Edição digital
Assine já
PUB
Transportes

“Se esta capacidade se consolidar, obviamente, vamos procurar continuar a crescer em Lisboa e chegar aos dois voos diários”

Em entrevista ao PUBLITURIS, Thibaud Morand, diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa, fala sobre o aumento de capacidade a partir de novembro e que coloca a companhia aérea mais perto dos dois voos diários, que podem ser uma possibilidade no futuro. O interesse noutros destinos portugueses e a sustentabilidade também entraram na conversa.

Inês de Matos
Transportes

“Se esta capacidade se consolidar, obviamente, vamos procurar continuar a crescer em Lisboa e chegar aos dois voos diários”

Em entrevista ao PUBLITURIS, Thibaud Morand, diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa, fala sobre o aumento de capacidade a partir de novembro e que coloca a companhia aérea mais perto dos dois voos diários, que podem ser uma possibilidade no futuro. O interesse noutros destinos portugueses e a sustentabilidade também entraram na conversa.

Inês de Matos
Sobre o autor
Inês de Matos
Artigos relacionados
TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé
Aviação
Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros
Destinos
Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023
Alojamento
Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023
Destinos
Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio
Destinos
Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris
Aviação
Octant Hotels promove-se nos EUA
Alojamento
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
Meeting Industry
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Meeting Industry
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
Destinos

Em 8 novembro, a LATAM Airlines aumenta em quase 90% a capacidade na rota São Paulo-Lisboa, crescimento que Thibaud Morand, diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa, confessa que “há algum tempo” que a companhia procurava e que vai permitir chegar a 10 ligações semanais, que passam a 11 em dezembro, janeiro e março.

Faltam poucas frequências para os dois voos diários, algo que o responsável não nega que esteja nos planos da transportadora sul-americana, que quer, no entanto, consolidar primeiro este crescimento. “Depois, veremos de que forma poderemos crescer, se o mercado acompanhar”, diz Thibaud Morand, que é, contudo, mais explicito em relação ao interesse noutros destinos nacionais, como o Porto, que a companhia vê como “um destino interessante”, mas que continua a não ser “uma possibilidade de curto prazo”.

Mais concreto é o trabalho que a transportadora tem vindo a fazer em prol da sustentabilidade, com o diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa a admitir que a transportadora está “muito interessada em tudo o que possa contribuir para a descarbonização da indústria”.

A LATAM Airlines vai reforçar, a partir de novembro, a rota entre São Paulo e Lisboa. Qual é a expetativa relativamente a este forte aumento de oferta previsto?
Estamos muito contentes por poder, finalmente, crescer em Lisboa. Há algum tempo que o procurávamos, mas sabemos que o Aeroporto de Lisboa é complicado pelas restrições de slots e de capacidade a nível geral. Finalmente, a partir de novembro, conseguimos ter essa possibilidade.

Este aumento de capacidade traz duas coisas positivas, a primeira é a mudança de avião. Vamos mudar o avião que estamos a usar no voo diário para outro de maior capacidade. A partir de novembro, vamos operar com o Boeing 777, que tem capacidade para 410 passageiros, 40% mais do que o B787 que vínhamos a operar, que pode transportar 300 passageiros.

Adicionalmente, vamos operar até quatro frequências adicionais. Podem ser três ou quatro, conforme o período, no B787-9, que é o avião que temos vindo a operar para Lisboa.

A soma de tudo isto, resulta que, na temporada de inverno, vamos operar quase mais 90% de capacidade. É um crescimento enorme, mas no qual acreditamos porque existe muita procura desde e para Portugal.

Como dizia, há algum tempo que queríamos crescer em Portugal e, por isso, vemos este anúncio com muito otimismo. Estamos, realmente, muito contentes por oferecer mais opções aos passageiros. E devo lembrar que, a partir de São Paulo, os nossos passageiros podem fazer conexão para mais de 50 destinos no Brasil e mais de 150 destinos na América do Sul.

Na temporada de inverno, vamos operar quase mais 90% de capacidade. É um crescimento enorme, mas no qual acreditamos porque existe muita procura desde e para Portugal

Como está o load factor desta rota e qual é a expetativa com este aumento de oferta, será possível manter um load factor elevado como, habitualmente, os voos da LATAM Airlines para Lisboa apresentam?
Nos últimos meses, estamos com um load factor de cerca de 90% em todas as rotas da Europa e esperamos manter este índice de ocupação. É possível que venha a baixar um pouco com este aumento de capacidade e também por ser inverno, uma vez que é a temporada mais baixa, mas temos vindo a assistir a uma procura robusta e, por isso, acreditamos que será possível manter este load factor, o que significa que, em termos de passageiros, esperamos crescer 80% a 90%, em linha com a capacidade adicional que vamos operar a partir de novembro.

