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“Se tivermos uma oferta organizada, as pessoas têm motivo para ficar mais tempo no Porto”

A nova estratégia para o Turismo da Câmara Municipal do Porto foi o mote para uma conversa com Catarina Santos Cunha, vereadora de Turismo da autarquia, que explicou ao Publituris os pormenores e objetivos deste plano, que visa a descentralização e a qualificação da oferta da cidade. Além da nova estratégia, a conversa abordou também o crescimento do turismo, as novas ligações aéreas e os desafios do Alojamento Local (AL).

Inês de Matos
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“Se tivermos uma oferta organizada, as pessoas têm motivo para ficar mais tempo no Porto”

A nova estratégia para o Turismo da Câmara Municipal do Porto foi o mote para uma conversa com Catarina Santos Cunha, vereadora de Turismo da autarquia, que explicou ao Publituris os pormenores e objetivos deste plano, que visa a descentralização e a qualificação da oferta da cidade. Além da nova estratégia, a conversa abordou também o crescimento do turismo, as novas ligações aéreas e os desafios do Alojamento Local (AL).

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Foi a necessidade de ‘arrumar a casa’ que levou a autarquia portuense a lançar, em setembro de 2022, o plano “Visão de Futuro para a Sustentabilidade do Destino Porto” para reposicionar o Porto enquanto destino turístico, descentralizando os visitantes do centro histórico para os bairros portuenses, além de qualificar e organizar a oferta da cidade.

Em entrevista ao Publituris, Catarina Santos Cunha, vereadora do Turismo da Câmara Municipal do Porto, explica os objetivos e ações incluídas neste plano, que contempla ações de formação e a atribuição de um selo de qualidade para unidades de alojamento, walking tours e circuitos motorizados, entre outras atividades ainda em estudo.

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Além do plano, a responsável fala do crescimento turístico, das expectativas para o verão, dos receios do Alojamento Local (AL) face ao programa Mais Habitação e das ligações aéreas que a cidade tem ganho, apesar da TAP continuar sem responder aos pedidos da autarquia.

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A Câmara Municipal do Porto está a redefinir a estratégia de turismo da cidade e lançou o plano “Visão de Futuro para a Sustentabilidade do Destino Porto”. Quais são os principais destaques desta estratégia e qual é o seu objetivo?
Entrei para estas funções em março de 2022 e, nessa altura, o pelouro do Turismo estava na Economia, com o meu colega Ricardo Valente. Este plano foi lançado em setembro para trazer um posicionamento de cidade a quem visita mas também a quem vive, trabalha e investe no Porto.

Quando entrei em funções, não havia uma estratégia para aquilo que queremos ser como cidade e era preciso criar uma narrativa que pudéssemos, depois, entregar à Associação de Turismo do Porto (ATP), que é quem faz a promoção. Sentíamos que andávamos à volta dos mesmos temas e áreas territoriais. O turismo mudou muito e cresceu, neste último trimestre estamos com um crescimento de 20% face a 2022 e isso é ótimo mas a verdade é que precisávamos de ‘arrumar a casa’.

Por isso, o objetivo deste plano passa por aliviar a pressão no centro histórico, que é visitado por muitos turistas, numa situação que as obras do metro vieram piorar. E não queríamos ter os residentes zangados com o turismo. Temos visto problemas graves noutras cidades, como Barcelona ou Veneza, e isso fez-nos perceber que há caminhos que podemos evitar.

Isso explica a nossa preocupação com a descentralização porque temos mais Porto para mostrar além do centro histórico. Mas o Porto não está organizado como Lisboa em bairros e quarteirões, apesar de, organicamente, esses bairros já existirem.  Na zona do Bonfim, por exemplo, há novos motivos de atração, como galerias por via da Faculdade de Belas Artes, gente nova e muitos expatriados. Estamos a fazer um estudo de levantamento do conteúdo para pegar no que já existe e, dessa forma, contar os bairros do Porto, criando uma estratégia de comunicação.

Isto, deverá levar também ao aumento da estadia média, porque se tivermos um Porto da Ribeira e do Centro Histórico, as pessoas ficam um fim de semana mas, se tivermos uma oferta organizada, as pessoas têm motivo para ficar mais tempo no Porto.

