Portugal entre os países com melhor gestão na redução da pegada carbónica por passageiro
De acordo com a análise da Mabrian, Portugal deverá apresentar uma redução de 9% na pegada carbónica por passageiro, entre janeiro e outubro 2022, comparado com o mesmo período de 2019.
Victor Jorge
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
Royal Caribbean International abre primeiro Royal Beach Club em Nassau em 2025
Viagens mantêm-se entre principais gastos de portugueses e europeus, diz estudo da Mastercard
Álvaro Aragão assume direção-geral do NAU Salgados Dunas Suites
Lusanova e Air Baltic lançam “Escapada ao Báltico” com voos diretos
Conheça a lista de finalistas dos Prémios AHRESP 2024
Transavia abre vendas para o inverno e aumenta capacidade entre Portugal e França em 5%
FlixBus passa a integrar aeroporto de Lisboa na rede doméstica e internacional
Um estudo recente da Mabrian concluiu que Portugal, juntamente com a Itália, está entre os países mediterrânicos que melhor gere a redução da pegada carbónica por passageiro.
A análise revela que enquanto Itália se posiciona com uma redução de 1,8%, Portugal destaca-se com um valor de 9% de baixa da pegada carbónica por passageiro.
Está valor está muito acima de destinos como a Espanha, país que tem a mais alta taxa de emissão de carbono, justificando a Mabrian este resultado com o facto de o país ser aquele que mais turistas receberá mais turistas, embora a consultora saliente que a média da pegada carbónica por visitante é mais baixa do que aquela registada em França e Portugal.
Já a Grécia é o país que melhor eficiência demonstra na média CO2 por passageiro durante 2022, com 97,72 kg/passageiro, 14% abaixo da média dos restantes destinos mediterrânicos. Isto, apesar de ser o único destino que irá aumentar o total de emissões em 2022, muito devido ao maior número de visitantes que deverá receber: o total de toneladas emitidas de CO2 deverá aumentar 4,6%.
França, por sua vez, é o único país, dos analisados, que irá registar uma evolução das emissões por passageiro durante o ano de 2022, comprado com 2019, adiantando a Mabrian que esse valor rondará os 3%. Contudo, França apresenta a segunda maior redução do total de emissões, menos24%, somente atrás da Itália, cuja baixa é de 28% face a 2019.
Para esta análise, o indicador analisou a pegada de carbono que será gerada pela chegada de visitantes por via aérea aos cinco destinos turísticos de férias mais importantes da Europa (Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia) entre janeiro e outubro 2022 –, comparado com o mesmo período de 2019. Para esse cálculo, a Mabrian utilizou como critério o volume de chegadas programadas de lugares neste período para todos os aeroportos de destino destes países, calculando as emissões com estimativa de lugares ocupados e a pegada de carbono gerada pelos voos em função das rotas e do tipo de aeronave.
No total, os destinos estudados emitirão entre janeiro e outubro deste ano 46,5 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera devido à conectividade aérea, representando uma redução de 19% em relação ao mesmo período de 2019.
No entanto, a redução de lugares para esses destinos entre janeiro e outubro é de apenas 7,23% em relação a 2019 – o que mostra uma melhora na eficiência de CO2.
Já a pegada média de carbono por passageiro é reduzida em 5% em relação a 2019, passando de uma média de 120 kg/passageiro para 114 kg/passageiro.
A redução das viagens intercontinentais e a renovação das frotas com modelos mais eficientes em termos de combustível pelas companhias aéreas estão a favorecer esta evolução positiva.
Carlos Cendra, diretor de Marketing e Vendas da Mabrian Technologies, afirma que “este indicador é uma ótima ferramenta para medir o impacto ambiental da chegada de visitantes a um destino por via aérea e permitirá que os gestores de destinos atuem em colaboração com as companhias aéreas. A dependência de mercados remotos, os níveis de ocupação dos voos e o tipo de aeronaves oferecidas pelas companhias são aspetos relevantes a ter em conta para reduzir o impacto da pegada de carbono de um destino.”