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Empresários cabo-verdianos ainda a braços para a retoma

Há ainda um conjunto de desafios que se colocam à classe empresarial cabo-verdiana ligada ao turismo com vista à real retoma do setor, gravemente afetado pela pandemia, num país em que o turismo representa 25% do PIB nacional.

Carolina Morgado
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Empresários cabo-verdianos ainda a braços para a retoma

Há ainda um conjunto de desafios que se colocam à classe empresarial cabo-verdiana ligada ao turismo com vista à real retoma do setor, gravemente afetado pela pandemia, num país em que o turismo representa 25% do PIB nacional.

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O presidente da Câmara do Turismo de Cabo Verde (CTCV), Jorge Spencer Lima, em entrevista ao Publituris, passa em revista os grandes desafios que se colocam aos empresários do país, mas com esperança, em parceria com o Governo cabo-verdiano, de ascender e até ultrapassar, rapidamente, os momentos de pré-pandemia

Aquando da sua recente tomada de posse considerou que o turismo em Cabo Verde não pode ser menosprezado, ignorado e nem tratado como mais um ator secundário da vida económica do país. O que a Câmara do Turismo pretende concretamente?
A CTCV realça que neste momento o Turismo é a principal atividade económica do país que representa cerca de 25% do PIB cabo-verdiano. É investindo seriamente neste setor que se consegue desenvolvê-lo e capitalizar as outras áreas conexas, nomeadamente Agricultura, Pesca, Serviços, Transporte e Indústria Criativa.

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Sendo o Turismo um sector transversal, havendo uma boa aposta por parte do Governo no seu crescimento sustentável, teremos que necessariamente trabalhar os outros sectores, desenvolvendo assim economicamente o país, para não depender exclusivamente do Turismo.

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E a aposta também tem que passar no fortalecimento do tecido empresarial, que é a base para o crescimento de todos os setores.

Qual a vossa relação com o Governo?
A nossa relação com o Governo é muito boa, de parceria, procurando efetuar um trabalho conjunto para o desenvolvimento do setor

Quais os grandes desafios que este setor enfrenta atualmente?
Os grandes desafios do setor atualmente são: Acesso ao financiamento para recuperação da forte crise financeira resultante da pandemia COVID 19; Maior investimento no setor dos transportes (aéreo e marítimo) permitindo um aumento regular do número de turistas que visitem o país, e que eles possam circular dentro de Cabo Verde, a um custo competitivo, ao mesmo tempo que se incrementa o turismo interno sobretudo na época baixa; Maior circulação de produtos nacionais entre as ilhas; Apostar na implementação das leis que regulamentam o setor e a sua fiscalização, aumentando assim a qualidade do serviço e dos produtos ofertados; Definir uma política clara de conquista de novos segmentos de mercado e consolidação dos existentes.

Problemas de tesouraria persistem
Qual a situação atual das empresas ligadas ao turismo, após dois anos de pandemia? Qual foi o papel do Governo cabo-verdiano no sentido de as apoiar? Estes apoios continuam? São suficientes?
As empresas enfrentam neste momento graves problemas de tesouraria, na medida em que não houve venda durante dois anos aproximadamente.

O Governo tomou medidas de lay off e de moratórias dos créditos junto dos bancos comerciais nacionais, o que foi mitigando a situação que poderia ter sido bem mais catastrófica. Passados estes dois anos, a medida de lay off já foi retirada e a de moratória foi prorrogada até setembro do corrente ano. Mas isso por si só não resolverá o problema de tesouraria das empresas.

Algumas medidas de financiamento para as empresas foram aprovadas pelo Governo, mas a burocracia que esteve envolvida nessas medidas impediu que elas tivessem um efeito mais eficaz e abrangente.

Neste momento, o fim das moratórias previsto para o próximo mês de setembro tem sido a maior preocupação das empresas do ramo pois certamente ainda não estarão preparadas para enfrentar os enormes encargos financeiros que irão cair sobres elas decorrentes da capitalização dos juros que não foram pagos durante o período da pandemia.

Das nove ilhas habitadas, cada uma tem a sua particularidade que a transforma num destino turístico único a ser explorado

Como é que a Câmara do Turismo vê a estratégia de promoção do destino nos mercados internacionais? Portugal é uma prioridade? Quais as vossas propostas de promoção para este mercado?
Apesar de já haver uma decisão do Governo de se transferir para a Camara do Turismo a responsabilidade da promoção do mercado de Cabo Verde, a mesma ainda não foi efetuada, apesar de todos os nossos esforços nesse sentido. Uma estratégia de promoção clara do destino Cabo Verde ainda não foi definida apesar de estudos recentes remeterem para o segundo plano a participação em feiras e ações no terreno e darem primazia à promoção online.

