Tráfego aéreo global cresce 39,1% em maio e fica a 96,1% dos níveis pré-pandemia
Os dados da IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo mostram que, em maio, o tráfego internacional aumentou 40,9%, com um “forte crescimento” em todos os mercados, ainda que a liderança continue a pertencer à região da Ásia-Pacífico.
Inês de Matos
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Em maio, o tráfego aéreo global registou um crescimento de 39,1% e ficou a 96,1% dos níveis pré-pandemia, valores que, segundo a IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo traduzem “um forte crescimento contínuo da procura por viagens aéreas”.
“Vimos mais boas notícias em maio. Os aviões estavam lotados, com taxas médias de ocupação a atingir os 81,8%. Os mercados domésticos relataram crescimento para níveis pré-pandêmicos. E, entrando na movimentada temporada de viagens de verão no hemisfério norte, a procura internacional atingiu 90,8% dos níveis pré-pandémicos”, congratula-se Willie Walsh, diretor-geral da IATA.
Em maio, o tráfego doméstico cresceu 36,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, ficando 5,3% acima dos níveis de maio de 2019, antes da pandemia da COVID-19, sendo o “segundo mês consecutivo em que o tráfego doméstico supera os níveis pré-pandémicos”.
No que diz respeito ao tráfego internacional, os dados da IATA mostram um crescimento de 40,9% em relação a maio de 2022, tendo-se registado um “forte crescimento” em todos os mercados, ainda que a liderança continue a pertencer à região da Ásia-Pacífico.
“Os RPKs internacionais atingiram 90,8% dos níveis de maio de 2019, com as companhias aéreas do Oriente Médio e da América do Norte excedendo os níveis pré-pandémicos”, acrescenta a IATA, revelando que também a taxa de ocupação total da indústria subiu e chegou aos 81,8%, liderada pelas operadoras norte-americanas, cujo load factor foi de 86,3%.
Por regiões, foi na região da Ásia-Pacífico que o tráfego internacional mais cresceu, depois de um aumento de 156.7% face a igual mês do ano passado, com a IATA a sublinhar que esta região manteve um “muito positivo momentum” desde o levantamento das restrições às viagens devido à COVID-19. Nesta região, a capacidade subiu 136.1% em maio e obteve um load factor de 80.0%, depois de subir 6,4 pontos percentuais.
Em África, a subida do tráfego internacional chegou aos 45,2% e a capacidade aumentou 44.2%, tendo-se verificado ainda um aumento de 0.5 pontos percentuais no load factor, que foi de 68,8%, o mais baixo entre todas as regiões.
Na América do Norte, o tráfego internacional aumentou 31,0%, enquanto a capacidade cresceu 23.2% e o load factor aumentou 5,1 pontos percentuais, fixando-se nos 85.1%, o mais alto entre todas as regiões.
No Médio Oriente, o aumento do tráfego internacional chegou aos 30.8% face a maio de 2022, apresentando também uma subida de 25.0% na capacidade, enquanto o load factor cresceu 3.6 pontos percentuais, para 80.2%. A IATA diz que esta região liderou a recuperação do tráfego de maio, ficando 17.2% acima dos níveis de 2019.
Na América Latina, o tráfego internacional cresceu 26.3% em maio, enquanto a capacidade aumentou rapidamente para 27.3%, ainda que o load factor tenha descido 0.7 pontos percentuais, para 83.8%, com a IATA a sublinhar que esta região “foi a única a ter crescimento de capacidade superior ao crescimento de tráfego”, em maio.
Já na Europa o tráfego internacional cresceu 19.8% e a capacidade subiu 14.2%, enquanto o load factor registou um aumento de 3.9 pontos percentuais, para 84.4%.
Willie Walsh sublinha que os resultados de maio mostram que “as pessoas precisam e amam voar” e realça que a forte procura registada no quinto mês do ano sustenta o regresso à rentabilidade das companhias aéreas.
“Em 2023, esperamos que as companhias aéreas de todo o mundo registrem um lucro líquido de 9,8 mil milhões de dólares. É um número impressionante, principalmente após as grandes perdas pandémicas”, afirma, alertando, no entanto, para as estreitas margens de lucro, que podem comprometer a sustentabilidade a longo prazo.