Ryanair com aumentos nas receitas e passageiros no 3.º trimestre. Lucros caem
A Ryanair registou um aumento nas receitas, passageiros transportados, mas também custos operacionais, enquanto nos lucros a queda foi de quase três dígitos. Para ano fiscal completo, o objetivo de chegar aos 183,5 milhões de passageiros mantém-se, apesar dos contratempos com a Boeing.
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A Ryanair obteve, no 3.º trimestre do seu ano fiscal (março 2023 – março 2024), lucros de 15 milhões de euros, correspondendo a uma quebra de 93% face aos 211 milhões alcançados em igual período de 2022, apontando a companhia os “custos com os combustíveis” como principal causa.
Contudo, nos três meses que terminaram em 31 de dezembro de 2023, a companhia irlandesa viu as receitas aumentarem de 2,31 mil milhões de euros para 2,70 milhões de euros, o que representa um crescimento de 17%.
Também os custos operacionais da Ryanair aumentaram, passando de 2,15 mil milhões de euros, no 3.º trimestre de 2022, para 2,72 mil milhões de euros neste trimestre em análise.
Só nos combustíveis, a companhia liderada por Michael O’Leary destaca um aumento de 320 milhões de euros (+35%), para 1,2 mil milhões de euros.
Ainda na parte operacional, a Ryanair informa que transportou 41,4 milhões de passageiros nestes três meses, contra os 38,5 milhões de período homólogo de 2022.
Contudo, o load factor da companhia desceu 1 ponto percentual (p.p.), passando de 93% para 92%, indicando a companhia que as tarifas subiram 13% para mais de 42 euros
No final do 3.º trimestre, a Ryanair recebeu 136 B737 Gamechangers, esperando ter “até 174 dessas aeronaves na frota até o final de junho para o pico do verão de 2024 (+50 que no mesmo período de 2023), mas sete aviões a menos que entregas contratadas. “Continua a existir o risco de algumas dessas entregas caírem ainda mais”, admite a Ryanair, em comunicado.
Quanto à programação, a Ryanair diz ter 169 novas rotas (total de 2.600 rotas), incluindo as primeiras 11 rotas domésticas em Marrocos. “Embora a procura de viagens continue elevada, esperamos que a capacidade de curto curso da UE do verão de 2024 fique atrás do verão de 2023, uma vez que os concorrentes aterram aeronaves A320 na Europa devido a problemas no motor P&W (e esperamos que estas perturbações se prolonguem até 2026)”, afirmam os responsáveis da companhia aérea.
Além disso, a Ryanair espera que as companhias aéreas europeias “continuem a consolidar-se nos próximos três anos, com a aquisição da ITA (Itália) e da Air Europa (Espanha), bem como a venda da TAP (Portugal) e da SAS (Escandinávia) já em curso”. Isto, além da paralisação da frota A320 devido a problemas no motor P&W e ao grande atraso nas entregas de aeronaves OEM (“Original Equipment Manufacturer”), provavelmente, “restringirá a capacidade de curto curso na Europa durante os próximos três anos, admitem.
Estas restrições de capacidade não colidem, contudo, com o objetivo da Ryanair para a próxima década e atingir, em 2034, os 300 milhões de passageiros.
Quanto ao acumulado dos nove meses deste ano fiscal, a Ryanair atingiu receitas de 11,27 mil milhões de euros, mais 26% que em igual período de 2022, enquanto os custos operacionais subiram quase na mesma ordem (+25%) para 8,88 mil milhões de euros, face aos 7,13 mil milhões de euros de há um ano.
No que diz respeito aos lucros, a Ryanair indica que estes subiram 39%, tendo atingido 2,19 mil milhões de euros, contra os 1,58 mil milhões do mesmo período do ano transato.
Relativamente aos passageiros transportados nestes nove meses, a Ryanair indica 146,8 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida de 10% face aos 133,6 milhões dos mesmos nove meses do ano fiscal de 2022, com o load factor a manter-se inalterado nos 94%.
Para o restante exercício, a companhia aérea estima chegar aos 183,5 milhões de passageiros, representando uma subida de 9%, apesar de um load factor ligeiramente mais reduzido no 3.º trimestre e ao atraso nas entregas por parte da Boeing.
Finalmente, os lucros atribuídos para o ano fiscal em curso, a terminar em março de 2024, deverão ficar entre os 1,85 e 1,95 mil milhões de euros, ligeiramente inferior à estimativa de 1,85 e 2,05 mil milhões de euros.
“Esta orientação e o resultado do ano inteiro continuam fortemente dependentes de evitar situações adversas imprevistas no quarto trimestre, como a guerra na Ucrânia, o conflito Israel-Hamas e mais atrasos nas entregas da Boeing”, conclui a Ryanair.