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“Há companhias aéreas a quererem criar novas rotas a partir de novas cidades do Reino Unido para Portugal”

Com a maior participação de empresas – 108, mais as sete regiões – no World Travel Market (WTM) London, o mercado britânico continua a ser um dos, senão, o maior mercado para o turismo português. Com os dados a indicarem 2,1 milhões de hóspedes britânicos até setembro de 2023, Lídia Monteiro, membro do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, admitiu ao jornal PUBLITURIS, no WTM London, chegar aos 2,5 milhões no final do presente exercício.

Victor Jorge
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“Há companhias aéreas a quererem criar novas rotas a partir de novas cidades do Reino Unido para Portugal”

Com a maior participação de empresas – 108, mais as sete regiões – no World Travel Market (WTM) London, o mercado britânico continua a ser um dos, senão, o maior mercado para o turismo português. Com os dados a indicarem 2,1 milhões de hóspedes britânicos até setembro de 2023, Lídia Monteiro, membro do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, admitiu ao jornal PUBLITURIS, no WTM London, chegar aos 2,5 milhões no final do presente exercício.

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Os dados internos do Instituto Nacional de Estatística (INE), até setembro, são animadores relativamente ao turismo proveniente do Reino Unido e com destino a Portugal. A ABTA – The Travel Association (Associação de Viagens e Operadores Turísticos do Reino Unido) divulgou uma análise referente às intenções de viagens dos britânicos para os próximos 12 meses e Portugal aparece bem posicionado, indicando que há mais de pessoas a planear viajar para o exterior (64% para 2024 contra 61% de 2023). Portugal sobe um lugar, passando de 7.º para 6.º lugar nas preferências dos britânicos, o que deixa Lídia Monteiro, membro do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, confiante para o futuro.

Os últimos dados dão conta que o mercado britânico está em crescendo. A mais recente análise da ABTA dá, no entanto, que o mercado britânico já não procura o destino Portugal somente para sol e praia. Além disso, revela, igualmente, que a procura já não está concentrada nos meses de verão (julho e agosto), mas antes para meses como maio e junho e setembro e outubro. Portanto está-se a esbater um pouco a sazonalidade, bem como os destinos dentro do próprio destino. O que é que Portugal tem feito e poderá fazer ainda mais para que se continue a esbater esta sazonalidade e destinos dentro do destino?
É verdade. O último relatório que foi publicado pela ABTA indica justamente isso, que o perfil e motivação do turista britânico que visita Portugal já não é maioritariamente Sol e Mar, tendo passado de primeiro para segundo lugar. A primeira motivação são os city-break e seguem-se um conjunto de outras motivações que refletem aquilo que nós também vemos na performance deste mercado emissor, que é o estar de facto espalhado por todo o país. Portanto, já não se trata de um mercado como destino ao Algarve, embora continue a ser o primeiro destino, mas os outros destinos regionais começam a ser e são interessantes para o mercado britânico.

Portanto, é um reflexo do trabalho que tem sido feito nos mercados externos?
Exatamente. O mercado britânico tem sido alvo de um excelente trabalho, um trabalho de proximidade com a operação turística, com os operadores que são relevantes, muito para o mercado nacional.

Para o mercado português temos feito muitas iniciativas, mais dirigidas ao consumidor e temos estado presentes em alguns eventos de cariz B2C e não tanto B2B.

A presença nestes eventos permite uma maior diversidade de segmentos. Este ano estivemos no Taste London como país convidado em que a gastronomia portuguesa referência. Também temos estado nos últimos anos no Financial Times Weekend numa partilha com um público mais exigente.

Exigente e sofisticado, com maior poder de compra?
Sim, mais sofisticado, mais exigente. Temos procurado apresentar novas motivações, novas ofertas turísticas e novos produtos turísticos que passam, por exemplo, pelo turismo literário, pelo enoturismo, pelo turismo cultural, no sentido da imersão cultural que o turismo cultural permite, de autenticidade da relação com as comunidades da natureza, do cycling, do walking. Portanto, um conjunto de ofertas turísticas e de produtos que o britânico tem vindo a responder muito positivamente.

Em função dos números que tem foram revelados até setembro, que números é que poderão ser atingidos no mercado britânico?
Neste momento, até setembro, tivemos 2,1 milhões hóspedes britânicos. Acreditamos que irá subir.

Subir até quanto?
Poderemos, eventualmente, chegar aos 2,5 milhões de hóspedes ou muito próximo disso, já quer ainda faltam os dados de um trimestre inteiro.

Sabemos da afinidade que existe entre do Reino Unido e dos Estados Unidos da América. O facto de o mercado português estar a registar um grande boom do mercado norte americano, pode ser visto também como um fator influenciador para o mercado britânico?
É provável que sim. Devo dizer que não tenho nenhuma evidência dessa questão. Porém, também sabemos da influência que têm os consumidores e pelo mimetismo que os próprios consumidores têm relativamente aos outros turistas. Aliás, todos sabemos a relevância que é para o turista quando um outro turista recomenda um determinado produto ou uma determinada oferta.

A promoção boca-a-boca ainda é muito relevante e tem um impacto muito maior na recomendação, bem como na decisão e todos sabemos da relação que existe efetivamente entre o mercado britânico e o mercado americano.

