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“Se esta capacidade se consolidar, obviamente, vamos procurar continuar a crescer em Lisboa e chegar aos dois voos diários”

Em entrevista ao PUBLITURIS, Thibaud Morand, diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa, fala sobre o aumento de capacidade a partir de novembro e que coloca a companhia aérea mais perto dos dois voos diários, que podem ser uma possibilidade no futuro. O interesse noutros destinos portugueses e a sustentabilidade também entraram na conversa.

Inês de Matos
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“Se esta capacidade se consolidar, obviamente, vamos procurar continuar a crescer em Lisboa e chegar aos dois voos diários”

Em entrevista ao PUBLITURIS, Thibaud Morand, diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa, fala sobre o aumento de capacidade a partir de novembro e que coloca a companhia aérea mais perto dos dois voos diários, que podem ser uma possibilidade no futuro. O interesse noutros destinos portugueses e a sustentabilidade também entraram na conversa.

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Em 8 novembro, a LATAM Airlines aumenta em quase 90% a capacidade na rota São Paulo-Lisboa, crescimento que Thibaud Morand, diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa, confessa que “há algum tempo” que a companhia procurava e que vai permitir chegar a 10 ligações semanais, que passam a 11 em dezembro, janeiro e março.

Faltam poucas frequências para os dois voos diários, algo que o responsável não nega que esteja nos planos da transportadora sul-americana, que quer, no entanto, consolidar primeiro este crescimento. “Depois, veremos de que forma poderemos crescer, se o mercado acompanhar”, diz Thibaud Morand, que é, contudo, mais explicito em relação ao interesse noutros destinos nacionais, como o Porto, que a companhia vê como “um destino interessante”, mas que continua a não ser “uma possibilidade de curto prazo”.

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Mais concreto é o trabalho que a transportadora tem vindo a fazer em prol da sustentabilidade, com o diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa a admitir que a transportadora está “muito interessada em tudo o que possa contribuir para a descarbonização da indústria”.

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A LATAM Airlines vai reforçar, a partir de novembro, a rota entre São Paulo e Lisboa. Qual é a expetativa relativamente a este forte aumento de oferta previsto?
Estamos muito contentes por poder, finalmente, crescer em Lisboa. Há algum tempo que o procurávamos, mas sabemos que o Aeroporto de Lisboa é complicado pelas restrições de slots e de capacidade a nível geral. Finalmente, a partir de novembro, conseguimos ter essa possibilidade.

Este aumento de capacidade traz duas coisas positivas, a primeira é a mudança de avião. Vamos mudar o avião que estamos a usar no voo diário para outro de maior capacidade. A partir de novembro, vamos operar com o Boeing 777, que tem capacidade para 410 passageiros, 40% mais do que o B787 que vínhamos a operar, que pode transportar 300 passageiros.

Adicionalmente, vamos operar até quatro frequências adicionais. Podem ser três ou quatro, conforme o período, no B787-9, que é o avião que temos vindo a operar para Lisboa.

A soma de tudo isto, resulta que, na temporada de inverno, vamos operar quase mais 90% de capacidade. É um crescimento enorme, mas no qual acreditamos porque existe muita procura desde e para Portugal.

Como dizia, há algum tempo que queríamos crescer em Portugal e, por isso, vemos este anúncio com muito otimismo. Estamos, realmente, muito contentes por oferecer mais opções aos passageiros. E devo lembrar que, a partir de São Paulo, os nossos passageiros podem fazer conexão para mais de 50 destinos no Brasil e mais de 150 destinos na América do Sul.

Na temporada de inverno, vamos operar quase mais 90% de capacidade. É um crescimento enorme, mas no qual acreditamos porque existe muita procura desde e para Portugal

Como está o load factor desta rota e qual é a expetativa com este aumento de oferta, será possível manter um load factor elevado como, habitualmente, os voos da LATAM Airlines para Lisboa apresentam?
Nos últimos meses, estamos com um load factor de cerca de 90% em todas as rotas da Europa e esperamos manter este índice de ocupação. É possível que venha a baixar um pouco com este aumento de capacidade e também por ser inverno, uma vez que é a temporada mais baixa, mas temos vindo a assistir a uma procura robusta e, por isso, acreditamos que será possível manter este load factor, o que significa que, em termos de passageiros, esperamos crescer 80% a 90%, em linha com a capacidade adicional que vamos operar a partir de novembro.

O número de passageiros portugueses nesta rota já é mais significativo ou ainda continua a ser baixo?
O mercado português está a crescer, mas é preciso ver que, em termos de volume, do outro lado do Atlântico temos um mercado de 200 milhões de habitantes e que é quase uma ‘casa’ para a LATAM Airlines, onde temos uma posição muito mais importante. Mas o que posso dizer é que o mercado português está a crescer, voa muito para o Brasil e aquilo que queremos é que os portugueses descubram outros destinos além do Brasil, com as conexões que possibilitamos para o Peru, Chile e Argentina. Queremos promover a região como um todo e, apesar do Brasil ser um dos nossos mercados mais importantes, queremos promover toda a região.

Como referiu, a LATAM Airlines vai colocar também um novo avião na rota São Paulo-Lisboa, o Boeing 777-300, que oferece maior capacidade. Além do aumento da capacidade, que outras vantagens traz este novo avião à operação e aos passageiros?
Diria que, hoje, toda a nossa frota tem um produto muito equiparado. Temos investido muito, nos últimos anos, na renovação das cabines e, por isso, quando o passageiro entra nos nossos aviões, encontra o melhor produto que podemos oferecer.

No caso do B777, toda a frota tem um novo produto na cabine executiva, com assentos totalmente reclináveis, todos os assentos têm acesso ao corredor e oferecem privacidade. Mas, de forma geral, o produto foi melhorado a todos os níveis, temos investido também na renovação de oferta gastronómica. Em março, renovámos completamente a oferta gastronómica a bordo e este é um exemplo que, para nós, é muito importante porque aquilo que pretendemos é que o cliente viva uma experiência sul-americana assim que entra no avião e não apenas quando chega ao destino. E sabemos que a gastronomia contribui muito para essa experiência que queremos oferece. Por isso, fizemos esta renovação que, na cabine business, inclui produtos icónicos como peixe da América do Sul e do Pacífico, tubérculos do altiplano, frutas tropicais, ou seja, tudo o que mostra a versatilidade da gastronomia sul-americana.