Esses atrativos não se criam por decreto. O Porto já tem atrativos que permitam espalhar o turismo por toda a cidade, além do centro histórico?
Estamos a fazer essa leitura para, depois, a comunicarmos juntamente com as comunidades que habitam nessas zonas. De alguma forma, aquilo que estamos a fazer é também para criar esses atrativos, apesar de já existir quem venha ao Porto com o intuito de visitar os bairros. Por isso, também será interessante perceber como é que esses turistas chegaram ali e o que é que efetivamente procuram.

Isto tem de ser feito de uma forma sustentada e estratégica, para que seja possível comunicar o que é o ADN do Bonfim, o ADN de Bombarda, ou o que é a Foz e a Zona Ribeirinha, por exemplo.

Efetivamente, as pessoas já se estão a deslocar para outras zonas da cidade mas a oferta não está organizada. Se fizermos isso, o Porto tem motivos para que as pessoas fiquem vários dias na cidade.

É um trabalho que leva tempo, não se faz num mandato, mas espero que possamos deixar trabalho feito para que quem vier a seguir pegue neste trabalho, que é extremamente relevante porque estamos a casar isto com a política do AL, que prevê zonas de pressão e de crescimento sustentado.

Percebe-se que há, de facto, uma preocupação com o evitar o excesso de turismo. Já havia algumas manifestações nesse sentido na cidade?
Acho que não, esta guerra também é uma questão ideológica. Faz parte da narrativa de determinados partidos e, com isto, não quero dizer que não temos problemas, mas não estamos tão mal quanto isso.

Há pouco, estive no Bulhão e uma das peixeiras dizia-me que isto dos hostels é tão bom porque os turistas vão ao mercado comprar o peixe para cozinharem nos apartamentos. Portanto, há uma dinâmica que acaba por ser muito positiva, apesar de algumas situações que possam acontecer.

Este plano inclui também o lançamento do selo de qualidade ‘Confiança Porto’. Em que fase está a atribuição deste selo e qual é a sua importância para o destino?
O selo ‘Confiança Porto’ vem na senda do que falámos de qualificação do destino. Além da descentralização, temos também a preocupação de qualificar e trabalhar com os operadores da cidade nesse sentido.

Este selo nasceu em 2019, com o vereador Ricardo Valente, e era exclusivamente dedicado aos alojamentos turísticos, fossem hotéis, hostels ou AL. No entanto, nenhum dos selos chegou a ser entregue devido à pandemia, foi um projeto que nasceu e parou, mas que teve logo uma adesão grande, já tínhamos 20 selos para entregar.

Entretanto, fizemos um acerto no regulamento, porque não estavam contempladas questões como a economia circular e a sustentabilidade, nomeadamente o uso de produtos locais ou a forma como eram reutilizados os desperdícios nas unidades de alojamento.

É uma mais-valia do território incentivar o uso de produtos locais e esse era um dos pontos que queríamos incutir porque é algo diferenciador, mesmo para um hotel de uma cadeia internacional porque a experiência que oferece em Madrid não tem de ser igual à que oferece no Porto.

Partimos para este trabalho com um estudo que analisou as tendências do turismo e aquilo que as pessoas efetivamente procuram. Por isso, fizemos também uma alteração na parte dos recursos humanos – que é outra preocupação do setor – com o objetivo de valorizar os recursos humanos locais, as pessoas com formação em turismo e encontrar uma forma de distinguir estas práticas, num programa voluntário.

Depois do alojamento, passámos para os walking tours, porque também aqui percebemos que há narrativas absurdas e era necessário que alguém regulasse a qualidade destes circuitos. Mais recentemente, abrimos este programa aos circuitos motorizados, nomeadamente tuk-tuk e autocarros hop-on hop-off, que também contam a cidade aos turistas.

Em todas as áreas fazemos formação gratuita para qualificar e reconhecer estes operadores, principalmente aqueles que atuam em mais do que uma zona da cidade e não apenas no centro histórico.

Agora, estamos numa fase em que pretendemos dar uma robustez de reconhecimento e comunicação ao selo ‘Confiança Porto’, para que quem nos visita o perceba e reconheça e para aumentar a procura desta certificação, mostrando aos operadores que ela é uma mais-valia.

