AL: GuestReady defende lei que proteja os residentes e garanta convivência entre turismo e comunidades locais
A GuestRead defende que o setor do Alojamento Local representa uma parte da economia moderna, com impacto direto na criação de emprego, no apoio ao comércio local e na reabilitação urbana, mostrando-se preocupada com a forma como o AL tem sido frequentemente apontado como o principal culpado pela crise na habitação.

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Para Rui Silva, diretor geral da GuestReady em Portugal, empresa centrada na gestão de arrendamentos a curto e médio prazo, o enquadramento legal para o setor deve primar pela equidade, apontando que “o caminho deve ser o do equilíbrio: uma regulamentação justa, que responsabilize quem atua fora da lei e não penalize os operadores profissionais e responsáveis, como é o nosso caso e de outros, que contribuem positivamente para a valorização do acervo urbano e turístico”.
Segundo lembra, a nova legislação aponta para uma maior descentralização do poder de decisão sobre o AL, ao entregar-se mais competências às autarquias. No entanto, na perspetiva da empresa,” este é um passo com potencial positivo desde que seja acompanhado por critérios claros, coerência nacional e diálogo com os operadores”.
Rui Silva, refere ainda que “a proximidade das autarquias às realidades locais pode permitir uma gestão mais ajustada às necessidades específicas de cada território”, para justificar, no entanto, que “essa descentralização também traz riscos se não for acompanhada por critérios claros, uniformidade mínima a nível nacional e uma base sólida de dados e planeamento”.
O diretor geral da GuestReady no nosso país, defende que “não nos opomos a qualquer regulamentação que tenha em consideração todas as partes envolvidas e que se baseie em factos e números, para avançar que, “como é inegável, o problema da habitação em Portugal é estrutural”.
Em relação à regulamentação do AL que recentemente esteve em consulta pública para o município de Lisboa, a GuestReady realça o esforço da autarquia, para indicar que a proposta de alteração ao RMAL em Lisboa “reflete um esforço da autarquia para responder aos desafios urbanos atuais e à necessidade de uma gestão mais equilibrada do território, considera Rui Silva, que acrescenta ser fundamental que qualquer alteração legislativa “seja cuidadosamente ponderada para evitar impactos negativos no setor”.
O responsável observa que “a imposição de limites rigorosos, como a redução dos rácios entre estabelecimentos de AL e alojamentos familiares pode ter efeitos indesejados, como a saída de pequenos proprietários do mercado ou a migração para modelos não regulamentados. E é precisamente o negócio paralelo que é preciso combater”.
Além disso, conclui que “aa suspensão imediata de novos registos de AL em algumas freguesias, sem uma análise aprofundada das especificidades locais, pode não ser a solução mais eficaz para os problemas habitacionais”.
Por fim, a GuesReady acredita que, em 2035, o AL em Portugal será mais profissionalizado, sustentável e integrado na sociedade. A tecnologia terá um papel central na gestão da parte operacional e também na experiência do hóspede, sem substituir o toque humano. O setor será mais regulado, mas também mais valorizado, com maior equilíbrio entre turismo e habitação, e que Portugal continuará a ter um papel de destaque, combinando inovação com hospitalidade autêntica.