E também ao nível do serviço, que é algo muito importante para a LATAM Airlines, queremos refletir um pouco aquilo que é a cultura sul-americana e a alegria que os sul-americanos transmitem, que é algo que os passageiros também sentem quando entram num dos nossos aviões.

Vamos agora encarar este crescimento e, depois, veremos de que forma poderemos crescer, se o mercado acompanhar. De momento, temos de consolidar este crescimento

Mais perto do segundo voo diário
O que está previsto é que a LATAM Airlines venha a operar 10 voos por semana, passando a 11 voos semanais em alguns meses. A procura nesta rota não justificaria a passagem a dois voos diários? Existe alguma possibilidade de a rota passar para dois voos por dia?
Como dizia, além do aumento de frequências, vamos ter um aumento da capacidade do avião. Por isso, vamos praticamente duplicar a oferta e este é um aumento muito importante.

Queremos ir acompanhando a procura para ver com reagem os dois mercados, Portugal e o Brasil, mas aquilo que posso dizer é que estamos muito otimistas em relação à operação, contudo, não temos ainda certeza de como vai ser 2024. Por isso, este é um processo que estamos a tratar progressivamente, se esta capacidade se consolidar, obviamente, vamos procurar continuar a crescer em Lisboa e chegar aos dois voos diários. Mas, atualmente, estamos muito contentes com estas 11 frequências semanais.

Isso quer dizer que os dois voos diários não estão descartados e, caso este aumento corra como previsto, esse passo poderá mesmo ser dado no futuro?
Sim, estamos sempre à procura de oportunidades para crescer e para abrir novas rotas. Mas, como digo, temos de fazer as coisas de forma responsável e, por isso, vamos agora encarar este crescimento e, depois, veremos de que forma poderemos crescer, se o mercado acompanhar.

De momento, temos de consolidar este crescimento.

E há algum interesse em voar para outros destinos em Portugal, nomeadamente para o Porto, que é um destino que também tem muita procura por parte das companhias aéreas e também porque atrai muito tráfego corporativo?
É verdade que o Porto é um destino interessante, mas devo dizer que não estamos a olhar para o Porto como uma possibilidade de curto prazo, para ser sincero. E isso acontece porque, de momento, temos um crescimento muito interessante em Lisboa e, a nível operacional, é diferente crescer num aeroporto onde já estamos presentes ou abrir uma nova rota para outro aeroporto. Ao nível da carga, também é mais fácil centralizar a procura de carga num único aeroporto do que dividir em dois.

Por isso, digo que o Porto é um dos destinos na Europa que estamos sempre a acompanhar, mas que continua a não ser um objetivo de curto prazo. Queremos concentrar-nos em consolidar o aumento em Lisboa e ver qual é a possibilidade de continuar a crescer em Lisboa.

O Porto é um dos destinos na Europa que estamos sempre a acompanhar, mas que continua a não ser um objetivo de curto prazo

Proteger o planeta e a América do Sul
Nos últimos tempos, principalmente depois da pandemia, as companhias aéreas têm vindo a dar maior atenção à sustentabilidade e a LATAM Airlines não é exceção. Como está a política de sustentabilidade da companhia aérea?
A sustentabilidade é um repto muito importante para a indústria do transporte aéreo. Na LATAM Airlines, lançámos uma política de sustentabilidade em 2021, que se chama “Um destino necessário” e que inclui compromissos importantes em três pilares distintos.

O primeiro são as alterações climáticas, para o qual anunciámos compromissos claros e fundamentais, como o objetivo de não crescer em emissões de CO2 face a 2019 e, neste pilar, queremos também compensar 50% das emissões domésticas até 2030. Já estamos a promover várias iniciativas com vista a atingir este objetivo, como a Sexta-Feira Neutra, em que operamos alguns voos domésticos com compensação de emissões.

Grande parte da solução que temos atualmente para reduzir emissões passa pela otimização e renovação das frotas, porque a nova geração de aviões permite reduzir consumos e emissões em cerca de 25% face à anterior. Isto é algo que a LATAM Airlines também está a fazer, o avião B787 que operamos já consome menos 20% que a geração anterior e toda a nossa frota, incluindo a doméstica, conta com aviões de nova geração.

Estamos também a otimizar as operações no ar e em terra para minimizar o consumo e, depois, temos a parte das compensações, mas, no nosso caso, não usamos as compensações de forma típica, em que se plantam árvores, mas sim para proteger ecossistemas icónicos da América do Sul.

A América do Sul tem uma grande parte da biodiversidade do mundo e pensamos que, por sermos sul-americanos, devemos participar na sua proteção. Por isso, temo-nos comprometido com projetos importantes na Colômbia que melhoram a biodiversidade e ajudam as comunidades e famílias locais. Procuramos ter um impacto mais global do que se apenas plantássemos árvores, queremos dar um passo maior.

Além das alterações climáticas, a nossa política de sustentabilidade tem mais dois pilares, a economia circular, em que já estamos a fazer um grande trabalho para eliminar os plásticos de uso único porque temos o compromisso de, até ao final do ano, não usarmos mais estes. E está a correr muito bem, já eliminámos 90% dos plásticos de uso único.

Também fazemos um grande trabalho de reciclagem e trabalhamos com associações nos países onde operamos com vista à reutilização e temos ainda iniciativas para a redução do plástico nas operações de carga.

Portanto, estamos a trabalhar em muitas frentes e, a bordo, introduzimos também eco-kits sem plástico na classe business, que são assinados por artistas sul-americanos para promover e valorizar a cultura sul-americana.

O último pilar é a partilha de valor e aqui temos um programa que se chama ‘Avião Solidário’ que realiza transporte humanitário, principalmente na América do Sul. Durante a pandemia, por exemplo, transportámos mais de 300 milhões de vacinas gratuitamente, 117 milhões só no ano passado. E transportámos mais de 3.500 pessoas de forma gratuita, principalmente médicos e pessoal de ajuda humanitária.

Queremos que a nossa política seja o mais completa possível, para podermos também devolver um pouco o valor às comunidades em que operamos.