Temos visto problemas graves noutras cidades, como Barcelona ou Veneza, e isso feznos perceber que há caminhos que podemos evitar

Já foram entregues alguns selos?
Já, entregámos os 20 que já tínhamos para atribuir antes da pandemia e temos muitos outros para atribuir, devem ultrapassar os 60, até porque as inscrições esgotaram no primeiro dia.

Já promovemos 19 ações de formação e a recetividade também tem sido muito positiva, porque esgotamos as sessões sempre que abrem as inscrições. Por isso, temos também de nos prepararmos para crescer.

Este selo de qualidade é para continuar?
Queremos continuar. Na parte dos alojamentos turísticos, estamos a trabalhar com a airbnb e com a Booking para que coloquem o nosso selo na comunicação dos espaços. Isto ajudaria a que as empresas se aproximassem do programa e a passar a mensagem que a qualificação é fundamental para o posicionamento de cidade que procuramos.

O selo poderá ser alargado a outras atividades?
Sim, já conversámos com as atividades de comércio e serviços para que o selo chegue à restauração, aos bares e possamos passar à fase seguinte.

Ainda não o fizemos para dar um pouco mais de tempo para que estes que já foram lançados possam amadurecer, mas julgo que a seguir ao verão já poderemos lançar os restantes para que, no ano seguinte, já tenha mais impacto e possamos sentir que a cidade está mais qualificada.

A nova estratégia para o destino fala também na sustentabilidade, nas suas várias vertentes. O que é que o Porto vai fazer para se tornar num destino sustentável, desde logo a nível ambiental?
Temos o Pacto Porto para o Clima que nos tem colocado num envolvimento muito grande a nível ambiental e há imensas ações em toda a cidade, seja de compostagem, hortas urbanas, reutilização de resíduos. O Porto tem a ambição de atingir a neutralidade carbónica em 2030.

Por isso, estamos também a dar destaque aos nossos parques, assim como a Gaia e a Matosinhos, com quem temos uma forte ligação, assim como temos à Cidade do Vinho e à região dos Vinhos Verdes e ao Douro, onde integramos a rede das Great Wine Capitals.

A sustentabilidade também passa por esta pegada turística e é por isso que queremos trazer um melhor turismo e ter uma cidade onde todos se sintam bem. A sustentabilidade tem de ser vista como um todo.

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Está prevista alguma ação de sensibilização ou formação para promover a sustentabilidade que o Porto quer atingir?
Temos algumas iniciativas. Temos um projeto de boa vizinhança, que visa levar a comunidade local aos hotéis porque muitas vezes os residentes não entram nos hotéis e queremos mudar isso. E temos o projeto “Turismo nas Escolas”, um programa que vai às escolas explicar às crianças porque há tantas pessoas a visitar a cidade e o que é o nosso património.

Pretendemos ainda ter uma componente que explica o que são as profissões do turismo e, no fim, temos um jogo que representa as várias zonas da cidade e respetivos monumentos.

O que pretendemos é plantar a semente do turismo nas crianças para que comecem, desde novas, a ter algum contacto com a vida profissional e as profissões, tenham orgulho de mostrar o património e percebam que servir ou acolher alguém não é depreciativo.

Depois, temos o projeto “Porto Acessível” para que pessoas com menos capacidades físicas possam conhecer a cidade e o seu património. No fundo, pretendemos que a cidade possa ser usufruída por todos. O projeto está numa fase de levantamento do estado da arte e vai materializar-se em roteiros em braille, espaços adaptados e áudio-guias. É um processo muito grande, que estamos a desenvolver por etapas.

2023
Revelou que o Porto continua a crescer em termos turísticos. Que balanço faz a autarquia dos resultados dos primeiros meses de 2023?
Um balanço fantástico. Apesar do transtorno das obras do metro, está toda a gente feliz no Porto e não ouvimos críticas de que o turismo é mau.

Também temos conseguido reforçar a conetividade aérea e captámos mais 14 rotas, temos seis novas companhias aéreas a voar para o Porto mas o nosso objetivo ainda não está alcançado porque temos ligações muito interessante com a Europa mas não temos voos diretos de outros destinos. A nossa luta é, de facto, conseguir conetividade direta do continente americano, nomeadamente EUA, Canadá e Brasil, mas também da Ásia.

