progressivo da Inteligência Artificial venha a ter um impacto tremendo no mundo ao nível das principais revoluções tecnológicas que assistimos nos últimos séculos” para destacar que “hoje mesmo já estamos a assistir ao princípio dessa revolução e dado o impacto direto no desenvolvimento da humanidade, ela é obrigatoriamente transversal a todos os setores económicos entre o quais se encontra o turismo e como consequência a sua distribuição”.

Por isso, da forma como a IA tem evoluído “acredito que os principais riscos no curto prazo serão retirar valor ao conhecimento de informação geral e detalhada que o agente de viagens proporciona ao seu cliente final, assim como na automação de alguns dos processos manuais ainda realizados pelo próprio agente”, disse.

No longo prazo “o risco coloca-se na perspetiva de como a IA pode dar ao viajante a solução imediata de chave-na-mão de todo o processo de inspiração, escolha, reserva e acompanhamento de uma viagem”. É possível acontecer, e “não estamos a muitos anos disso”, até porque “as oportunidades surgem justamente em tudo o que não é possível automatizar e essas estão essencialmente no campo da relação humana, da resolução de falhas técnicas, da segurança e legalidade e da especialização do conhecimento”.

O impacto prevê-se enorme
Miguel Quintas reconhece que “o impacto da Inteligência Artificial será enorme” e “estamos ainda nos primórdios do que pode ser”, mas considera que “estamos perante a quinta “revolução industrial” e hoje mesmo ela já nos afeta”. No entanto, “como não está regulada mundialmente não sabemos onde irá parar”. Deu como exemplo uma experiência pessoal: “As minhas férias familiares há semanas visitando um país ao qual nunca tinha ido. Todo o roteiro foi organizado via ChatGPT pelo meu filho de 18 anos. Tudo correu lindamente e de acordo com o esperado. O que falhou? O típico: Todos os procedimentos ainda não automatizados pela IA, o aconselhamento profundamente especializado do destino e alguém que me diga “tu não vais gostar disto e vais adorar aquilo”.

Por sua vez, Ricardo Correia, diretor Comercial da TravelGEA, está convicto que “o turismo adaptar-se-á, como sempre o fez”, sublinhando que “somos uma indústria de emoções e não vejo nos próximos tempos podermos substituirmos a emoção de viajar por um qualquer produto virtual. Durante a pandemia falamos muito em viagens virtuais, mas vemos qual a penetração de mercado desse produto. Assim que possível as pessoas voltaram a viajar fisicamente, porque nada o substitui”. Portanto, o que prevê acontecer é uma adaptação rápida de novos paradigmas, apontou.

O profissional avançou também que “todas os agentes de viagem estão conscientes da existência da IA”, mas hoje em dia “é uma buzz word, com imensa desinformação associada também. Há alguma preocupação a implementar de alguma forma a IA nos processos, o que também pode levar a algum atabalhoamento na forma e modelo de implementação”, alertando que “não podemos ser lentos a adaptarmo-nos, mas também não podemos tomar decisões sem informação e estratégia”.

O agente de viagens não vai desaparecer e a IA pode ser um excelente auxiliar para o próprio, nomeadamente no apoio ao cliente, conhecimento de destinos ou informação de caráter generalista em tempo real” – Miguel Quintas (Consolidador.com / Airmet)

Da mesma opinião é Ginés Martínez, CEO da Jumbo Tours, em recente entrevista a uma publicação espanhola: “A inteligência artificial é algo que definitivamente está dentro do nosso campo de aplicação e há equipas a trabalhar nisso há anos. É uma parte inerente das necessidades do negócio. Vamos ter de usar IA e de facto já estamos a usar para automatizar processos e melhorar o relacionamento com os consumidores. Principalmente na velocidade de resposta, para poder atendê-lo melhor e ter mais capacidade de assumir volumes de trabalho. Onde eu acho que ainda existe uma lacuna, que temos de preencher, é usar essa tecnologia para gerar conteúdo suficientemente atrativo para o cliente”.

E continua: “É verdade que se disser à IA que quero passar cinco dias em Roma, ela lhe dará uma rota completa. Isso é ótimo, acelera o tempo de pesquisa. Mas não podemos esquecer que o papel do agente de viagens e do operador turístico vai muito além. Isto porque, em primeiro lugar, um agente de viagens pré-seleciona tudo isso e tem uma compreensão profunda do que está a oferecer ao cliente. Mas também ajuda a chegar ao destino e nas melhores condições: reservando bem os produtos e serviços, aproveitando as melhores ofertas… Aqui o vejo como um substituto”, defendeu, mas contraria o evento Phocuswright Europe 2023, em que alguns especialistas dão como certo, que a inteligência artificial pode ser “o próximo agente de viagens, quase humano”.

Tudo depende da utilização
A conferência também passou a mensagem de que a AI pode se tornar no próximo escritório de informações turísticas. Mas “o valor dos escritórios de informações turísticas ou agentes de viagens não pode ser replicado com inteligência artificial. A IA é uma coleção de dados de diferentes fontes e, com as informações que o cliente pode fornecer, ela cria uma resposta. Mas o utilizador tem de saber muito bem como perguntar à AI para que a resposta seja adequada. Já o agente de viagens tem essa informação de quem é o seu cliente, o que quer, os seus gostos, perceções, experiências anteriores… Uma série de coisas que é impossível incluir, desde o início, numa consulta simples”, realçou.

Se já se pode falar da IA como o próximo agente de viagens quase humano, Ricardo Correia assume que “depende da utilização que dermos à IA. Se deixarmos o nosso fator humano de lado (porque não temos tempo, porque não nos apetece, porque não sabemos, por qualquer motivo), então sim, tornamo-nos interfaces tecnológicos e como disse, há alternativas bem melhores que isso”.

Entretanto, “se conseguirmos integrar as mais valias que a IA tem, no processamento de dados, geração de previsões, etc. com a capacidade de criação e de empatia do ser humano, então não creio que os agentes de viagens vão ser substituídos”, ou seja, possivelmente, o agente de viagens “terá que ser menos tecnológico e dedicar-se mais a conhecer o produto e o cliente”.

A IA na sua essência “dar-te-á o que é mais provável que aquela pessoa goste, mas a IA não consegue interpretar linguagem não verbal, não consegue sentir empatia, o que nos permite criar uma experiência de viagem única para aquele cliente”, frisou.

