Viagens de luxo poderão registar evolução em 2022, revela análise da GlobalData
Experiências autênticas, hiper-personlaização do serviço e oferta e até o “toque humano” fazem parte das “novas exigências” de quem pretende realizar viagens de luxo. Isto sem esquecer as preocupações com a sustentabilidade, revela um relatório recente da GlobalData.

Victor Jorge
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O mercado de viagens de luxo registou um influxo nas tendências de consumo como resultado da pandemia da COVID-19, tendo-se verificado um boom nos serviços de aviação privada, trabalho remoto em locais distantes e procura por aquisições privadas de grandes vilas ou hotéis boutique, constata a GlobalData.
A consultora revela no “Luxury Travel Market Trend and Analysis of Traveller Types, Key Destinations, Challenges and Opportunities, 2022 Update” que os viajantes de luxo regressaram às viagens tanto domésticas como internacionais no “rescaldo” da pandemia, adiantando que “poderão começar a procurer experiências mais imersivas e mais excecionais que e manos anteriores”.
Hannah Free, analista de Viagens e Turismo na GlobalData, refere que “os viajantes estão determinados a compensar o tempo perdido e 2022 poderá ver um aumento nos orçamentos de férias para viajantes de luxo, com um aumento na procura por aventuras únicas”.
De acordo com a análise da GlobalData, quando questionados se os seus orçamentos de férias haviam mudado devido ao COVID-19, 16% dos inquiridos responderam que eram “muito maiores do que antes da COVID-19”, enquanto 12% afirmaram que eram “ligeiramente superiores do que antes do COVID-19”.
Apesar da procura por viagens de luxo, há uma crescente demografia de consumidores socialmente conscientes e com alto rendimento líquido que estão a “rejeitar demonstrações ostensivas de riqueza em favor de um consumo discreto e responsável”, frisa a Globaldata, adiantando ainda que a abordagem atual ao luxo é “impulsionada pela vida ética, artesanato, autenticidade e sustentabilidade”.
A experiência é a “nova moeda” para esses turistas, que buscam a auto-realização por meio de viagens mais verdes e férias ecológicas, enquanto querem “fazer o bem” para as pessoas e o planeta. “Se as marcas de viagens de luxo ignorarem essa tendência, isso poderá colocá-las num enorme risco de desconexão total com um público que busca opções sustentáveis”, destaca ainda o relatório da consultora.
Hannah Free conclui ainda que, “embora a COVID-19 tenha mudado muitos aspetos das viagens de luxo, ainda existem várias características definidoras que diferenciam o setor do turismo de mercado de massa. Isso inclui hiper-personalização, exclusividade, experiências únicas, serviço intuitivo e o sempre importante elemento de ‘toque humano’”.