O número de passageiros portugueses nesta rota já é mais significativo ou ainda continua a ser baixo?
O mercado português está a crescer, mas é preciso ver que, em termos de volume, do outro lado do Atlântico temos um mercado de 200 milhões de habitantes e que é quase uma ‘casa’ para a LATAM Airlines, onde temos uma posição muito mais importante. Mas o que posso dizer é que o mercado português está a crescer, voa muito para o Brasil e aquilo que queremos é que os portugueses descubram outros destinos além do Brasil, com as conexões que possibilitamos para o Peru, Chile e Argentina. Queremos promover a região como um todo e, apesar do Brasil ser um dos nossos mercados mais importantes, queremos promover toda a região.

Como referiu, a LATAM Airlines vai colocar também um novo avião na rota São Paulo-Lisboa, o Boeing 777-300, que oferece maior capacidade. Além do aumento da capacidade, que outras vantagens traz este novo avião à operação e aos passageiros?
Diria que, hoje, toda a nossa frota tem um produto muito equiparado. Temos investido muito, nos últimos anos, na renovação das cabines e, por isso, quando o passageiro entra nos nossos aviões, encontra o melhor produto que podemos oferecer.

No caso do B777, toda a frota tem um novo produto na cabine executiva, com assentos totalmente reclináveis, todos os assentos têm acesso ao corredor e oferecem privacidade. Mas, de forma geral, o produto foi melhorado a todos os níveis, temos investido também na renovação de oferta gastronómica. Em março, renovámos completamente a oferta gastronómica a bordo e este é um exemplo que, para nós, é muito importante porque aquilo que pretendemos é que o cliente viva uma experiência sul-americana assim que entra no avião e não apenas quando chega ao destino. E sabemos que a gastronomia contribui muito para essa experiência que queremos oferece. Por isso, fizemos esta renovação que, na cabine business, inclui produtos icónicos como peixe da América do Sul e do Pacífico, tubérculos do altiplano, frutas tropicais, ou seja, tudo o que mostra a versatilidade da gastronomia sul-americana.

E também ao nível do serviço, que é algo muito importante para a LATAM Airlines, queremos refletir um pouco aquilo que é a cultura sul-americana e a alegria que os sul-americanos transmitem, que é algo que os passageiros também sentem quando entram num dos nossos aviões.

Vamos agora encarar este crescimento e, depois, veremos de que forma poderemos crescer, se o mercado acompanhar. De momento, temos de consolidar este crescimento

Mais perto do segundo voo diário
O que está previsto é que a LATAM Airlines venha a operar 10 voos por semana, passando a 11 voos semanais em alguns meses. A procura nesta rota não justificaria a passagem a dois voos diários? Existe alguma possibilidade de a rota passar para dois voos por dia?
Como dizia, além do aumento de frequências, vamos ter um aumento da capacidade do avião. Por isso, vamos praticamente duplicar a oferta e este é um aumento muito importante.

Queremos ir acompanhando a procura para ver com reagem os dois mercados, Portugal e o Brasil, mas aquilo que posso dizer é que estamos muito otimistas em relação à operação, contudo, não temos ainda certeza de como vai ser 2024. Por isso, este é um processo que estamos a tratar progressivamente, se esta capacidade se consolidar, obviamente, vamos procurar continuar a crescer em Lisboa e chegar aos dois voos diários. Mas, atualmente, estamos muito contentes com estas 11 frequências semanais.

Isso quer dizer que os dois voos diários não estão descartados e, caso este aumento corra como previsto, esse passo poderá mesmo ser dado no futuro?
Sim, estamos sempre à procura de oportunidades para crescer e para abrir novas rotas. Mas, como digo, temos de fazer as coisas de forma responsável e, por isso, vamos agora encarar este crescimento e, depois, veremos de que forma poderemos crescer, se o mercado acompanhar.

De momento, temos de consolidar este crescimento.

E há algum interesse em voar para outros destinos em Portugal, nomeadamente para o Porto, que é um destino que também tem muita procura por parte das companhias aéreas e também porque atrai muito tráfego corporativo?
É verdade que o Porto é um destino interessante, mas devo dizer que não estamos a olhar para o Porto como uma possibilidade de curto prazo, para ser sincero. E isso acontece porque, de momento, temos um crescimento muito interessante em Lisboa e, a nível operacional, é diferente crescer num aeroporto onde já estamos presentes ou abrir uma nova rota para outro aeroporto. Ao nível da carga, também é mais fácil centralizar a procura de carga num único aeroporto do que dividir em dois.

Por isso, digo que o Porto é um dos destinos na Europa que estamos sempre a acompanhar, mas que continua a não ser um objetivo de curto prazo. Queremos concentrar-nos em consolidar o aumento em Lisboa e ver qual é a possibilidade de continuar a crescer em Lisboa.