Nós temos estado a crescer de uma forma muito significativa no mercado americano e também com esta particularidade de ser um turista que viaja por todo o país, viaja ao longo de todo o ano, com estadias mais longas e interesses muito alargados.

Isso é muito interessante para, justamente, podermos dinamizar o turismo e levá-lo a todo o território e ao longo de todo o ano.

Esta é a maior participação de empresas portuguesas no WTM London?
Sim estão presentes 108 empresas mais as regiões turísticas de Portugal. É a maior presença de sempre no WTM ficando somente atrás da FITUR.

Isso revela ou dá-vos garantias que, de facto, o mercado britânico é e continuará a ser importante para o os agentes portugueses?
Sim, sem dúvida. Torna evidente que as empresas portuguesas continuam a apostar neste mercado e que os britânicos continuam a apostar no destino Portugal. E é muito interessante até ver no relatório que referiu que Portugal aparece como o sexto mercado preferencial para os britânicos em 2024.

Portanto, Portugal sobe nas preferências?
Sim, exatamente. Portugal passa do 7.º para o 6.º lugar.

Este país é, de facto, muito relevante, tendo em conta que é um mercado maduro para Portugal. E nesse sentido, é fácil que existe cansaço relativamente ao destino, mas não é isso que acontece.

O mercado britânico continua a gerar e a ter interesse em Portugal. Mas isso também significa que as empresas portuguesas têm continuado a gerir, inovar e a criar novas ofertas e novas oportunidades. E os novos territórios também estão a acrescentar valor e diversificação a este portfólio de oferta que temos estado a apresentar no Reino Unido.

Mas sabemos que os tempos também não estão fáceis no mercado britânico, com a situação económico-financeira das famílias britânicas a não ser a mais favorável. Isso assusta-vos de alguma forma?
A incerteza nunca é positiva e claro que existe uma preocupação. Mas a análise da ABTA também aponta indicadores que os próprios operadores nos têm transmitido. Apesar de a confiança global do ponto de vista da economia no mercado ser naturalmente baixa, não o é no que diz respeito às viagens. Portanto, os britânicos continuam a colocar as viagens como uma das prioridades e vontades.

Mas pode baixar no que diz respeito ao gasto durante a estadia?
Pode, mas a informação que temos recebido dos operadores é que a vontade para viajar é alta e Portugal está em 6.º lugar como destino preferido.

Portanto, aparentemente as viagens não são influenciadas por essa incerteza económica que existe no Reino Unido.

Durante a pandemia Portugal diversificou a sua oferta, com uma forte contribuição das várias regiões que deram a conhecer produtos que até o próprio mercado interno desconhecia.
A questão é que o consumidor, o turista quer sempre coisas nova. Que capacidade tem Portugal para inovar e criar mais produtos diferentes?

O turismo é um setor de atividade que depende, justamente, da criatividade, da inovação, da capacidade de fazer diferente.

Além da autenticidade e propostas diferentes e inovadoras que Portugal tem vindo a apresentar, há algo onde não precisamos de inovar muito que é na capacidade natural de receber bem. Portanto, esta nossa forma de receber, esta nossa capacidade de cuidar de quem vem ao nosso país é desde logo uma oferta inigualável.

Os destinos, as empresas, os operadores, as pessoas os lugares pequenos, todos eles apresentam ofertas criativas inovadoras. Mas todas elas com um cariz de autenticidade, que é isso que torna, de facto, Portugal num destino onde se pode encontrar experiências únicas. E isso é muito importante para o mercado britânicos.

A conectividade já não é uma questão com e para o mercado britânico?
Temos uma conectividade muito forte, mas continuamos a crescer e continuamos há companhias aéreas a quererem criar novas rotas a partir de novas cidades do Reino Unido para Portugal e para diferentes aeroportos em Portugal.

Isso revela o interesse que existe em todo o Reino Unido pelo destino Portugal e alarga a possibilidade e atratividade de conexões mais rápidas e fáceis para os britânicos nos visitarem.

Portugal irá ter, em 2024, um novo stand para estar presente em feiras. Já há data para essa estreia?
Este stand tem um prazo de validade que decorre do próprio contrato. Um breve iremos entrar num processo de concurso público, o que é normal no Turismo de Portugal como entidade pública que é.

Portanto o concurso será lançado brevemente, não conseguindo dizer a data exata, mas queremos o novo stand em 2024. está. Quando é que esse, portanto, será lançado brevemente? Exatamente a data, mas não. Durante este ano para que em 2024, para o final não.

Será para estrear aqui no WTM 2024?
Possivelmente. Como sabe, os concursos públicos são processos dinâmicos. O contrato termina agora, mas o que posso afirmar é que o novo stand seguirá um conceito que refletirá o mais pertinente que Portugal terá para oferecer ao turismo do mundo.

 

Sobre o autorVictor Jorge

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Uma região onde o futuro não pára

Falar dos Emirados Árabes Unidos (EAU), e especificamente do Dubai, não é tanto falar do passado ou presente, mas sim do futuro, tal é o número de projetos (alguns megalómanos) que estão na calha para fazer da região uma das mais importantes (senão a mais importante, segundo os seus responsáveis) do turismo global.

