Solférias prevê fazer reembolsos dos vales COVID em dois meses
Nuno Mateus, diretor-geral do operador turístico, realçou a importância “fundamental” que os vales tiveram para a resolução dos problemas de tesouraria que a distribuição se deparou em 2020.
Raquel Relvas Neto
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Os vales das viagens canceladas por causa da COVID-19 foram um balão de oxigénio para os operadores turísticos em 2020 e a Solférias não foi excepção. Nuno Mateus, diretor-geral da Solférias, anunciou, esta quinta-feira, na apresentação da programação do operador para 2021, que os vales foram “fundamentais” e “conseguiram resolver uma situação de tesouraria”.
Nuno Mateus adiantou que o operador turístico perspetiva iniciar os reembolsos dos vales COVID-19 nos próximos dois meses, estando a Solférias na fase final da aprovação do seu pedido à Linha de Apoio à Economia COVID-19: Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ler aqui).
Contudo, estes reembolsos não serão efetuados diretamente pelo operador turístico, mas sim pelas entidades bancárias com as quais a Solférias vai estabelecer o crédito. “Após a finalização do processo, vamos ter de identificar aos bancos nos quais conseguimos linhas de crédito, os vales e respetiva agência de viagens e IBAN”, clarificou o responsável, complementando que o pagamento do vale “vai ser procedido pelos bancos, não somos nós que vamos reembolsar às agências de viagens”.
A necessidade de recorrer às linhas de crédito disponíveis são justificadas pela quase ausência de negócio no último ano. “Havia a dificuldade acrescida de não ter havido praticamente negócio nenhum desde o ano passado e temos todos a obrigação legal de reembolsarmos até 14 de janeiro de 2022 tudo o que não foi usufruído”, referiu.
Aos jornalistas, o diretor-geral da Solférias esclareceu que os vales têm validade até 14 de janeiro de 2022, mas o operador quis antecipar-se aos reembolsos por parte dos clientes das agências de viagens que possam surgir.
Quanto à exigência antecipada de reembolsos dos vales, o responsável salientou que não tem sentido muitos pedidos nesse sentido e considera que os vales, e todo o trabalho de repatriamento que as agências e operadores tiveram no início da pandemia, contribuíram para aumentar a credibilidade da distribuição turística. Nuno Mateus deu como exemplo clientes que reservaram através de outros meios e que não tiveram direito a vales, perdendo o dinheiro das suas reservas. “O que está a acontecer, é que as agências e os operadores vão dar um grande passo numa demonstração que, raramente, é melhor reservar diretamente nos vários sites, porque temos uma lei comunitária que tem muitas obrigações e a questão da segurança e dos reembolsos é garantido nas agências e nos operadores e nem sempre é garantido nas reservas diretas. Nesse aspecto, os clientes vão ficar muito satisfeitos porque não estavam à espera de serem reembolsados antes de janeiro se não utilizassem, nós estamos a fazer uma antecipação clara desse reembolso”.
Quanto aos reembolsos dos fornecedores ao operador, Nuno Mateus salientou que ainda existe “muita coisa pendente”. “Se, até à data, conseguimos 50% dos reembolsos… não conseguimos mais do que isso. É uma situação que vamos ter de ir gerindo com os fornecedores. Essa é que é a nossa grande dificuldade”.