O Porto é um dos destinos na Europa que estamos sempre a acompanhar, mas que continua a não ser um objetivo de curto prazo

Proteger o planeta e a América do Sul
Nos últimos tempos, principalmente depois da pandemia, as companhias aéreas têm vindo a dar maior atenção à sustentabilidade e a LATAM Airlines não é exceção. Como está a política de sustentabilidade da companhia aérea?
A sustentabilidade é um repto muito importante para a indústria do transporte aéreo. Na LATAM Airlines, lançámos uma política de sustentabilidade em 2021, que se chama “Um destino necessário” e que inclui compromissos importantes em três pilares distintos.

O primeiro são as alterações climáticas, para o qual anunciámos compromissos claros e fundamentais, como o objetivo de não crescer em emissões de CO2 face a 2019 e, neste pilar, queremos também compensar 50% das emissões domésticas até 2030. Já estamos a promover várias iniciativas com vista a atingir este objetivo, como a Sexta-Feira Neutra, em que operamos alguns voos domésticos com compensação de emissões.

Grande parte da solução que temos atualmente para reduzir emissões passa pela otimização e renovação das frotas, porque a nova geração de aviões permite reduzir consumos e emissões em cerca de 25% face à anterior. Isto é algo que a LATAM Airlines também está a fazer, o avião B787 que operamos já consome menos 20% que a geração anterior e toda a nossa frota, incluindo a doméstica, conta com aviões de nova geração.

Estamos também a otimizar as operações no ar e em terra para minimizar o consumo e, depois, temos a parte das compensações, mas, no nosso caso, não usamos as compensações de forma típica, em que se plantam árvores, mas sim para proteger ecossistemas icónicos da América do Sul.

A América do Sul tem uma grande parte da biodiversidade do mundo e pensamos que, por sermos sul-americanos, devemos participar na sua proteção. Por isso, temo-nos comprometido com projetos importantes na Colômbia que melhoram a biodiversidade e ajudam as comunidades e famílias locais. Procuramos ter um impacto mais global do que se apenas plantássemos árvores, queremos dar um passo maior.

Além das alterações climáticas, a nossa política de sustentabilidade tem mais dois pilares, a economia circular, em que já estamos a fazer um grande trabalho para eliminar os plásticos de uso único porque temos o compromisso de, até ao final do ano, não usarmos mais estes. E está a correr muito bem, já eliminámos 90% dos plásticos de uso único.

Também fazemos um grande trabalho de reciclagem e trabalhamos com associações nos países onde operamos com vista à reutilização e temos ainda iniciativas para a redução do plástico nas operações de carga.

Portanto, estamos a trabalhar em muitas frentes e, a bordo, introduzimos também eco-kits sem plástico na classe business, que são assinados por artistas sul-americanos para promover e valorizar a cultura sul-americana.

O último pilar é a partilha de valor e aqui temos um programa que se chama ‘Avião Solidário’ que realiza transporte humanitário, principalmente na América do Sul. Durante a pandemia, por exemplo, transportámos mais de 300 milhões de vacinas gratuitamente, 117 milhões só no ano passado. E transportámos mais de 3.500 pessoas de forma gratuita, principalmente médicos e pessoal de ajuda humanitária.

Queremos que a nossa política seja o mais completa possível, para podermos também devolver um pouco o valor às comunidades em que operamos.

Na América do Sul, por exemplo, ainda não existe, ao dia de hoje, produção de SAF. A primeira fábrica da América do Sul só deverá começar a funcionar no final do ano ou no início de 2024

Os passageiros da LATAM Airlines já estão comprometidos com a sustentabilidade e têm a preocupação de compensar as suas viagens?
No caso dos passageiros individuais, vemos que essa é uma preocupação, mas a compensação continua a ser baixa. Por isso, procurámos focar-nos nos passageiros corporativos porque esses passageiros, mais do que os individuais, procuram compensar as suas viagens. Temos tido muito sucesso nesta missão, principalmente na América do Sul porque, obviamente, estamos a falar de empresas que atuam no mesmo país e na mesma região que nós e, por isso, têm o mesmo objetivo de contribuir para a conservação da região. É um programa que funciona muito bem e no qual propomos às empresas que calculem a sua pegada de carbono do ano anterior, que poderá ser compensada até 100%. Além dessa compensação, a LATAM Airlines compromete-se a compensar na mesma proporção que os passageiros. Portanto, se uma empresa compensar 100% do seu voo, haverá uma compensação de 200%, porque a LATAM Airlines compensa outros 100%. Fazemos o mesmo com os charters, que já têm a compensação de carbono incluída, e lançámos recentemente a possibilidade do cliente individual compensar os seus voos a titulo pessoal, mas esta é um projeto recente, que deverá ser um pouco mais lento.

A aviação está também a apostar cada vez mais nos voos sem CO2, seja através do SAF – combustível sustentável para a aviação ou de aparelhos elétricos ou movidos a hidrogénio. Como olha a LATAM Airlines para estas inovações e o que está a companhia a fazer neste sentido?
A LATAM está muito interessada em tudo o que possa contribuir para a descarbonização da indústria. Acreditamos que não há uma solução única, é necessário explorar e trabalhar numa multiplicidade de soluções.