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) são uma daquelas regiões onde o habitual é falar-se de recordes. No turismo a palavra de ordem é investir, investir, investir e disso são prova os projetos que estão na calha em todos os países que compõem o Emirado.

No caso do Dubai, depois de, em 2023, ter atingido 17,15 milhões de visitantes estrangeiros e os últimos dados revelarem 5,18 milhões de visitantes internacionais durante o 1.º trimestre de 2024, correspondendo a crescimento de 11% em relação aos 4,67 milhões de período homólogo de 2023, o Emirado cresceu 22%, em 2023 face a 2019, prevendo o World Travel & Tourism Council (WTTC) que, em 2024, a região cresça 15% face ao ano anterior.

As receitas conseguidas em 2023 nos EAU chegaram aos 55 mil milhões de euros, representando 11,7% do Produto Interno Bruto (PIB), tendo sido criados mais de 41 mil novos empregos, fazendo com que o total de pessoas empregadas nos EAU no setor do turismo atingisse as 809 mil, o que equivale dizer que uma em cada nove pessoas exerce atividade no turismo.

Para 2024, as previsões do WTTC apontam para que os EAU continuem esta senda de crescimento, antevendo que as receitas cheguem perto dos 60 mil milhões de euros, com mais de 23.500 novos empregos criados, perfazendo, assim, 833 mil pessoas a trabalhar no setor.

As receitas provenientes dos visitantes internacionais deverão crescer 10%, em 2024, atingindo os 48,5 mil milhões de euros, enquanto as receitas do turismo doméstico deverão aumentar 4,3% face a 2023.

Para a próxima década, até 2034, o WTTC prevê uma contribuição do turismo de 70 mil milhões de euros para a economia global dos EAU e perto de 930 mil pessoas a trabalhar na indústria.

Já a globalidade da região do Médio Oriente terá gerado, em 2023, receitas na ordem dos 430 mil milhões de euros, correspondendo a um crescimento de 25% face a 2022, com os empregos a atingirem 7,75 milhões.

As receitas geradas pelo turismo internacional atingiram os 166 mil milhões de euros, representando um crescimento de 50% face ao ano anterior.

Para o ano de 2024, as previsões do WTTC apontam para receitas de 470 mil milhões de euros na região do Médio Oriente, com o número de empregos a chegar aos 8,3 milhões.

Já as receitas dos visitantes internacionais deverão ultrapassar os 183 mil milhões de euros, com o turismo doméstico a gerar perto de 208 mil milhões de euros em receitas.

Rumo ao futuro
Segundo os dados avançados no Arabian Travel Market (ATM) 2024, os Emirados Árabes Unidos têm em construção perto de 19 mil quartos, enquanto esse número sobe para 42.282 na Arábia Saudita.

Constituindo a primeira região do mundo a recuperar totalmente os números pré-pandémicos, o valor dos projetos atualmente em desenvolvimento em toda a região soma uns impressionantes 1,7 biliões de euros. Alguns dos projetos emblemáticos que estão a ser desenvolvidos incluem o Museu de História Natural, em Abu Dhabi, que será inaugurado em 2025; o Museu Guggenheim, também em Abu Dhabi; Dubai Islands, no Dubai, que acrescentará mais 40 quilómetros de costa ao Emirado, com mais de 21 km dedicados a projetos imobiliários e onde ficará instalado o segundo maior centro comercial do Dubai, com um investimento de 1,5 mil milhões de euros e mais de 80 resorts e hotéis; Palm Jebel Ali, projeto relançado em 2023 e que terá o dobro do tamanho da atual Palm Jumeirah e que terá espaço para mais 80 resorts e hotéis, além de expandir a costa do Emirado em mais 110 km, Dubai Reefs, uma comunidade flutuante sustentável para investigação marinha, regeneração e ecoturismo, cobrindo 200 quilómetros quadrados; Qiddiya City, um mega-projeto na Arábia Saudita e que será um hub global de entretenimento, desporto e cultura com mais de 500 mil metros quadrados, gerando mais de 48 milhões de visitas anuais, contando com mais de 41.000 quartos, ou voltando ao Dubai, o novo aeroporto (DWC), a ser inaugurado até 2033 e que contará com cinco pistas e uma capacidade para 260 milhões de passageiros.

Qiddiya Cit, mega projeto e hub global de entretenimento na Arábia Saudita

Em entrevista conjunta com outros meios europeus [a ler na próxima edição do Publituris] durante a ATM, Issam Kazim, CEO do Dubai Corporation for Tourism and Commerce Marketing (DCTCM), admitiu que “não pensamos somente em turismo. Quando desenvolvemos a cidade, pensamos na economia na sua globalidade e na riqueza que todos estes projetos trazem para a cidade, para a região e, sobretudo, para as pessoas que aqui moram ou querem morar”.

“Por um lado, é uma bênção não dependermos ou termos petróleo, já que isso faz-nos pensar e criar projetos que visam a criação de riqueza. Por outro, isso faz-nos ser criativo e inovadores quando lançamos projetos que não são pensados para os dias de hoje, mas para o futuro”, conclui Issam Kazim.