Novas tecnologias para empresas de turismo
Se os agentes de viagens em Portugal já se estão a preocupar com esta questão e a implementá-la, Paulo Dias, Senior Manager da Unidade de Indústria e Consumo da Minsait em Portugal, refere que, existe “um caminho a fazer, mas a preocupação já vem de longe e há já vários anos que a Minsait, uma empresa da Indra, trabalha com alguns clientes do setor em Portugal, na implementação de soluções inovadoras, que permitem melhorar a ocupação hoteleira e as viagens em Portugal”.

No entanto, em sua opinião, seria um pouco exagerado falar da IA como um agente de viagens. “Embora a IA permita ferramentas valiosas para melhorar a eficiência e a qualidade do atendimento ao cliente nas agências de viagens, será sempre importante a existência de uma presença humana para assistências mais complexas ou respostas mais personalizadas que exijam o conhecimento e a experiência de um agente de viagens”, disse.

Num artigo publicado pelo vice-presidente executivo da Amadeus Cytric Solutions, Rudy Daniello, ao que o Publituris teve acesso, diz sobre a matéria, que hoje “já existem alguns pontos-chave que podem ser afirmados com alguma certeza”. Desde logo refere que “os modelos GPT – e o campo mais amplo de ‘inteligência artificial generativa (IA)’ – todos têm possibilidades tremendas. A tecnologia, embora não seja nova, tem o potencial de transformar a vida cotidiana e, assim, criar um enorme apetite e preocupações”.

Explica que o chatbot (que já existe há algum tempo), ao compreender e gerar linguagem natural semelhante à humana de maneira tão impressionante, tornou-o amplamente adotado”, mas “o ChatGPT realmente conquistou o mundo, correndo para acumular 100 milhões de utilizadores ativos mensais em apenas 40 dias, com milhões a mais a inscreverem-se a cada mês”, frisando que a ferramenta é inovadora devido ao grande volume de dados com os quais foi treinada – supera os chatbots anteriores em ordens de magnitude”.

O turismo adaptar-se-á, como sempre o fez. Nós somos uma indústria de emoções e não vejo nos próximos tempos podermos substituirmos a emoção de viajar por um qualquer produto virtual” – Ricardo Correia (TravelGEA)

Este responsável da Amadeus indica que o ChatGPT 3 foi treinado com 17 mil milhões de parâmetros treináveis e 45 terabytes de dados, por exemplo. Para referência, o Telescópio Espacial Hubble gera 10 terabytes de dados por ano. Em outras palavras, o ChatGPT leu mais texto do que um milhão de pessoas lerão nas suas vidas juntas.

Paulo Dias sublinha que “as possibilidades oferecidas pela IA à indústria do turismo são inúmeras e não faltam exemplos do papel que ela já desempenha neste setor” para lembrar que “o contexto vivido pelo setor do turismo nos últimos anos acelerou a digitalização de processos e operações no turismo. A utilização maciça de canais digitais está a impulsionar novas tendências na oferta e no consumo de serviços, e agora o principal objetivo é proporcionar uma boa experiência ao cliente”.

Assim, “através da experiência e conhecimento do cliente (customer centric), graças à gestão de dados e à analítica avançada, os operadores turísticos devem personalizar as suas comunicações e conteúdos na Web para se aproximarem dos visitantes, de modo a poder responder às suas exigências em qualquer momento”.

O Senior Manager da Unidade de Indústria e Consumo da Minsait em Portugal, empresa da Indra especialista em transformação digital e tecnologias da informação, indica que as ferramentas de IA estão, cada vez mais, “ao alcance de todos e em particular se falarmos do ChatGPT. Sendo um modelo de linguagem avançado, ele pode ser um dos principais atores da IA neste setor, por exemplo, através de chatbots no atendimento ao cliente, no suporte a reservas, recomendações de viagens ou qualquer outra informação que o turista pretenda”, mas não obstante, “é preciso ter em conta que, como ferramenta, o ChatGPT não está atualizada ao instante e as informações podem não estar suficientemente atualizadas”.

O responsável aponta ainda que, as soluções baseadas em Inteligência Artificial e aprendizagem automática para a comunicação assistida pelo cliente “serão essenciais neste setor, que também contará como outras tecnologias como a realidade virtual, aumentada e mista que permite aos visitantes desfrutar de experiências imersivas e únicas e que os envolvem na arte e na cultura como mais do que meros espetadores passivos”.

Componente pessoal ainda acima de tudo
É aqui que Miguel Quintas é perentório, até porque também é um agente do setor. “O agente de viagens não vai “morrer”, e “ainda é muito cedo considerar que a IA é o próximo agente de viagens, até porque a componente pessoal, de segurança, de inteligência emocional, de resolução de problemas técnicos, etc. ainda estará na mão do próprio agente de viagens”, mas aponta que “vai ser um competidor em algumas franjas do trabalho do agente de viagens. Assim como, de igual forma pode ser um excelente auxiliar para o próprio agente, nomeadamente no apoio ao cliente, conhecimento de destinos, informação de caráter generalista em tempo real”, destacou em declarações ao nosso jornal.

A empresa que representa e o próprio Paulo Dias defendem que o turismo “é um dos setores que mais desafios apresenta às novas tecnologias pelo seu potencial de desenvolvimento a curto, médio e longo prazo”, por isso, o responsável acredita que o “crescimento do turismo nos últimos dois anos reflete bem o impacto que a Inteligência artificial, assim como outras tecnologias, está a ter neste sector”.

Para este responsável da Minsait em Portugal, quando se diz que “os dados são o novo petróleo”, pode parecer exagerado, mas hoje em dia, tudo está relacionado com os dados, a experiência do cliente e a integração do mundo físico e digital são a base para um turismo inteligente ao alcance de todos”.

Lembra que as cidades que mais investirem em soluções de Smart Tourism poderão ter mais facilidade na captação de visitantes, e que “estas Plataformas de Destino Inteligente devem ser concebidas como uma solução que inclua todas as dimensões do destino, com uma abordagem baseada na inteligência e na utilização de dados, na integração de todos os atores e sistemas através de soluções interoperáveis e abertas, num modelo de interterritorialidade e coesão interadministrativa, e que possa ser escalada através de parcerias público-privadas”.

Admite que, nos próximos tempos “assistiremos a investimentos significativos em áreas como a virtualização, a agregação de serviços em dispositivos pessoais, a interação homem-máquina em toda a cadeia de valor da hotelaria, a utilização da Inteligência Artificial para adaptar os serviços ao perfil do cliente e a melhoria da gestão dos ambientes para aumentar a segurança e a rentabilidade”.