Na América do Sul, por exemplo, ainda não existe, ao dia de hoje, produção de SAF. A primeira fábrica da América do Sul só deverá começar a funcionar no final do ano ou no início de 2024

Os passageiros da LATAM Airlines já estão comprometidos com a sustentabilidade e têm a preocupação de compensar as suas viagens?
No caso dos passageiros individuais, vemos que essa é uma preocupação, mas a compensação continua a ser baixa. Por isso, procurámos focar-nos nos passageiros corporativos porque esses passageiros, mais do que os individuais, procuram compensar as suas viagens. Temos tido muito sucesso nesta missão, principalmente na América do Sul porque, obviamente, estamos a falar de empresas que atuam no mesmo país e na mesma região que nós e, por isso, têm o mesmo objetivo de contribuir para a conservação da região. É um programa que funciona muito bem e no qual propomos às empresas que calculem a sua pegada de carbono do ano anterior, que poderá ser compensada até 100%. Além dessa compensação, a LATAM Airlines compromete-se a compensar na mesma proporção que os passageiros. Portanto, se uma empresa compensar 100% do seu voo, haverá uma compensação de 200%, porque a LATAM Airlines compensa outros 100%. Fazemos o mesmo com os charters, que já têm a compensação de carbono incluída, e lançámos recentemente a possibilidade do cliente individual compensar os seus voos a titulo pessoal, mas esta é um projeto recente, que deverá ser um pouco mais lento.

A aviação está também a apostar cada vez mais nos voos sem CO2, seja através do SAF – combustível sustentável para a aviação ou de aparelhos elétricos ou movidos a hidrogénio. Como olha a LATAM Airlines para estas inovações e o que está a companhia a fazer neste sentido?
A LATAM está muito interessada em tudo o que possa contribuir para a descarbonização da indústria. Acreditamos que não há uma solução única, é necessário explorar e trabalhar numa multiplicidade de soluções.

O SAF é uma solução que já existe, mas que tem um problema de produção. Na América do Sul, por exemplo, ainda não existe, ao dia de hoje, produção de SAF. A primeira fábrica só deverá começar a funcionar no final do ano ou no início de 2024.

Contudo, acreditamos que a América do Sul tem um potencial enorme na produção de SAF e há um grande trabalho para juntar os setores público e privado para incentivar a produção e mostrar que a aviação está comprometida a adquirir essa produção.

Sabemos também que há outras soluções, seja aviões elétricos ou a hidrogénio, mas este é um tema mais para os construtores, apesar de interessar às companhias aéreas. No entanto, também nos parece que estas são soluções para voos de curta distância.

Mas estamos, claro, muito interessados em ver que soluções podem apresentar os construtores aeronáuticos, acreditamos que, no futuro, a solução poderá passar por uma mescla entre a aviação elétrica e o hidrogénio, e também aqui a América do Sul tem um grande potencial no hidrogénio verde. Mas acredito que não vamos ter uma única solução.

A aviação tem um papel tão importante que é necessário procurar soluções para a descarbonização. A aviação é imprescindível e vai continuar a ser

Com todas estas mudanças e testes que se começam a fazer, como vê a LATAM Airlines o futuro da aviação, será possível atingir as metas de descarbonização que a indústria tem vindo a definir?
É uma pergunta interessante, mas creio que o principal é recordar qual é o objetivo da aviação. E a aviação serve para conectar os povos, gera desenvolvimento económico e, por isso, acreditamos que a aviação tem um papel tão importante que é necessário procurar soluções para a descarbonização. A aviação é imprescindível e vai continuar a ser.

Creio que o futuro passará pela otimização dos voos curtos, como a Europa está a fazer com o desenvolvimento da bimodalidade, aliando o avião ao comboio. No entanto, na América do Sul isso é algo que ainda não é possível porque não há muitas infraestruturas ferroviárias, mas há potencial para que a América do Sul seja um ator relevante na produção de SAF e no hidrogénio verde, e venha a ser um dos motores desta transformação para uma aviação descarbonizada até 2050.

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Anac autoriza EuroAtlantic Airways a operar voos regulares no Brasil

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu autorização para a empresa aérea EuroAtlantic Airways – Transportes Aéreos S.A. operar voos regulares no Brasil. A portaria publicada esta quinta-feira, no Diário Oficial da União (DOU) habilita a companhia a realizar serviços de transporte aéreo internacional de passageiros e cargas com origem e/ou destino em território brasileiro.

A autorização da EuroAtlantic Airways, reforça o compromisso da Anac em ampliar a oferta de transporte aéreo no Brasil, promovendo a concorrência e proporcionando mais opções para os passageiros e o setor logístico, refere uma nota divulgada na página oficial do governo brasileiro.

A EuroAtlantic Airways já possuía histórico de operações no Brasil através de voos fretados, agora expande a sua atuação com a possibilidade de oferecer ligações frequentes entre Brasil e Europa. A autorização foi concedida após a empresa atender a todas as exigências regulatórias da Anac, incluindo a comprovação de capacidade operacional e a conformidade com as normas de segurança. A companhia poderá definir diretamente com os operadores aeroportuários as rotas e frequências dos voos, aponta ainda a mesma nota.

Fundada em 1993, a empresa tem especialização em voos fretados e operações ACMI (Aircraft, Crew, Maintenance, and Insurance), com serviços de aluguer de aviões para outras companhias aéreas. Seu portefólio inclui parcerias com diversas companhias globais e operações em mercados emergentes, consolidando sua presença em regiões da Europa, África, América do Sul e Ásia. Destaque ainda para a operação regular entre Lisboa e São Tomé e Príncipe, bem como a Bissau.

A imprensa brasileira lembra ainda que, no final de 2024, a Azul Linhas Aéreas utilizou aparelhos da EuroAtlantic Airways para voos entre o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, e o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

 

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“Não há turismo sobre massacre”, afirma o Presidente do Brasil sobre plano de Trump para Faixa de Gaza

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, afirmou que Donald Trump foi eleito para governar somente os Estados Unidos e que deveria deixar o resto do planeta em paz, condenando a proposta do Presidente dos EUA de transformar a região numa área turística chamada “Riviera do Oriente Médio”.

