Ryanair abre mais duas rotas para Portugal, critica decisão na TAP e demora no novo aeroporto
A Ryanair está otimista para este verão de 2021 e junta duas novas rotas às 121 que já opera, totalizando 595 voos semanais de e para Portugal.

Victor Jorge
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A Ryanair vai abrir duas novas rotas para Portugal neste verão que somam às 121 que já possui. Eddie Wilson, CEO da Ryanair, explicou esta quinta-feira (25 de março), via conferência de imprensa digital, que a companhia terá, a partir deste verão, voos que ligam Faro a Belfast (capital da Irlanda do Norte), com voos diários, e Lisboa a Colónia (Alemanha) com dois voos semanais.
Estas novas rotas são, como admitiu o responsável da companhia, “uma aposta e uma mensagem de esperança e confiança no regresso das viagens para este verão”.
Voando para cinco aeroportos (Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada e Terceira), dos quais quatro têm base Ryanair (a ilha açoriana da Terceira não possui base Ryanair), a companhia espera vir a operar 595 voos semanais, restabelecendo 10 rotas de anos anteriores. Assim, a Ryanair recupera as rotas do Porto para Bremen (Alemanha); Bolonha, Veneza e Treviso (Itália); Brive, Carcassonne e Toulouse (França); Marraquexe (Marrocos); e Sevilha (Espanha). A partir de Lisboa recuperam-se as rotas para as cidades espanholas de Málaga e Sevilha.
Quanto às perspetivas para este verão de 2021, Eddie Wilson admitiu-se “muito otimista”, desde que a vacinação continue em bom ritmo. “Não irá haver falta de procura”, salientou Wilson, “embora todos estejamos esperançados nos diversos planos de vacinação em marcha. Com a chegada de uma nova vacina, que se junta às já existentes, penso que existirá capacidade para vacinar as pessoas para termos um bom verão”.
Crítico relativamente à postura da União Europeia e de alguma descoordenação no plano de ação das vacinas, o recente anúncio do “Digital Green Certificate” “é uma garantia que existirá para regressar à normalidade e à segurança nas e das viagens”, embora Wilson reconheça que “qualquer tipo de discriminação por causa deste passaporte ou certificado é indesejável”.
Já quanto à realidade nacional e, mais concretamente, à TAP, Wilson confirmou a queixa apresentada em Bruxelas. “Quem perderá com todo este processo é Portugal e, sobretudo, os contribuintes portugueses. Nunca um país e os seus contribuintes recebeu de volta o dinheiro investido em companhias aéreas”, admitindo que, “é o mesmo de dar doces às crianças. Vão voltar sempre para pedir mais”.
Eddie Wilson deu, inclusivamente o exemplo de países como a Bélgica e a Suíça, “países bem mais desenvolvidos que Portugal e que não têm e precisam de uma companhia de bandeira”. E reforçou: “gastar dinheiro em conectividade quando há outras companhias no mercado, é um desperdício”.
Mas o problema não reside, segundo Wilson, só em Portugal. “A Comissão Europeia vai sofrer com os gastos e o dinheiro que está a investir nas companhias dos países. Esse dinheiro nunca irá ser reembolsado”. E deixa mais um recado: “Os governos e os políticos não devem gerir hotéis, companhias aéreas, restaurantes. Para isso, existem profissionais”, deixando a “certeza” de que “iremos vencer este processo”.
Ainda relativamente a Portugal, o CEO da Ryanair não compreende como é que “um país que depende tanto do turismo, não decidiu ainda como, quando e onde construir um novo aeroporto. Todos nós sabemos, quando aterramos no aeroporto de Lisboa, que a cidade e o país precisam de um novo aeroporto”. E conclui, salientando que “se Portugal quiser competir com outros países na indústria do turismo, não o conseguirá fazer sem um novo aeroporto”.