Explicou ao nosso jornal que a análise das informações recolhidas já permite, por exemplo, “oferecer soluções personalizadas aos turistas assim como prevenir fenómenos que podem ter um impacto negativo na experiência turística”, assumindo que, na Minsait “estamos empenhados em criar uma Plataforma de Turismo Inteligente que possa responder aos desafios dos destinos de forma integrada e ajudar a criar destinos inteligentes, sustentáveis, seguros e resilientes”.

No relatório “Smart Tourism: A path to more secure and resilient destinations”, da Minsait e da SEGITTUR (que também se aplica a Portugal), defende-se a implementação de Plataformas Inteligentes de Destinos Turísticos que incluam todas as dimensões do destino, de modo a poder responder aos seus desafios de forma integrada. Entre as suas capacidades, integrariam uma gestão unificada através de sistemas orientados por dados que recorrem a modelos de inteligência distribuídos para extrair informação da forma mais qualitativa possível.

Na área de Hospitality, onde a tecnologia também tem um papel importante, a Onesait Travel, uma oferta global da Minsait para o setor do turismo, é, segundo disse, um exemplo destas tecnologias de ponta, que otimiza a gestão de hotéis e companhias aéreas para melhorar a experiência dos viajantes e adaptar as suas operações às novas exigências dos turistas. Esta oferta já geriu mais de 20 milhões de reservas em 33 países. Os sistemas da empresa já foram implementados em mais de 4.000 hotéis e entre os seus clientes, presentes na “Travel Summit”, incluem-se algumas das mais importantes cadeias hoteleiras do mundo, com referências na Europa, América e Ásia.

“Temos de avançar para o “turismo do futuro”: um novo modelo de turismo que seja sustentável e seguro, inclusivo e resiliente, que celebre as culturas e identidades locais, que proporcione benefícios económicos e sociais, que ajude a preservar o ambiente e que utilize as TIC e as tecnologias renováveis como principal motor do planeamento do Turismo de Destino”, é a proposta desta empresa.

Alguns exemplos já em prática
O recente aparecimento do ChatGPT veio mostrar a projeção que a inteligência artificial (IA) tem tanto para as empresas como para os utilizadores particulares, bem como para o setor das viagens. “A inteligência artificial vai revolucionar absolutamente tudo”, diz Amuda Goueli, fundador e CEO da agência de viagens online Destinia, que a incorporou ao seu processo de reservas para melhorar e personalizar a experiência do utilizador.

Amuda Goueli lembra que “há anos começamos com big data. Existiam grandes servidores onde eram armazenadas muitas informações, mas não havia máquinas ou programas para processá-las”. Mais tarde, foram incorporadas ferramentas como o blockchain ou bots, mas estes “ficaram aquém porque as respostas são programadas. Agora, com a inteligência artificial, essa dinâmica muda, não tem programador envolvido”.

Nesse sentido, a Destinia desenvolveu a Desta, que ainda está em fase de teste, e focada num único produto: reservas de hotéis. Ainda não se encontra aberto no site da OTA, mas os consumidores que o pretendam utilizar apenas têm de se registar e começar a interagir até efetuarem as suas reservas.

“A diferença entre um agente de viagens tradicional e a máquina é que um agente não conhece todos os destinos do mundo. É impossível ter tanta informação em tão pouco tempo, mas a máquina, sim”, explica o CEO da Destinia, para acrescentar que “o buscador tradicional como conhecemos está a tornar-se obsoleto. A IA veio para ficar e devemos aproveitar todos os seus benefícios para melhorar a vida das pessoas. Graças à inteligência artificial, conseguimos implementar uma ideia que tínhamos imaginado para um muito tempo, muitos anos. Esse futuro chegou e veio para ficar “, referiu Amuda Goueli.

Dos safáris em Uganda à descoberta das paisagens da Islândia, a plataforma de viagens Worldface já usa inteligência artificial e criou o avatar Petra, um especialista em viagens virtuais, capaz de responder às solicitações individuais dos utilizadores, e recomendar os destinos mais cativantes com base no período e nas preferências do cliente.

“O valor da IA e do Petra, neste caso específico, consiste na capacidade de ser empático, de ser multilíngue e de responder tanto na forma escrita quanto oral – diz Veronica Del Priore, especialista em Comunicação da QuestIT – Justamente por isso é capaz de se comportar como um verdadeiro consultor de viagens em carne e osso”.

Prós e contras
Não há dúvida que a IA está cada vez mais presente nas nossas vidas, mas sobretudo na área do turismo. A Hosteltur deu, recentemente, três exemplos. Várias vezes citamos a Hosteltur neste artigo porque, em Espanha, o assunto da IA no setor das viagens tem vindo à baila todos os dias, e o jornal espanhol tem estado muito atento.

A plataforma francesa de viagens com vários produtos Digitrips lançou um serviço intuitivo de assistente virtual baseado em ChatGPT, oferecendo aos viajantes conselhos sobre viagens e destinos em 11 idiomas. A nova funcionalidade, desenvolvida pela sua subsidiária de soluções móveis mTrip, está a testar no seu aplicativo MisterFly e em breve estará disponível para clientes B2B através da versão white label do aplicativo.

Por sua vez, a Ciceroneai.com é a IA espanhola que fala 95 idiomas. Ciada pela startup de Málaga iUrban.es, ajuda a organizar uma viagem em segundos como se fosse um local, personalizando a resposta graças ao ChatGPT. Mas também está conectado aos sites de organizações oficiais de turismo para fornecer informações verdadeiras em todos os momentos e, assim, evitar respostas incorretas. Basta escolher o destino e o planner personaliza a viagem do turista de acordo com o número de dias de estadia, interesses e perfil do viajante (família, companheiro, trabalho, etc.), criando um roteiro com os elementos a visitar, atividades e eventos com o preço mais barato, e no seu idioma, podendo fazer alterações em tempo real e propor sugestões adaptadas ao turista. Tem ainda um chatbot gratuito ligado ao ChatGPT para esclarecer qualquer dúvida, como um posto de turismo aberto 24 horas por dia.

A Ciceroneai já está disponível em Madrid, Barcelona, Valência e Palma; cidades às quais se somarão Málaga, Sevilha, Granada e Bilbao, com o objetivo de chegar a vinte em Espanha até o final do ano e 50 internacionalmente.

Por sua vez, a AI Trips, já operacional em mais de 15 países, usa algoritmos avançados que analisam e processam uma ampla gama de dados em tempo real, graças à combinação de 12 tecnologias desenvolvidas pelo Travel Compositor. Assim, desde as preferências do utilizador à informação sobre destinos, meteorologia, acontecimentos locais, etc., permite que cada viagem seja única e personalizada, oferecendo respostas e resultados adaptados às necessidades individuais do viajante e permitindo-lhe avançar em poucos cliques de uma única pergunta para a próxima reserva de viagem.