Portugal é e continua a ser um parceiro importante de Cabo Verde em todos os setores da atividade económica apesar de ter perdido a sua posição de liderança enquanto mercado emissor de turistas para Cabo Verde.

A promoção no mercado português passa, no nosso entender, por uma maior agressividade e presença nos media como forma de se transmitir uma mensagem de um destino seguro e amigo do turista português.

Considerando que a economia em Cabo Verde, durante muito tempo ainda, vai continuar a depender do turismo, qual deverá ser o papel das empresas desta área?
O papel das empresas nesta área deve incidir sobre dois aspetos fundamentais: Reforçar a oferta de trabalho com empregos mais dignos e mais bem remunerados; Integrar a cadeia de produção nos mais variados setores da economia nacional como forma de se diminuir o peso da importação de produtos a serem consumidos nos hotéis e similares. O objetivo de consumir Cabo Verde deve ser uma realidade nos próximos tempos.

Retoma só lá para 2024
Já se pode falar em retoma do Turismo em Cabo Verde? Quando é que se estima atingir os valores de 2019?
Sim já existe uma retoma ainda que tímida do turismo em Cabo Verde, embora estamos neste momento no que é considerado de época baixa.

Prevemos atingir os valores de 2019 em 2024 no entendimento de que a situação de guerra existente atualmente na Europa seja resolvida o mais breve possível.

A promoção no mercado português passa, no nosso entender, por uma maior agressividade e presença nos media como forma de se transmitir uma mensagem de um destino seguro e amigo do turista português


Quais as prioridades da Câmara do Turismo?
As prioridades da Câmara do Turismo são: Apoiar as empresas associadas a se recuperarem dos efeitos negativos da crise pandémica agravada depois com a situação de guerra na europa, nosso principal mercado emissor; Angariar mais empresas associadas em todas as ilhas; Apostar em eventos culturais e desportivos como produtos complementares ao turismo de sol e praia; Construir a sua sede num projeto que vai albergar um museu e uma pequena sala de conferencia; Promover Cabo Verde como destino turístico para investimento; Promover o país como destino turístico no mercado africano, principalmente na África Ocidental.

A formação é importante para o turismo. Como é que está a decorrer? O que é que a Câmara do Turismo propõe neste sentido?
A nível da formação serão trabalhadas três vertentes: Formação para gestores e donos dos seus negócios para que possam ter condições para fazer crescer o seu negócio, melhorar a qualidade do produto/serviço que vendem, para estarem melhor posicionados para enfrentar qualquer crise se ela vier; Apoiar e orientar as instituições de formação profissional em Cabo Verde sobre as áreas mais necessárias, de forma a ter um maior equilíbrio entre o mercado de oferta e o de procura a nível do emprego; Apoiar o empreendedorismo identificando novas áreas e oportunidades de negócio.

O drama dos transportes
Sendo Cabo Verde um país composto por ilhas e muito dependente do transporte aéreo tanto na ligação internacional como inter ilhas, como é que analisa este dossier? E a situação da Cabo Verde Airlines?
O transporte aéreo é neste momento o calcanhar de Aquiles do turismo cabo-verdiano impedindo um desenvolvimento equilibrado e acentuado do setor.

A Cabo Verde Airlines continua com sérios problemas de endividamento e com uma frota reduzida a um avião de médio curso o que inviabiliza qualquer programa de desenvolvimento endógeno do setor aéreo internacional em Cabo Verde.

A Bestfly, companhia nacional de ligação inter ilhas é que vem dando alguma prova de vitalidade e esperamos que continue nesta via para libertar os cabo-verdianos da grande dor de cabe que ainda constitui o setor aéreo nacional.

Mesmo durante a pandemia, as notícias que nos chegaram é que o investimento na área do turismo não parou, pelo contrário. Que balanço se pode fazer?
Dizer que o investimento na área do turismo não parou durante a pandemia é uma utopia, pois com as medidas restritivas tomadas pelo Governo para combater a crise pandémica a economia cabo-verdiana foi ao fundo do poço, chegando a atingir um crescimento negativo na ordem dos 14,8% o que há muito tempo não se via no nosso país.