Continuam zangados com a TAP, que mantém poucas rotas internacionais no aeroporto do Porto?
Já nem falo da TAP, não reclamo mais e a TAP já foi clara ao explicar que a estratégia não passa pelo Porto. Portanto, temos um grupo de conetividade aérea, liderado pela CCDR-N, em que nós estamos integrados, assim como a TPNP, a Associação Comercial do Porto e recentemente recebemos o ministro João Galamba, a quem apresentámos os nossos números, não só do Turismo mas também da Economia, e pedimos apoio para criarmos um gabinete de atração de companhias aéreas, ou seja, um subsidio com valores muito razoáveis.

A conversa correu bem, agora tem de passar pelo ministro da Economia mas acredito que vamos mesmo precisar deste tipo de apoio. É um gabinete como já existe em Espanha para atrair conetividade aérea.

Estamos a falar de subsídios que permitiriam ao aeroporto ter outro tipo de poder de atração para as companhias aéreas?
Exatamente. Sabemos que temos de fazer promoção no destino e que há algumas contrapartidas que são pedidas porque as companhias aéreas não arriscam sem terem qualquer garantia e nós, como cidade, temos de dar resposta a isso. Mas penso que estamos num bom caminho, continuamos a crescer e aquilo que temos de fazer é a gestão da cidade.

A nossa luta é, de facto, conseguir conetividade direta do continente americano, nomeadamente EUA, Canadá e Brasil, mas também da Ásia

E como tem sido a reação AL do Porto ao pacote Mais Habitação, lançado pelo Governo e que traz várias limitações ao AL?
No Município do Porto, o AL está no pelouro das Atividades Económicas, mas vou dar a perspetiva do Turismo, até porque temos uma estratégia partilhada. O Porto foi pioneiro na criação de um regulamento para o AL, coisa que não existia e que começámos a trabalhar antes do lançamento do Plano Mais Habitação, até porque este plano, na área do alojamento, ainda é apenas um conjunto de intenções, mas obviamente que é assustador para a maioria das pessoas que investiu.

É terrível porque as pessoas fizeram um investimento e, ao fim de pouco tempo, as políticas mudaram.

As notícias que foram sendo conhecidas indicam que muitos proprietários colocaram os imóveis para venda. Isto também aconteceu no Porto?
Há um misto. Sentimos que as pessoas ainda estão muito confiantes no nosso trabalho, continuamos a trabalhar no regulamento, que cria zonas de contenção e esta identificação foi feita através de um estudo da Universidade Católica que permitiu perceber quais eram as zonas de maior pressão e, nessas zonas, criámos um conjunto enorme de exceções. É enorme, mas não compromete a relação entre residentes e turistas. Mas, tudo o que está relacionado com a reabilitação, está excecionado, também mudámos as transmissões de licenças em caso de morte ou divórcio, entre outras alterações, e ainda estão a decorrer sessões de esclarecimento relativamente a alguns pontos do regulamento.

Mas aquilo que temos sentido, em todas as apresentações que fizemos, é que as pessoas se sentem muito seguras com aquilo que estamos a fazer e sentem que as entendemos porque a realidade é que, há 10 anos, esta cidade era um deserto. Por isso, não podemos matar quem investiu no AL.

Portanto, não acredito que o AL vá regredir, mas poderão não existir novas licenças nas zonas de pressão que não cumpram as exceções. Depois, também estamos a tentar que os alojamentos se espalhem por outras zonas da cidade. No entanto, se o Governo disser que não há licenças de todo, que são apenas para o interior, estamos aqui para obedecer.

Já tivemos reuniões com o airbnb e com a Booking e é verdade que estão todos preocupados, mas a nossa postura é esta, tentar fazer passar o regulamento, sossegar as pessoas e mostrar o nosso apoio.

Como está o investimento na hotelaria no Porto, cidade que também tem ganho vários novos hotéis? É previsível que esse investimento continue este ano?
Neste momento, temos 81 novos licenciamentos de hotéis para construção. Não serão hotéis que vão nascer todos este ano, porque, depois, ainda há o prazo de construção, mas esse investimento continua a crescer e a maioria é hotéis de quatro e cinco estrelas, o que nos deixa confiantes de que é este o caminho que temos de seguir.