“Cada um governa no seu país, manda no seu país, e deve deixar os outros países em paz”, declarou o Presidente do Brasil, em entrevista conjunta para vários rádios brasileiros.

Para Lula da Silva, o anúncio feito por Trump ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de que os EUA vão ocupar a Faixa de Gaza e assumir a administração daquele território palestiniano é uma coisa “incompreensível para qualquer ser humano”. O chefe de Estado brasileiro defendeu que quem tem de administrar e reconstruir Gaza são os próprios palestinianos.

Ao mesmo tempo, Inácio Lula da Silva condenou o plano do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Faixa de Gaza, que propunha a remoção dos palestinos da região para transformá-la numa área turística chamada “Riviera do Oriente Médio”.

“Tentar normalizar essa ideia absurda, dizer ’vamos tirar o povo palestiniano e construir uma Riviera’. Não. Ninguém vai fazer um lugar bonito sobre milhares de cadáveres de mulheres e crianças”, declarou Lula.

 

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Iberia retoma operação sazonal para Ponta Delgada a 7 de junho

Além da operação sazonal para Ponta Delgada, que regressa a 7 de junho, com três frequências por semana, a Iberia vai também retomar os voos de verão para Faro e Funchal, assim como manter os voos de Lisboa e Porto que operam todo o ano e que, nesta temporada, vão contar com 36 e 28 frequências por semana, respetivamente.

A Iberia vai retomar a sua operação sazonal para Ponta Delgada a 7 de junho, disponibilizando três frequências por semana entre a capital espanhola e a capital açoriana, avança a companhia aérea em comunicado.

“Este é o terceiro ano consecutivo em que a Iberia oferece esta rota”, lê-se no comunicado enviado pela companhia aérea, que adianta as novidades da Iberia para a próxima temporada de verão.

Além de Ponta Delgada, a Iberia vai também retomar as operações para Faro e Funchal, ambas com cinco voos por semana, numa oferta que é ainda complementada com os voos para Lisboa, com a companhia aérea a prever realizar até 36 frequências semanais, e para o Porto, que vai contar com até 28 frequências semanais.

As operações da Iberia para Ponta Delgada, Faro e Funchal fazem parte das novidades da Iberia para o verão de 2025 na Europa, que foram anunciadas esta quinta-feira, 6 de fevereiro, em conjunto com a programação da companhia aérea a nível global.

Na Europa, a Iberia vai concentrar “o crescimento nos seus principais mercados”, concretamente França e Itália, com a companhia aérea a anunciar que “Paris terá quatro frequências semanais adicionais neste verão”, pelo que a Iberia vai disponibilizar “até onze voos diretos por dia”.

No caso de Itália, a Iberia vai aumentar a oferta para Roma com cinco frequências adicionais por semana, “oferecendo entre seis e sete voos diários, dependendo do dia da semana, para coincidir com o Ano Jubilar em Roma em 2025”.

Também em Itália, a Iberia volta a operar para a Catânia, Olbia, Cagliari e Palermo, com a companhia aérea a indicar que está a planear disponibilizar “a mesma oferta de 2024” para estes destinos.

Bruxelas e Viena, na Bélgica e Áustria, também vão ganhar voos este verão, passando a contar com “mais duas frequências semanais, totalizando quatro voos diretos por dia cada”.

Ainda na Europa, a Iberia vai também retomar as operações sazonais para Tirana, na Albânia, a partir de 7 de junho, disponibilizando até três voos semanais, enquanto os voos para Liubliana, na Eslovênia, regressam a 27 de julho, com duas ligações semanais.

De regresso estão ainda os voos para as Ilhas Gregas, com a Iberia a planear cinco a seis voos semanais para Santorini e Mykonos, a partir de junho, enquanto Corfu vai chegar às sete frequências por semana em agosto.

Além das ilhas, a Iberia prevê também reforçar os voos para Atenas, capital grega, disponibilizando até 30 frequências semanais durante agosto, mais três do que aconteceu no mesmo período de 2024.

Na Europa, a Iberia vai ainda regressar, durante o verão, a Dubrovnik, Zagreb e Split, na Croácia, programando até 17 voos semanais, mais dois do que em 2024 no caso de Dubrovnik; até nove frequências  por semana para Zagreb, igualando o ano passado; e até nove voos semanais para Split, o que também constitui a mesma oferta do ano passado.

“No total, a Iberia oferecerá 16 milhões de assentos em voos de curto e médio curso, o mesmo número de 2024”, resume a companhia aérea, na informação divulgada esta quinta-feira.

EUA com 140 voos por semana e aumento para São Paulo

A oferta da Iberia para o próximo verão conta ainda com 3,2 milhões de assentos entre Europa e a América Latina, o que corresponde a uma subida de 4% face ao verão de 2024.

“No dia 30 de março começa a temporada de verão para o setor turístico, no qual a Iberia planejou um aumento de capacidade em praticamente todos os mercados”, lê-se na informação divulgada pela transportadora.

Na América Latina, a transportadora aérea conta aumentar as frequências para Buenos Aires, na Argentina, e São Paulo, no Brasil, passando a disponibilizar mais três voos por semana em cada destino, o que leva a que Buenos Aires passe a contar com 21 frequências semanais ou três voos diários, enquanto São Paulo vai ter 14 frequências semanais, “consolidando os dois voos diários”.

Lima, no Peru, vai ainda ter uma frequência adicional a partir de maio, passando a dois voos diários, enquanto o México e Bogotá “manterão o serviço triplo diário neste verão” e Montevidéu e Quito ficam com voo um diário.

Já Santiago do Chile terá 10 frequências semanais durante a primeira parte da temporada, passando a 11 voos por semana a partir de junho, com a Iberia a prever ainda manter as cinco frequências semanais para o Rio de Janeiro, entre três e cinco voos semanais para Caracas, dependendo do mês, e ainda três frequências semanais para Guayaquil.

Na América Central e no Caribe, a oferta também permanece semelhante à de 2024, com Porto Rico, Santo Domingo, Costa Rica, Guatemala e San Salvador a manterem os voos diários, enquanto o Panamá terá até quatro frequências semanais e Havana continuará com três frequências por semana.