Em sua opinião, Cabo Verde deveria descentralizar mais a sua oferta turística, hoje em dia muito concentrada no Sal e na Boa Vista? Que outras ilhas priorizariam? Que segmentos turísticos?
Cabo Verde não tem outro caminho a seguir senão a descentralização da sua oferta turística. O turismo de sol e praia que domina neste momento 90% do mercado concentrado nas ilhas de Sal e Boa vista já esta a atingir o seu limite de carga e se excetuarmos a ilha do maio essa oferta turística está prestes a esgotar-se.

Das nove ilhas habitadas cada uma tem a sua particularidade que a transforma num destino turístico único a ser explorado.

Pela mesma razão que é impensável promover-se um turismo de sol e praia em Santo Antão., também é impensável promover-se um turismo de montanha e de trekking na ilha do Sal.

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Espanha recebe 74 milhões de turistas internacionais até setembro

Em setembro, Espanha recebeu 9,6 milhões de turistas, correspondendo a uma subida de 9,1%. Já no acumulado do ano, a subida foi quase de 11% para perto de 74 milhões. Os visitantes portugueses aumentaram em ambos os períodos em análise.

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Mais de 73,9 milhões de turistas estrangeiros visitaram Espanha até setembro, mais 10,9% do que no período homólogo de 2023. Este é o valor mais alto para este período na série Frontur, uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol. De igual modo, segundo o Egatur, as despesas efetuadas por estes viajantes foram de 99,1 mil milhões de euros.

Os principais mercados emissores nos primeiros nove meses do ano foram o Reino Unido, com mais de 14,7 milhões de turistas (+7,4%); França, com quase 10,3 milhões (+10,5%), e Alemanha, com quase 9,4 milhões (+8%).

No acumulado do ano, Portugal surge com 2,4 milhões de turistas (+6,4%), enquanto a análise mensal dá uma subida de 7,6%, correspondendo a pouco mais de 303 mil portugueses a visitarem o território espanhol no novo mês de 2024.

As comunidades autónomas que receberam mais turistas durante este período de nove meses foram a Catalunha com 15,8 milhões (+10%), seguindo-se as Ilhas Baleares com 13,3 milhões (+5,9%) e Ilhas Canárias com11 milhões (+10%).

Recorde-se que Espanha recebeu pouco mais de 85 milhões de turistas internacionais em 2023, um novo número histórico.

Nas dormidas, Espanha regista mais de 107 milhões nestes primeiros nove meses de 2024, uma subida de 10% face aos mesmos meses de 2023.

Em setembro deste ano, Espanha recebeu 9,6 milhões de turistas, uma subida de 9,1% face a igual mês de 2023, enquanto as dormidas aumentaram 6,6% para 13,2 milhões.

Nesta análise mensal, o mercado do Reino Unido é o único a ultrapassar a fasquia dos 2 milhões, seguindo-se Alemanha e França acima do milhão (1,3 milhões e 1,1 milhões, respetivamente.

No que diz respeito aos gastos dos turistas, o Egatur revela que, até setembro, os visitantes internacionais atingiram 99.086 milhões de euros, sendo o Reino Unido o país com maior despesa acumulada, 18,4% do total. Seguiram-se a Alemanha (12,1%) e a França (9%).

As regiões autónomas que mais beneficiaram das despesas efetuadas por estes viajantes foram a Catalunha, com 19,1% do total, as Ilhas Baleares, com 17,5%, e as Ilhas Canárias, com 16,7%.

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Turismo cresce em setembro à custa dos não residentes

A atividade turística voltou a crescer no mês de setembro, embora os dados demonstrem que não foram os residentes nacionais a contribuir para essa evolução, mas sim os estrangeiros. No acumulado, Portugal soma 24,6 milhões de hóspedes e 63,6 milhões de dormidas.

Publituris

A atividade turística em Portugal registou 3,3 milhões de hóspedes e 8,4 milhões de dormidas em setembro de 2024, correspondendo a variações de +2,8% e +2,4%, respetivamente (+5,9% e +3,9% em agosto de 2024, pela mesma ordem), indicam os dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As dormidas de residentes registaram um ligeiro decréscimo de 0,3% (após +4,7% em agosto), correspondendo a 2,3 milhões, enquanto as dos não residentes cresceram 3,5% (+3,4% em agosto), totalizando 6,1 milhões.

Na análise mensal ao número de hóspedes, verifica-se que todas as regiões do país registaram crescimentos, com as maiores evoluções a denotarem-se nos Açores (+7,5%), seguindo-se o Centro (+5,6%) e a Península de Setúbal (+4,8%). Os crescimentos menores foram atingidos no Oeste e vale do Tejo (+0,3%), Alentejo (+0,6%) e Madeira (+0,9%).