Quais são as expectativas para o resto do ano, nomeadamente para o verão?
As expectativas são boas, até porque somos uma cidade e não temos a questão da sazonalidade, estamos preocupados em atrair eventos de grande posicionamento, como o Comic Com, que voltámos agora a ter, e outros eventos de grande destaque internacional.

Por outro lado, vamos promover projetos da própria cidade e tracionais, que sejam capazes de manter a visita das pessoas ao longo de todo o ano. Mas, de facto, desde janeiro as coisas têm corrido bem.

Também temos programas e conseguimos atrair um turismo mais sénior porque somos uma cidade de cultura e arquitetura. Temos feito isso com parceiros da cidade para que isto aconteça com alguma harmonia.

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Greve no Aeroporto de Gatwick afeta voos da TAP na Páscoa

Segundo a AirAdvisor, os funcionários de assistência em terra no Aeroporto de Londres Gatwick confirmaram oficialmente uma greve entre 18 e 22 de abril, que deverá ter um forte impacto sobre a operação da TAP.

Os funcionários de assistência em terra no Aeroporto de Londres Gatwick confirmaram oficialmente uma greve entre 18 e 22 de abril, que deverá ter um forte impacto sobre a operação da TAP, uma vez que a Red Handling é a empresa que está “no centro da disputa”, sendo também a responsável por prestar os serviços terrestres essenciais à operação da companhia aérea nacional neste aeroporto da capital britânica.

De acordo com a AirAdvisor, empresa especialista na defesa dos passageiros aéreos, os “voos da TAP entre Londres Gatwick e as cidades portuguesas de Lisboa e Porto deverão sofrer perturbações significativas durante o período de greve, com cerca de 30 a 40 voos provavelmente afetados”.

“Isto poderá impactar entre 4.500 e 6.000 passageiros durante a greve de cinco dias”, acrescenta a AirAdvisor, lembrando que a greve afeta essencialmente a Red Handling, que é a empresa que fornece serviços de check-in, tratamento de bagagem e despacho de voos à TAP, no Aeroporto de Gatwick.

Anton Radchenko, CEO da AirAdvisor, alerta que esta “greve confirmada pode apanhar muitos viajantes desprevenidos devido à baixa divulgação”, aconselhando, por isso, os passageiros a começarem já a preparar-se para “minimizar o impacto nos seus planos de viagem”.

“Gatwick é um importante centro para os viajantes portugueses que chegam e partem do Reino Unido, especialmente durante o fim de semana da Páscoa, quando muitas pessoas viajam para visitar familiares ou fazer pequenas pausas. Esta greve, se não for gerida adequadamente pelas companhias aéreas, pode causar sérios transtornos aos passageiros de ambos os lados”, afirma o responsável.

Por isso, o CEO da Air Advisor aconselha os passageiros com voos nessas datas a consultarem antecipadamente o estado das suas ligações, chegando ao aeroporto com a maior antecedência possível, sendo ainda prudente possuir “um plano flexível para o caso de atrasos ou cancelamentos”.

“As companhias aéreas são responsáveis ​​por garantir que os seus passageiros são atendidos durante interrupções — mesmo quando a causa é de terceiros”, acrescenta Radchenko, lembrando que, se um voo for cancelado ou sofrer um atraso significativo, “a companhia aérea deverá oferecer atempadamente a remarcação, refeições ou alojamento em hotel, quando necessário”.

Em caso de greve, acrescenta o responsável, “é altamente improvável que haja indemnização”, ainda que os passageiros tenham “direito a reembolso ou remarcação, bem como a assistência”.

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Iberia retoma voos para Washington D.C. com aviões A321XLR

A Iberia explica que a utilização deste avião, que tem “fuselagem estreita mas é capaz de atravessar o Atlântico”, permite o aumento de quatro para seis voos por semana até agosto, passando a rota a contar com voos diários em setembro e outubro.

A Iberia retoma este sábado, 12 de abril, os voos para Washington D.C., capital dos EUA, numa operação que arranca com seis voos por semana e que, mais tarde, passa a voos diários, e que vai decorrer ao longo de todo o ano, em aviões B321XLR.

