Assine já
Destinos

Viagens de avião deverão atingir 65% dos níveis de 2019 no 3.º trimestre de 2022

Os destinos de praia estão entre os mais escolhidos pelos viajantes para o terceiro trimestre de 2022, ao contrário das cidades, segundo avança a ForwardKeys. Funchal e Lisboa aparecem no estudo feito para o WTM, embora a cidade da Madeira apareça com resultados mais positivas que a capital de Portugal.

Publituris
Destinos

Viagens de avião deverão atingir 65% dos níveis de 2019 no 3.º trimestre de 2022

Os destinos de praia estão entre os mais escolhidos pelos viajantes para o terceiro trimestre de 2022, ao contrário das cidades, segundo avança a ForwardKeys. Funchal e Lisboa aparecem no estudo feito para o WTM, embora a cidade da Madeira apareça com resultados mais positivas que a capital de Portugal.

Publituris
Sobre o autor
Publituris
Artigos relacionados

Um relatório realizado pela ForwardKeys para o World Travel Market (WTM) sobre as perspectivas de viagens de avião para o verão, revela que no terceiro trimestre do ano – julho, agosto e setembro -, as viagens aéreas globais devem atingir 65% do nível registado antes da pandemia em 2019. No entanto, esta recuperação é “irregular”, com algumas partes do mundo a sair muito melhor do que outras e alguns tipos de viagens, principalmente férias na praia, sendo muito mais populares do que as visitas urbanas e passeios turísticos.

A região do mundo para a qual a ForwardKeys aponta uma recuperação mais forte é a África e o Oriente Médio, apontando a consultora que as chegadas no terceiro trimestre devem atingir 83% dos níveis de 2019. Seguem-se as Américas, onde se espera que as chegadas de verão cheguem a 76%, e depois a Europa com 71%, e, finalmente, a Ásia-Pacífico com apenas 35%.

Destinos de praia lideram no verão de 2022
A preferência atual por férias na praia é bem ilustrada por uma comparação dos dez principais destinos de praia e urbanos da Europa, classificados pelas reservas de voos do terceiro trimestre de 2022 em relação a 2019, embora no computo geral, os números indiquem uma descida de 3% entre o terceiro trimestre de 2022 e o mesmo período de 2019.

Em termos de destinos de praia os dados indicam uma liderança de Antalya (Turquia), com uma evolução de 81% face ao mesmo período de 2019, à frente de Tirana (Albânia), com +36%, e Mykonos (Grécia) +29%.

O Funchal aparece neste Top 10, com um crescimento na procura de 11% face ao mesmo trimestre de 2019.

No que toca aos destinos urbanos, a descida é maior do que nos destinos de praia, com uma quebra de 25% face ao terceiro trimestre de 2019, com a única cidade com variação positiva a pertencer a Nápoles, com um aumento de 5%. Istambul (Turquia) mantém igual ao período pré-pandémico analisado, ficando à frente de Atenas (-5%) e Lisboa -8%), embora a ForwardKeys reconheça que estas cidades funcionem como “portas de entrada para resorts de praia”.

Uma tendência semelhante é exibida nas Américas, onde as reservas de viagens aéreas para o Caribe, América Central e México, no terceiro trimestre de 2022, estão 5% acima dos níveis de 2019, enquanto as reservas de voos para a América do Sul e para os EUA e Canadá ficam, respetivamente, 25% e 31% atrás do que eram em 2019. Os destinos com melhor desempenho são Costa Rica (+24%) à frente da Jamaica (+17%) e República Dominicana (+13%).

Custos não impedem vontade de viajar
“O entusiasmo para viajar novamente a nível internacional é tão forte que um aumento nas tarifas aéreas teve relativamente pouco impacto na procura”, frisa a ForwardKeys na análise. Por exemplo, a tarifa média dos EUA para a Europa aumentou mais de 35% entre janeiro e maio, sem nenhuma desaceleração percetível nas taxas de reserva. E essas tarifas ficaram quase 60% acima do ano anterior. As tarifas para viagens curtas e intra-regionais (ou seja, dentro das Américas) também aumentaram substancialmente (+47%), o que é menos do que para as viagens longas.

Já as perspectivas relativamente às viagens de verão para África e Médio Oriente devem-se, segundo à ForwardKeys a uma combinação de fatores. “Vários aeroportos do Médio Oriente atuam como ‘hubs’ para viagens entre a Ásia-Pacífico e a Europa, o que levou o Médio Oriente a beneficiar da recuperação das viagens intercontinentais, principalmente impulsionadas por pessoas que retornam aos países asiáticos para visitar amigos e parentes”.

O encerramento do espaço aéreo russo também contribuiu para o aumento do tráfego nos ‘hubs’, verificando-se, por exemplo, um aumento de 23% no Cairo que aumentou a conectividade com os mercados europeus. Também a Nigéria (+14%), Gana (+8%) e Costa do Marfim (+1%) beneficiam de grandes diásporas na Europa e nos EUA que estão a ver os expatriados a regressarem aos países para visitarem amigos e familiares.