*O jornal Publituris está no Arabian Travel Market (ATM) 2024 a convite do Turismo do Dubai – Visit Dubai

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“Esperamos que Portugal continue este crescimento no turismo e mantenha números históricos”

Em conversa com o Publituris, no decorrer do Arabian Travel Market (ATM) 2024, Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, destacou o bom desempenho do setor do turismo em Portugal. “Oxalá Portugal consiga manter este ritmo, já que as nossas estimativas apontam para um crescimento sustentado em todos os parâmetros”, frisou.

O jornal Publituris esteve à conversa com Julia Simpson, presidente e CEO do World Travel & Tourism Council, que destacou os bons números que o setor do turismo em Portugal tem conseguido apresentar em 2022 e 2023. “De facto, Portugal tem sido um dos mercados com melhor performance nos últimos dois anos, o que revela que a estratégia que está a seguir é a mais correta”, frisou Julia Simpson, esperando que “a estratégia se mantenha e não existam desvios desnecessários. Se está a correr bem, há que reforçar a estratégia que está a ser seguida e dar-lhe corpo com novos produtos e experiências”.

Considerando que Portugal tem “muito para ensinar a outros destinos”, os números avançados pelo WTTC ao Publituris apontam para que o turismo em Portugal contribua com 20,1% para o Produto Interno Bruto (PIB) global, em 2024, e totalize 1,14 milhões de empregos diretos e indiretos na indústria, o que equivale dizer que 23% da população ativa esteja ligada de alguma forma ao turismo.

Olhando para o futuro, ou seja, a 10 anos, o WTTC estima que o turismo represente 22,4% do PIB global de Portugal e que empregue 1,37 milhões de pessoas direta ou indiretamente, correspondendo a mais 230 mil novos empregos face a 2024.

No que diz respeito às receitas provenientes da atividade turística internacional, o WTTC aponta para que, em 2024, Portugal possa atingir os 30 mil milhões de euros e que, em 2034, esse valor possa ultrapassar os 39 mil milhões de euros.

Os responsáveis do WTTC mantém-se a par das decisões relacionadas com a construção do novo aeroporto, bem como com a venda da TAP, frisando Julia Simpson que, “sem uma nova infraestrutura aeroportuária será difícil o turismo em Portugal crescer a números sustentáveis. Não será com o contributo dado pelos outros aeroportos existentes nas outras cidades que Portugal conseguirá manter esta performance sustentada”.

“Não conheço ainda os responsáveis pela pasta do turismo em Portugal, mas pelo que percebo, a estratégia a seguir será de continuidade, o que é um bom sinal. Esperemos, contudo, que no que diz respeito ao aeroporto não exista continuidade na demora da decisão para bem do turismo e da economia de Portugal”, concluiu a presidente e CEO do WTTC.

*O jornal Publituris está no Arabian Travel Market (ATM) 2024 a convite do Turismo do Dubai – Visit Dubai

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Hospitality Education Awards 2024 abrem fase de nomeações e candidaturas

A edição deste ano dos Hospitality Education Awards vão contar com seis categorias passíveis de receber nomeações e candidaturas do público. As inscrições já estão disponíveis no website dos prémios.

Os Hospitality Education Awards (HEA), os prémios de formação turística que visam reconhecer profissionais, projetos e stakeholders do setor, já abriram a fase de nomeações e candidaturas.

As nomeações, ou seja, a indicação de um profissional, projeto ou stakeholder com o intuito de o incentivar a proceder à candidatura aos prémios, estão abertas até 14 de junho, através de um formulário. Note-se que “as nomeações não garantem a vitória, mas servem de incentivo e motivação às candidaturas por parte dos nomeados”, como a organização refere em comunicado.

Já a fase de candidaturas propriamente dita já se encontra aberta no website dedicado aos prémios e estende-se até 23 de junho.

A edição de 2024 dos Hospitality Education Awards tem seis categorias a concurso, nomeadamente: “Melhor Projeto Educacional”;  “Melhor Projeto de Inovação”; “Melhor Carreira de Docente no Ensino Superior”; “Melhor Carreira de Docente no Ensino Profissional”; “Melhor Stakeholder” e “Melhor Carreira Jovem”, sendo que esta última reconhece um jovem profissional com uma carreira até aos 35 anos de idade, analisando todo seu percurso profissional nas áreas de turismo e hotelaria.

Além destas seis categorias, os Hospitality Education Awards atribuem ainda o Prémio Fórum Turismo, um galardão que não está sujeito a candidaturas por parte do público, e que premeia um profissional do ensino fora do ativo que se tenha destacado pelo seu percurso profissional.

Os HEA são uma iniciativa da Associação Fórum Turismo em conjunto com o Turismo de Portugal, I.P, a Associação Nacional de Escolas Profissionais (ANESPO), o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Rede de Instituições Públicas do Ensino Superior com Cursos na área do Turismo (RIPTUR).

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Wine Tours Madeira celebra 9.º aniversário com novo tour

O novo tour da Wine Tours Madeira, denominado Bar Hopping & Poncha Workshop, decorre às quartas-feiras, das 16h30 às 19h30, e “promete uma experiência única e imersiva nas bebidas típicas da Madeira”.