Num comunicado enviado à imprensa, a Iberia explica que a utilização deste avião, que tem “fuselagem estreita mas é capaz de atravessar o Atlântico”, permite o aumento de quatro para seis voos por semana até agosto, passando a rota a contar com voos diários em setembro e outubro.

Os voos da Iberia têm partida prevista do Aeroporto Aldolfo Suárez Madrid-Barajas, na capital espanhola, pelas 11h50, chegando ao Aeroporto Internacional Washington-Dulle pelas 15h00.

Na informação divulgada, a Iberia realça que a capital norte-americana se torna no seu segundo destino nos EUA servido com o avião A321XLR, depois dos voos para Boston, que também estão a ser realizados com este aparelho.

“A incorporação do novo A321XLR nos próximos meses reforçará a aposta da Iberia nos Estados Unidos, país com maior número de destinos na rede intercontinental da companhia aérea”, realça a transportadora espanhola do Grupo IAG.

Este verão, a Iberia vai disponibilizar 1,1 milhões de assentos e operar 140 voos semanais entre Espanha e os EUA, número que representa um aumento de 14% face ao verão de 2024.

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Especialistas na defesa dos passageiros preveem mais procura e mais perturbações no verão

Depois de 2024 ter ditado o crescimento do tráfego aéreo em Portugal, que recebeu cerca de 69 milhões de passageiros, as empresas de defesa dos direitos dos passageiros aéreos estimam que o próximo verão volte a ficar marcados por novos aumentos de tráfego, que deverão voltar a ser acompanhados por várias perturbações, fruto da capacidade esgotada dos aeroportos nacionais e de novas greves, entre outros desafios que devem marcar a época alta da aviação em 2025.

No verão do ano passado, cerca de 39% dos passageiros que passaram pelos aeroportos nacionais experimentaram algum tipo de perturbação nos seus voos, numa tendência que se mantém há alguns anos e que, segundo as empresas de defesa dos direitos dos passageiros aéreos, se deverá voltar a manifestar também este verão, até porque Portugal é cada vez mais visto como um destino turístico de referência, o que tem levado a um aumento da procura de voos para o país e do número de passageiros aéreos que Portugal recebe.

“Naturalmente, na AirHelp não conseguimos prever o que vai acontecer no futuro, mas se o verão passado servir de exemplo, podemos antecipar algumas tendências que poderão ocorrer. Em primeiro lugar, esperamos um aumento da procura de voos, uma vez que Portugal continua a revelar-se um destino de viagem cada vez mais popular, especialmente cidades como Lisboa e Porto”, começa por dizer ao Publituris a AirHelp, confirmando que a sua base de dados mostra que “um número crescente de passageiros tem voado para Portugal”.

E 2025 não deverá ser diferente, uma vez que, acrescenta a AirHelp, “com um crescente número de companhias aéreas europeias e de longo curso a aumentar o número de rotas e voos para Portugal”, a previsão é que exista “um desenvolvimento das rotas internacionais, com as companhias a adaptarem-se à procura por parte de turistas e de viajantes de negócios”.

Opinião idêntica manifesta o advogado Anton Radchenko, CEO da AirAdvisor, que lembra que, em 2024, Portugal foi o “9.º maior mercado aéreo da Europa” e registou um crescimento de 12% no turismo internacional, números que o levam a mostrar-se convicto de que “o próximo verão deverá voltar a bater recordes”, uma vez que “as operações aéreas em Portugal vão certamente continuar a aumentar este verão, e os aeroportos já estão a preparar-se”. “A AirAdvisor prevê um crescimento do tráfego aéreo, com aumento médio de 3,7% nos voos para 2025, atingindo os 11,1 milhões de voos”, refere o responsável, que lembra que o Aeroporto de Lisboa tem em curso “um projeto de expansão de 233 milhões de euros, enquanto a Horta e Ponta Delgada estão a fazer atualizações nos seus terminais” de forma a lidar com os aumentos de procura esperados.