“Em 2025, a conectividade estará no seu nível mais alto de todos os tempos, superando até mesmo os números do ano passado, com 3,2 milhões de assentos entre as duas regiões, 4% a mais que em 2024. Isso significa mais de 300 voos por semana, refere a Iberia.

Estratégico continua também a ser o mercado dos EUA, com a companhia aérea a estimar a realização de 140 voos semanais entre os EUA e Espanha, assim como a introdução dos novos aviões A321XLRs nos próximos meses, o que “reforçará a aposta da Iberia nos Estados Unidos, país com maior número de destinos na rede intercontinental da companhia aérea”.

O aumento de oferta previsto para os EUA no próximo verão representa, segundo a Iberia, um crescimento de 1,1 milhões de assentos, 14% a mais que no mesmo período do ano passado.

Nova Iorque (dois voos diários), Chicago (um voo por dia), Miami (dois voos diários), Dallas Fort Worth (um voo por dia), Los Angeles (um voo diário), São Francisco (três frequências semanais), Boston (dois voos diários) e Washington (um voo por dia), são os destinos para onde a Iberia continua a voar sem escalas este verão.

A Iberia explica que Boston e Washington são os destinos nos EUA que “terão o maior crescimento neste verão”, uma vez que a oferta para Boston duplica a partir de junho face ao verão do ano passado, enquanto para Washington passam a existir sete voos por semana, quando no verão de 2024 existiam apenas quatro ligações semanais.

“Ambos os destinos serão operados pela nova aeronave A321XLR, um modelo de fuselagem estreita com capacidade para cruzar o Atlântico, do qual a Iberia tem sido a companhia aérea de lançamento no mundo”, acrescenta a companhia aérea.

Japão e Qatar mantêm número de voos

A oferta da Iberia fica ainda completa com os voos para o Japão e Qatar, destinos que não devem contar, este verão, com qualquer reforço de oferta, com a Iberia a planear manter as três frequências semanais para Tóquio, cuja rota abriu em outubro de 2024  e regista uma ocupação superior a 90%.

“Nesta temporada de verão, o número de frequências será mantido, com cerca de 63.000 assentos oferecidos de abril a outubro”, indica a Iberia, na informação divulgada relativamente ao Japão.

Já para o Qatar, a Iberia vai disponibilizar um voo diário direto entre Madri e Doha, igualando a oferta que já tinha sido disponibilizada no verão de 2024 e que volta a ser complementada com os dois voos adicionais em codeshare com a Qatar Airways.

“Isso significa que será possível voar entre Madri e Doha três vezes por dia. Esta rota permite não apenas viagens ponto a ponto, mas também conecta Doha a 49 destinos na Ásia, 17 em África, 18 no Oriente Médio e seis na Oceania”, refere ainda a companhia aérea.

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Sabre apresenta novas ferramentas de viagens na ITB Berlim

A Sabre Hospitality (Pavilhão 9, Stand 208) e Sabre Travel Solutions (Pavilhão 5.1, Stand 106) vão estar presentes na edição deste ano da ITB Berlim para apresentar a venda a retalho baseada em IA, o conteúdo multiorigem e a tecnologia de nova geração.

A Sabre Corporation participará na ITB Berlim 2025 para partilhar perspetivas sobre a evolução do setor e apresentar as suas mais recentes inovações em hospitalidade e venda a retalho de viagens. Os executivos da Sabre subirão ao palco para debater o futuro da tecnologia aplicada às viagens, destacando os avanços na personalização, na venda a retalho e no papel da inteligência artificial na criação de experiências fluidas e personalizadas para os viajantes.

No palco principal, numa apresentação interativa, Scott Wilson, presidente da Sabre Hospitality, explorará os mitos e realidades que estão a transformar o futuro do setor das viagens. Com a evolução das capacidades tecnológicas, do comportamento dos consumidores e dos esforços de sustentabilidade, as empresas devem enfrentar crenças generalizadas sobre o seu impacto.

Scott analisará se a personalização realmente fomenta a fidelização, como a tecnologia está a redefinir o papel dos intermediários e que mudanças na indústria terão os efeitos mais significativos a longo prazo. Integrando a opinião do público, oferecerá perspetivas sobre como as empresas do setor estão a adaptar-se à mudança.

Amy Read, vice-presidente de Inovação da Sabre Hospitality, abrirá e participará num painel sobre a evolução da venda a retalho no setor das viagens. Com o aumento da concorrência nos setores das viagens e da hospitalidade, as empresas estão a adotar novas estratégias para melhorar o envolvimento dos clientes e aumentar as receitas. O painel explorará como a IA, a análise de dados e a automação inteligente permitem às organizações oferecer experiências fluidas e personalizadas em hotéis, companhias aéreas e agências de viagens. Amy partilhará a visão da Sabre sobre como as empresas de viagens podem utilizar a tecnologia para reforçar a fidelização à marca e desbloquear novas fontes de receitas num ambiente cada vez mais digital.

Por sua vez, Madhavan Kasthuri, responsável pela Global Solutions Engineering da Sabre Travel Solutions, apresentará e participará num painel sobre o futuro da hiperpersonalização nas viagens. Com o crescimento da procura por experiências personalizadas, a indústria enfrenta o desafio de oferecer personalização em grande escala. O painel analisará como a IA e a automação podem ser integradas no planeamento e na venda de viagens, desde reservas individuais a pacotes complexos e viagens em grupo. Os participantes discutirão como os fornecedores de tecnologia e as empresas do setor podem equilibrar a personalização com a eficiência operacional, garantindo ao mesmo tempo a rentabilidade.

Os compradores de tecnologia que participem na ITB Berlim poderão contactar a Sabre em dois stands: um dedicado ao setor da distribuição de viagens e outro focado na tecnologia para a hotelaria: No Pavilhão 9, Stand 208, a Sabre Hospitality; No Pavilhão 5.1, Stand 106, a Sabre Travel Solutions.

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Dino Parque Lourinhã celebra 7 anos com aposta na modernização e desenvolvimento de novos projetos

O Dino Parque Lourinhã, museu ao ar livre dedicado aos dinossauros e animais pré-históricos, celebra o seu 7.º aniversário com um balanço positivo: mais de 1,4 milhões de visitantes desde a inauguração, numa aposta clara na modernização da sua oferta e no desenvolvimento de novos projetos científicos e educativos.