A ForwardKeys destaca ainda Cabo Verde como destino que está a atrair com sucesso visitantes de longa distância da Europa.

Olivier Ponti, vice-presidente de Insights da ForwardKeys, conclui que “com as restrições às viagens a serem levantadas em 2022, a conectividade restabelecida e a confiança do consumidor recuperada, a procura por viagens internacionais está a aumentar mais uma vez, marcando um afastamento da tendência de viagens domésticas que dominou em anos recentes”.

Por isso, diz que, “no terceiro trimestre deste ano, os turistas estão relativamente mais interessados em deixar a pandemia para trás com uma pausa relaxante na praia do que consumir cultura, cidades e passeios”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

CROISIEUROPE oferece descontos para acompanhantes e passageiros individuais em uma seleção de cruzeiros

A empresa lança esta oferta, para partidas selecionadas neste verão, em cruzeiros no Danúbio e no Sena

Brand SHARE

A CroisiEurope, a maior empresa de cruzeiros fluviais da Europa, oferece tarifas especiais nos seus cruzeiros Pérolas do Danúbio e Belezas de Paris e Costa da Normandia em viagens de verão em junho, julho e agosto. As tarifas incluem um desconto de 50%, para o acompanhante, no caso de viajar em cabine dupla ou o suplemento individual gratuito no caso de passageiros individuais.

Este desconto está incluído em:

• Saídas nos dias 28 de junho e 1, 8 e 29 de julho no roteiro Pérolas do Danúbio, um cruzeiro de 8 dias pelo Danúbio, visitando os seguintes destinos: Viena, capital do Império Austro-Húngaro, onde você pode visitar as incríveis Museu Sisi; Melk, com a sua impressionante abadia, que merece uma visita sobretudo pela sua espetacular biblioteca; Dürnstein, uma cidade de conto de fadas com um castelo em ruínas e também conhecida por ser um local com produção de vinhos de alta qualidade; Bratislava, com suas vielas coloridas que lembram uma cidade de conto de fadas; Kaloksa, uma típica cidade húngara, com um belo centro histórico e uma estância termal, cidade também famosa pelos seus bordados e pela sua páprica vermelha; Budapeste, a pérola do Danúbio, centro industrial, comercial e de transportes, considerada uma das mais belas cidades da Europa; e Esztergom, uma cidade episcopal onde está localizada a maior basílica da Europa Central.

• As saídas nos dias 6 e 17 de agosto do roteiro “As belezas de Paris e da costa da Normandia”, um cruzeiro de 8 dias pelo Sena visitando: Paris, a capital francesa com inúmeras atrações como como a Torre Eiffel ou os Champs Elysées. Vernon, onde pode visitar a casa de Claude Monet com seu jardim de flores e água. Uma pequena cidade com notável patrimônio arquitetónico; Duclair, onde está localizada a famosa estrada das Abadias, carregada de património histórico perto de Jumièges, Saint Paer e Yainville; Honfleur, uma charmosa vila de pintores com lojas e restaurantes típicos que fazem deste porto normando um dos lugares mais bonitos da costa norte da França; Rouen, uma cidade importante na época romana e na Idade Média, com as suas Igrejas Góticas; Les Andelys, nos meandros do rio Sena, onde o castelo Gaillard apresenta uma posição estratégica sobre uma falésia.

A empresa oferece excelente gastronomia nos seus cruzeiros em regime de tudo incluído e Wi-Fi gratuito. A CroisiEurope oferece pacotes de excursões ativas ou clássicas nestes cruzeiros, dependendo da forma como pretende conhecer cada destino, que podem ser reservados com antecedência.

SOBRE A CROISIEUROPE: A CroisiEurope é a primeira empresa de cruzeiros fluviais da Europa na sua categoria e possui uma frota muito actualizada e moderna de 56 navios, 48 ​​navios próprios (33 fluviais, 6 peniche, 2 marítimo-costeiros, 5 no Mekong e 2 na África Austral) e 8 em operação. Todos eles são projetados, construídos e comercializados pela própria empresa. A sua sede está localizada em Estrasburgo e desde 2005 já tem uma forte presença em Espanha, onde se vai consolidando pouco a pouco. Há mais de 40 anos trabalhamos com a mesma ideia: Descobrir o mundo através de seus rios. Uma ideia na qual a CroisiEurope aplica toda a sua experiência para oferecer aos seus clientes férias inesquecíveis. Uma extensa variedade de destinos, uma frota de navios inovadora e elegante, uma gastronomia e seleção de vinhos cuidadosa e a atenção requintada ao detalhe por parte da tripulação significam que oferecer um cruzeiro CroisiEurope significa ter a certeza de satisfazer os clientes mais exigentes. No ano passado, mais de 220.000 pessoas viajaram com a CroisiEurope.

Sobre o autorBrand SHARE

Brand SHARE

Mais artigos
Eventos Publituris

Saiba quem são os nomeados na categoria de “Melhor Companhia de Cruzeiros” nos Publituris Portugal Travel Awards 2023

Conheça os nomeados na categoria de “Melhor Companhia de Cruzeiros” nos Publituris Portugal Travel Awards 2023.