Novos recordes, os mesmos problemas

O aumento do tráfego aéreo tem levado, segundo a AirHelp, ao aumento também das perturbações nos voos, às quais Portugal não é exceção. “No verão de 2024 assistimos em toda a Europa ao pico em termos de perturbações nos voos. Portugal não foi exceção neste contexto, com greves do controlo de tráfego aéreo a causarem perturbações em julho e agosto, bem como greves do pessoal de assistência em terra e das companhias aéreas”, indica a empresa ao Publituris, sublinhando que os meses de “julho e agosto de 2024 registaram alguns dos números mais elevados de passageiros com perturbações”.

Por isso, a empresa de defesa dos direitos dos passageiros aéreos considera que, “atendendo ao que se tem passado nos últimos anos no verão, é expectável que existam perturbações” também nesta época alta. “À medida que mais pessoas viajam para Portugal, os seus aeroportos e sistemas vão ficando cada vez mais sobrecarregados, o que pode levar a uma intensificação dos conflitos laborais dos trabalhadores da aviação sobre as condições de trabalho, o que pode então levar a perturbações nos voos ali operados”, refere a AirHelp, lembrando que, de julho a setembro de 2023, 37% dos passageiros que passaram pelos aeroportos nacionais enfrentaram perturbações, percentagem que subiu para 39% no verão do ano passado e que, segundo a AirHelp, demonstra “uma tendência para um aumento de ano para ano”.

Anton Radchenko concorda e, apesar de reconhecer que os aeroportos mais movimentados estão “a fazer melhorias antes da época de alta temporada”, defende que estas infraestruturas “ainda têm um caminho desafiante pela frente”, até porque Lisboa não deverá ver a sua capacidade aumentada antes de 2027, esperando-se, por isso, que “este verão provavelmente veja a mesma sobrelotação do verão passado”.

Ainda assim, o responsável lembra que até “houve menos atrasos e cancelamentos no ano passado em comparação com o ano anterior”, pelo que também esta tendência se deverá manter em 2025. “As interrupções de voos caíram de 38% para 36,4% no verão passado, pelo que esperamos que esta tendência se mantenha”, indica Anton Radchenko, prevendo um aumento moderado de 3% nas interrupções de voos em Portugal em 2025 por culpa de desafios como “os problemas operacionais das companhias aéreas, as possíveis greves e o aumento do tráfego aéreo”.

Oportunidades à vista, apesar dos desafios

O certo é que ambas as empresas de defesa dos direitos dos passageiros aéreos preveem que 2025 traga vários desafios aos aeroportos nacionais, a par de algumas oportunidades.

No caso da AirHelp, a previsão indica que, este verão, “embora a procura de voos continue a aumentar, existem alguns estrangulamentos que o setor da aviação português poderá enfrentar”, a começar pelo facto do “Aeroporto Humberto Delgado estar a funcionar quase na sua capacidade máxima, especialmente durante os meses de verão”. “Recebe atualmente um número de passageiros muito superior ao que foi inicialmente projetado, o que provoca constrangimentos no check-in, na segurança e na recolha de bagagens”, denuncia a AirHelp, que fala também num “número crescente de greves laborais e de questões relacionadas com o pessoal”, que podem “causar perturbações quando se trata de viajar para ou a partir de Portugal”.

Além disso, a AirHelp alerta que, “dado que o setor da aviação ainda está a recuperar da escassez de pessoal provocada pela pandemia de Covid-19, algumas companhias aéreas e aeroportos poderão continuar a enfrentar problemas no recrutamento e retenção de pessoal qualificado, o que tem impacto para os passageiros aéreos”.

Preocupado com os desafios que podem levar a perturbações está ainda Anton Radchenko, que considera que “as questões relacionadas à capacidade em Faro e Lisboa continuarão a ser problemáticas”, existindo ainda “outras preocupações que podem tornar o verão particularmente desafiante para a aviação comercial”, a exemplo dos “problemas da cadeia de abastecimento que têm sido um problema crescente desde há algum tempo”, assim como do “afastamento das metas climáticas de 2050”, o que tem vindo a ser provocado pela “crescente procura de viagens aéreas e crescimento subsequente da indústria da aviação em geral”.