Estamos empenhados em criar uma Plataforma de Turismo Inteligente que possa responder aos desafios dos destinos de forma integrada e ajudar a criar destinos inteligentes, sustentáveis, seguros e resilientes” – Paulo Dias (Minsait)

O motor já foi implementado em sites de empresas como a espanhola OTA Central de Vacaciones, a portuguesa Interpass, as operadoras de turismo italianas Amareitalia e Orizzonti, as mexicanas Es viajar e Viajes Lili, as argentinas TipTravel e Delfos, a jordana-turca Trave One, a rede pan-europeia de agentes de viagens Evolution Travel, e o recetivo italiano Acetours, entre outros.

A IA impactará o setor nos próximos cinco anos, segundo 97,8% dos executivos recentemente entrevistados pela Euromonitor International.

Em cinco anos, veremos um boom no uso de ferramentas de inteligência artificial como o ChatGPT pelos viajantes para planear os seus itinerários, de acordo com o estudo realizado pela Euromonitor International “Voice of the industry: travel survey”. A sua disponibilidade 24 horas por dia, 7 dias por semana e acessibilidade de qualquer lugar do mundo, simplesmente com uma conexão à Internet e de qualquer dispositivo, estão por trás deste aumento maciço do seu uso, como destacou a sua responsável de Pesquisa de Viagens e Turismo, Caroline Bremner .

A Expedia anunciou em abril passado a sua colaboração com a OpenA. Desta forma, oferece recomendações personalizadas como um assistente virtual, fornecendo resultados relevantes em buscas de hotéis e dicas do que fazer no destino.

A Kayak e a OpenTabl, ambas integrantes da Booking Holding, assim como TripAdvisor, GetYourGuide e Klook, também apostaram em novidades com o ChatGPT. O Trip.com integrou ao TripGen o seu chatbot de IA recém-lançado que oferece planeamento e assistência de itinerário em tempo real, além de conselhos sobre reservas antes da viagem.

Mais integrações inevitavelmente se seguirão, de modo que as fases de planeamento e reserva da viagem sejam perfeitamente intercaladas, dependendo do acesso em tempo real à funcionalidade de reserva. A IA generativa, conforme aponta o Euromonitor, “está apenas no início da sua jornada, oferecendo aos consumidores o que o Airbnb chama de “o melhor concierge”.

No entanto, a segurança e a proteção do consumidor devem estar acima de tudo. Líderes de tecnologia como Elon Musk recentemente pediram uma pausa no desenvolvimento da IA para evitar riscos à humanidade, incluindo a possível extinção da superinteligência, alegando que a corrida da IA estava fora de controlo e era necessário tempo para permitir que a política dos governos se atualizasse.

Nesse sentido, o especialista lembrou que “os agentes de viagens enfrentaram uma grande disrupção devido ao boom das reservas online há três décadas, que provocou o encerramento massivo de pontos de venda e a perda de postos de trabalho. Agora, o setor está pronto para mais interrupções, pois a IA generativa acelera a automação de tarefas em todas as etapas da jornada do cliente – antes, durante e depois”.

Como sempre, concluiu o especialista, “as empresas de turismo enfrentarão os efeitos mais complicados para enfrentar esta nova fase da transformação digital com uma abordagem test-and-learn”, mas apenas aqueles que mantêm o toque humano de viagens irão prosperar.”

Fotos crédito: Depositphotos.com
Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Albuquerque destaca notoriedade positiva do destino Madeira

O Turismo, na Madeira, está num grande momento, com acréscimos significativos nos rendimentos por quarto e nos proveitos por aposento e totais, confirmou o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, realçando que é algo que vem também na sequência do trabalho de promoção e de melhoria do destino que o Governo Regional vem realizando e que vem atraindo cada vez mais visitantes.

O presidente do Governo Regional falava durante a cerimónia de entrega de Medalhas de Mérito Turístico a personalidades e instituições do setor na Região, em cerimónia que decorreu no Convento e Santa Clara.

Dirigindo-se aos muitos presentes no Convento de Santa Clara, Miguel Albuquerque, citado em notícia publicada na página oficial do Governo Regional, sublinhou que “este momento muito positivo que estamos a viver no Turismo não acontece por acaso”.

Acontece porque “temos uma notoriedade positiva, porque temos feito um trabalho de promoção e de melhoria de todos os aspetos do nosso destino, porque soubemos concentrar toda a promoção na Associação de Promoção e não dispersámos recursos e porque soubemos dialogar com as companhias no sentido de termos uma Madeira com cada vez mais influência como destino turístico. Hoje temos 43 companhias a operar na Madeira e 91 rotas”, realçou o governante.

Segundo Miguel Albuquerque, os números refletem “esse crescimento, um crescimento que nada tem de dramático e que temos de encarar como algo de positivo”, indica a mesma notícia, que acrescenta que são números ainda que dão conta de um maior rendimento, a todos os níveis para o setor, e que desfazem a ideia de que os novos turistas não têm poder de compra. Mas, reforça que é fundamental que os trabalhadores sintam que estão a beneficiar deste maior rendimento no sector. Aumentar os ordenados, para combater a falta de mão-de-obra.

Por outro lado, será necessário, na opinião do presidente do Governo Regional “um maior planeamento e organização dos espaços de maior atração turística, no sentido de preservar os ecossistemas e de prevenir os congestionamentos”.

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Voos da British Airways ligam Porto a Gatwick e deixam Heathrow

No próximo Inverno IATA, a British Airways passa a fazer as ligações ao Porto através do aeroporto de Gatwick, deixando Heathrow. Além disso, será a Euroflyer a assegurar essas conexões.

Quando iniciar o horário de Inverno, válido entre 29 de outubro até 30 de março de 2024, a British Airways (BA) transfere todos os seus voos entre Porto e Londres para o aeroporto de Gatwick, em vez de utilizar o de Heathrow, o seu hub e, simultaneamente, o (ainda) maior hub da Europa em número de lugares disponíveis.

Estes voos passarão igualmente a ser operados pela unidade low-cost da empresa, a BA Euroflyer, criada em 2022 para responder às concorrentes deste segmento que voam para Gatwick e para onde voa também a TAP à partida do Porto. Os aeroportos de Luton e Stansted continuarão a estar ligados ao Porto pela easyJet e Ryanair, respetivamente.