Publituris

Os Publituris “Portugal Travel Awards 2023” estão lançados.

Conheça os nomeados na categoria de “Melhor Companhia de Cruzeiros”:

Costa Cruzeiros
Cunard Line
Holland America Cruise Line
MSC Cruzeiros
Norwegian Cruise Line
Princess Cruises
Royal Caribbean International

Os vencedores serão conhecidos no dia 6 de julho de 2023, a partir das 19h00, no Montebelo Mosteiro de Alcobaça Historic Hotel, em Alcobaça.

Poderá votar em https://premios.publituris.pt/travel/2023/

Os Publituris “Portugal Travel Awards 2023” têm como Main Sponsor o Novo Banco, contando com a NOS SGPS, Nescafé, Grupo Visabeira e MAWDY como patrocinadores, o apoio da Turismo Centro de Portugal e da Câmara Municipal de Alcobaça, e com a GR8 Events, Movielight, Multislide e Workgroup – Publicidade como parceiros.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Eventos Publituris

E os nomeados para “Melhor Rede de Agências de Viagens” nos Publituris Portugal Travel Awards 2023 são?

São sete as redes de agências nomeadas na respetiva categoria nos Publituris Portugal Travel Awards 2023.

Publituris

Na 18.ª edição dos Publituris “Portugal Travel Awards 2023”, os principais prémios do turismo nacional contam com 174 nomeados, que concorrem num total de 22 categorias.

Conheça os nomeados na categoria de “Melhor Rede de Agência de Viagens”:

Airmet
B travel
Bestravel
GEA
Top Atlântico
Viagens Abreu
Viagens El Corte Inglés

Os vencedores serão conhecidos no dia 6 de julho de 2023, a partir das 19h00, no Montebelo Mosteiro de Alcobaça Historic Hotel, em Alcobaça.

Poderá votar em https://premios.publituris.pt/travel/2023/

Os Publituris “Portugal Travel Awards 2023” têm como Main Sponsor o Novo Banco, contando com a NOS SGPS, Nescafé, Grupo Visabeira e MAWDY como patrocinadores, o apoio da Turismo Centro de Portugal e da Câmara Municipal de Alcobaça, e com a GR8 Events, Movielight, Multislide e Workgroup – Publicidade como parceiros.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

MAWDY mantém seguro Covid-19

Depois de a OMS ter declarado que o vírus Covid-19 deixou de se configurar como emergência sanitária global, o produto Covid-19 da MAWDY mantém-se disponível.

Publituris

Depois da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado que o vírus Covid-19 deixou de se configurar como emergência sanitária global, salvaguardando, contudo, que o vírus ainda se mantém ativo, podendo surgir novas variantes com efeitos relativamente imprevisíveis, os seguros de viagem da MAWDY passam a cobrir os efeitos da doença provocada por Covid-19, sempre que a doença impossibilite o segurado de viajar ou exija o recurso a serviços médicos de assistência, mesmo que não seja contratado o produto específico para cobrir Covid-19.

Assim, o produto Covid-19 ainda se manterá disponível para subscrição, uma vez que podem existir autoridades estatais que ainda exijam a menção “Covid-19” no certificado de seguro.

Em comunicado, a seguradora refere que “a manutenção deste produto também se afigura relevante para salvaguardar situações no futuro em que novas variantes possam surpreender, pois só esta solução cobre a decisão de não viajar perante um teste positivo a Covid-19, ainda que a contração do vírus não acarrete complicações de saúde” (basta o teste positivo para ativar o seguro).

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

“Portugal poderá funcionar como ligação importante não só para os portugueses, mas também para outros mercados europeus”

De visita a Portugal, Tasneem Motara, Membro do Conselho Executivo para o Desenvolvimento Económico de Gauteng (África do Sul) e responsável pelo setor do turismo, admitiu querer que o número de portugueses a visitar o país regresse ao período pré-pandémico. Para tal, a oferta de experiências várias é um dos pontos que destaca, embora reconheça que uma ligação direta feita pela TAP seria uma mais-valia.

Victor Jorge

Em 2019, foram 30.000 os portugueses que viajaram até à África do Sul, números que desceu nos anos da pandemia, registando-se já uma recuperação. A razão que leva os portugueses a viajar até à África do Sul são as pessoas. Contudo, Tasneem Motara reconhece que o país tem muito mais para oferecer, reconhecendo, contudo, que uma ligação aérea – com a TAP – acrescentaria mais turistas portugueses a visitar a África do Sul e sul-africanos a visitarem Portugal.

O interesse e importância da África do Sul é, de resto, confirmada pelo facto das comemorações Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas serem iniciadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, entre 4 e 8 de junho, para depois “viajarem” até Peso da Régua.