Assim, no número de hóspedes, Lisboa lidera com 806 mil, seguindo-se o Norte com 773 mil e Algarve com 607 mil.

Já na análise por hóspedes residente e não residentes, depois de destacada a descida verificada nos turistas nacionais (-0,6%) verifica-se que somente o Norte (293.025 vs 292.891), Centro (184.201 vs 175.181) e Açores (37.666 vs 37.351) aumentaram o número de residentes em setembro de 2024 face ao mesmo mês de 2023.

Já nos hóspedes não residentes, o INE mostra que houve uma subida de todas as regiões, com Lisboa a somar 646 mil, seguindo-se o Porto com 480 mil e, em terceiro lugar, o Algarve com 452 mil.

A liderança nos hóspedes não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico pertence ao Reino Unido com 286 mil turistas, seguindo-se os EUA com 262 mil e Espanha com 210 mil.

Nas dormidas, os dados do INE indicam, igualmente uma subida em todas as regiões, com os Açores liderarem os crescimentos, tendo obtido mais 9% que em igual período do ano passado, ou seja, passaram de 331 mil para 362 mil. Aqui, também o Centro ocupa o segundo lugar, com um crescimento de 6,2% (passando de 492 mil para 522 mil), seguindo-se o Norte (+4,6%, ou seja, de 1,418 milhões para 1,483 milhões). Já entre as regiões que registam os crescimentos menores contam-se a Madeira (+0,1%) e Algarve (+0,9%).

Nas dormidas, a liderança pertence ao Algarve com 2,4 milhões, seguido de Lisboa com 1,9 milhões e do Porto com 1,483 milhões.

Passando às dormidas de residentes por região no mês de setembro, cinco das nove NUTS II analisadas pela INE registam subidas e quatro descidas. Assim, Norte (de 457 mil para 481 mil), Centro de 289 mil para 302 mil), Oeste e Vale do Tejo (de 159 mil para 168 mil), Península de Setúbal (de 67 mil para 70 mil), e Alentejo (210 mil para 228 mil) apresentam números positivos, enquanto Lisboa, Algarve, Açores Madeira, ficaram no vermelho.

Situação contrária é registadas nas dormidas não residentes, análise na qual o INE demonstra uma subida em todas as regiões. As duas únicas regiões a ficaram acima do milhão foram o Algarve (1,845 milhões) e Lisboa (1,533 milhões), embora o Norte se aproxime cada vez mais, terminado o nono mês com 937 mil hóspedes não residentes.

Os 10 principais mercados emissores, em setembro, representaram 77,3% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico a manter-se com o maior peso (19,8% do total das dormidas de não residentes em setembro) com 1,2 milhões e a registar um aumento de 0,2% face ao mês homólogo.

As dormidas do mercado alemão (738 mil), o segundo principal mercado emissor em setembro (11,9% do total), diminuíram 1,9%. Seguiu-se o mercado norte americano, na 3.ª posição (quota de 10,7%, equivalente a 577 mil), que cresceu 13,5%.

No grupo dos 10 principais mercados emissores em setembro, o mercado canadiano foi o que registou o maior crescimento (+14,6% para 200 mil). Em sentido contrário, destacaram-se os decréscimos registados pelos mercados brasileiro (-5,9% para 246 mil) e francês (-1,5% para 452 mil).

Em setembro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,59 noites) continuou a diminuir 0,4% (-2,0% em agosto). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na RA Madeira (4,68 noites) e no Algarve (3,99 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,78 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,81 noites).

Em setembro, a estada média dos residentes (2,09 noites) aumentou 0,3% e a dos não residentes (2,85 noites) decresceu 1,1%.

A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, com exceção do Alentejo. A RA Madeira registou as estadas médias mais prolongadas por parte dos não residentes (4,99 noites), enquanto o Algarve registou as estadias mais longas por parte dos residentes (3,64 noites).

Acumulado rumo a novo recorde
No 3.º trimestre de 2024, as dormidas aumentaram 3% (+2,9% no 2.º trimestre). As dormidas de residentes cresceram 1,1% (-0,7% no 2.º trimestre) e as de não residentes aumentaram 3,9% (+4,3% no trimestre anterior). Importa relembrar que os resultados do 2º trimestre foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo efeito do período de férias associado à Páscoa, que este ano se repartiu entre março (1.º trimestre) e abril (2º trimestre), enquanto no ano anterior se concentrou apenas no 2.º trimestre.

