Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP)
Foto: Frame It
CTP critica relatório da CTI que “não prevê nenhuma solução para o médio prazo”
Apresentada que foi a solução mais viável para a localização do novo aeroporto para a região de Lisboa, com a indicação de Alcochete, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) considera que “não podemos estar 10 anos ou mais a ver o problema aeroportuário a agravar-se”.
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Depois de apresentado o “Relatório de Avaliação de Opções Estratégicas para o Aumento da Capacidade Aeroportuária da Região de Lisboa” pela Comissão Técnica Independente (CTI) que aponta Alcochete como a localização com mais vantagens para a construção do novo Aeroporto de Lisboa, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) vem criticar o mesmo, afirmando que este “não prevê nenhuma solução para o médio prazo, o que nos parece um erro, já que não podemos estar 10 anos ou mais a ver o problema aeroportuário a agravar-se”.
Assinalando que a CTI afirmara que iria apresentar uma solução para “o curto, médio e longo prazo”, a CTP considera que, “entre as opções prevê-se que este possa localizar-se numa infraestrutura inexistente, pelo que não iriamos ter novo aeroporto nos próximos 12 ou 15 anos”.
De resto, a CTP considera que o que a CTI anunciou “não é vinculativo e requer decisão política que, mais uma vez, vai ficar adiada devido à atual conjuntura política”, salientando a confederação liderada por Francisco Calheiros que “temos de ficar à espera do novo Governo que saia das eleições legislativas a 10 de março, para ter uma decisão, que já devia ter sido tomada há mais de 50 anos”.
Quanto ao Aeroporto Humberto Delgado (AHD), a CTP entende que a CTI apresentou uma proposta de curto prazo que, no geral, prevê a remodelação do AHD, tendo como objetivo melhorar as condições do aeroporto, mas que, “sendo este investimento importante e necessário, não resolve, porém, o essencial, que é permitir ter mais voos”.
E porque há uma decisão política a tomar, a CTP gostaria que “os dois maiores partidos, PSD e PS, fizessem já um pacto de regime que tenha como prioridades temas que vão para lá de uma legislatura. Desde logo a decisão sobre o novo aeroporto, assim como a TAP”.
De resto, na apresentação de dia 5 de dezembro, Francisco Calheiros questionou a CTI relativamente “ao curto prazo”, apontando que o médio ou longo prazo “significam 10 ou 15 anos de espera”, lembrando, mais uma vez, que o turismo não pode esperar este tempo, e considerando que “as obras na Portela são urgentes”.
Em resposta, Rosário Macário, coordenadora da área dedicada ao Planeamento Aeroportuário, respondeu que o AHD “não tem capacidade de expansão para aeronaves” e o que se poderá fazer “são melhoramentos a nível operacional e de serviços aos passageiros”. No entanto, referiu ainda que “não vamos esperar 15 anos, mas também não fazemos milagres”, explicando que a primeira pista deverá estar operacional em “sete anos”.