“Na perspetiva do passageiro que se desloca entre Porto e Londres ou vice-versa, esta mudança é pouco representativa – existem voos para três aeroportos Londrinos, podem não ser do agrado de todos, mas com um total de quase oito voos diários entre as duas cidades, não há falta de oferta”, afirma Pedro Castro, diretor da SkyExpert, empresa de consultoria especializada em transporte aéreo, aeroportos e turismo.

Numa análise mais profunda, Pedro Castro recorda que não é a primeira vez que o Porto fica sem voos para Heathrow, quer por decisão da TAP, quer da própria British Airways. “Os voos europeus da British Airways de Heathrow vivem de duas coisas: dos destinos corporate com muitos passageiros dispostos a pagar classes e tarifas empresariais e dos passageiros de ligação premium para voos para a América do Norte e alguma Ásia. Como o aeroporto de Heathrow esgotou há já muitos anos, a British Airways tem uma outra operação mais reduzida e mais focada no passageiro de lazer à partida de Gatwick. O que o departamento comercial da British Airways faz em permanência é observar a performance financeira dos vários destinos e vai mudando o aeroporto londrino utilizado para alguns deles numa espécie de jogo das cadeiras”.

De facto, e ao mesmo tempo que a British Airways desvia os voos do Porto para Gatwick, Heathrow ganhará novos voos graças a esses slots libertados para Colónia (Alemanha), Riga (Letónia) ou Belgrade (Sérvia). “Nenhuma delas recebeu prémios de “Melhor Destino de Cidade da Europa” de ano algum – o que só prova”, diz Pedro Castro, “que a multiplicação destes prémios com vários nomes e vários patrocinadores por si só não chega.”

“Visto de fora, parece que a British Airways nos está a dizer que estes novos destinos têm mais potencial para Heathrow do que o Porto e que para as pessoas que se deslocam entre as duas cidades, a BA Euroflyer é suficiente ainda que não tenha sequer um voo diário como o das suas concorrentes na mesma rota”. Serão apenas cinco voos semanais (sem voos às terças e quartas-feiras) com horários variáveis, mas sempre no final da tarde/noite.

“Com esta medida, uma coisa é certa: as outras companhias aéreas perderam um dos concorrentes mais ferozes para os Estados Unidos, um mercado que durante o Inverno perde igualmente os voos diretos da United e que fica limitado aos cinco voos semanais diretos da TAP para Newark. Quem se posicionar bem, poderá ter aqui uma excelente oportunidade de negócio para preencher esse vazio deixado pela British Airways até porque, de acordo com os sistemas de reserva, no próximo verão a situação se vai manter assim”, conclui Pedro Castro.

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Portugal volta a ser “Melhor Destino Turístico da Europa” e arrecada um total de 24 prémios

Portugal voltou a brilhar nos World Travel Awards. Além do prémio de “melhor Destino Turístico Europeu”, o nosso país arrecadou mais 23 distinções.

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Portugal venceu o prémio de “Melhor Destino Turístico da Europa”, atribuído na 30.º cerimónia dos World Travel Awards (WTA), que decorreu em Batumi, na Geórgia, em que o nosso país saiu com um total de 24 prémios.

Para o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, “ este prémio é um reconhecimento internacional de Portugal, das empresas, dos seus trabalhadores e dos portugueses. É uma distinção que enaltece a excelência do nosso turismo e a sua singular recuperação após a pandemia. Portugal, em todo o seu território, é o melhor destino europeu. Felicito também todas as empresas e territórios que, em diferentes categorias, foram igualmente premiadas”.

Fica a lista dos prémios conquistados por Portugal nos World Travel Awards 2023 – Edição Europa:

Europe’s Leading Adventure Tourist Attraction 2023 – Passadiços do Paiva
Europe’s Leading Airline to Africa 2023 – TAP Air Portugal
Europe’s Leading Airline to South America 2023 – TAP Air Portugal
Europe’s Leading All-Inclusive Resort 2023 – Pestana Porto Santo All Inclusive
Europe’s Leading Beach Destination 2023 – Algarve
Europe’s Leading Boutique Hotel 2023 – Verride Palácio Santa Catarina
Europe’s Leading City Break Destination 2023 – Porto
Europe’s Leading City Destination 2023 – Lisboa
Europe’s Leading Cruise Port 2023 – Lisbon Cruise Port
Europe’s Leading Destination 2023 – Portugal
Europe’s Leading Island Destination 2023 – Madeira
Europe’s Leading Island Resort 2023 – Saccharum
Europe’s Leading Landmark Hotel 2023 – Bairro Alto Hotel
Europe’s Leading Lifestyle Resort 2023 – Vale do Lobo
Europe’s Leading Luxury Boutique Hotel 2023 – Valverde Hotel
Europe’s Leading Luxury Business Hotel 2023 – Pestana Palace Lisboa
Europe’s Leading New Tourist Attraction 2023 – Quake – Lisbon Earthquake Center
Europe’s Leading Resort Villas 2023 – Dunas Douradas Beach Club
Europe’s Leading River Cruise Company 2023 – DouroAzul
Europe’s Leading Sports Resort 2023 – Cascade Wellness Resort
Europe’s Leading Villa Resort 2023 – Martinhal Sagres Beach Family Resort
Europe’s Leading Wine Region Hotel 2023 – L’AND Vineyards
Europe’s Most Romantic Resort 2023 – Monte Santo Resort
Europe’s Responsible Tourism Award 2023 – Dark Sky Alqueva

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19 e 20 de outubro: Termas de Portugal vão a congresso nas Caldas da Rainha

As Caldas da Rainha vão acolher, nos dias 19 e 20 de outubro, o Congresso Termas de Portugal, promovido pela ATP, que pretende analisar um conjunto de questões que preocupam o setor, não apenas do ponto de vista terapêutico, mas também ao nível da promoção da saúde e do bem-estar.

O Congresso Termas de Portugal, que vai ter lugar nos dias 19 e 20 de outubro no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, vai não só tentar perceber as novas sugestões e novas descobertas que estejam a ser trabalhadas na área do termalismo e da saúde e bem-estar, mas também conhecer as dinâmicas de inovação, e as novas dinâmicas ligadas ao setor e os novos conceitos que estão em voga, “procurando inovar aquilo que é a nossa oferta termal, não cingindo apenas no terapêutico, que é e continuará a ser o nosso core, mas também, novos programas e novas ações que podem ser dinamizadas nas termas”. Estes são, segundo Victor Leal, presidente da Associação das Termas de Portugal (ATP) as temáticas que estarão em debate neste congresso e que foram apresentadas em exclusivo ao Publituris.