A Wine Tours Madeira está a celebrar o seu 9.º aniversário e para assinalar a data lançou um novo tour, denominado Bar Hopping & Poncha Workshop de que “promete uma experiência única e imersiva nas bebidas típicas da Madeira”.

“A Wine Tours Madeira, reconhecida pela sua liderança em tours especializados no fascinante mundo dos vinhos da Ilha da Madeira, celebra o seu nono aniversário com a introdução de uma novidade empolgante: o Bar Hopping & Poncha Workshop”, destaca a Wine Tours Madeira, em comunicado.

Segundo a empresa, este novo tour inclui um workshop de poncha que representa “uma verdadeira imersão na cultura da bebida mais icónica da ilha”, uma vez que os participantes vão poder “aprender a arte de fazer Poncha, interagindo diretamente com os ingredientes locais e técnicas tradicionais, orientados por especialistas”.

“Este workshop é uma janela aberta para a tradição madeirense, proporcionando uma conexão mais profunda com o património local”, considera a Wine Tours Madeira.

Este tour decorre às quartas-feiras, das 16h30 às 19h30, e inclui seis paragens nas históricas ruas do Funchal, já que, além de aprenderem a fazer poncha, os participantes “poderão degustar a cerveja local, deliciar-se com o emblemático cocktail Nikita e descobrir os segredos da ginja local, tudo enquanto exploram alguns dos bares mais estimados e frequentados pelos residentes, afastados dos pontos turísticos convencionais”.

“Ao celebrar o seu nono aniversário, a Wine Tours Madeira reforça o seu compromisso em oferecer experiências enriquecedoras que destacam a rica herança vinícola e cultural da Madeira. Este novo tour é uma celebração da vida local, trazendo aos nossos visitantes uma forma autêntica e animada de experienciar a ilha”, explica ainda a Wine Tours Madeira.

Mais informações sobre o novo tour Bar Hopping & Poncha Workshop estão disponíveis aqui.

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Turismo de Portugal inaugura Centro de Incubação de Base Tecnológica

O novo Centro de Incubação de Base Tecnológica, inaugurado no Campus da Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril, representou um investimento de 3,4 milhões de euros.

O Turismo de Portugal inaugurou esta segunda-feira, 6 de maio, um Centro de Incubação de Base Tecnológica (CIBT) direcionado para o setor do turismo, no Campus da Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril.

O projeto implicou um investimento de 3,4 milhões de euros, dos quais 1,17 milhões foram financiados pelo Programa Operacional (PO) Lisboa.

O evento, presidido pelo Ministro da Economia, Pedro Reis, contou com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, do presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, e do presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.

O novo centro conta com três pisos com escritórios, espaços de cowork, salas tecnológicas, pop-up, equipamentos e laboratórios de investigação. O intuito passa por “apoiar a criação e capacitação de novas empresas e novos modelos de negócios para o setor do turismo”, como referido em comunicado, sendo que o espaço será co-gerido pelo NEST – Centro de Inovação do Turismo.

Recorde-se que o Turismo de Portugal é um dos oito membros fundadores do NEST, a par da ANA Aeroportos de Portugal, Brisa Via Verde, Google, Microsoft, Millennium BCP, NOS e BPI.

O CIBT destina-se a empreendedores e startups, “com especial incidência para os jovens recém-formados que atuam no desenvolvimento do setor”. O objetivo principal é o de “fixar talentos, capacitando-os como futuros empresários e facilitando, posteriormente, a sua integração no mercado”.

Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, refere que “acelerar e transformar o turismo, através do investimento na tecnologia e na inovação, é uma prioridade para o Turismo de Portugal”, sendo que “a inauguração do CIBT traduz essa aposta contínua no turismo e esse compromisso com o futuro”.

Como afirma, “Portugal distingue-se assim pela inovação, tecnologia, inclusão, diversidade e sustentabilidade. Este é o turismo do futuro que o setor está a construir”.

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InterContinental Cascais-Estoril reforça liderança do departamento comercial

Os profissionais André Correia e Ricardo Barreto são a mais recente aposta do InterContinental Cascais-Estoril, que recentemente decidiu reforçar a direção do seu departamento comercial.

O InterContinental Cascais-Estoril fez duas novas contratações para o departamento de marketing: André Correia, que passa a assumir o cargo de Director of Sales & Marketing após 26 anos de experiência na área, e Ricardo Barreto, que com 14 anos de experiência no setor desempenha agora o cargo de Head of Sales & Events.

Desta forma, André Correia terá como objetivo “implementar estratégias de forma a aumentar a notoriedade e visibilidade do hotel, assim como as vendas no mercado”, como referido em comunicado. O trabalho do profissional passa ainda por “supervisionar a equipa de vendas, assim como analisar as tendências do mercado e a concorrência e identificar oportunidades de crescimento”.

Com um percurso de 26 anos que começou na Nestlé, enquanto Brand Manager, André Correia entrou no setor hoteleiro há nove anos, enquanto Sales Executive no grupo Olissippo Hotels. Desde então, passou por grupos como o Pestana e Savoy, enquanto Sales Manager e SANA, onde exerceu a função de Deputy Director of Sales.

