Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP)
Foto: Frame It
CTP critica relatório da CTI que “não prevê nenhuma solução para o médio prazo”
Apresentada que foi a solução mais viável para a localização do novo aeroporto para a região de Lisboa, com a indicação de Alcochete, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) considera que “não podemos estar 10 anos ou mais a ver o problema aeroportuário a agravar-se”.
Publituris
GEA Portugal passou a integrar 40% do capital social da GEA Brasil
Vila Galé inaugura oficialmente o primeiro hotel Collection no Brasil
Ultrapassados os 27,5 milhões de hóspedes e 71 milhões de dormidas até outubro
Aeroportos apelam a revisão urgente das regras europeias em matéria de ‘slots’
Plataforma digital “Turismo Fora d’Horas”
Governo estabelece novo limite de idade para controladores de tráfego aéreo
Eurocontrol espera 12 milhões de voos em 2030 na Europa
Solférias reforça programação para a Tunísia
Redução da carga fiscal é prioritária para empresários para crescimento económico em Portugal
Turismo da ONU lança desafio global de Inteligência Artificial
Depois de apresentado o “Relatório de Avaliação de Opções Estratégicas para o Aumento da Capacidade Aeroportuária da Região de Lisboa” pela Comissão Técnica Independente (CTI) que aponta Alcochete como a localização com mais vantagens para a construção do novo Aeroporto de Lisboa, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) vem criticar o mesmo, afirmando que este “não prevê nenhuma solução para o médio prazo, o que nos parece um erro, já que não podemos estar 10 anos ou mais a ver o problema aeroportuário a agravar-se”.
Assinalando que a CTI afirmara que iria apresentar uma solução para “o curto, médio e longo prazo”, a CTP considera que, “entre as opções prevê-se que este possa localizar-se numa infraestrutura inexistente, pelo que não iriamos ter novo aeroporto nos próximos 12 ou 15 anos”.
De resto, a CTP considera que o que a CTI anunciou “não é vinculativo e requer decisão política que, mais uma vez, vai ficar adiada devido à atual conjuntura política”, salientando a confederação liderada por Francisco Calheiros que “temos de ficar à espera do novo Governo que saia das eleições legislativas a 10 de março, para ter uma decisão, que já devia ter sido tomada há mais de 50 anos”.
Quanto ao Aeroporto Humberto Delgado (AHD), a CTP entende que a CTI apresentou uma proposta de curto prazo que, no geral, prevê a remodelação do AHD, tendo como objetivo melhorar as condições do aeroporto, mas que, “sendo este investimento importante e necessário, não resolve, porém, o essencial, que é permitir ter mais voos”.
E porque há uma decisão política a tomar, a CTP gostaria que “os dois maiores partidos, PSD e PS, fizessem já um pacto de regime que tenha como prioridades temas que vão para lá de uma legislatura. Desde logo a decisão sobre o novo aeroporto, assim como a TAP”.
De resto, na apresentação de dia 5 de dezembro, Francisco Calheiros questionou a CTI relativamente “ao curto prazo”, apontando que o médio ou longo prazo “significam 10 ou 15 anos de espera”, lembrando, mais uma vez, que o turismo não pode esperar este tempo, e considerando que “as obras na Portela são urgentes”.
Em resposta, Rosário Macário, coordenadora da área dedicada ao Planeamento Aeroportuário, respondeu que o AHD “não tem capacidade de expansão para aeronaves” e o que se poderá fazer “são melhoramentos a nível operacional e de serviços aos passageiros”. No entanto, referiu ainda que “não vamos esperar 15 anos, mas também não fazemos milagres”, explicando que a primeira pista deverá estar operacional em “sete anos”.