Alojamento turístico ultrapassa os 23 milhões de hóspedes e proveitos ficam perto dos 5 mil milhões de euros no acumulado de 2023
O mês de setembro registou, mais uma vez, evoluções no que diz respeito ao alojamento turístico, com os números do INE a indicaram 3,2 milhões de hóspedes e 8,2 milhões de dormidas, gerando 707,0 milhões de euros de proveitos totais. Já no acumulado do ano, o número de hóspedes ficou bem perto dos 23,5 milhões, enquanto as dormidas ultrapassaram 61 milhões.

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Em setembro de 2023, o setor do alojamento turístico registou 3,2 milhões de hóspedes (+9%) e 8,2 milhões de dormidas (+6,7%), gerando 707,0 milhões de euros de proveitos totais (+15,7%) e 550,9 milhões de euros de proveitos de aposento (+17,0%), revelam os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Comparando com setembro de 2019, os números mostram uma continuação de “aumentos mais expressivos”, indicando o INE um crescimento de 41% nos proveitos totais e 43,9% nos relativos a aposento, refletindo também os aumentos dos preços dos serviços prestados.
No 3.º trimestre de 2023, as dormidas cresceram 3,2% (-4,4% nos residentes e +7,2% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 11,8% nos proveitos totais e 12,9% nos relativos a aposento (+39,5% e +41,7%, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019).
No período acumulado de janeiro a setembro de 2023, as dormidas cresceram 11,3% (+1,7% nos residentes e +16,1% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 21,3% nos proveitos totais e 22,5% nos relativos a aposento (+38,8% e +41,6%, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019).
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 25,6 milhões de hóspedes e 68,1 milhões de dormidas no período acumulado de janeiro a setembro de 2023, correspondendo a crescimentos de 13,6% e 10,9%, respetivamente. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas aumentaram 8,2% (+6,5% nos residentes e +9,2% nos não residentes).
Já no que diz respeito aos estabelecimentos de alojamento turístico (tirando parques de campismo, colónias de férias e pousadas da juventude), nos primeiros nove meses de 2023, os proveitos totais cresceram 21,3% e os relativos a aposento aumentaram 22,5%. Neste período, os proveitos atingiram 4,8 mil milhões de euros no total e os relativos a aposento ascenderam a 3,7 mil milhões de euros. O número de hóspedes, neste período, ficou muito perto das 23,5 milhões, enquanto as dormidas ultrapassaram as 61 milhões. Comparando com igual período de 2019, continuaram a observar-se aumentos mais expressivos, 38,8% e 41,6%, respetivamente, refletindo também o aumento generalizado dos preços.
Todas as regiões com proveitos em alta
Em setembro, Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos, totais e de aposento (30,3% e 31,8%, respetivamente), seguida pelo Algarve (29,1% e 28%) e pelo Norte (16,4% e 17%). Os maiores crescimentos, contudo, ocorreram nos Açores (+25% nos proveitos totais e +27,1% nos de aposento), no Norte (+22,6% e +23,8%, pela mesma ordem) e no Centro (+19,7% e 21,6%, respetivamente).
Face a setembro de 2019, continuaram a destacar-se os Açores (+74,5% nos proveitos totais e +79,3% nos de aposento), a Madeira (+61% e +75,2%, pela mesma ordem) e o Norte (+57% e + 60,2%, respetivamente).
Já no período acumulado de janeiro a setembro de 2023, os maiores crescimentos nos proveitos totais e de aposento ocorreram em Lisboa (+28,8% e +30,4%, respetivamente), nos Açores (+28% e +29,5%), no Norte (+25,9% e +27,1%) e na Madeira (+25% e +28,4%). Comparando com igual período de 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nos Açores (+60,2% e +62,3%, respetivamente), na Madeira (+56,9% e +69,3%), no Norte (+49,2% e +51,6%) e no Alentejo (+47,2% e +52,4%).
Norte e Lisboa com máximos no RevPAR
Analisando o conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 87,9 euros em setembro, registando um aumento de 12,5% face a igual período de 2022 (+6,6% em agosto) e de 32,7% em comparação com setembro de 2019.
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados em Lisboa (129,6 euros) e no Algarve (97,2 euros), seguindo-se a Madeira (87,1 euros) e os Açores (85,1 euros). Os maiores crescimentos ocorreram nas regiões autónomas (+17,7% em ambas), seguindo-se o Norte (+16%) e o Centro (+15,9%).
Algarve ainda penalizado face a 2019
Em setembro de 2023, do total de 8,2 milhões de dormidas (+6,7%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 73,1% concentraram-se nos 23 principais municípios.
O município de Lisboa concentrou 17,7% do total de dormidas em setembro (8,7% do total de dormidas de residentes e 21,3% de não residentes), atingindo 1,5 milhões. Comparando com setembro de 2019, as dormidas aumentaram 9,4% (+9,5% nos residentes e +9,3% nos não residentes).
Albufeira (peso de 11,2%; 8,3% do total de dormidas de residentes e 12,4% de não residentes) registou 923,1 mil dormidas e continuou abaixo dos níveis registados em 2019 (-10,2% no total; -23,4% nos residentes e -5,8% nos não residentes).
No Porto, registaram-se 619,8 mil dormidas (7,6% do total), representando um acréscimo de 31,2% face a setembro de 2019 (+10,9% nos residentes e +34,6% nos não residentes).
No Funchal, as dormidas cresceram 23,4% (+48,5% nos residentes e +20,3% nos não residentes) face a setembro de 2019, registando 573 mil dormidas (quota de 7%).
Face a setembro de 2022, Ourém (1,8% do total de dormidas) continuou a destacar-se, registando o maior crescimento de dormidas (+27,6%), principalmente de não residentes (+35% e +14,8% nas dormidas de residentes). Em sentido contrário, Lagoa (2,4% do total de dormidas) registou o maior decréscimo (-10%; -30,4% nas dormidas de residentes e -3,5% nos não residentes).
No acumulado de janeiro a setembro de 2023, face a igual período de 2019 e entre os principais municípios, Vila Nova de Gaia continuou a destacar-se com um crescimento de 34,4% (+23,8% nos residentes e +41,7% nos não residentes), seguindo-se o Porto (+28,7%; +18,6% nos residentes e +30,7% nos não residentes). Em sentido contrário, os maiores decréscimos registaram-se em municípios do Algarve, Vila Real de Santo António (-16,8%; -17,3% nos residentes e -16,4% nos não residentes) e Albufeira (-10%; -19,2% nos residentes e -7,2% nos não residentes).