O SAF é uma solução que já existe, mas que tem um problema de produção. Na América do Sul, por exemplo, ainda não existe, ao dia de hoje, produção de SAF. A primeira fábrica só deverá começar a funcionar no final do ano ou no início de 2024.

Contudo, acreditamos que a América do Sul tem um potencial enorme na produção de SAF e há um grande trabalho para juntar os setores público e privado para incentivar a produção e mostrar que a aviação está comprometida a adquirir essa produção.

Sabemos também que há outras soluções, seja aviões elétricos ou a hidrogénio, mas este é um tema mais para os construtores, apesar de interessar às companhias aéreas. No entanto, também nos parece que estas são soluções para voos de curta distância.

Mas estamos, claro, muito interessados em ver que soluções podem apresentar os construtores aeronáuticos, acreditamos que, no futuro, a solução poderá passar por uma mescla entre a aviação elétrica e o hidrogénio, e também aqui a América do Sul tem um grande potencial no hidrogénio verde. Mas acredito que não vamos ter uma única solução.

A aviação tem um papel tão importante que é necessário procurar soluções para a descarbonização. A aviação é imprescindível e vai continuar a ser

Com todas estas mudanças e testes que se começam a fazer, como vê a LATAM Airlines o futuro da aviação, será possível atingir as metas de descarbonização que a indústria tem vindo a definir?
É uma pergunta interessante, mas creio que o principal é recordar qual é o objetivo da aviação. E a aviação serve para conectar os povos, gera desenvolvimento económico e, por isso, acreditamos que a aviação tem um papel tão importante que é necessário procurar soluções para a descarbonização. A aviação é imprescindível e vai continuar a ser.

Creio que o futuro passará pela otimização dos voos curtos, como a Europa está a fazer com o desenvolvimento da bimodalidade, aliando o avião ao comboio. No entanto, na América do Sul isso é algo que ainda não é possível porque não há muitas infraestruturas ferroviárias, mas há potencial para que a América do Sul seja um ator relevante na produção de SAF e no hidrogénio verde, e venha a ser um dos motores desta transformação para uma aviação descarbonizada até 2050.

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
Artigos relacionados
TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé
Aviação
Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros
Destinos
Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023
Alojamento
Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023
Destinos
Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio
Destinos
Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris
Aviação
Octant Hotels promove-se nos EUA
Alojamento
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
Meeting Industry
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Meeting Industry
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
Destinos
PUB

January 19, 2023, Brazil. In this photo illustration, the TAAG Linhas Aéreas de Angola logo is displayed on a smartphone screen. It is the national airline of Angola, having its headquarters in Luanda

Aviação

TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé

O presidente da TAAG revelou que, entre julho e setembro, a companhia aérea de bandeira angolana vai receber novos aviões, o que permite retomar uma rota abandonada em 2016, na altura com a justificação de que as ligações não eram rentáveis.

A TAAG – Linhas Aéreas de Angola vai retomar, ainda este ano, os voos entre Luanda, capital angolana, e a cidade da Praia, em Cabo Verde, numa operação que deverá contar com escala em São Tomé e Príncipe, avança a Lusa, que cita o presidente da companhia.

“Esse é um desafio que temos, não só para a TAAG e para a TACV, mas para os dois povos, no caso os nossos três povos, Angola, São Tomé e Cabo Verde”, afirmou António dos Santos Domingos, após a reunião com o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, que decorre no Mindelo, ilha de São Vicente.

A Lusa recorda que a TAAG suspendeu, no final de 2016, os voos diretos entre Luanda e a Praia, com escala em São Tomé e Príncipe, alegando que a rota não era rentável.

No entanto, agora, a TAAG vai, segundo o seu presidente, receber novas aeronaves entre julho e setembro, pelo que a partir dessa altura poderá dizer “o dia concreto” em que será retomada a operação.

António dos Santos Domingos não quis, contudo, revelar mais detalhes sobre a operação, uma vez que ainda decorrem contactos e porque serão as questões económicas a ditar a frequência de voos.

“Nós estamos em negociações com a TACV para encontrarmos a melhor frequência”, explicou, revelando que a TAAG e a TACV vão renovar o contrato de ‘leasing’ que mantêm por mais um ano.

Recorde-se que a TACV faz ligações internacionais com Lisboa (Portugal), Paris (França) e Bérgamo (Itália), com dois aviões, um deles alugado desde março de 2022 à congénere angolana TAAG.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros

A requalificação do Miradouro do Zebro, no concelho de Oleiros, que acaba de ser inaugurado, torna o espaço um atrativo turístico não apenas local, mas também regional e internacional, impulsionando assim a economia local através da visita de turistas.

O Miradouro do Zebro, situado na Freguesia de Estreito-Vilar Barroco (concelho de Oleiros), foi requalificado com projeto desenhado pelo arquiteto Siza Vieira e é o único miradouro em Portugal com a sua assinatura.