De janeiros a setembro de 2024, Portugal registou 24,6 milhões de hóspedes, correspondendo a uma subida de 4,8% face aos 23,5 de igual período do ano passado.

Nesta análise do INE, os residentes aumentaram 2,3%, passando de 9,1 milhões para 9,3 milhões. Já nos não residentes, a subida foi mais acentuada (+6,4%), passando de 14,3 milhões para 15,3 milhões.

Nesta comparação dos números acumulados de 2024 com 2023, regista-se que todas as regiões obtiveram subidas com destaque para os 7,7% dos Açores (de 758,2 mil para 816,2 mil), dos 6,9% da Península de Setúbal (de 555,2 mil para 593 mil) e dos 6,3% do Norte (de 5,4 milhões para 5,7 milhões). As menos subidas foram registadas na Madeira (1%) e Algarve (2,4%).

Já na comparação das dormidas dos primeiros nove meses de 2024 com os mesmos meses de 2023, registou-se uma subida de 3,9%, passando-se de 61,2 milhões para 63,5 milhões. Também aqui todas as regiões estão no “verde”, com destaque para as subidas dos Açores (8,8%, de 2,3 milhões para 2,5 milhões), do Norte e Oeste Vale do Tejo, ambos com +6%, passando de 10,4 milhões para 11 milhões e de 2,6 milhões para 2,7 milhões, respetivamente.

Nas hóspedes não residentes, o Reino Unido lidera nos primeiros noves meses de 2024, com muito perto de 2 milhões de turistas, seguindo-se Espanha com 1,9 milhões, EUA com 1,8 milhões e Alemanha e França, ambos com 1,3 milhões.

Já nas dormidas não residentes, o Reino Unido aparece destacado com quase o dobro do segundo do ranking. Assim, o mercado britânico foi responsável por mais de 8,2 milhões de dormidas, seguindo-se a Alemanha com 4,9 milhões, Espanha com 4,5 milhões e EUA com 4 milhões, sendo estes os únicos mercados com dormidas acima das 4 milhões no acumulado de 2024.

 

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Transportes

Edelweiss Air reforça ligações entre Suíça e Açores em 2025

A companhia aérea Edelweiss Air vai reforçar, a partir de março de 2025, os seus voos de Zurique (Suíça) para Ponta Delgada (Açores) e introduzir uma nova rota para a ilha Terceira.

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Segundo uma nota de imprensa da Associação Visit Azores, a partir do início de março e até novembro de 2025, a Edelweiss Air operará uma frequência semanal para o aeroporto de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

A partir de maio, a transportadora introduzirá uma segunda frequência semanal, que continuará até outubro, e durante os meses de junho a setembro haverá uma terceira frequência por semana. Já a nova rota ligando Zurique à ilha Terceira terá uma frequência semanal de junho a setembro.

Segundo a Visit Azores, entidade responsável pela promoção externa do arquipélago, este novo percurso representa “uma oportunidade única para aumentar a visibilidade da ilha e distribuir melhor os fluxos turísticos, contribuindo para um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável das ilhas”.

A aeronave que fará as ligações será o Airbus A320-NEO, com 174 lugares.

A Visit Azores sublinha que esta ação é resultado de “uma forte aposta” no mercado da Suíça, em décimo no lugar no ranking dos mercados emissores de turistas para a Região Autónoma dos Açores, com um número de dormidas de 26.115 em 2023, o que representa um crescimento de 30% face a 2022.

Citado na nota de imprensa, o presidente da associação, Luis Capdeville, referiu que a expansão da operação da Edelweiss Air para a região “fortalece a conectividade” com a Europa e assinalou “a crescente atratividade dos Açores” enquanto destino turístico de excelência.

“A nova rota para a ilha Terceira é uma grande vitória, proporcionando aos visitantes uma oportunidade única de acesso mais direto às ilhas do grupo Central, bem como de entrar e sair da região por aeroportos diferentes”, considerou.

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Distribuição

Sabre e TAP expandem acordo de acesso a conteúdo NDC para agentes de viagens

A TAP e a Sabre alargaram o acordo de distribuição de conteúdos, podendo os agentes de viagens, a partir de agora, solicitar a ativação para ofertas NDC.

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A Sabre Corporation e a TAP Air Portugal acabam de expandir o acordo de distribuição, possibilitando aos agentes de viagens conectados ao Sabre começar, imediatamente, a solicitar a ativação para ofertas NDC. Uma vez ativados, os agentes de viagens têm a possibilidade de reservar ofertas NDC da TAP Air Portugal, juntamente com o conteúdo EDIFACT tradicional da companhia aérea portuguesa.