Como se comportou o turismo na África do Sul em 2022?
O ano de 2022 foi marcado pela recuperação. A COVID-19, naturalmente, tive um impacto forte no turismo do país, já que antes da pandemia tínhamos cerca de 10 milhões de visitantes, número que baixou para 5,7 milhões durante a pandemia. Atualmente, penso que conseguimos estabilizar o número acima dos seis milhões, mas a nossa intenção e objetivo é chegar, rápida e novamente, aos 10 milhões de turistas.

E o que irão fazer para atingir, novamente, esses 10 milhões?
Duas coisas. Primeiro, estamos com as baterias apontadas à organização de grandes eventos e mostrar a capacidade da África do Sul para a organização e realização dos mesmos. Por isso, a aposta está, claramente, virada para o MICE. Estamos, também, a olhar para os grandes eventos desportivos e estamos a trabalhar em duas iniciativas que, tendo sucesso, conseguiremos dar a volta nos próximos dois anos.

Nestes últimos tempos temo-nos dedicado a organizar eventos internacionais mais pequenos, de forma a ressuscitar a indústria, mas iremos apostar forte e agressivamente no MICE.

Quando diz eventos internacionais, são eventos globais ou africanos?
Globais, essa é a estratégia âncora. Para tal, apostamos num marketing agressivo e mostrar a nossa oferta local disponível.

Não nos podemos, contudo, esquecer que, tal como a maioria das economias, também a África do Sul foi impactada pela pandemia e, por isso, a capacidade dos consumidores gastarem foi restringida. Daí estarmos a promover a oferta local junto dos sul-africanos e dizer que, se não tiverem possibilidade de viajar no próximo ano ou dois, existe uma economia local para explorar e enriquecer.

O mercado português faz parte de um crescente centro de turismo europeu que impulsionou o crescimento de mais de 16% nas chegadas à África do Sul até o final de 2022

À (re)descoberta de um país
Em Portugal, durante a pandemia, muitos portugueses (re)descobriram o seu país. Isso também aconteceu na África do Sul?
Sim, o que a COVID fez foi dar uma maior perceção às pessoas do que o país, efetivamente, oferece, as possibilidades que têm em interagir com pessoas, natureza e experiências. E como diz, foi possível verificar que muitos descobriram ou redescobriram o seu próprio país.

Isto também ajudou, em muito, as Pequenas e Médias Empresas (PME) e a economia local. Fez com que as pessoas procurassem novas experiências e, fundamentalmente, experiências com sentido. É uma tendência, mas é uma boa tendência.

E essa procura é só nacional ou também continental?
Na verdade, a grande maioria dos 10 milhões de visitantes que tínhamos eram continentais. Conseguimos atrair muitos turistas durante o nosso verão que coincide com o inverno na Europa.

Os nossos principais mercados continuam a ser África, Europa, Américas, Australásia e Médio Oriente. Especificamente para os mercados europeus, registamos um aumento de mais de 16% no final de 2022, com destaque para o Reino Unido, Alemanha, França, Bélgica, entre outros.

É por isso que estamos em Portugal para, em primeiro lugar, registar a importância deste mercado e, em segundo lugar, incentivar os portugueses a visitar mais o nosso país e região, aumentar a estadia e, enquanto desfrutam da nossa hospitalidade, explorar as muitas oportunidades de investimento e de negócios, tornando a visita numa experiência “bleisure”.

É através das viagens de negócio que pretendem impulsionar o turismo na África do Sul?
Sim, mas não só. Notamos, de facto, que as pessoas nos visitam por motivos de negócio. Por isso, convidamos as pessoas a ficar mais um ou dois dias para conhecer as experiências sul-africanas.

O que registamos, também, é que as pessoas regressam e regressam com as famílias, já que a experiência foi agradável.

Também notamos que, com a pandemia, os investidores estão a olhar para novos mercados para fazer negócio, já que a pandemia forçou muita gente a reorientar os seus próprios negócios.

Sei que os portugueses adoram comida, apreciam vinhos. Por isso, oferecer uma boa experiência gastronómica é vital. Ligar essa experiência gastronómica à natureza, a cenários que só na África do Sul é possível ter, é importante

Criar, portanto, novas oportunidades?
Claro. E sendo a África do Sul um país em desenvolvimento, um dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – existem sempre novas oportunidades. Estamos sempre à procura de novas soluções para diversas crises e desafios. Temos uma grande população jovem e desempregada. Temos grandes oportunidades em diversas áreas como a agro-indústria, energia e, claro, turismo.

Por isso, dizemos, venham descobrir novas oportunidades de negócio e, depois, regressem e tragam as vossas famílias para viver experiências memoráveis e autênticas, interagir com os locais, com a natureza, com a cultura.

Mas durante a pandemia, quais foram os mercados com melhor performance?
Diria que continua a ser o africano, seguido do asiático e do europeu. Países como Portugal, Grécia, Bélgica e Itália possuem uma forte comunidade de expatriados. Lá está, é mais uma oportunidade a explorar.

O mercado português faz parte de um crescente centro de turismo europeu que impulsionou o crescimento de mais de 16% nas chegadas à África do Sul até o final de 2022. Gauteng tem uma forte comunidade portuguesa, facilitando o segmento de viagens para amigos e familiares. Este também é um incentivo para aqueles que desejam estabelecer os seus negócios e investimentos na África do Sul.