Na inauguração estiveram presentes o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, e a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno.

Na ocasião, conforme avança nota publicada na página oficial da Câmara Municipal de Oleiros, o secretário de Estado do Turismo destacou a notável influência da “marca global” de Siza Vieira, apontando-a como uma referência, que tem os seus seguidores”, por ser um dos mais premiados arquitetos do mundo, galardoado pelo prestigiado Prémio Pritzker.

Pedro Machado salientou, ainda, que a obra em questão “surge num território improvável, no meio da natureza”, atraindo não apenas estudantes de arquitetura, mas também entusiastas de todo o mundo.

A presidente da CCDRC, Isabel Damasceno considerou que a infraestrutura “é uma mais valia para esta região, que tem características naturais ímpares e é agora um local de visita obrigatório”.

A atração de visitantes a Oleiros foi o objetivo que sustentou a ideia do anterior presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Fernando Jorge, que convidou em 2021, o arquiteto a visitar o miradouro e a estudar a sua requalificação. Reforçou que se as pessoas “quiserem ver este que é o único miradouro desenhado por Siza Vieira, terão de vir a Oleiros”.

Já o atual presidente da autarquia de Oleiros, sublinhou que “temos um concelho com locais com vistas maravilhosas” e está a ser estudada “a criação de outros miradouros e um deles está para breve”.

O autarca demonstrou o orgulho que é Oleiros passar a figurar no circuito de obras mundiais de Siza Vieira, lado a lado com outras cidades. Miguel Marques salientou que “se sermos rurais é estarmos aqui, naquilo que é mais genuíno e autêntico, naquilo que é o bem-receber, então podem-me chamar rural que eu fico e ficamos todos muito satisfeitos”.

Refira-se que o miradouro é composto por uma plataforma de planta circular, de 15 metros de diâmetro, fixada na rocha, com vista panorâmica, instalada a 30 metros do solo e a 150 metros desde o fundo do vale.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Alojamento

Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023

Os estabelecimentos hoteleiros em Portugal faturaram 6. 021 milhões de euros o ano passado, o que representou uma subida de 20,1% face a 2022, de acordo com dados da análise setorial da Informa D&B.

Segundo a Informa D&B, cuja análise abrange  hotéis, unidades de alojamento local, aparthotéis, apartamentos turísticos, estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação, aldeamentos turísticos, Quintas da Madeira e pousadas, o valor deste setor aumentoi em todas as zonas geográficas de Portugal, com destaque para as Regiões Autónomas dos Açores (+26,2%) e da Madeira (+23,2%), bem como para as zonas de Lisboa (+24,4%) e Norte (+24,2%).

A empresa especialista no conhecimento do tecido empresarial revela ainda que o número de hóspedes rondou os 30 milhões, o que representa um crescimento de 13% face a 2022, enquanto as dormidas totalizaram cerca de 77,2 milhões, mais 11%. As dormidas dos residentes em Portugal subiram 2,1%, para os 23,4 milhões, e a dos residentes no estrangeiro crescerem 14,9%, atingindo quase 54 milhões. Os britânicos mantiveram-se como os clientes estrangeiros em maior número, representando 12,8% das dormidas totais, à frente dos alemães (7,9%) e dos espanhóis (7,1%).

No que diz respeito à capacidade hoteleira disponível em Portugal, os dados são de 2022, que dão conta de um crescimento significativo quando comparado ao ano anterior. Assim, segundo o mesmo estudo, o total de camas disponíveis em dezembro de 2022 rondava as 458 mil, mais 13,1% que no ano anterior. Ainda em dezembro de 2022, o número de estabelecimentos em atividade aumentou 13,1% face a 2021, aproximando-se dos 7.100., com a atividade hoteleira bastante concentrada nas zonas do Algarve (quase 29% das camas disponíveis), Lisboa e Norte, com cerca de 21% e 18%, respetivamente, e na zona Centro, com 14%.

No ranking das tipologias, mais de metade do total de camas correspondia, em 2022, a hotéis, seguindo-se as unidades de alojamento local, com 18,1%, os aparthotéis, com 10,1%, os apartamentos turísticos (7,7%), os estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação (6,6%), os aldeamentos turísticos (4%) e as pousadas (0,9%).

 

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Destinos

Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023

Em 2023, as viagens realizadas pelos residentes em Portugal cresceram 4,6% e atingiram um total de 23,7 milhões, no entanto ainda abaixo dos registos de 2019 (-3,2%). Se no país as viagens aumentaram 2,4%, ao estrangeiro subiram 21,5%, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo INE, que classifica estes de máximos históricos.