O dirigente referiu que vai-se retomar o que foi interrompido, desde a pandemia, com o congresso em Chaves em 2019. Agora, todos os associados ATP vão voltar a estar juntos, partilhar as suas opiniões e ouvir alguns especialistas internacionais que vão trazer o seu “apport” sobre aquilo que é hoje a visão para o termalismo para Portugal e para a Europa.

O encontro, que pretende reunir todos os especialistas deste setor, não só do termalismo como também da parte da saúde e bem-estar, está marcado para as Caldas da Rainha “que são das termas mais antigas de Portugal, mais conhecidas e com uma história infinita ligada ao termalismo”, considerou Victor Leal.

O congresso deverá contar com cerca de 200 participantes, o mesmo número que esteve em Chaves em 2019. No entanto, sendo Chaves, em termos de acessibilidades, menos central, a organização acredita que, dada à maior centralidade das Caldas da Rainha, há a expectativa de superar esse número, até porque “o congresso está a despertar enorme curiosidade face à diversidade dos temas”.

Programa abrangente

Coube ao secretário-geral da ATP, João Barbosa, apresentar em linhas gerais, ao Publituris, o programa, as temáticas que serão debatidas no congresso e os oradores, que podem ser consultados em detalhe no site https://congresso.termasdeportugal.pt/ e que disponibiliza toda a informação atualizada para quem quiser participar no evento.

“O programa é bastante abrangente, toca todas as áreas relevantes daquilo que é a fileira do termalismo, desde os temas relacionados com a água mineral natural, elemento que confere identidade  e diferencia aquilo que umbilicalmente está ligado à saúde, sendo que a saúde tem de ser vista de uma forma muito mais alargada, não só numa ótica de tratamentos, mas cada vez mais, de promoção de estilos de vida saudável e prevenção da doença”, explicou João Barbosa.

“É esse o posicionamento que temos hoje no setor do termalismo”, disse, para acrescentar que “essa abrangência faz com que tenhamos painéis que estão relacionados com a hidrogeologia, no sentido do aproveitamento da energia geotérmica, que decorre da utilização do calor da água mineral natural”.

No entanto, “vamos debater também outras áreas como toda a vertente relacionada com o mercado, estruturação da oferta e promoção”. Dada a preocupação da ATP com estas temáticas, a diretora do Turismo de Portugal em Espanha, Maria de Lurdes Vale, apresentará as prioridades e motivações do turista espanhol quando dirige para fora do seu país, “para que em Portugal possamos estruturar o nosso produto de uma forma mais adequada às motivações do turismo internacional e espanhol, porque Espanha é o nosso mercado externo natural e o nosso maior mercado de procura hoje nas termas”, enfatizou o secretário-geral da ATP.

Esta questão também vem ao encontro do “desígnio deste setor e um ponto importante da agenda da ATP, que é a internacionalização das termas. Assim, o objetivo é trazer empresários do setor para uma aprendizagem, partilha de conhecimentos e de experiências, que possam ser úteis para este desígnio”, destacou.

Uma preocupação também com a inovação, ao nível de processos, gestão e de modelo de negócio “num setor que está em evolução numa sociedade que está em grande mudança e turbulência”, de acordo com João Barbosa, está refletida num dos painéis do congresso porque “queremos perceber o que é que em termos de inovação, desenvolvimento e competitividade é importante refletir hoje em dia”.

Por outro lado, o Congresso Termas de Portugal vai analisar as oportunidades de investimento, uma vez que o país se encontra na fase de transição entre quadros comunitários de apoio. Portanto, “vamos ter da parte do PO Centro de Portugal 2030 uma intervenção sobre essas oportunidades no âmbito desse programa”, bem como passar em revista os apoios financeiros ao investimento para este setor no âmbito do Turismo de Portugal. Outro painel considerado importante pela ATP diz respeito aos fatores de competitividade das empresas que, neste setor do termalismo, “não foge à regra”.

Inovação, formação e investigação

João Barbosa deu conta ainda que “vamos falar de inovação, de formação profissional, de ensino e de investigação, áreas importantes para aquilo que é a modernidade neste setor, e vamos apresentar, em primeira mão, bolsas de investigação da Universidade da Beira Interior, Associação Termas de Portugal e do NEST para alunos do mestrado e doutoramento em temas relacionados com a área do termalismo e do turismo de saúde e bem-estar”.

Ainda no que respeita à formação, o congresso irá apresentar a oferta formativa das Escolas de Hotelaria e Turismo do Turismo de Portugal, nomeadamente, da Escola do Oeste, que dará a conhecer a edição de 2023-2024 do curso de saúde e bem-estar, que “sem sido um sucesso desde que se iniciou, criado com o envolvimento da ATP e considerado ponto de referência na formação nesta área”, realçou o responsável.

A Associação vai igualmente aproveitar a ocasião para assinar um protocolo no âmbito da Formação + Próxima, para as áreas mais técnicas das termas, em parceria com o Turismo de Portugal. “E porque nos interessa captar novas gerações para este fenómeno do termalismo e saúde e bem-estar, vamos ter a assistir ao congresso os alunos e docentes desses cursos”, informou.

O segundo dia do congresso será dedicado à promoção de saúde e de estilos de vida saudável. De destacar a presença da diretora executiva do Plano Nacional de Saúde 2021-2030, Fátima Quitério, que vai apresentar as linhas gerais desse plano, publicado em agosto último, e aquilo que podem ser as oportunidades das termas no âmbito das políticas de promoção de saúde e estilos de vida saudável, bem como as possibilidades que se deparam às termas nos próximos anos para poderem estar alinhadas e terem uma oferta que vá de encontro às prioridades do plano.

O congresso finaliza com um tema que tem a ver com a sustentabilidade e eficiência energética, “em que as termas estão a trabalhar de uma forma bastante proativa”, explicou o secretário-geral da Associação.

Neste âmbito será apresentado, em primeira mão, o guia de boas práticas de sustentabilidade nas termas, trabalho desenvolvido pela ATP e pelo Turismo de Portugal, que se insere no âmbito dos guias que outros produtos turísticos têm vindo a apresentar. “Este guia terá um papel muito importante quer para as empresas, os empresários, os municípios, os territórios termais, bem como todos os stakeholders que intervêm e têm interesse nesta atividade, no sentido de implementar nos seus vários níveis, quer ambientais, quer sociais. Sabendo que as termas estão localizadas maioritariamente em territórios de baixa densidade, a interligação com as comunidades locais é vital para que a atratividade das termas seja cada vez maior”, defendeu.