Nos últimos cinco anos, vimos um aumento nas viagens outbound da África do Sul para Portugal e destinos adjacentes, especificamente para turismo musical e atividades de intercâmbio cultural. Os nossos artistas de renome mundial estão constantemente nestes mercados, partilhando um pouco do excecionalismo sul-africano e do lifestyle de Gauteng.

Queremos fortalecer esses laços e garantir que milhões de grupos da geração Z e famílias possam visitar a África do Sul e Gauteng regularmente e interagir com o local original dessas ofertas musicais e culturais globais.

Os portugueses “africanos”
A África do Sul também beneficia do facto de existirem muitos portugueses em Angola e Moçambique. Qual a importância dessas comunidades para o turismo na África do Sul?
A África do Sul como líder de um grande bloco regional acredita no crescimento e desenvolvimento das economias regionais como forma de fortalecer a recuperação e integração económica continental.

Essas comunidades e países têm sido fundamentais no apoio e na luta contra o Apartheid e o domínio colonial. Lutámos lado a lado para conquistar a nossa independência e agora estamos juntos novamente na luta económica.

O turismo é aproximar pessoas e culturas. É sobre experiências partilhadas, momentos memoráveis e ligações e estes atributos têm sido uma constante nas nossas relações com as comunidades e povos de Moçambique e Angola.

Estas são as pessoas e os mercados que sustentam as nossas ofertas de compras, sempre presentes nos nossos eventos desportivos e musicais ao mesmo tempo que são um esteio para quem visita amigos e familiares.

Os dados mais recentes apontam para a existência de 150.000 portugueses a viver na África do Sul e na região da África Austral, de facto, existe uma das maiores comunidades de portugueses. Por isso, olhamos para estes dados com muita atenção, já que poderá representar um forte aliado na nossa estratégia.

Temos oferecido incentivos a outras companhias aéreas que também podemos apresentar à TAP. Mas o negócio terá de fazer sentido para ambos os lados

Mas a vossa intenção é levar os portugueses que moram nesses países à África do Sul ou os portugueses que moram em Portugal?
Ambos. Estamos a estudar o que, de facto, podemos oferecer, especialmente, à companhia aérea nacional, TAP. Temos reuniões marcadas que são sessões de follow-up e ver o que faz sentido para o negócio da TAP. Temos oferecido incentivos a outras companhias aéreas que também podemos apresentar à TAP. Mas o negócio terá de fazer sentido para ambos os lados. O que dizemos é, venham, testem a força da rota e do destino, analisem o comportamento da operação durante um ou dois anos com um voo direto. Portugal poderá funcionar como uma ligação importante não só para os portugueses, mas também para outros mercados europeus.

Mas a intenção é só levar portugueses a visitar a África do Sul ou também sul-africanos a visitar Portugal?
Claro que ambos. Portugal está a registar uma forte recuperação do turismo. Atualmente, e não está na época alta, Portugal está em alta. Por isso, nem quero imaginar na época alta. Mas na época baixa, a África do Sul é um destino com uma oferta muito vasta e rica a ser considerada pelos portugueses.

Se tivesse de apontar três fatores fundamentais para atrair turistas portugueses à África do Sul, quais seriam?
A África do Sul é um destino com uma boa relação custo-benefício que oferece diversos produtos e experiências de lazer e turismo de negócios à medida para diversos segmentos de mercado. Os turistas de hoje já não procuram o turismo tradicional. Já não procuram somente animais, montanhas, praia ou paisagens. Procuram momentos autênticos e memoráveis, procuram viagens com significado e propósito, esperam transformar a sua perspectiva por meio de experiências que mudam a vida.

Além disso, conectar e reconectar culturas e celebrar o triunfo da raça humana sobre adversidades e pandemias é o que todos nós precisamos fazer e a África do Sul está preparada para receber e oferecer esta jornada imersiva.

Denotam, portanto, novas tendências em quem vos visita?
Sim, claramente. Existe um muito maior interesse pela natureza, por experiências mais autênticas. Uma ligação maior com as comunidades locais que enrique quem nos visita.

Visitar somente as grandes cidades da África do Sul não é muito diferente de visitar as grandes capitais europeias como Paris, Londres ou Lisboa.

Não há experiência como ver as estrelas na natureza sul-africana ou dormir na selva. Isso é, na verdade, uma experiência única. Queremos afastar os turistas das grandes cidades e direcioná-los para outros locais, locais mais autênticos, onde poderão ter contacto com as comunidades locais, provar a gastronomia tradicional, viver a cultura, a história. E há muita coisa a acontecer nesses locais mais pequenos, distantes e diferentes.