É na companhia dos exploradores mais novos que o parque quer celebrar este marco na sua história, que se assinala no próximo dia 9 de fevereiro, com uma oferta especial: as primeiras 50 crianças (até aos 12 anos) poderão visitar o Dino Parque sem pagar bilhete de entrada.

A vertente pedagógica é uma das grandes valências do Dino Parque, que recebe anualmente milhares de alunos de escolas de todo o país. Com visitas guiadas e atividades interativas, o parque proporciona uma experiência imersiva e educativa, permitindo que os mais jovens aprendam sobre a história da Terra de forma lúdica e envolvente.

Destaca-se a parceria de longa data com o Museu da Lourinhã – Grupo de Etnologia e Arqueologia da Lourinhã (GEAL), que tem permitido avanços significativos na paleontologia, nomeadamente através do laboratório de preparação de fósseis, onde os visitantes podem observar de perto o trabalho dos cientistas.

Além desta parceria, o Dino Parque mantém estreitas ligações com diversas universidades e instituições científicas, nomeadamente com a Faculdade de Ciências de Lisboa, com a Universidade de Aveiro, com o Museu Frick Sauriermuseum, na Suíça, ou com o Geoparque Oeste, desde 2024 oficialmente reconhecido como Geoparque Mundial da UNESCO. Esta classificação, concedida pela Rede Global de Geoparques e validada pelo Conselho Executivo da UNESCO, vem sublinhar a relevância geológica e científica deste território, que integra os municípios de Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras.

Contando com o apoio direto do parque temático gerido pela PDL – Parque Dinossauros Lourinhã a diversos projetos de investigação científica, este tem investido na melhoria das condições de investigação no seu laboratório, apoio a jovens investigadores, projetos internacionais e acolhimento de voluntários com o desejo de enveredar pelo caminho da paleontologia. Também já entregou, em forma de contributo, um valor superior a meio milhão de euros desde 2018, cujo destino é exclusivamente a investigação, desde o financiamento de escavações a apoios de natureza diversa, nomeadamente ao nível da preparação de fósseis. Recentemente foi também criada uma residência para investigadores, estagiários e estudantes de paleontologia.

Com um investimento inicial de 5,5 milhões de euros por parte da PDL – Parques Dinossauros da Lourinhã, o parque tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento da região, impulsionado o comércio local, a restauração e a hotelaria.

A celebrar sete anos, o Dino Parque Lourinhã continua com planos de expansão e inovação, apostando na modernização da sua oferta e no desenvolvimento de novos projetos científicos e educativos. “Queremos continuar a surpreender os nossos visitantes e a consolidar o Dino Parque como um centro de referência na educação e na investigação paleontológica”, assegura Rui Ferrão, Marketing Manager do Dino Parque Lourinhã.

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Emprego e Formação

Programa de Formação e Integração de Migrantes: 5 mil inscritos, mais de mil vagas abertas para 329 empresas

Mais de cinco mil migrantes inscritos e mais de mil vagas abertas por 329 empresas candidatas é ponto de situação do Programa de Formação e Integração de Migrantes e Beneficiários de Proteção Internacional no Setor do Turismo, uma das medidas do programa governamental “Acelerar a Economia.

As 329 empresas que aderiram ao “Programa de Formação e Integração de Migrantes e Beneficiários de Proteção Internacional no Setor do Turismo”, uma das medidas do programa governamental “Acelerar a Economia”, disponibilizam 1299 vagas para estágios, bem mais do que estava inicialmente previsto, que eram mil. Segue-se a seleção dos migrantes que vão fazer a formação e estágio, dos 5378 que se candidataram.

Esta fase de candidaturas, de acordo com comunicado do Turismo de Portugal, ficou marcada pela diversidade de nacionalidades dos candidatos, ao todo 75 origens diferentes. Os países mais representados são o Brasil, seguido de Angola, Índia, Nepal, Paquistão e Bangladesh. Registaram-se ainda inscrições de países como Peru, Colômbia e Argentina.

Relativamente à distribuição geográfica, Lisboa foi o distrito com maior número de candidatos, 1821, seguida do Porto com 931 e Setúbal com 567. Mais de metade dos candidatos tem o equivalente ao ensino secundário, 59% são do género feminino e 41% do masculino.

Relativamente às empresas, a adesão também superou as expetativas, observa o Turismo de Portuga, o que levou já à decisão de aumentar o programa, para poder preencher todas as vagas de estágio disponíveis. As áreas mais representadas são a hotelaria, restaurante/bar, padaria e pastelaria, restauração, alojamento local, turismo em espaço rural e turismo de habitação, catering e animação turística.

Sublinhe-se a diversidade de empresas por setor, uma vez que se candidataram a este programa desde grandes grupos, que submeteram muitas vagas para funções diferentes na organização, até microempresas.

Para Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, o Programa Integrar para o Turismo – uma das 60 medidas que constituem o Programa lançado pelo Governo ‘Acelerar a Economia’ “é uma das iniciativas que, ao reforçar a qualificação da mão de obra e, simultaneamente promover a inclusão social, vem contribuir não só para o fortalecimento da competitividade e resiliência das empresas do sector, mas também torna Portugal num destino ainda mais sustentável, inovador e atrativo.”

Já Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, classifica que “a adesão significativa ao Programa Integrar para o Turismo de migrantes e empresas significa que este é um programa que responde às necessidades reais sentidas no país”.

Por outro lado, considera que “também simboliza a força do compromisso do Turismo de Portugal em apostar na qualificação dos profissionais e em tornar o turismo um bom exemplo de integração”.

O presidente do Turismo de Portugal salienta ainda que “num período marcado por desafios demográficos e de recursos humanos em diversas áreas de atividade, esta iniciativa reforça a importância do turismo como um motor de inclusão e desenvolvimento económico, beneficiando tanto os trabalhadores como as empresas que os acolhem.”

A primeira fase do programa focou-se na mobilização de migrantes e empresas, garantindo uma base sólida para as próximas etapas. Com a formação prestes a iniciar-se, espera-se que a integração dos profissionais ocorra de forma estruturada e eficaz, consolidando o turismo como um setor atrativo e sustentável para quem procura novas oportunidades em Portugal.