“A experiência adquirida anteriormente em diferentes funções da área das vendas, dos eventos e, mais recentemente, na gestão e liderança de equipas, permite-me abordar este novo desafio com uma base mais consistente, sólida e criativa perante situações já experienciadas e enfrentar as novas com outro tipo de maturidade”, refere André Correia em nota de imprensa.

Já Ricardo Barreto, o mais recente Head of Sales & Events do InterContinental Cascais-Estoril, tem como principais funções, além do apoio nas vendas globais do hotel, a gestão integral da equipa de Grupos & Eventos, focada na venda e consequente incremento de resultados para a unidade hoteleira. O profissional ficará ainda responsável por estabelecer relacionamentos com fornecedores e parceiros estratégicos “para garantir o sucesso dos eventos”, assim como analisar tendências de mercado e identificar oportunidades “para inovar e diferenciar os serviços de eventos do hotel”.

Com uma carreira que teve início em 2010 e que passou pelo Vintage House, no Douro; Grande Hotel de Luso e Longueville Manor Relais & Chateaux, em Jersey, Ricardo Barreto transita do Convento do Espinheiro Historic Hotel & Spa, em Évora.

“A integração numa rede global proporcionará experiências enriquecedoras, permitindo um contínuo desenvolvimento e conhecimentos no setor numa perspetiva macro de uma cadeia como a IHG”, afirma Ricardo Barreto.

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Dubai ultrapassa os 5 milhões de turistas no primeiro trimestre

Depois de ter atingido um recorde de 17,15 milhões de visitantes internacionais, em 2023, o Dubai continua a crescer, tendo atingido 5,18 milhões de visitantes internacionais no 1.º trimestre de 2024

Publituris

O Dubai recebeu 5,18 milhões de visitantes internacionais durante o 1.º trimestre de 2024, correspondendo a crescimento de 11% em relação aos 4,67 milhões de período homólogo de 2023, de acordo com dados publicados pelo Departamento de Economia e Turismo de Dubai (DET) no decorrer da 31.ª edição do Arabian Travel Market (ATM).

Após um ano recorde de 2023, em que o Dubai registou 17,15 milhões de visitantes internacionais, a indústria turística do Emirado mantém o crescimento no primeiro trimestre do ano, alinhado com os objetivos da Agenda Económica de Dubai, D33, para consolidar ainda mais a posição do Dubai como uma das principais cidades globais para negócios e lazer.

Relativamente a este resultado dos primeiros três meses de 2024, o Xeque Hamdan bin Mohammed bin Rashid Al Maktoum, Príncipe Herdeiro de Dubai e Presidente do Conselho Executivo de Dubai, afirmou que o Dubai “está no caminho de mais um desempenho relevante este ano, depois de o Emirado ter recebido um número recorde de visitantes no ano passado, com os visitantes internacionais a chegar aos 17,15 milhões”.

Para o Xeque, esta performance “garantirá que o setor do turismo continue a sua jornada de crescimento e de acordo com os objetivos da Agenda Económica de Dubai (D33), que visa fortalecer a sua posição como uma das principais cidades globais para negócios e lazer.”

O aumento de turistas internacionais durante o primeiro trimestre é o resultado das estratégias do destino em pilares vitais no setor de turismo, como a sustentabilidade, acessibilidade, empreendedorismo e inovação. Outros fatores-chave contribuíram também para o crescimento do número de visitantes, como o facto da cidade ter sediado vários eventos importantes da indústria, como o Arab Health, Gulfood e o Dubai International Boat Show, e ainda as novas aberturas de hotéis como o The Lana, a primeira propriedade da Dorchester Collection no Médio Oriente; SIRO One Za’abeel, o primeiro hotel de fitness de Dubai; Marriott Marquis Dubai; e Hilton Dubai Creek Hotel & Residences. Respondendo a todos os orçamentos e preferências, as diversas ofertas do Dubai estão em constante evolução, apoiadas por infraestruturas de classe mundial, serviço excecional em todos os pontos de contato e colaboração contínua entre o governo e os setores privados.

Europa Ocidental destaca-se como maior mercado emissor
De janeiro a março, a região da Europa Ocidental foi o maior mercado emissor, com 1,138 milhão de chegadas, representando uma quota global de 22%, seguida pelo Sul da Ásia com 869.000 visitantes (17%) e CEI e Europa Oriental com 817.000 (16%).

Do ponto de vista regional, o GCC e o MENA ficaram em quarto e quinto lugares, , respetivamente, representando respetivamente 664.000 (13%) e 605.000 (12%) chegadas. A região do Nordeste Asiático e Sudeste Asiático registou 470.000 chegadas no Dubai (uma participação de 9%), seguida pelas Américas com 344.000 (7%), África com 202.000 (4%) e Australásia com 70.000 (1%).

No que diz respeito à performance nos hotéis do Dubai, de janeiro a março deste ano, estes mantiveram uma taxa de ocupação de quartos de 83%. As noites de quarto ocupadas aumentaram 2%, com 11,2 milhões no final do primeiro trimestre de 2024, em comparação com 10,98 milhões em 2023. A Tarifa Média Diária (ADR) subiu para AED 638 durante o primeiro trimestre, marcando um aumento de 5% em comparação com o mesmo período em 2023, enquanto a Receita Por Quarto Disponível (RevPAR) aumentou 4% em comparação com o ano passado, de AED 504 para AED 527.