Caldas da Rainha – cidade termal

O presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Vítor Marques, que esteve presente na apresentação, referiu que, o local que acolhe o Congresso Termas de Portugal, é conhecida como cidade termal, mas este setor tem passado por alguns altos e baixos, tendo recebido, em 2022 cerca de 400 aquistas, devendo chegar este ano aos mil.

Em 2015, quem fazia a gestão do hospital termal das Caldas da Rainha era o próprio hospital, mas, nos últimos anos “foram desinvestindo naquilo que era o termalismo, e as termas foram fechadas”, disse Vítor Marques, salientando que “o município assumiu a gestão porque era um projeto importante para a cidade, concelho e região, e começou a fazer alguma reabilitação do espaço, que hoje está a funcionar, embora com uma dimensão mais pequena em relação àquilo que foi no passado”.

É nesse sentido que, de acordo com o autarca “vamos, durante o congresso, lançar um projeto que estamos a desenvolver, que é o masterplan do termalismo, onde vamos apresentar a nossa visão estratégica para este setor, que é muito mais que águas ou que termas, mas juntando toda a parte ambiental, cultural, do turismo, da gastronomia e da tradição, ou seja, com todo o envolvimento das comunidades e com ofertas complementares ao próprio termalismo”.

 

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Destinos

Agosto com recorde de 10 milhões de dormidas

O número de dormidas registadas em agosto de 2023 superou, pela primeira vez, as 10 milhões. No acumulado do ano (janeiro-agosto) o total de dormidas ficou perto das 53 milhões, apesar do decréscimo registado nos residentes, compensado pela subida dos mercados internacionais.

Victor Jorge

O setor do alojamento turístico registou 3,5 milhões de hóspedes e 10,1 milhões de dormidas, em agosto de 2023, correspondendo a crescimentos de 4,8% e 1,4%, respetivamente (+4,4% e +1,7% em julho de 2023, pela mesma ordem), avançam os números divulgados esta sexta-feira (29 de setembro) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Face a agosto de 2019, registaram-se crescimentos de 6,3% nos hóspedes e 4,9% nas dormidas.

No período acumulado de janeiro a agosto de 2023, as dormidas aumentaram 12%, +2,4% nos residentes e +16,9% nos não residentes, fixando-se nas 52,9 milhões. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas cresceram 8,9%, +10% nos residentes e +8,4% nos não residentes

No oitavo mês de 2023, o INE indica que as dormidas de residentes mantiveram uma trajetória decrescente (-6,9%; -2,8% em julho), totalizando 3,5 milhões. Em contrapartida, o crescimento dos mercados externos acelerou (+6,4%, após +3,9% em julho), tendo sido registados 6,6 milhões de dormidas.

Face a agosto de 2019, observou-se um abrandamento do crescimento das dormidas de residentes (+0,9%, após +11,6% em julho), ao contrário do que se verificou nas dormidas de não residentes (+7,1%, após +5,1% em julho).

Entre os 17 principais mercados emissores (88,6% do total de dormidas de não residentes), os Estados Unidos da América e o Canadá continuaram a destacar-se, registando os maiores crescimentos (+28,9% e +27,5%, respetivamente) face a agosto de 2022. Em sentido contrário, os mercados finlandês e espanhol registaram os maiores decréscimos nas dormidas (-10,4% e -4,3%, respetivamente).

Face a agosto de 2019, as dormidas de residentes no Reino Unido (17,5% do total das dormidas de não residentes em agosto) continuaram a crescer (+6,2%; +5,3% face a 2022).

O mercado espanhol (quota de 16%) registou um decréscimo de 5,4% nas dormidas, face a agosto de 2019, tendo mantido a segunda posição entre os principais mercados. O terceiro principal mercado foi o francês (11,8% do total), diminuindo ligeiramente face a 2019 (-0,7%; -3,7% face a 2022). O mercado alemão (quota de 9%) aumentou 9,3% comparando com 2019 (+4,9% face ao ano anterior).

Os mercados norte americano e canadiano continuaram a destacar-se, com crescimentos de 65,6% e 60,1%, respetivamente, face a 2019, enquanto os maiores decréscimos se observaram nas dormidas de hóspedes brasileiros (-19,3%), suecos (-13,8%) e finlandeses (-10,2%).

Por regiões, o Algarve concentrou 31,3% das dormidas, seguindo-se Lisboa (21,2%) e o Norte (17,1%). Os maiores crescimentos registaram-se no Norte (+5,4%), Açores (+4,5%) e Centro (+4,1%), tendo-se verificado decréscimos no Algarve (-1,9%) e na Madeira (-1,2%).

Comparando com agosto de 2019, o Algarve continuou a registar um decréscimo de dormidas (-7,9%; -6,2% em julho). Nas restantes regiões, mantiveram-se os crescimentos, com maior expressão no Norte (+22,7%), na Madeira (+16,5%) e nos Açores (+14,1%).

Com exceção do Alentejo (+0,1%; +9,2% face a 2019), todas as restantes regiões registaram diminuições das dormidas de residentes, mais expressivas na Madeira (-17,1%; +25,1% comparando com 2019) e no Algarve (-13,7%; -14,3% face a 2019).

Todas as regiões registaram crescimentos das dormidas de não residentes face ao ano anterior, destacando-se o Centro (+12,6%; +10% face a 2019), o Alentejo (+12,3%; +2,4% comparando com 2019) e os Açores (+10,7%; +26,8% face a 2019). O Algarve continuou a ser a única região a decrescer face a 2019 (-4,2%).

A estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,85 noites) diminuiu 3,2% (-2,6% em julho). Registaram-se decréscimos em todas as regiões, exceto nos Açores (+0,4%).

A estada média dos residentes (2,5 noites) diminuiu 4,9% e a dos não residentes (3,08 noites) decresceu 3,1%.

Os valores mais elevados deste indicador verificaram-se na Madeira (5,01 noites) e no Algarve (4,43 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (2,01 noites) e no Norte (2,08 noites).

Finalmente, no que diz respeito à taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (66,6%) diminuiu 2,2 p.p. em agosto (-1,9 p.p. em julho), tendo ficado, pelo terceiro mês consecutivo, abaixo do valor observado em 2019 (-2,1 p.p.).

Em agosto, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se no Algarve (74,8%), na Madeira (74,3%) e nos Açores (67,8%). Todas as regiões registaram reduções, que foram mais expressivas no Alentejo (-3,6p.p.) e em Lisboa (-3,4 p.p.).