Justin Jovignot, diretor de Distribuição e Estratégia Comercial da TAP Air Portugal, refere que “a extensa rede Sabre oferece uma oportunidade valiosa para disponibilizar o nosso conteúdo NDC para agentes de viagens e viajantes em todo o mundo”, reconhecendo “o papel vital que os agentes de viagens desempenham no nosso sucesso”, destacando ainda a “dedicação em equipá-los com as ferramentas necessárias para oferecer um serviço excecional.”

De acordo com o comunicado enviado pela empresa fornecedora de software e tecnologia em viagens, os agentes conectados ao Sabre podem começar a fazer solicitações de ativação para comprar, reservar e emitir as ofertas NDC da TAP Air Portugal. Essas ofertas ficarão lado a lado com o conteúdo tradicional do Sabre, oferecendo aos agentes de viagens “uma gama abrangente de opções para melhor atender seus clientes”, adiantando que “os agentes poderão aceder ao conteúdo por meio das API de ofertas e pedidos do Sabre, da solução de ponto de venda da agência, o Sabre Red 360, e da ferramenta de reservas corporativas, o GetThere”.

“O principal mercado de viagens do Sabre integra perfeitamente uma ampla gama de ofertas de fontes tradicionais e novas, incluindo NDC”, refere Alessandro Ciancimino, vice-presidente de distribuição de companhias aéreas da EMEA da Sabre Travel Solutions.

Segundo o mesmo, o acordo com a TAP demonstra o “compromisso em equipar os agentes de viagens com o conteúdo de várias fontes, disponibilizadas no GDS Sabre, para oferecer experiências de viagem aprimoradas aos clientes e melhorar a eficiência operacional”.

O acordo aponta ainda a evolução da indústria de viagens para um retalho moderno, salientando que o NDC “permite às companhias aéreas personalizarem melhor as ofertas e oferecerem aos viajantes experiências mais satisfatórias”.

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Agenda

Cascais recebe evento mundial de treino em aviação

De 5 a 7 de novembro, Cascais será palco do maior evento a nível mundial de treino em aviação

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Cascais recebe, pela segunda vez, o maior evento a nível mundial de treino em aviação que irá reunir as principais empresas da indústria da aviação. O Centro de Congressos do Estoril vai receber, de 5 a 7 de novembro, mais de 1.200 participantes de 60 nacionalidades, entre eles os líderes executivos de gigantes como a Airbus, Boeing, CAE, Lufthansa ou L3Harris.

Só estas cinco empresas empregam mais de 120.000 pessoas em todo o mundo e têm uma receita superior a 250 mil milhões de euros.

O European Airline Training Symposium (EATS) vai permitir a realização de várias conferências, e é, também, uma feira comercial e um espaço de networking para os líderes mundiais do treino em aviação.

Ao longo destes três dias serão divulgadas as mais recentes tecnologias no treino, apresentados os avanços inovadores no setor e discutidas as questões mais urgentes da indústria, bem como o futuro da aviação e conta pela primeira vez com o ramo da manutenção aeronáutica.

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“Lucy” on short final into YYZ

Aviação

Euroairlines consolida presença no mercado africano com aliança com a Ethiopian Airlines

A partir desta aliança a Ethiopian Airlines poderá aceder aos mais de 60 países onde a Euroairlines está presente.

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A Ethiopian Airlines escolheu a Euroairlines para gerir as suas rotas domésticas e internacionais, após a assinatura de um acordo de colaboração entre as duas companhias. Com esta aliança, a companhia aérea africana terá acesso à extensa rede de agentes de viagens, agregadores e consolidadores da empresa espanhola em mais de 60 países através da sua placa IATA Q4-291.

Com 78 anos de experiência, a Ethiopian é atualmente um dos principais grupos de aviação em África, tendo criado redes de conectividade aérea transcontinentais e em toda a África, ligando o seu principal centro de operações, Adis Abeba, ao resto do mundo.

A companhia aérea serve 136 destinos internacionais de passageiros e carga, incluindo 63 cidades africanas, com voos diários e múltiplos com uma escala mínima em Adis Abeba.

Antonio Lopez-Lázaro, diretor-executivo da Euroairlines, considera que este acordo “reforça e consolida a expansão da companhia espanhola”, salientando que este acordo permite à Euroairlines continuar a sua estratégia de crescimento neste continente”.