Recorde-se que o número total de quartos disponíveis no Dubai atingiu o número de 152.162 no final de março, face aos 148.877 quartos disponíveis em março de 2023. Já o número de estabelecimentos também aumentou de 814 em 2023 para 832 no final do primeiro trimestre deste ano.

Garantida está a continuação em “impulsionar campanhas globais e específicas para cada mercado, colaborando com os nossos principais parceiros domésticos e internacionais, adotando uma abordagem de marketing diversificada para promover o Dubai nas mais diversas audiências mundiais, emocionando e inspirando potenciais novos visitantes e repetentes”, deixada por Issam Kazim, CEO da Dubai Corporation for Tourism and Commerce Marketing (DCTCM).

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“O defeito da Europa é ser demasiado conservadora”

Teodora Marinska, Head of Public Affairs, da Europan Travel Commission (ETC), considera que a “Europa tem atuado muito bem na recuperação do setor das viagens e turismo”, mas considera que é “demasiado conservadora”.

Victor Jorge

Na sua intervenção numa das primeiras conferências do Arabian Travel Market (ATM) 2024, a realizar no Dubai até 8 de maio, a responsável pelas Relações Públicas da European Travel Commission (ETC), Teodora Marinska, salientou a importância das viagens intra-regionais na Europa, admitindo que “estas foram a principal razão para o crescimento e recuperação do setor do turismo e das viagens na Europa”.

Contudo, Marinska salientou que a Europa “é demasiado conservadora quando toca à inovação e a apostar em novidades, ao contrário desta região [Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo] que tem inovado enormemente e isso é bem visível”.

Um dos pontos que Marinska destacou como fator diferenciador na Europa é, no entanto, a facilidade com os vistos e os acordos existentes no espaço Schengen que dão um forte apoio à recuperação do turismo.

“Facilitar a entrada nos diversos países é sinónimo de mais viajantes, mais turistas e isso traz, inevitavelmente, benefícios económicos para todos. Mas para que isto aconteça, existem infraestruturas que têm de estar preparadas para não dificultar esta transição fácil e fazer com que os viajantes pensem duas vezes antes de viajar para um destino”.

Assim, para Marinska, o próximo passo, “é digitalizar ao máximo certos e determinados processos que facilitem a entrada e transição entre países e não dificultem tudo”. A responsável pelas Relações Públicas da ETC deu como exemplo a digitalização do controlo fronteiriço que “é urgente colocar em prática”, admitindo que “será um processo feito por máquinas e não humanos, o que equivale dizer que deverá existir menos constrangimentos e, principalmente, filas nos aeroportos, algo sempre desagradável para quem viaja”.

Claro que Marinska destacou a componente da segurança como “fundamental” em todo este processo, “mas temos de nos colocar na pele do viajante”. Por isso, “todos países e estados têm de estar no mesmo patamar para que isto funcione sem constrangimentos”, admitindo que “se um dos stakeholders não acompanhar esta transição, haverá problemas em toda a cadeia.

No final, Marinska destacou os desafios que se colocam ao setor das viagens e turismo no futuro, indicando a “digitalização” e a “transição verde” como dois fatores a ter em conta. “Todos falamos de ‘overtourism’, mas o facto é que nem todos os destinos o sentem. Por isso, não são os destinos que não possuem ‘overtourism’ que têm de atuar. Estes só têm de preservar. Os destinos que têm, de facto, ‘overtourism’ contribuíram, em grande parte para o terem e, agora, têm o desafio de resolver esta questão”.

Marinska conclui que “a sazonalidade é um dos grandes problemas, mas essa poder-se-á resolver com a promoção de soluções e serviços diferentes que beneficiarão os destinos e as gentes que neles habitam”.

*O jornal Publituris está no Arabian Travel Market (ATM) 2024 a convite do Turismo do Dubai – Visit Dubai

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ATM começa com uma promessa na aposta no desenvolvimento da ferrovia na região

Na abertura da 31.ª edição do Arabian Travel Market (ATM) 2024, que se realiza até ao próximo dia 8 de maio, ficou a promessa de alguns dos responsáveis pelo setor do turismo do Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo que a ferrovia será uma das próximas apostas.

Victor Jorge

O Golfo Pérsico é uma das regiões do mundo em maior desenvolvimento no que respeito ao turismo. Isso mesmo é possível confirmar na 31.ª edição do Arabian Travel Market (ATM) 2024 onde o turismo é, naturalmente, o ator principal. Numa das primeiras conferências que abriu este certame que se realiza no Dubai, o ministro do Turismo da Arábia Saudita, Fahd Hamidaddin, deixou a certeza de que assim permanecerá.

“Os países que compõem esta região (Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo – Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar, Bahrain e Kuwait) aproveitaram a pandemia para investir fortemente no desenvolvimento do turismo e isso reflete-se nos dias de hoje, em que temos uma economia forte e que assenta no desenvolvimento da atividade económica. Não tivemos à espera que a pandemia passa-se para investir. Fizemo-lo durante estes tempos desafiantes e o futuro do turismo só beneficiará da aposta que fizemos ao longo deste anos”.