Após a seleção dos mil migrantes que vão integrar o programa serão constituídos 40 grupo de formação com 25 cada um. Esta fase vai decorrer em toda a Rede de Escolas do Turismo de Portugal e eventualmente em cidades onde, não havendo estas instituições de ensino escola do Turismo de Portugal, mas onde seja possível fechar parcerias para o efeito.

Depois da formação, a colocação dos primeiros migrantes nas empresas vai começar a 1 de junho, sendo que até final de outubro todos os estágios terão de se ter iniciado.

O Programa Integrar para o Turismo insere-se numa iniciativa estratégica que visa responder aos desafios do setor através da qualificação e integração de migrantes no mercado de trabalho. Assente em cinco grandes objetivos estratégicos, esta iniciativa pretende facilitar a capitalização e consolidação das empresas, melhorar o acesso a financiamento, promover o empreendedorismo e a inovação, incentivar práticas sustentáveis e potenciar a criação de clusters setoriais. Com uma abordagem integrada e alinhada com os desafios atuais, o programa Acelerar a Economia pretende criar condições mais favoráveis para o desenvolvimento empresarial, estimulando o investimento, a criação de emprego e a modernização da economia portuguesa.

O Programa Integrar para o Turismo assenta ainda numa parceria estratégica entre três entidades que representam os 3 eixos fundamentais do programa: Migração / AIMA – Agência para a Imigração e Mobilidade; Formação / Turismo de Portugal através Rede de Escolas de Hotelaria e Turismo; Empregabilidade / Confederação do Turismo de Portugal.

 

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Meeting Industry

iMotion Events passa a integrar clube de eventos internacionais

A iMotion Events, agência portuguesa de eventos, acaba de dar um passo na sua estratégia de crescimento e internacionalização com a apresentação de um rebranding profundo – uma nova imagem e a nova assinatura “Creators in Action”, e anuncia entrada num dos maiores e mais exclusivos clubes internacionais do setor, o BEIC (Business Event Industry Club).

Com a expansão internacional como um dos pilares da sua estratégia para os próximos três anos, a iMotion Events está focada em reforçar a sua presença na Europa, com especial destaque para mercados-chave como Espanha, França e Alemanha, onde já opera e onde prevê crescer já em 2025.

A integração no BEIC oferece à iMotion Events uma plataforma única para estabelecer parcerias estratégicas, competir globalmente e gerar novas oportunidades de negócio, colocando a agência portuguesa lado a lado com algumas das maiores e melhores agências de eventos do mundo, como a Vok Dams, a Jack Morton, a Meet Marcel, a Acciona Cultura ou a Daymakers, entre muitas outras.

“Estamos a rumar para novas geografias, trazendo para Portugal mais e maiores eventos. Integrar o BEIC Club é uma grande responsabilidade e a validação do nosso trabalho e da solidez com que, consistentemente, ao longo dos últimos 18 anos, nos apresentámos no mercado”, num setor, como dos eventos que evoluiu profundamente, refere Angelina Castel-Branco, Partner e sócia-fundadora da iMotion Events.

Com quase duas décadas de experiência e um crescimento sustentado de 14% nos últimos anos, a iMotion Events antevê para 2025 um crescimento na ordem dos 20%, impulsionado pela robustez da sua operação nacional – com clientes de renome como Bial, Sonae, Grupo Ageas Portugal e Ageas Seguros, Siemens, bp, EDP, Meo, Deloitte, Fundação Francisco Manuel dos Santos e Santander, entre muitos outros – e a sua recente entrada estratégica no mercado global.

Com uma equipa multidisciplinar de mais de 30 “creators”, a iMotion Events foi fundada em 2006 por Angelina Castel-Branco, Patrícia Gueifão e Rodrigo Cordeiro que desde então mantêm o compromisso, com a sua equipa, de transformar eventos em experiências excecionais, sempre com soluções criativas e projetadas à medida de cada cliente.

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LOT – Polish Airlines

Aviação

Números positivos deixam LOT “otimista” quanto ao futuro da nova rota para Lisboa

A LOT – Polish Airlines começou segunda-feira, 3 de fevereiro, a voar entre Lisboa e Varsóvia, na Polónia, numa operação anual que conta com cinco voos por semana e que, a partir de 24 de fevereiro, passa a voos diários.

A LOT – Polish Airlines, companhia aérea de bandeira da Polónia que abriu esta segunda-feira, 3 de fevereiro, uma nova rota entre Varsóvia e a capital portuguesa, mostra-se “otimista” quanto ao futuro da operação, uma vez que os dados iniciais são positivos, disse ao Publituris Santiago Pajares, manager da companhia aérea em Portugal e Espanha.

“Penso que a rota vai funcionar, os primeiros dados que temos sobre as vendas são muito positivos e isso deixa-nos otimistas para o futuro destes voos”, afirmou o responsável, à margem de um evento que reuniu jornalistas portugueses e polacos na residência oficial da embaixadora da Polónia em Portugal.

De acordo com o responsável, a operação para Lisboa conta atualmente com cinco ligações por semana e passa a voos diários a partir de 24 de fevereiro, mantendo-se ao longo de todo o ano.

O voo inaugural, revelou também Santiago Pajares, chegou a Lisboa “praticamente cheio” e a “maioria dos passageiros eram turistas”, o que ajuda ao otimismo da companhia aérea, que estima um load factor de cerca de 80% nos voos para Lisboa.

“É uma grande aposta para a LOT e é um momento marcante porque é a primeira vez que estamos a voar para Lisboa com os nossos próprios aviões porque já tínhamos um acordo de code-share com a TAP”, acrescentou Santiago Pajares, explicando que, além do tráfego turístico, a companhia aérea pretende captar também os passageiros corporate.

O manager da LOT para Portugal e Espanha lembrou que a Jerónimo Martins, por exemplo, detém uma grande cadeia de supermercados na Polónia, existindo várias outras empresas portuguesas presentes na Polónia, o que motiva muitas viagens entre os dois países.