O acordo agora estabelecido permitirá à Ethiopian Airlines desenvolver a conectividade com a América Central e do Sul através do hub de Madrid”.

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Foto: WSL, Pedro Mestre

Destinos

Impacto económico das etapas do WSL em Peniche e Nazaré estimado em 23 milhões de euros

Etapas do World Surf League em Portugal terão movimentado mais de 20 milhões de euros, em Peniche, e 3 milhões na Nazaré, revela estudo.

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As etapas da World Surf League (WSL) realizadas em Portugal, em 2024, terão gerado um impacto económico superior a 23 milhões de euros, revelam os dados de um estudo preparado e desenvolvido por Diogo Melo, resulta de um projeto em curso no âmbito do seu Mestrado em Ciências Empresariais do ISEG, Lisbon School of Economics & Management.

A etapa de Peniche movimentou mais de 20 milhões de euros, dos quais 13 milhões estimam-se em consumo local e estadias, indicando ainda que o evento contou com a presença ou passagem de 120 mil espectadores com maior incidência nos três dias de prova.

Dos 13 milhões de euros gastos em consumo local, o estudo estima que 4,5 milhões foram para alojamento, 2,5 milhões para transporte e 2,8 milhões para alimentação.

Feitas as contas, o evento de Peniche conta com o valor acumulado, desde 2009, de aproximadamente 1,4 milhões de visitantes, dos quais 36% dos visitantes da prova são estrangeiros, com destaque para os visitantes brasileiros.

Já o evento da Nazaré apresentou valores inferiores, que rondam os 3 milhões de euros, dos quais 1,6 milhões em consumos e estadias apenas num único dia de evento que acolheu 25 mil espectadores.

Destes 1,6 milhões de euros, 566 mil euros foram alocados ao alojamento, 671 mil euros ao transporte e quase 600 mil a alimentação.

Desde 2009 estima-se a passagem de 150 mil espetadores pelo evento da Nazaré, dos quais 70% estrangeiros, com destaque para Brasil e EUA.

Quanto à receita fiscal, o estudo aponta para ganhos de 6 milhões de euros em Peniche e 900 mil euros na Nazaré.

Em ambos os casos, destaque ainda para a ocupação hoteleira que, em Peniche, rondou os 95%, e na Nazaré 75%.

De destacar ainda as iniciativas no âmbito da sustentabilidade social que incluíram eventos como licras doadas a instituições de cariz solidário, “drop points” nos eventos para doação de material para instituições, aulas de surf inclusivo e adaptado, criação de zonas de mobilidade reduzida, e visita de escolas locais aos bastidores dos eventos.

De referir ainda que em Peniche registaram-se 80 jornalistas, mais 600 pessoas e 25 empresas estiveram envolvidas no evento. Na Nazaré, os números apontam para mais de 30 jornalistas, mais de 300 pessoas e 18 empresas envolvidas.

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Meeting Industry

Boost Portugal melhora experiências com integração da Mesaluisa

A Boost Portugal acaba de integrar o espaço e projeto fundados por Luísa Villar, complementando, assim, a oferta de espaços e experiências para clientes empresariais.

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A Boost Portugal acaba de integrar da Mesaluisa, um projeto dedicado à cozinha portuguesa criado por Luísa Villar. O espaço manterá o seu conceito e formato de funcionamento, baseados na oferta de uma experiência gastronómica tipicamente portuguesa para pequenos grupos, complementada pela partilha de histórias à mesa.

Possuindo como principal missão criar e oferecer experiências únicas que conectem os seus clientes de forma autêntica entre si e com o mundo esta adição ao portfólio da Boost Portugal (que conta já com 15 marcas) acontece de forma natural e reforça o compromisso com a visão da empresa, incluindo no que toca a experiências gastronómicas de excelência. O conceito exclusivo e intimista é ideal para grupos até 20 pessoas, reforçando o espaço a oferta de refeições temáticas e os programas de team-building, estando já disponível mediante reserva, incluindo para jantares de Natal.

De referir que o espaço Mesaluisa situa-se num pátio tipicamente lisboeta em plena Avenida 24 de Julho e ao lado de um dos mais icónicos mercados portugueses, o Mercado da Ribeira. Luísa Villar converteu um antigo armazém de material de pesca num espaço acolhedor e com um conceito de total dedicação à história da cozinha portuguesa e à comida familiar e de conforto.

A experiência foi pensada para grupos pequenos, começando com uma visita ao mercado e seguindo para o espaço, onde tudo acontece com a participação de todos: a confeção da refeição em conjunto, enquanto há uma partilha descontraída de histórias e dicas de cozinha, seguida pela experiência gastronómica.