A aposta está, claramente, virada para o MICE

Uma estratégia experiencial
Relativamente a Gauteng, a Entidade de Turismo tem um mandato duplo: posicionar Gauteng como um destino global através do marketing e promoção, bem como um destino competitivo, de valor, além de desenvolver produtos que respondem às exigências turísticas. Especificamente, o que Gauteng tem para oferecer? Quais são os principais atributos para atrair turistas?
A ‘Golden City Region’ de Gauteng é o principal centro industrial, empresarial, comercial e de entretenimento da África do Sul e de África, dotada de infraestrutura de classe mundial, turismo e ofertas de hospitalidade bem ancoradas na sua maior riqueza, os 15 milhões de residentes da província.

De safaris, a compras requintadas e de luxo, passeios em minas de diamantes, passeios inspirados na herança de Nelson Mandela, a um encontro com a sua ancestralidade humana e com o nosso Património Mundial, Gauteng continua a ser uma janela para as ofertas de turismo na África do Sul.

Mas Gauteng é um ponto turístico atraente per si ou representa mais um destino de stop-over?
Gauteng representa mais de 40% das chegadas internacionais na África do Sul e um dos três principais destinos de turismo doméstico. A qualidade de vida é excecional, património de classe mundial, condições climáticas excecionais, ofertas de valor para o turismo, com atrações, desportos e circuito de entretenimento internacionalmente aclamados que a tornam um destino preferido para visitantes internacionais e regionais.

Ao longo dos anos, vimos um forte aumento nos números de permanência na província, variando de nove a 12 dias no final de 2020. Os turistas prolongam a sua estadia em Gauteng porque podem associar a natureza autêntica do destino, à ampla variedade de ofertas turísticas, pois a região da cidade representa um caldeirão de culturas e nacionalidades em África.

Temos fortes comunidades chinesas, portuguesas, italianas, indianas, etíopes, a viver lado a lado, formando uma base sólida de mais de 15 milhões de residentes na província. Tudo isso torna-nos um destino atraente.

Quanto representa o setor do turismo de Gauteng em termos de PIB?
O turismo contribui com pouco mais de 4,8% em termos do PIB de Gauteng. O setor representa mais de 280.000 empregos diretos na província, com muitos outros empregos nos subsetores da cadeia de valor. Em termos de contribuição do turismo para a economia nacional, o setor é responsável por pouco menos de 4% do PIB total. Esta contribuição é superior à dos setores da agricultura e da construção, daí a centralidade da economia no Plano de Reconstrução e Recuperação do país.

E como é que o Turismo de Gauteng se alinha com a agenda do turismo nacional?
A agenda do turismo na África do Sul é guiada pela Estratégia Nacional do Setor de Turismo (National Tourism Sector Strategy – NTSS) com objetivos específicos de criar crescimento sustentável do PIB, criação sustentável de empregos, crescimento económico inclusivo e transformador, esforços para aumentar os gastos com chegadas (volume) de turismo, duração das estadias, dispersão geográfica, contenção da sazonalidade e promoção da transformação.

Esta agenda está interligada com a visão “Growing Gauteng Together” (GGT2030) e, especificamente, para Gauteng, a integração dos municípios como foco de recuperação económica e principais beneficiários do crescimento da economia.

Gauteng serve como principal ponto de entrada internacional para o país, abriga a segunda maior capital diplomática do mundo, a maior bolsa de valores de África, o aeroporto mais movimentado e a sede do governo nacional. Com sua enorme contribuição de 33% para o PIB do país, Gauteng é parte central no plano nacional de crescimento do turismo.

E no que difere esta nova estratégia da anterior?
A ‘Gauteng Tourism’ faz parte do plano de recuperação do turismo sul-africano, com o objetivo de garantir 30 milhões de chegadas ao país até 2030, conforme indicado pelo Presidente.

Da parte da província de Gauteng, o plano passa pela recuperação económica, criar empregos sustentáveis, pela reindustrialização e estar em pé de igualdade com a procura da economia partilhada.

Por isso, comunicar é fundamental. Compreender que uma abordagem única não funciona. Queremos que as pessoas entrem em África através da África do Sul e que permaneçam no nosso país. Por isso, desenvolvemos pacotes com outras províncias, de forma a que possam experienciar um dia na Cidade do Cabo, visitem e provem os nossos vinhos, que percebam que, num raio de 45 minutos de carro, podem, de facto, ter experiências enriquecedoras.

E existe capacidade hoteleira para tal?
Ainda possuímos muita oferta tradicional e, de facto, é algo em que o governo está a trabalhar para criar mais alternativas. Mas também é essa oferta tradicional que cria as experiências mais autênticas.

Daí darmos apoio a essa oferta tradicional para se promover, vender diversos pacotes, dar incentivos.

Como disse, uma abordagem única não funciona, temos de perceber o que é que um turista britânico, alemão, norte-americano, português procura quando nos quer visitar e tentar dar uma resposta apropriada. E queremos que essa resposta seja dada de forma que, quem nos visita, regresse.

E no caso português, por onde poderá passar essa oferta?
Sei que os portugueses adoram comida, apreciam vinhos. Por isso, oferecer uma boa experiência gastronómica é vital. Ligar essa experiência gastronómica à natureza, a cenários que só na África do Sul é possível ter, é importante.