A partilhar o palco com o chairman da Autoridade de Comércio e Desenvolvimento do Turismo de Sharjah, Khalid Jasim Al Midfa; e a CEO da Autoridade para o Turismo e Eventos do Bahrain, Sarah Buhijji; o responsável pela pasta do turismo da Arábia Saudita deixou a certeza de que a próxima aposta passa pela ferrovia.

“A ferrovia será o próximo desafio e aposta”, avançou Fahd Hamidaddin, salientando que “temos de nos reinventar e reimaginar um setor do turismo e das viagens diferente do que temos tido até agora”.

“Cada vez mais falamos de sermos sustentáveis, de preservarmos o nosso meio ambiente, de criar novas experiências”, admitiu Fahd Hamidaddin. “Por isso, a ferrovia poderá ser uma dessas novas experiências que poderemos e devemos criar na região”.

Para o ministro do Turismo da Arábia Saudita, a ferrovia não deverá ser, contudo, somente um meio de transporte de ponto A para ponto B. “Não, a própria viagem de comboio terá de ser uma experiência, com carruagens distintas, únicas, a oferecer diversas experiências e que os turistas e visitantes poderão ter como um destino dentro do destino”.

Para tal, Fahd Hamidaddin destacou a colaboração que terá de existir entre todos os estados que compõem esta região, de forma a “oferecer um serviço, uma experiência diferenciadora e capaz de atrair mais turistas para a nossa região”.

*O jornal Publituris está no Arabian Travel Market (ATM) 2024 a convite do Turismo do Dubai – Visit Dubai

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Embaixador da Tunísia em Portugal acredita no sucesso do regresso da Tunisair a Lisboa

O embaixador da Tunísia em Portugal, Naoufel Hdia, assinalou, esta segunda-feira, o regresso da Tunisair à capital portuguesa, num pequeno-almoço que reuniu em Lisboa responsáveis da companhia aérea tunisina, os principais operadores turísticos que operam o destino a partir do nosso país, e o representante da ANA-Aeroportos. Para já será um voo semanal, às segundas-feiras, até outubro.

A Tunisair regressou a Lisboa esta segunda-feira, após ter cancelado a operação em 2019 por questões de reestruturação, com uma operação semanal, às segundas-feiras, para já até final de outubro. No inverno não deverá operar, pois o fluxo nos dois lados não compensa, mas promete voltar à capital portuguesa na próxima temporada de verão, isto se conseguir renovar o slot.

Para assinalar este regresso, o embaixador tunisino em Portugal, Naoufel Hdia, reuniu em Lisboa os responsáveis da Tunisair que vieram ao nosso país de propósito, os principais operadores turísticos que operam para aquele destino, Francisco Vieira Pita, chief commercial officer da ANA Aeroportos, e Leila Tekaia, delegada do Turismo da Tunísia em Portugal, Espanha e França. Refira-se que a companhia aérea começou a operar para o nosso país nos inícios dos anos 90.

Na ocasião, o diplomata tunisino considerou que acredita no sucesso do regresso da Tunisair a Portugal, o que, seguramente, em sua opinião, irá permitir aumentar o fluxo de turistas portugueses para aquele destino, que o ano passado foram de cerca de 40 mil. No ano de todos os recordes, visitaram a Tunísia 50 mil portugueses. “É graças aos vossos esforços, amigos da Tunísia, que poderemos melhorar estes números, porque há muito potencial a desenvolver. Podemos fazer muito mais”, acentuou, para realçar que o seu país oferece a quem o visita, tudo o que procura, acima de tudo, hospitalidade, um excelente serviço hoteleiro, circuitos culturais e animação.

Naoufel Hdia disse ainda que os portugueses têm ainda muito para descobrir na Tunísia, para além do produto sol e mar como Djerba, Sousse, Monastir e Hammamet, tendo realçado a riqueza da zona sul do país, no deserto do Sahara, ainda pouco explorado.

O embaixador demonstrou-se disponível para discutir com todos os operadores turísticos que operam em Portugal “para nos ajudarem a fazer melhor e melhor preparar o destino”.

O Deputy Chief Executive Officer da Tunisair, Moez Bem Rejeb, que acompanhou o primeiro voo a Lisboa, neste regresso muito aclamado, espera retomar uma atividade mais sólida do que o passado. Os resultados do fluxo de turistas portugueses para a Tunísia, disse que são encorajadores, mas está seguro que serão aumentados, a curto prazo, com mais esta oferta entre Portugal e Tunes. Por outro lado, lembra que com esta operação os tunisinos terão igualmente a oportunidade de ser turistas em Portugal. A companhia aérea, apesar de à distância, terá uma representante para Portugal e Espanha, na pessoa de Amina Ben Ammar.

Por sua vez, Leila Tekaia anunciou que este regresso da Tunisair ao nosso país, em voo direto, será acompanhado, em data ainda não revelado, por uma campanha institucional do destino Tunísia em Portugal, “vamos ter imagem, mensagem e uma ação virada para o cliente”.

Sobre o autorCarolina Morgado

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