João Paiva Mendes, CEO da Boost Portugal, sublinha que “esta é uma evolução muito natural daquilo que é a nossa oferta de jantares temáticos, permitindo-nos integrar um conceito diferenciador e de segmento exclusivo e intimista”, concluindo que “juntos vamos chegar a mais pessoas e continuar a inspirar clientes, celebrando a autenticidade e a riqueza cultural de Portugal como destino”.

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APECATE leva 12.º Congresso até Tomar

Nos dias 25 e 26 de novembro, a APECATE realiza o seu 12.º congresso sob o mote “Liberdade e Turismo”.

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O 12º Congresso da Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE), a realizar nos dias 25 e 26 de novembro, em Tomar, vai promover reflexões sobre o Turismo e a Liberdade.

“50 anos depois: Liberdade e Cidadania”, “Ordenamento: desafios no espaço natural”, “AI – como aplicar na indústria dos eventos e animação turística”, “Fiscalidade: IVA nacional e internacional”, “Ordenamento: desafios da mobilidade”, e “Lobby: sinergias e contextos”, são os temas dos seis painéis que constituem o programa dos dois dias do evento.

Está ainda prevista, durante o congresso, a entrega dos “Prémios APECATE” – galardões que têm como objetivo reconhecer pessoas ou instituições que contribuíram para a melhoria da indústria dos eventos e animação turística.

“Todos os anos, a Direção elege personalidades, projetos ou instituições cuja atuação melhorou a operacionalidade dos nossos associados”, refere António Marques Vidal, presidente da direção da APECATE.

As inscrições estão abertas e António Marques Vidal lança o apelo: “é importante a participação de todos. Vamos abordar temas pertinentes para os operadores, falaremos de algumas situações e soluções e que participar, certamente, terá mais argumentos para desenvolver o seu negócio”.

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Créditos: Enoturismo do Centro de Portugal

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Torres Vedras já tem Rota do Enoturismo

A Rota do Enoturismo de Torres Vedras tem como objetivo promover o enoturismo no concelho e reúne 14 produtores de vinho que disponibilizam esta oferta.

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Torres Vedras apresentou recentemente a Rota do Enoturismo, destacando Laura Rodrigues, presidente da Câmara Municipal, a importância da criação desta rota, “que congrega os principais produtores de vinho da região”. Laura Rodrigues sublinhou ainda que esta aposta “é fruto de um esforço conjunto em que todos partilham uma visão: valorizar e promover o vasto património vitivinícola de Torres Vedras e afirmar a nossa terra como um destino de excelência para o enoturismo.”

A Rota do Enoturismo de Torres Vedras é, neste momento, composta por 14 produtores aderentes: AdegaMãe, Adega Cooperativa de Carvoeira, Adega Cooperativa de Dois Portos, Adega Cooperativa de S. Mamede da Ventosa, Adega da Murnalha, Casal da Carrasqueira, Caves Barbosa, Quinta da Almiara, Quinta da Boa Esperança, Quinta da CasaBoa, Quinta da Cidadoura, Quinta da Folgorosa, João Melícias – Fonte das Moças e Património Wines. Estes produtores estão identificados com sinalética rodoviária e turística e integram o guia da Rota do Enoturismo de Torres Vedras.

A adesão de novos produtores à Rota é feita a pedido de cada entidade interessada, desde que sejam cumpridos os seguintes critérios: o aderente deve estar devidamente licenciado e inscrito na Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa e o aderente deve estar habilitado a disponibilizar no mínimo uma visita e uma prova de vinhos.

A Rota do Enoturismo visa dar resposta às metas estabelecidas no Plano Estratégico de Desenvolvimento e Marketing Turístico de Torres Vedras, elaborado pelo IPDT – Turismo e Consultoria e pela Câmara Municipal de Torres Vedras. Na sua intervenção, a vereadora do Turismo da Câmara Municipal de Torres Vedras, Dulcineia Ramos, explicou que o vinho é um dos cinco produtos âncora identificados no referido plano, acrescentando que “este produto tem a capacidade de proporcionar a diminuição da nossa taxa de sazonalidade”.

A vice-presidente da Turismo Centro de Portugal, Anabela Freitas, destacou, por sua vez, a importância da colaboração entre a Câmara Municipal e os produtores, referindo que “o turismo é economia e os privados é que fazem acontecer, mas quando há uma partilha daquilo que são os objetivos comuns aí sim fazemos avançar os territórios.”

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