Tráfego aéreo global cresce 39,1% em maio e fica a 96,1% dos níveis pré-pandemia
Os dados da IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo mostram que, em maio, o tráfego internacional aumentou 40,9%, com um “forte crescimento” em todos os mercados, ainda que a liderança continue a pertencer à região da Ásia-Pacífico.
![Inês de Matos](https://backoffice.publituris.pt/app/uploads/2023/12/silhueta-120x120-1-120x120.jpg)
Inês de Matos
Ávoris reafirma intenção de “fortalecer e expandir operações em Portugal”
Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha, é capa da Nova Edição da Publituris Hotelaria
EGYPTAIR regressa a Lisboa e abre dois voos semanais para o Cairo
Qatar Airways apresenta nova ‘Qsuite Next Gen’
Turismo de Portugal apoia formação em Angola
Airbus investe na LanzaJet para aumentar produção de SAF
Lusófona participa no projeto FUTOURWORK para promover bem-estar e melhores condições de trabalho no Turismo e Hospitalidade
Indústria global das viagens de negócios chega perto dos 1,4 biliões de euros, em 2024
Porto recebe “Prides” europeus
Quase 60% dos viajantes dizem sentir-se sobrecarregados pelo excesso de opções
Em maio, o tráfego aéreo global registou um crescimento de 39,1% e ficou a 96,1% dos níveis pré-pandemia, valores que, segundo a IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo traduzem “um forte crescimento contínuo da procura por viagens aéreas”.
“Vimos mais boas notícias em maio. Os aviões estavam lotados, com taxas médias de ocupação a atingir os 81,8%. Os mercados domésticos relataram crescimento para níveis pré-pandêmicos. E, entrando na movimentada temporada de viagens de verão no hemisfério norte, a procura internacional atingiu 90,8% dos níveis pré-pandémicos”, congratula-se Willie Walsh, diretor-geral da IATA.
Em maio, o tráfego doméstico cresceu 36,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, ficando 5,3% acima dos níveis de maio de 2019, antes da pandemia da COVID-19, sendo o “segundo mês consecutivo em que o tráfego doméstico supera os níveis pré-pandémicos”.
No que diz respeito ao tráfego internacional, os dados da IATA mostram um crescimento de 40,9% em relação a maio de 2022, tendo-se registado um “forte crescimento” em todos os mercados, ainda que a liderança continue a pertencer à região da Ásia-Pacífico.
“Os RPKs internacionais atingiram 90,8% dos níveis de maio de 2019, com as companhias aéreas do Oriente Médio e da América do Norte excedendo os níveis pré-pandémicos”, acrescenta a IATA, revelando que também a taxa de ocupação total da indústria subiu e chegou aos 81,8%, liderada pelas operadoras norte-americanas, cujo load factor foi de 86,3%.
Por regiões, foi na região da Ásia-Pacífico que o tráfego internacional mais cresceu, depois de um aumento de 156.7% face a igual mês do ano passado, com a IATA a sublinhar que esta região manteve um “muito positivo momentum” desde o levantamento das restrições às viagens devido à COVID-19. Nesta região, a capacidade subiu 136.1% em maio e obteve um load factor de 80.0%, depois de subir 6,4 pontos percentuais.
Em África, a subida do tráfego internacional chegou aos 45,2% e a capacidade aumentou 44.2%, tendo-se verificado ainda um aumento de 0.5 pontos percentuais no load factor, que foi de 68,8%, o mais baixo entre todas as regiões.
Na América do Norte, o tráfego internacional aumentou 31,0%, enquanto a capacidade cresceu 23.2% e o load factor aumentou 5,1 pontos percentuais, fixando-se nos 85.1%, o mais alto entre todas as regiões.
No Médio Oriente, o aumento do tráfego internacional chegou aos 30.8% face a maio de 2022, apresentando também uma subida de 25.0% na capacidade, enquanto o load factor cresceu 3.6 pontos percentuais, para 80.2%. A IATA diz que esta região liderou a recuperação do tráfego de maio, ficando 17.2% acima dos níveis de 2019.
Na América Latina, o tráfego internacional cresceu 26.3% em maio, enquanto a capacidade aumentou rapidamente para 27.3%, ainda que o load factor tenha descido 0.7 pontos percentuais, para 83.8%, com a IATA a sublinhar que esta região “foi a única a ter crescimento de capacidade superior ao crescimento de tráfego”, em maio.
Já na Europa o tráfego internacional cresceu 19.8% e a capacidade subiu 14.2%, enquanto o load factor registou um aumento de 3.9 pontos percentuais, para 84.4%.
Willie Walsh sublinha que os resultados de maio mostram que “as pessoas precisam e amam voar” e realça que a forte procura registada no quinto mês do ano sustenta o regresso à rentabilidade das companhias aéreas.
“Em 2023, esperamos que as companhias aéreas de todo o mundo registrem um lucro líquido de 9,8 mil milhões de dólares. É um número impressionante, principalmente após as grandes perdas pandémicas”, afirma, alertando, no entanto, para as estreitas margens de lucro, que podem comprometer a sustentabilidade a longo prazo.