A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (73,6%) diminuiu 1,3 p.p. (-1,4p.p. em julho), mas ficou acima do valor observado em 2019 (+1 p.p.).

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Governo aprova redução de 30% nas portagens eletrónicas no interior e onde não há alternativas

O decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros prevê uma redução de 30% nas portagens do interior do país e do Algarve, nomeadamente na A22 – Algarve; A23 – IP e Beira Interior; A24 – Interior Norte; A25 – Beiras Litoral e Alta; A4 – Transmontana e Túnel do Marão; A13 e A13-1 Pinhal Interior.

Inês de Matos

O Governo aprovou esta quinta-feira, 28 de setembro, em Conselho de Ministros, a redução de 30% do valor a cobrar nos lanços e sublanços das autoestradas com sistemas de portagem exclusivamente eletrónicos dos territórios do interior do país, assim como nas zonas onde não existem vias alternativas.

“Foi aprovado o decreto-lei que procede à criação de um regime de redução no valor das taxas de portagens cobradas aos utilizadores nos lanços e sublanços das autoestradas com sistemas de portagem exclusivamente eletrónicos dos territórios do interior do país, bem como naqueles onde não existem vias alternativas ou as existentes não permitem um uso em qualidade e segurança”, lê-se no comunicado divulgado pelo Conselho de Ministros.

O decreto-lei prevê, desta forma, uma redução de 30% no valor cobrado nas portagens do interior do país e do Algarve, nomeadamente na A22 – Algarve; A23 – IP e Beira Interior; A24 – Interior Norte; A25 – Beiras Litoral e Alta; A4 – Transmontana e Túnel do Marão; A13 e A13-1 Pinhal Interior.

Recorde-se que esta era uma medida há muito pedida pelas empresas algarvias e do interior do país, nomeadamente por parte do setor do turismo, que olhava para estas portagens como um impedimento à existência de uma maior procura turística nestes territórios.

Em julho, Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, já tinha revelado que o Governo estava a trabalhar num programa para a redução das portagens, que deveria ser apresentado “muito brevemente” e que abrangeria as ex-SCUT, assim como a Via do Infante, no Algarve.

Na altura, a governante considerou que “reduzir as portagens vai contra aquilo que são as orientações de descarbonização” mas lembrou que esta decisão “se justifica nestes territórios” do interior, onde existem graves problemas de mobilidade e de acessibilidade.

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Embratur e TAP em parceria para ampliar conectividade para o Brasil

O acordo prevê um plano de ações conjuntas de promoção de destinos do Brasil nas cidades que se conectam com o país a partir de Portugal em voos da TAP.

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A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e a companhia aérea TAP Air Portugal assinaram, recentemente, um Protocolo de Intenções para trabalhar conjuntamente no alargamento da conectividade aérea internacional com destino ao Brasil, através de voos operados pela companhia nos aeroportos de Lisboa e Porto.

O acordo assinado pelo presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e pelo Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, prevê que a Embratur atue com ações de promoção dos voos e de destinos brasileiros nas cidades que se conectam ao Brasil a partir dos voos operados pela TAP. O objetivo é ampliar a procura por estas rotas de turistas estrangeiros interessados em visitar o Brasil.

O plano de trabalho conjunto estabelece igualmente critérios de sustentabilidade e inovação, com regras de compliance e transparência, e prevê ações para os próximos anos, com foco em sustentar um aumento da oferta de voos para diferentes destinos do Brasil.

Para a Embratur, a parceria é estratégica para ampliar a chegada de turistas da Europa e África, através do hub aéreo da TAP Air Portugal em Lisboa e Porto, cidades em que a companhia portuguesa possui acordo de codeshare de rotas com outras aéreas europeias, permitindo que o turista chegue ao Brasil facilmente com a compra de um único bilhete.

“Estamos muito felizes com a assinatura deste acordo, que pautará a colaboração entre TAP e Embratur nos próximos anos. A empresa bandeira de Portugal é muito estratégica para nossa estratégia de atrair cada vez mais turistas europeus e africanos para o Brasil, principalmente para as regiões Norte e Nordeste, que podem ser alcançadas com uma rápida conexão em Portugal. Essa parceria, por óbvio, torna o Brasil ainda mais próximo de Portugal, país para o qual temos um olhar especial, estamos trabalhando para recuperarmos os patamares históricos de chegada de portugueses em nosso país.

Para Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, “celebrar esta parceria com a Embratur é muito importante para nós e, é o materializar de uma estratégia da companhia que tem como objetivo a promoção internacional do destino Brasil nos países onde faz conexões. Atualmente, a TAP oferece 80 voos semanais, com saídas de 11 capitais brasileiras, e acabamos de anunciar o reforço de voos em 2024, onde vamos atingir um recorde – 91 voos por semana, uma média de 13 por dia”.

“A assinatura deste acordo com a Embratur é o reafirmar da TAP como a mais importante companhia aérea internacional a ligar o Brasil à Europa, a companhia Aérea europeia mais brasileira, e queremos continuar a ser cada vez mais”.

Atualmente, a TAP possui voos diretos de São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Natal, Maceió, Porto Alegre, Recife e Salvador, para Lisboa, além de conectar o Porto a São Paulo e ao Rio de Janeiro. No total, são 11 cidades do Brasil (13 rotas) que a TAP conecta diretamente à Europa.

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CTP apoia criação do “Dia Nacional do Agente de Viagens” pela APAVT

A proposta de criação do “Dia Nacional do Agente de Viagens” pela Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), recebe o apoio oficial da CTP.

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A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) apoia a iniciativa que a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) anunciou relativamente à criação oficial do “Dia Nacional do Agente de Viagens”.

Francisco Calheiros, presidente da CTP, refere diz “conhecer muito bem a importância e o papel dos agentes de viagens no desenvolvimento do turismo e da economia do país. São parceiros absolutamente fundamentais, de confiança, que desempenham um papel crítico na promoção de Portugal em todo o mundo. É exatamente por essa razão que é com muita alegria que acolho esta iniciativa da APAVT”.

O presidente da CTP afirma ainda que, “pelo nosso lado, daremos todo o apoio possível à APAVT na promoção desta iniciativa”.

O “Dia Nacional do Agente de Viagens”, proposto pela APAVT, visa celebrar o papel relevante desempenhado pelos agentes de viagens, designadamente, no interface entre a procura e a oferta turísticas, na promoção e distribuição do produto turístico português, dentro e fora de portas, bem como o serviço prestado aos residentes, na oferta de soluções de viagens e férias com fiabilidade, confiança e em segurança.

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