“Por isso, olhamos para o mercado português também pelo lado dos negócios, o objetivo não é apenas transportar turistas porque o mercado corporate é muito importante entre os dois países”, defendeu, adiantando que, apesar de, nesta primeira fase, a maioria dos passageiros dos voos ser de origem polaca, a companhia aérea espera  captar também os passageiros portugueses.

Santiago Pajares reconhece, no entanto, que a LOT tem “muito trabalho para fazer em Portugal”, uma vez que é ainda uma transportadora pouco conhecida do mercado nacional, apesar de contar com “uma oferta de qualidade e que vai muito além da Polónia”.

“A partir de Portugal, os passageiros podem voar para várias partes do mundo, a exemplo das três capitais do Cáucaso, para onde voamos, mas também das repúblicas do Báltico, Escandinávia ou Ásia, nomeadamente a Ásia Central, pois voamos para o Uzbequistão”, exemplificou.

Para dar a conhecer a oferta da companhia aérea no mercado nacional, a LOT tem já uma estratégia definida de promoção, o que passa por, numa primeira fase, manter um “contacto mais próximo com as agências de viagens”, assim como pela participação em eventos do setor.

“Já estivemos na convenção da DIT Gestión de Portugal e vamos estar, a 19 de fevereiro, no Workshop na Camara de Comércio e Indústria da Polónia, que é organizado pela Embaixada da Polónia, e, em março, vamos participar na BTL”, resumiu o responsável.

Faro e Porto também podem ser destinos “interessantes”

Apesar da rota de Lisboa estar ainda no início, Santiago Pajares admite que Portugal tem outros destinos que poderiam ser “interessantes” para a LOT, a exemplo de Faro, para onde a companhia aérea já realizou até algumas operações sazonais de verão, e do Porto, ainda que não haja quaisquer planos concretos nesse sentido.

“É uma boa perguntas mas não tenho resposta”, começou por afirmar o manager da LOT para Portugal e Espanha, admitindo o interesse em Faro por ser um “destino muito turístico”, assim como no Porto.

“No entanto, não há nada em concreto pensado nesse sentido, mas se a ligação de Lisboa correr bem, é muito provavelmente que venhamos a pensar em expandir a nossa presença em Portugal”, concluiu.

Os voos da LOT para Lisboa arrancaram na segunda-feira, 3 de fevereiro, e até 24 de fevereiro contam com cinco ligações por semana, sendo que apenas as  quintas-feiras e sábados não contam com voos. A partir de final de fevereiro, a operação passa a voos diários, operados num avião B737-800 MAX, com capacidade para cerca de 180 passageiros.

 

 

 

 

 

 

 

 

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Análise

Yescapa traça perfil dos autocaravanistas portugueses

Em 2025 é esperado que o autocaravanismo continue a ganhar popularidade em Portugal, afirmando-se como uma forma de viajar alicerçada na liberdade e na flexibilidade, estima a Yescapa, plataforma intermediária de aluguer de autocaravanas e campervans na Europa, com base nos dados de 2024.

A Yescapa prevê que o número de viagens continue a crescer, refletindo a tendência de um aumento nas escapadelas mais curtas ao longo do ano, mas com maior frequência.

Durante as épocas de maior afluxo turístico, espera-se que as escapadelas ocorram maioritariamente nas férias escolares, feriados prolongados, Páscoa e verão, com uma duração média de seis dias por viagem, tendência observada em 2024 e que se espera que continue em 2025, revela a plataforma, presente em oito países da Europa, que aponta que o perfil de viajante em autocaravana deverá manter-se na faixa etária dos 45 aos 65 anos, seguido pela faixa dos 35 aos 44 anos, conforme os dados de 2024.

No que diz respeito a destinos de viagem, a maioria dos portugueses reserva autocaravanas para explorar Portugal, seguindo-se Espanha e Itália, que têm vindo a ganhar popularidade – tendência que se espera manter em 2025, de acordo com a análise.

As autocaravanas são por norma mais frequentemente alugadas nas grandes cidades como Lisboa, Porto e Faro, mas tem sido constatado um aumento na procura por veículos nas zonas interiores dado que facilita a gestão dos alugueres entre proprietários e viajantes portugueses que podem encontrar um veículo para alugar perto de casa.

Quanto à tipologia de veículo, as autocaravanas capucino são as que têm feito mais sucesso entre os viajantes, dado serem práticas para viagens em família pelo seu espaço e conforto. No entanto, as campervans e furgões transformados continuam, ano após ano, a ganhar popularidade, especialmente entre casais e viajantes mais jovens, que procuram soluções compactas e práticas para as suas aventuras.

Face a esta evolução, Maria Liquito, Country Manager Portugal na Yescapa, observa que “estamos preparados para acompanhar e liderar esta transformação, proporcionando soluções adaptadas às necessidades dos nossos clientes e contribuindo para o crescimento contínuo do setor em 2025”.

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United Airlines retoma voos para Israel a 15 de março

A United Airlines vai retomar, a 15 de março, os voos diários entre Nova Iorque/Newark e Telavive, em Israel, passando a operar um segundo voo diário para esta cidade israelita a partir de 29 de março.

A United Airlines vai retomar, a 15 de março, os voos diários entre Nova Iorque/Newark e Telavive, em Israel, passando a operar um segundo voo diário para esta cidade israelita a partir de 29 de março, informou a companhia aérea norte-americana, em comunicado.

Na informação divulgada, a United Airlines explica que a decisão de retomar a operação para Israel foi tomada depois de “uma avaliação detalhada das considerações operacionais para a região”, que envolveu também “um trabalho próximo com os sindicatos” que representam os pilotos e tripulantes da companhia aérea.

Com este regresso dos voos para Telavive, que vão ser operados em aparelhos Boeing 787-10s, a United Airlines torna-se na primeira companhia aérea dos EUA a retomar as ligações para Israel.

“A United vai continuar a avaliar as oportunidades para retomar voos adicionais com base na procura”, acrescenta a companhia aérea na informação divulgada.

Recorde-se que os voos para Israel da United Airlines, assim como de várias companhias aéreas internacionais, foram suspensas na sequência do escalar do conflito armado na região, e estão agora perto de serem retomados depois de ter sido alcança um acordo de cessar-fogo.

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