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Turismo volta a crescer com EUA a posicionar-se como 3.º mercado
Depois de quebras no mês de abril, o setor do alojamento turístico regressou aos números positivos nas dormidas e hóspedes. Com o mercado britânico a liderar, destaque para os EUA que se posicionam como 3.º mercado emissor, ultrapassando Espanha e França.
Victor Jorge
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O setor do alojamento turístico registou 3,1 milhões de hóspedes (2,6 milhões em abril) e 7,7 milhões de dormidas em maio de 2024 (6,5 milhões em abril), correspondendo a subidas de 9,4% e 7,5%, respetivamente, depois de em abril deste ano ter caído 3,7% e 4,3%, pela mesma ordem), revelam os números do Instituo Nacional de Estatística (INE).
As dormidas de residentes totalizaram 1,9 milhões, voltando a aumentar (+7,6%), após o decréscimo de 12,4% em abril, enquanto a evolução registada pelos mercados externos foi de 7,5%, depois de uma quebra de 0,9% em abril, alcançando 5,8 milhões de dormidas.
Os 10 principais mercados emissores representaram, em maio, 77,5% do total de dormidas de não residentes neste mês, destacando-se o mercado britânico (19,1% do total das dormidas de não residentes em maio), o de maior peso, com um aumento de 2,1% face ao mês homólogo, superando as 1,1 milhões de dormidas no quinto mês de 2024.
As dormidas do mercado alemão (11,8% do total), o segundo principal, cresceram 10%, fixando-se nas 680 mil, seguindo-se o mercado norte americano, na terceira posição (quota de 10,1%), com um aumento 17,3%, ultrapassando, com as 585 mil dormidas, o mercado francês (peso de 9,2%), um dos poucos, entre os principais, que decresceram (-1,8%), fixando-se nas 529 mil dormidas, em maio de 2024. No conjunto dos cinco primeiros meses do ano, é de realçar a evolução do mercado norte americano (+16,2%), que assumiu a terceira posição, ultrapassando os mercados espanhol e francês.
No grupo dos 10 principais mercados emissores, destacaram-se ainda os mercados espanhol e canadiano (quotas de 7% e 3,2%, respetivamente) pelos crescimentos mais significativos, +22,5% e +18,2%, pela mesma ordem. O mercado brasileiro (quota de 4,5%) foi o que mais decresceu (-2,1%).
No que diz respeito à performance das regiões nacionais, destaque para o facto de, em maio, todas as regiões terem registado crescimentos nas dormidas. Os aumentos mais expressivos observaram-se, segundo o INE, no Alentejo (+18%) e nos Açores (+17,6%), enquanto os crescimentos mais modestos se registaram no Algarve (+5,2%), na Madeira (+5,6%) e na Grande Lisboa (+5,7%).
As dormidas de residentes apresentaram crescimentos em todas as regiões, com exceção da Madeira (-2,7%). O Alentejo destacou-se com o maior crescimento (+18,7%), seguindo-se o Oeste e Vale do Tejo (+12,6%) e o Centro (+11,4%).
As dormidas de não residentes cresceram em todas as regiões, de forma mais expressiva nos Açores (+21,7%), na Península de Setúbal (+19%) e no Alentejo (+16,9%).
Menos positivos são os dados referentes à estada média que, em maio, ) diminuiu 1,7% (-0,7% em abril) nos estabelecimentos de alojamento turístico, fixando-se nas 2,47 noites.
Este indicador registou os maiores crescimentos nas Regiões Autónomas (+3,5% nos Açores e +1,3% na Madeira), tendo decrescido de forma mais expressiva no Oeste e Vale do Tejo (-3,6%) e no Centro (-2,7%).
Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,37 noites) e no Algarve (3,80 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,60 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,68 noites).
Em maio, a estada média dos residentes (1,81 noites) diminuiu 1,4% e a dos não residentes (2,81 noites) decresceu 1,8%, mostram os dados do INE.
A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, tendo a Madeira continuado a registar as estadas médias mais prolongadas, quer dos residentes (2,87 noites) quer dos não residentes (4,73 noites). Para além da Madeira, as estadas médias observadas no Algarve (2,73 noites dos residentes e 4,08 noites dos não residentes) e nos Açores (2,68 noites e 3,33 noites, pela mesma ordem) também ficaram acima das estadas médias nacionais.