INE: Resultados de abril comprovam mês negro para o alojamento turístico
Com diminuições expressivas seja na tipologia de alojamento seja nas regiões turísticas, o único indicador com crescimento neste mês foi a estada média que 13,7% para 2,92 noites, fruto dos hóspedes que ficaram retidos no país.
Raquel Relvas Neto
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O impacto que a pandemia da COVID-19 está a ter no Turismo é indiscutível e os dados lançados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) vêm corroborar que 2020 está a ser um ano negro para o alojamento turístico em Portugal.
“Atividade turística com expressão praticamente nula” é assim que o INE carateriza os dados recolhidos da atividade turística no país durante o mês de abril, refletindo os efeitos da pandemia. O mesmo revela que o setor do alojamento turístico registou 60,1 mil hóspedes e 175,5 mil dormidas em abril de 2020, correspondendo a variações de -97,4% e -97,0%, respetivamente. As dormidas de residentes recuaram 93,0% e as de não residentes decresceram 98,6% (-58,9% no mês anterior).
Os proveitos totais no mês em análise registaram uma variação de -98,3%, situando-se em 5,7 milhões de euros. Os proveitos de aposento fixaram-se em 5 milhões de euros, diminuindo 98,0%.
Com diminuições expressivas seja na tipologia de alojamento seja nas regiões turísticas, o único indicador com crescimento neste mês foi a estada média que 13,7% para 2,92 noites, justificado pelo próprio perfil do turista que pernoitaram nos estabelecimentos de alojamento turístico. “O perfil dos poucos turistas que pernoitaram nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês foi diferente do habitual, tendo sido reportadas ao INE diversas situações, como por exemplo de hóspedes que ficaram retidos em Portugal sem possibilidade de regressarem ao seu país de residência, ou de pessoas que, por motivos profissionais, tiveram de se deslocar no país e pernoitar fora do seu local de residência”, constata o INE.
Em abril, no contexto do estado de emergência, cerca de 83,1% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes.
No que diz respeito à análise do primeiro quadrimestre de 2020, o INE indica que o número de hóspedes caiu cerca de 45%, para 3,8 milhões de hóspedes, e o de dormidas 38%, para 1,8 milhões de dormidas. Quanto aos proveitos totais, estes caíram 48%, para os 475 milhões de euros e os de aposento para os 340 milhões de euros, uma quebra também de 48%.