AirHelp diz que Portugal foi dos países europeus mais afetados por perturbações de voos em 2022
Segundo a AirHelp, em 2022, houve 63 mil voos com algum tipo de perturbação em território nacional, que afetaram mais de nove mil passageiros.
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Portugal foi um dos países europeus mais afetados por perturbações de voos em 2022, avança a AirHelp, empresa de defesa dos direitos dos passageiros aéreos, que diz que, no ano passado, houve 63 mil voos com algum tipo de perturbação em território nacional, que afetaram mais de nove mil passageiros.
“De acordo com a análise realizada pela AirHelp, dos países europeus com maior tráfego aéreo, Portugal é dos que apresenta uma maior taxa de voos atrasados e de passageiros afetados. Só em 2022, mais de 63 mil voos sofreram algum tipo de perturbação – cancelamento ou atrasos – afetando mais de 9 milhões de passageiros, dos mais de 26 milhões que viajaram a partir de Portugal (34%)”, lê-se num comunicado da empresa, que estima que 650 mil passageiros sejam elegíveis para a obtenção de compensação, segundo o Regulamento CE 261/2004.
Por aeroportos, foi em Lisboa que se verificou o maior número de perturbações, com 39% dos voos afetados, seguindo-se o Aeródromo do Corvo, nos Açores, onde as perturbações afetaram 32% dos voos, e o Aeroporto da Madeira e o das Flores, ambos com 28% dos voos afetados.
No entanto, o país da Europa com maior número de passageiros afetados foi o Reino Unido, onde mais de 32 milhões de viajantes sofreram perturbações, o que significa que 35% do total de passageiros que voaram a partir do Reino Unido passaram por problemas nos voos.
Depois do Reino Unido, o país europeu com maior número de perturbações foi a Alemanha, com 26 milhões de passageiros a sofrerem perturbações nos seus voos, seguindo-se a Turquia, onde mais de 22 milhões de viajantes foram afetados (32%), colocando o país em terceiro lugar na lista em análise.
A AirHelp sublinha, contudo, que foi na Holanda que se registou a maior taxa de atrasos e cancelamentos, com 34% dos voos e mais de 11 milhões de pessoas afetadas, enquanto o Reino Unido e a Irlanda foram o segundo e terceiro países europeus, respetivamente, com a maior taxa de voos atrasados ou cancelados.
“O ano de 2022 não foi um bom ano para os passageiros aéreos. O verão, em particular, demonstrou que os aeroportos e as companhias aéreas não estavam preparados para o aumento das viagens aéreas após a pandemia”, afirma Pedro Miguel Madaleno, advogado da AirHelp especialista em direito dos passageiros aéreos, prevendo que a tendência se mantenha em 2023.
A nível global, a AirHelp diz ainda que, em 2022, “um em cada três passageiros viu o seu voo descolar fora do horário previsto e só nos meses de junho e julho mais de 40% dos viajantes sofreram problemas nos seus voos”.