Dados do INE sobre a procura turística dos residentes referentes ao ano de 2023, publicados esta sexta-feira, revelam que o a alojamento particular gratuito, com 61,3% das preferências, aumentou a sua expressão, (+0,2 p.p. face a 2022), enquanto a duração média das viagens foi de 4,08 noites, contra 4,18 noites no ano anterior. Espanha (41,6%; +3,2 p.p.), França (10,1%, -0,7 p.p.) e Itália (6,9%, +0,2 p.p.) mantiveram-se como os principais países de destino nas deslocações dos residentes ao estrangeiro, tendo a União Europeia representado 79% do total de viagens ao estrangeiro. Na totalidade do ano de 2023 (resultados provisórios), realizaram-se 23,7 milhões de viagens, o que representa um aumento de 4,6% face a 2022 (-3,2% face a 2019).

Avança o INE que no total do ano passado, o motivo de 50,1% das viagens foi o “lazer, recreio ou férias” correspondendo a 11,9 milhões de viagens, +4,1% quando comparado com o 2022, mas -2,0% face à pré-pandemia. A “visita a familiares ou amigos” foi o segundo principal motivo para viajar (38,2%), tendo sido contabilizadas 9,0 milhões de viagens. Os motivos “profissionais ou de negócios” representaram 7,2% do total (1,7 milhões de viagens), tendo aumentado 4,9% face a 2022, mas com uma quebra de 15,5% face ao período pré-pandemia.

No período em análise, as viagens nacionais cresceram 2,4% (-4,3% face a 2019), representando 86,4% do total (-1,9 p.p.), as viagens ao estrangeiro aumentaram 21,5% (+4,1% comparando com 2019). A região Centro manteve a 1ª posição como principal destino das viagens realizadas em território nacional, concentrando 29,8% do total (-0,5 p.p. face a 2022), seguindo-se o Norte (23,7% do total), que ganhou representatividade face ao ano anterior (+2,4 p.p.).

No total do ano 2023, em 38,9% do total das viagens (+1,6 p.p. face a 2022), os residentes optaram por recorrer a serviços de marcação prévia, sendo que nas viagens ao estrangeiro esta foi a opção em 92,2% (-0,9 p.p.) das situações. O recurso à internet ocorreu em 25,7% (+0,5 p.p.) das viagens, 19,2% nas que tiveram como destino Portugal (-0,2 p.p.) e 66,9% nas viagens ao estrangeiro (-1,8 p.p.).

Só no 4º trimestre de 2023, os residentes em Portugal realizaram 5,1 milhões de viagens, o que correspondeu a um crescimento de 2,9%. As viagens em território nacional corresponderam a 86,7% das deslocações (4,5 milhões), tendo aumentado 1,5%. As viagens com destino ao estrangeiro cresceram 12,9%, totalizando 683,6 mil viagens, o que correspondeu a 13,3% do total.

O recurso à internet na organização de viagens continuou a ganhar expressão, no 4º trimestre de 2023, principalmente nas deslocações ao estrangeiro (35,3% das viagens foram efetuadas recorrendo à marcação prévia de serviços), enquanto a reserva antecipada de serviços esteve associada a 26,5% das deslocações em território nacional.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio

Em 2023, a Allianz Partners registou um desempenho recorde, com crescimento em todos os segmentos de negócio. A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023.

A Allianz Partners acaba de apresentar os resultados financeiros de 2023, registando 9,3 mil milhões de euros em receitas totais e um lucro operacional de 301,2 milhões de euros. Este é o desempenho financeiro mais forte da história da Allianz Partners. Todas as linhas de negócio registaram um crescimento sustentado, impulsionado pelo aumento das viagens internacionais, crescimento de dois dígitos em mobilidade e assistência e crescimento recorde de 23,4% no negócio de saúde da Allianz Partners. Quase 73 milhões de casos de assistência foram tratados globalmente em 2023, o equivalente a 200 mil casos por dia.

A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023. Esta evolução significativa foi impulsionada pelo crescimento na Ásia-Pacífico, América do Norte e Europa. A recuperação do setor das viagens na Austrália e na Nova Zelândia impulsionou o crescimento das viagens, na sequência do fim de todas as restrições à entrada e saída de viajantes. O desempenho das viagens na América do Norte manteve-se, contribuindo para um novo aumento dos canais offline e do negócio B2C. O crescimento europeu foi impulsionado principalmente pelo setor dos serviços financeiros no Reino Unido, juntamente com as companhias aéreas e as agências de viagens em França. Com o recente lançamento da aplicação móvel Allyz, a Allianz Partners continua a sua expansão e investimento em plataformas digitais para clientes.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris

A Azul abriu a rota para Paris a 26 de abril de 2023 e, ao longo do primeiro ano de operação, realizou 308 voos e transportou mais de 191 mil passageiros para a capital francesa.

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras está a assinalar esta sexta-feira, 26 de abril, o primeiro aniversário da rota para Paris-Orly, França, período ao longo do qual a transportadora aérea realizou 308 voos para a capital francesa e transportou mais de 191 mil passageiros.