Além disso, os portugueses gostam de se relacionar com os locais, conhecer a história, a cultura. Aliar tudo isto é o nosso desafio.

E quantos portugueses querem que visitem a África do Sul por ano?
O nosso objetivo é regressar aos 30.000 por ano de antes da pandemia. Naturalmente, que a isso acrescentamos os portugueses que vivem e trabalham em países como Angola e Moçambique e que, por razões familiares ou de negócio, viajam até à África do Sul.

 

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Eventos Publituris

Sabe quem são os nomeados para “Melhor Operador Turístico” nos Publituris “Portugal Travel Awards 2023”?

Entre os nove nomeados para a 18.º edição dos Publituris “Portugal Travel Awards 2023” há alguns estreantes.

Publituris

Os Publituris “Portugal Travel Awards 2023” estão lançados.

Conheça os nomeados na categoria de “Melhor Operador Turístico”:

Lusanova
Newblue
Nortravel
Solférias
Soltour
Soltrópico
Sonhando
TUI
Viajar Tours

Os vencedores serão conhecidos no dia 6 de julho de 2023, a partir das 19h00, no Montebelo Mosteiro de Alcobaça Historic Hotel, em Alcobaça.

Na 18.ª edição dos Publituris “Portugal Travel Awards 2023”, os principais prémios do turismo nacional contam com 174 nomeados, que concorrem num total de 22 categorias.

Poderá votar em https://premios.publituris.pt/travel/2023/

Os Publituris “Portugal Travel Awards 2023” têm como Main Sponsor o Novo Banco, contando com a NOS SGPS, Nescafé, Grupo Visabeira e MAWDY como patrocinadores, o apoio da Turismo Centro de Portugal e da Câmara Municipal de Alcobaça, e com a GR8 Events, Movielight, Multislide e Workgroup – Publicidade como parceiros.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Eventos Publituris

Conheça nomeados para “Melhor Rent-a-Car” nos Publituris “Portugal Travel Awards 2023”

A categoria para “Melhor Rent-a-Car” é a que tem menor número de nomeados nos Publituris “Portugal Travel Awards 2023”.

Publituris

Na 18.ª edição dos Publituris “Portugal Travel Awards 2023”, os principais prémios do turismo nacional contam com 174 nomeados, que concorrem num total de 22 categorias.

Conheça os nomeados na categoria de “Melhor Rent-a-Car”:

Avis/Budget
Europcar
Guerin
Hertz
Ilha Verde
Sixt

Os vencedores serão conhecidos no dia 6 de julho de 2023, a partir das 19h00, no Montebelo Mosteiro de Alcobaça Historic Hotel, em Alcobaça.

Poderá votar em https://premios.publituris.pt/travel/2023/

Os Publituris “Portugal Travel Awards 2023” têm como Main Sponsor o Novo Banco, contando com a NOS SGPS, Nescafé, Grupo Visabeira e MAWDY como patrocinadores, o apoio da Turismo Centro de Portugal e da Câmara Municipal de Alcobaça, e com a GR8 Events, Movielight, Multislide e Workgroup – Publicidade como parceiros.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Eventos Publituris

Os nomeados para “Melhor Companhia de Aviação” nos Publituris “Portugal Travel Awards 2023”

São nove as companhias aéreas nomeadas nos Publituris “Portugal Travel Awards 2023”

Publituris

Na 18.ª edição dos Publituris “Portugal Travel Awards 2023”, os principais prémios do turismo nacional contam com 174 nomeados, que concorrem num total de 22 categorias.

Na categoria de “Melhor Companhia de Aviação” os nomeados são:

Air France
Azul
British Airways
Emirates
Iberia
Lufthansa
TAP
Turkish Airlines
United Airlines

Os vencedores serão conhecidos no dia 6 de julho de 2023, a partir das 19h00, no Montebelo Mosteiro de Alcobaça Historic Hotel, em Alcobaça.

Poderá votar em https://premios.publituris.pt/travel/2023/

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Eventos Publituris

Os nomeados para “Melhor Companhia de Aviação Lowcost” nos Publituris “Portugal Travel Awards 2023”

Ao prémio de “Melhor Companhia de Aviação Lowcost” nos Publituris “Portugal Travel Awards 2023” concorrem sete companhias que voam para e de Portugal.

Publituris

Na 18.ª edição dos Publituris “Portugal Travel Awards 2023”, os principais prémios do turismo nacional contam com 174 nomeados, que concorrem num total de 22 categorias.

Conheça os nomeados na categoria de “Melhor Companhia de Aviação Lowcost”:

easyJet
Jet2
PLAY
Ryanair
Transavia
Vueling
Wizz Air

Os vencedores serão conhecidos no dia 6 de julho de 2023, a partir das 19h00, no Montebelo Mosteiro de Alcobaça Historic Hotel, em Alcobaça.

Poderá votar em https://premios.publituris.pt/travel/2023/

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

Crédito: Slideshow Lda

Destinos

Vê Portugal: Mexer ou não no “edifício” do turismo em Portugal?

