Produção de SAF representa 0,53% das necessidades do setor da aviação em 2024
A IATA anunciou estimativas para a produção de Combustível de Aviação Sustentável (SAF), prevendo que, em 2024, represente somente 0,53% das necessidades globais do setor da aviação.
Victor Jorge
Lucros da Delta Air Lines caem 25% em 2024
IA, inovação e sustentabilidade no centro da FITURTechY
FlyAngola deixa de voar para São Tomé
CTP apresenta nova campanha transversal que dá voz às pessoas
“É importante equilibrar os fluxos turísticos entre regiões e melhorar as infraestruturas de transporte”, Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal
Nova Edição: O que foi 2024 e o que será 2025
Portugal com um dos passaportes mais fortes em 2025
PLAY Airlines passa a voar para a Madeira também no verão
Lisboa em destaque como um dos “destinos tendência” para 2025, diz a Mabrian
Barómetro IPDT: 33 milhões de hóspedes, 81 milhões de dormidas e proveitos de 6,5 MM€ para 2025
A International Air Transport Association (IATA) revelou, recentemente, que a produção de SAF (Combustível de Aviação Sustentável) atingiu, em 2023, 600 milhões de litros, correspondendo ao dobro dos 300 milhões de litros produzidos em 2022.
Com o setor da aviação a ser pressionado para chegar o net zero, em 2050, a IATA estima que, em 2024, a produção de SAF triplique para 1,875 mil milhões de litros, representando 0,53% da necessidade de combustível da aviação e 6% da capacidade de combustível renovável. A pequena percentagem da produção de SAF em relação ao combustível renovável total deve-se principalmente à nova capacidade que entrará em funcionamento em 2023 e será atribuída a outros combustíveis renováveis.
A IATA alerta, de resto, que o SAF representou 3% de todos os combustíveis renováveis produzidos, com 97% da produção de combustíveis renováveis indo para outros setores.
“A duplicação da produção de SAF em 2023 foi encorajadora, assim como a esperada triplicação da produção em 2024”, considera Willie Walsh, diretor-geral da IATA.
Contudo, Walsh considera que “mesmo com esse crescimento impressionante, o SAF, como parte de toda a produção de combustíveis renováveis, crescerá apenas de 3% este ano para 6% em 2024”, assinalando que esta alocação “limita a oferta de SAF e mantém os preços elevados”.
Certo é que o setor da aviação necessita entre 25% e 30% da capacidade de produção de combustíveis renováveis para SAF. Nesses níveis, a aviação estará na trajetória necessária para atingir zero emissões líquidas de carbono até 2050. “Até que esses níveis sejam alcançados, continuaremos a perder enormes oportunidades para avançar na descarbonização da aviação”, admitindo Willie Walsh que “é a política governamental que fará a diferença. Os governos devem priorizar políticas para incentivar o aumento da produção de SAF e diversificar as matérias-primas com as disponíveis localmente”, conclui o diretor-geral da IATA.
Na 3.ª Conferência sobre Combustíveis Alternativos para a Aviação (CAAF/3), organizada pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), foi abordado um quadro global para promover a produção de SAF em todas as geografias para que os combustíveis utilizados na aviação internacional sejam 5% menos intensivos em carbono até 2030, alertando-se que, para atingir esse nível, serão necessários cerca de 17,5 bilhões de litros de SAF.