SATA tem de ser privatizada até final de 2025 para cumprir plano de reestruturação, avisa DBRS
Apesar do aviso, a DBRS reconhece pontos positivos para a privatização da companhia aérea e aponta, desde logo, “o crescimento da atividade de voo decorrente do turismo”, que tem ajudado a empresa a “melhorar o seu desempenho operacional, o que deverá ajudar a manter o interesse dos dois compradores”.
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O novo Governo Regional dos Açores vai ter de lidar com vários desafios orçamentais em 2024 e privatizar a SATA no ano seguinte, avisa a DBRS, que realizou uma análise aos resultados das eleições regionais do último domingo, 4 de fevereiro, nas quais a Aliança Democrática (AD) se sagrou vencedora.
A DBRS começa por avisar que, com o resultado das eleições, que foram ganhas pela AD mas sem maioria absoluta, o mais provável é que tenham de existir negociações e acordos para a formação de governo, sendo o Chega o partido em melhor posição para vir a apoiar um governo de centro-direita nos Açores.
No entanto, a DBRS não se mostra preocupada com o impacto económico do impasse eleitoral nos Açores e diz mesmo que “não espera que os resultados
tenham um efeito material na política fiscal da região nem nas condições de crédito”.
A agência de notação financeira mostra-se, no entanto, mais preocupada com a privatização da SATA e diz que “o desinvestimento na SATA precisa de ser retomado e concluído antes do final de 2025 para cumprir o atual plano de reestruturação assinado com a Comissão Europeia”.
Segundo a DBRS, a privatização da SATA ficou parada com a queda do anterior Governo Regional dos Açores, o que se seguiu à não aprovação do orçamento regional, mas deve ser retomada o quanto antes.
A agência de notação financeira reconhece, no entanto, pontos positivos para a privatização da companhia aérea e aponta, desde logo, “o crescimento da atividade de voo decorrente do turismo”, que tem ajudado a empresa a “melhorar o seu desempenho operacional, o que deverá ajudar a manter o interesse dos dois compradores”.
A DBRS diz que vai continuar a monitorizar a implementação do plano de reestruturação da SATA e a avaliar qualquer “potencial impacto negativo
financeiro no perfil de crédito da região decorrente da SATA”.
Recorde-se que, em julho de 2023, o concurso para a privatização da Azores Airlines, a companhia aérea do Grupo SATA que realiza voos internacionais, recebeu duas propostas, que foram apresentadas pelo Atlantic Consortium e pelo consórcio Newtour/MSAviation.