No segundo dia do “Vê Portugal”, iniciativa organizada pela Turismo do Centro de Portugal, o painel “Turismo Interno – Desafios para Portugal”, teve como tema central a melhoria (ou não) da estrutura do turismo em Portugal, contando com a participação de Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, e quatro presidentes de regiões de turismo – Pedro Machado, do Centro de Portugal; Luís Pedro Martins, do Porto e Norte de Portugal; Vítor Silva, do Alentejo; e João Fernandes, do Algarve.

Victor Jorge

A começar Luís Araújo salientou que o modelo existente funciona e tem dado provas. “A promoção turística do país precisa de estruturas flexíveis, em colaboração estreita entre si, que deem resposta às necessidades dos visitantes. É esse modelo que existe e que tem alcançado resultados muito positivos”, afirmou.

Para Luís Pedro Martins, “o setor do turismo tem conseguido prosseguir o trabalho realizado sem grandes roturas e com estabilidade”, frisando que o setor “esteve sempre à frente em todos os âmbitos”. Recordando que “o turismo foi o setor que começou a regionalização, em 2013”, Luís Pedro Martins referiu que “passada uma década, é altura de fazer alterações. As regiões estão próximas das empresas e, devido a essa proximidade, podem fazer algum do trabalho feito pelo Turismo de Portugal”, salientando que “é preciso focar”.

Fazendo referência à “grande marca que temos” [Portugal], Luís Pedro Martins destacou que “a pandemia trouxe um novo olhar para o Interior”, frisando que os valores referentes ao turismo no interior de Portugal não estão a descer, estão a crescer”. Por isso, disse, “há que distribuir melhor o turismo por todo o território”, destacando a necessidade de apostar na valorização e segmentação do turismo para áreas como o religioso, enoturismo ou termalismo, entre outros.

Por parte do Alentejo, Vítor Silva considerou que não é necessário mexer no modelo atual. “Este modelo provou que funciona e introduzir alterações pode ser um tiro no pé. Somos o setor económico mais invejado e, com poucos meios, conseguimos fazer crescer as marcas regionais”: Por isso, considera que “o modelo funciona, não é preciso mexer”.

Para o ainda presidente da ERT do Alentejo, “a grande marca é Portugal”, existindo, depois, “a necessidade de apostar nas submarcas”, ou seja, nas regiões. “Com poucos meios conseguimos levar a marca ‘Portugal’ e as regiões a muito lado”, considerando que “temos o que nos une, mas também o que nos diferencia”. Assim, Vítor Silva concluiu que, “o que não é preciso fazer, é por rédeas nas ERT”, frisando que “a estratégia deve estar alinhada com o Turismo de Portugal e ter ideais para desenvolver as nossas regiões”.

João Fernandes reconheceu também que “o modelo está bem conseguido e tem dado cartas”, lembrando que “o Turismo de Portugal é uma referência a nível internacional”. No entanto, reconheceu que “é preciso reforçar as competências nas ERT, num processo de melhoria contínua” e, acima de tudo, é preciso “reforçar o financiamento das ERT, que precisa de mais recursos”.

Lembrando que o turismo em Portugal tem estado, em certos aspetos, “à frente das tendências”, João Fernando frisou que “temos relatórios de sustentabilidade desde 2008”, destacando ao mesmo tempo que “temos uma arquitetura de promoção bem conseguida”.

No campo de atuação das ERT, o presidente da ERT do Algarve, que também está de saída, destacou o facto de existirem questões onde as entidades devem ter uma palavra a dizer. “O licenciamento é uma das pechas no atual modelo, já que não se justifica que nos licenciamentos das unidades hoteleiras, por exemplo, as ERT não estão incluídas”.

Por isso, disse, “é preciso redefinir alguns espaços de atuação”.

A terminar o painel, Pedro Machado reforçou a ideia de que “o edifício do turismo responde, mas precisa de melhoramentos. “A Lei 2013 resolveu vários problemas, como a proliferação de entidades de turismo, que provocava descontinuidade territorial de produtos. Mas, entretanto, o mundo mudou. Os visitantes têm hoje prioridades diferentes, pelo que há alterações que devem ser feitas agora no reforço das competências das ERT”. Assim, “estamos bem, mas podemos melhorar”.

Destacando a “segurança, a boa perceção de saúde e a hospitalidade” em Portugal, Pedro Machado frisou que “estes aspetos não podem ser descurados”, frisando ainda que “as novas gerações estão a moldar o futuro. Há alterações que têm de ser feitas enquanto surfamos a onda”.

Quanto ao novo modelo, com a redefinição do papel das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), Pedro Machado salientou que passar o turismo para a esfera destes organismos seria “um erro, não seria desconcentrar, seria concentrar no Estado”.

No final, o presidente da Turismo do Centro de Portugal concluiu ainda que “é preciso rever o modelo de financiamento das ERT. Para um setor que gera mais de 20 mil milhões de euros em receitas por ano, tem de haver uma alteração no modelo de financiamento”.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.