“Os resultados do nosso voo para Paris superaram todas as expectativas, mesmo sendo uma das cidades mais turísticas do mundo. Construímos as nossas operações com base na conectividade, aproximando regiões que antes estavam isoladas, e hoje estamos mais próximos da Europa. Desde o início deste mês, passamos a operar mais uma frequência semanal para garantir ainda mais opções para os nossos clientes”, congratula-se André Mercadante, diretor de Planeamento da Azul.

A Azul começou a operar a rota para Paris com seis voos por semana, número que passou, entretanto, para sete voos semanais, que partem do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo, pelas 17h50, chegando à capital francesa às 10h20. Em sentido inverso, a partida de Paris decorre às 12h50, chegando em Campinas às 19h50.

A Azul é atualmente a única companhia aérea brasileira que voa diretamente para Paris, cidade que vai receber, este ano, os Jogos Olímpicos, aos quais a Azul também associou, sendo patrocinadora oficial da seleção brasileira e assinalando o evento com menus especiais a bordo dos seus voos.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Alojamento

Octant Hotels promove-se nos EUA

A Octant Hotels apresentou as suas oito unidades em dois eventos nos EUA que passaram por Chicago e Boston, entre 16 e 18 de abril, e nos quais foram também dados a conhecer os pilares da marca.

A Octant Hotels promoveu, entre 16 e 18 de abril, um evento promocional nos EUA, que serviu para dar continuidade à estratégia de apresentação dos hotéis da marca no mercado internacional e que passou pelas cidades de Chicago e Boston.

Num comunicado enviado à imprensa, a Octant Hotels explica que “esta aproximação ao mercado estadunidense permitiu demonstrar a hospitalidade portuguesa e destacar as várias regiões e tradições de Portugal”.  

Além de dar a conhecer as unidades da marca, o evento serviu também para apresentar os dois pilares da Octant Hotels, concretamente o localismo e a liberdade, contando ainda com um momento gastronómico a cargo do chef Paulo Leite, chef executivo do Octant Ponta Delgada.   

O evento contou com a participação Luís Mexia Alves, CEO da Discovery Hotel Management (DHM); Filipe Bonina, diretor de Marketing da DHM; e Gonçalo Mexia Alves, Head of Sales da DHM.

“Cada hotel Octant é único e irrepetível e traz uma oferta inovadora, com experiências autênticas e singulares, pois não existem dois Octant iguais, pela sua localização, a sua história, as tradições e as suas gentes. Ter dado a  conhecer os nossos pilares de localismo e liberdade num mercado tão importante como o do Estados Unidos, permitiu uma aproximação às nossas raízes e à cultura portuguesa”, refere Filipe Bonina, diretor de Marketing da DHM.

Recorde-se que a Octant Hotels conta atualmente com oito unidades hoteleiras que oferecem 539 quartos em Portugal, localizando-se de norte a sul do país, incluindo a ilha de S. Miguel, nos Açores.   

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Meeting Industry

“A promoção na Europa não pode ser só Macau”

Depois de anunciar a cimeira da ECTAA em Macau, em 2025, Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da DST de Macau, admitiu que a promoção de Macau terá de passar por uma maior complementaridade de destinos e não limitar-se somente a Macau”.

A promoção de Macau na Europa é uma realidade e a parceira com a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) tem contribuído para esta evidência. Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, explicou isso mesma durante a abertura da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, ao frisar que “a APAVT foi um grande parceiro durante muitos anos, mesmo antes da transferência [da soberania de Macau de Portugal para a República Popular da China em 20 de dezembro de 1999] até agora e ajudou-nos, para além de Portugal, a abrir a porta para a Europa”.

A vinda do congresso da APAVT e da cimeira da ECTAA para Macau, em 2025, é, por isso, vista por Senna Fernandes como “um passo importante e que temos vindo a realizar em parceria com a APAVT tanto nas iniciativas em Portugal [Roadshow e BTL] como em Espanha [FITUR]”.

Quanto às possíveis melhorias de conectividade entre Portugal e Macau, Senna de Fernandes admitiu que “esse é o nosso grande sonho”, revelando que “ainda não há muitos avanços a este nível, mas passo a passo, espero que as ligações melhorem”.

A caminho pode estar, no entanto, um voo da Air Macau com ligação a Istambul (Turquia) que a diretora da DST espera que possa acontecer “ainda este ano de 2024” e que é considerado como “mais um passo em frente”. “Estamos sempre de braços abertos, mas claro que as companhias aéreas têm os seus cálculos e nós percebemos esta situação”.

A melhoria, ou melhor, a facilidade de ligação de Hong Kong a Macau também foi assinalada como mais um passo para atrair os turistas a visitar Macau, além de Senna Fernandes considerar que “a forma como Macau está a promover-se na Europa também terá de ser integrada com outros destinos”.

