TAP regressa aos lucros no 3.º trimestre do ano
A TAP obteve, no terceiro trimestre de 2022, lucros superiores a 111 milhões de euros face aos prejuízos de 134 milhões de igual período de 2021. O resultado operacional também registou uma melhoria e passou de 46 milhões negativos para 141 milhões positivos.
Victor Jorge
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
Royal Caribbean International abre primeiro Royal Beach Club em Nassau em 2025
Viagens mantêm-se entre principais gastos de portugueses e europeus, diz estudo da Mastercard
Álvaro Aragão assume direção-geral do NAU Salgados Dunas Suites
Lusanova e Air Baltic lançam “Escapada ao Báltico” com voos diretos
Conheça a lista de finalistas dos Prémios AHRESP 2024
Transavia abre vendas para o inverno e aumenta capacidade entre Portugal e França em 5%
FlixBus passa a integrar aeroporto de Lisboa na rede doméstica e internacional
A TAP obteve um resultado líquido positivo de 111,3 milhões de euros no terceiro trimestre de 2022, correspondendo a uma subida de 182,8% face aos 134,5 milhões de euros negativos registados em igual período de 2021, referindo a companhia que estes números foram “impulsionados por fortes resultados operacionais e efeitos positivos da implementação da política de cobertura cambial”.
Em termos de receitas operacionais, a TAP revela, em comunicado, que atingiu 1.118 milhões de euros, mais 152,2% que no terceiro trimestre do ano transato, período em que registou 443,7 milhões de euros, excedendo, assim, os níveis pré-crise em 7,5%.
Em termos de EBIT (resultados operacionais), a companhia aérea nacional obteve 141 milhões de euros, correspondendo a uma subida de 187%, enquanto o EBITDA passou de 65,5 milhões de euros para 268,5% milhões de euros, ou seja, uma subida de quase 203%.
Em comunicado, Christine Ourmières-Widener, Chief Executive Officer da TAP, refere que a companhia está “a confirmar a solidez do seu desempenho no terceiro trimestre, com todas as métricas financeiras acima dos níveis pré-crise, apesar do aumento dos custos de combustível”.
Para o quarto e último trimestre do ano, a CEO da TAP salienta que “a procura mantém-se bastante forte, suportando as expectativas de um bom resultado acumulado até final do ano”.
Já para 2023, Christine Ourmières-Widener admite que “a visibilidade é, no entanto, ainda limitada e, atendendo às incertezas da atual conjuntura, é cada vez mais crucial que mantenhamos o foco no nosso plano estratégico, o qual tem, até agora, provado ser eficaz”.
Assim, refere que os próximos passos decisivos a tomar são: “levar a cabo discussões produtivas com os nossos parceiros laborais para a criação de Acordos Coletivos de Trabalho mais modernos, melhorar as nossas operações e a qualidade do nosso serviço com o envolvimento de todos os stakeholders, a constante negociação de todos os nossos contratos com terceiros e a cuidada preparação do próximo ano”.
Ainda relativamente ao terceiro trimestre de 2022, o número de passageiros transportados duplicou, em comparação com o mesmo período de 2021, atingindo 85% dos níveis do terceiro trimestre de 2019. Adicionalmente, durante este período, a TAP operou uma vez e meia o número de voos do terceiro trimestre de 2021, ou 81% das partidas do terceiro trimestre de 2019.
Quanto aos custos com combustível, a TAP refere que estes triplicaram, “aumentando em 269,9 milhões de euros numa base anual para 371,9 milhões de euros”, frisando a companhia que. “apesar de ter gerado um efeito positivo de 15,9 milhões de euros, a estratégia de cobertura apenas conseguiu reduzir de forma marginal o efeito dos preços de mercado do jet fuel mais elevados, que contribuíram com 153 milhões de euros para o aumento do custo com combustível”.
Durantes o terceiro trimestre, a TAP transportou 4,320 milhões de passageiros, mais 2.214 milhões que em igual período de 2021, correspondendo a uma subida de 105,1%
Já no que diz respeito ao acumulado do ano, até 30 de setembro de 2022, as receitas operacionais atingiram 2.440,1 milhões de euros, mais 195,1% do que nos primeiros nove meses de 2021. Juntamente com o maior nível de atividade (ASK aumentou em 135%), também os custos operacionais recorrentes registaram um aumento significativo de 79% para 2.286 milhões de euros, resultando num EBIT recorrente positivo de 154,1 milhões de euros, um aumento de 104,7 milhões de euros, ou 3,1 vezes o montante no mesmo período de 2019, que até agora foi, para a TAP, o melhor ano em termos de desempenho financeiro.
Nos nove meses de 2022, os números avançados pela TAP revelam que a companhia transportou 10,144 milhões de passageiros. Isto significa um crescimento de 195,9% face aos 3,428 milhões de passageiros transportados nos primeiros nove meses de 2021.
De referir que a frota atual da TAP é constituída por 22 A330 (19 neo e 3 ceo), 23 A321 neo, 26 A320 ceo, 5 A319 ceo e mais 20 aeronaves regionais (5 ATR e 15 Embraer).