“A promoção na Europa não pode ser só Macau, porque quem faz uma viagem de longo curso não está só à procura de um destino, também quererá visitar a China, Hong Kong, a Grande Bahia, por exemplo”, concluiu a diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Meeting Industry

APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu

No dia da abertura da 12.ª edição da MITE, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, destacou o papel da associação no posicionamento de Macau no mercado europeu. A organização do congresso da APAVT e cimeira da ECTAA, ambas em 2025, são consideradas boas plataformas para a promoção junto dos diversos mercados da Europa.

A 12.ª edição da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – serviu para o anúncio da cimeira da ECTAA, bem com de Macau como “Destino Preferido” para 2025.

Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), referiu, no discurso de abertura e deste anúncio que se trata de uma “grande oportunidade de juntar um importante mercado de origem – Europa – e os destinos turísticos de Macau, fazendo essa extensão lógica a toda a China”.

Na realidade, a APAVT, que realizará o 50.ª congresso precisamente em Macau, em 2025, teve “o papel principal”, segundo o presidente das APAVT, no que será a realização da cimeira da ECTAA em Macau, frisando Pedro Costa Ferreira que “tivemos a ideia, colocámo-la primeiramente a Macau, tentando perceber se havia interesse, e havendo todo o interesse, colocámo-la ECTAA que respondeu, desde logo, de forma positiva”.

“Sentimos que existe um estreito laço de confiança entre a APAVT e o Turismo de Macau que, como todos os laços de confiança que são fortes, demorou algum tempo a reformar-se, mas que parece estar hoje no ponto fortalecer-se”.

De resto, Pedro Costa Ferreira salientou que a relação próxima entre a APAVT e Macau passa, justamente, por “Portugal constituir uma porta de entrada para a China, mas também Portugal ser visto como porta de entrada para a Europa. Se olharmos para a China enquanto mercado emissor, é só o primeiro mercado emissor mundial. Portanto, todos terão interesse em implementar este tipo de relação”.

Quanto ao que poderia aumentar o número de turistas portugueses em Macau, o presidente da APAVT é lacónico: “comunicação, comunicação, comunicação e, depois, estruturação de oferta”.

“A comunicação é fundamental porque a verdade é que Macau, apesar de tudo, quando se fala do Oriente, não está no top of mind dos portugueses”, considera Pedro Costa Ferreira. “Depois é preciso conhecimento e não foi por acaso que apostámos [APAVT] no e-learning”, até porque, de acordo com o presidente da APAVT, “os agentes de viagens costumam vender o que conhecem e sentem-se confiantes a vender o que conhecem. Portanto, sem conhecer fica mais difícil” e, por isso, a vinda de agentes de viagens à MITE “ajuda a conhecer a oferta existente”.

Já no que toca à estruturação de produto, “Macau não deve ser visto como um destino per si para o mercado emissor europeu, nem mesmo para o português”, admite Pedro Costa Ferreira, salientando que “o português pode ter um tempo médio de estadia um pouco mais prolongado em Macau, mas o que faz sentido é juntar Macau com outras realidades, sejam elas de pura praia, quer realidades mais culturais e mais recentes do ponto de vista das tradições do turista europeu, que é a própria China”.

Para isso, é, no entanto, necessária conectividade, assinalando Pedro Costa Ferreira que “um voo direto [Portugal – Macau] ajudaria imenso”.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT

Segundo a APAVT, esta missão internacional a Macau visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

Publituris

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) está a promover uma missão internacional a Macau, que conta com  o apoio do Turismo de Macau e que vai passar pela MITE-Macau International Travel Exhibition, que decorre entre 26 e 28 de abril.

Segundo um comunicado divulgado pela associação, esta missão internacional a Macau conta com uma comitiva de associados e líderes da distribuição europeia e visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

“Pela primeira vez, e por iniciativa da APAVT, a comitiva incluirá também representantes da nossa congénere espanhola, a CEAV, bem como da ECTAA-Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos, num esforço conjunto para promover o desenvolvimento das relações turísticas entre Macau e o mercado europeu. A comitiva é composta por um total de três dezenas de profissionais do setor, especialmente convidados por Macau”, detalha a APAVT.

Além da visita à feira de turismo de Macau, os participantes nesta missão internacional contam com um “intenso programa que inclui encontros B2B e outras iniciativas que visam reforçar as relações bilaterais e estabelecer novas parcerias estratégicas, com vista ao incremento do volume de turismo, nos dois sentidos”.

“É conhecida a proximidade entre a APAVT e Macau, proximidade construída através de trabalho conjunto contínuo, sempre com o objetivo de incrementar os fluxos turísticos entre Portugal , Macau e a China em geral. A atual comitiva é um passo em frente muito significativo neste trabalho conjunto, ao alargar o esforço de aproximação a duas comunidades internacionais que integramos e muito prezamos – a Aliança Ibérica, constituída pela APAVT e a espanhola CEAV, e a ECTAA”, afirma Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT.

*O Publituris foi um dos convidados pela APAVT para integrar esta missão empresarial a Macau, sobre a qual vai ser possível saber mais nas próximas edições do jornal Publituris.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.