No entanto e apesar dos desafios, também há oportunidades, sendo que tanto a AirHelp como a AirAdvisor são perentórias em afirmar que Portugal pode tornar-se numa referência no que diz respeito à sustentabilidade ambiental na aviação, com destaque o SAF – Combustível Sustentável para a Aviação.

No caso da AirHelp, a empresa destaca que Portugal pode tornar-se numa referência quanto à sustentabilidade “devido ao crescimento contínuo no setor do turismo, bem como à expansão da conectividade regional e doméstica”. “À medida que a sustentabilidade se torna uma prioridade a nível mundial, o setor da aviação em Portugal pode aproveitar o momento para liderar as práticas de aviação mais ecológica. Os investimentos em aeronaves mais eficientes e sustentáveis, a implementação de programas de compensação de carbono e os Combustíveis de Aviação Sustentáveis ​​​​(SAF) podem melhorar a imagem de Portugal como líder no turismo e na aviação sustentáveis”, explica a AirHelp ao Publituris.

Por parte da AirAdvisor, a perspectiva é semelhante, com Anton Radchenko a considerar que “há grandes oportunidades para o mercado português da aviação no próximo ano”, com destaque para a produção de SAF, “que pode posicionar Portugal como líder do setor, especialmente devido à alocação governamental de 40 milhões de euros destinada a ajudar na descarbonização”.

 

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Marrocos soma 4M de turistas internacionais no 1.º trimestre de 2025

Nos três primeiros meses do ano, Marrocos recebeu um total de quatro milhões de turistas internacionais, número que representa um novo recorde para o país e que traduz um crescimento de 22% face ao mesmo período de 2024.

2025 começou da melhor forma para o setor turístico marroquino, já que o país recebeu, nos três primeiros meses do ano, um total de quatro milhões de turistas internacionais, número que representa um novo recorde para o país e que traduz um crescimento de 22% face ao mesmo período de 2024.

De acordo com informação divulgada pela imprensa marroquina, que cita o Ministério do Turismo, Artesanato e Economia de Marrocos, o número total inclui 2,1 milhões de turistas internacionais e 1,9 milhões de marroquinos que vivem no estrangeiro e que visitaram o país de origem nos primeiro meses de 2025.

A diversidade da oferta marroquina é, segundo a imprensa do país, a principal razão apontada para o crescimento registado no primeiro trimestre, contribuindo para afirmar Marrocos como um destino para visitar ao longo de todo o ano.

O destaque vai para o mês de março que, apesar do Ramadão, viu chegar a Marrocos perto de 1,4 milhões de turistas provenientes do estrangeiro, o que traduz um crescimento de 17% comparativamente a março de 2024.

“Estes resultados evidenciam a significativa transformação da oferta turística de Marrocos. O setor adaptou-se com sucesso às diferentes expectativas dos viajantes”, considera Fatim-Zahra Ammor, ministra do Turismo de Marrocos.

Os resultados do primeiro trimestre contribuem para que Marrocos estabeleça objetivos ambiciosos para 2025 e para o futuro, uma vez que o país se quer afirmar com um dos destinos de destaque do Mediterrâneo e vai ser palco, conjuntamente com Espanha e Portugal, do Mundial de Futebol de 2030.

 

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Brasil volta a exigir visto para turistas dos EUA, Canadá e Austrália

A medida entrou em vigor esta quinta-feira, 10 de abril, devido à falta de reciprocidade destes três países e prevê que, a partir de agora, os turistas americanos, canadianos e australianos tenham de realizar um pedido online e pagar uma taxa de 80,90 dólares (72,29 euros) para entrar no Brasil.

O Brasil voltou a exigir visto para que os turistas dos EUA, Canadá e Austrália possam visitar o país, numa medida que reverte a decisão de 2019, do ex-Presidente Jair Bolsonaro, e que de deve à falta de reciprocidade destes três países, que continuam a exigir visto aos turistas brasileiros.

O decreto entrou em vigor na passada quinta-feira, 10 de abril, e prevê que, a partir de agora, os turistas americanos, canadianos e australianos tenham de realizar um pedido online e pagar uma taxa de 80,90 dólares (72,29 euros) para poderem entrar no Brasil.

De acordo com a Lusa, a decisão de reverter a anterior exceção deve-se à falta de reciprocidade dos três países e já tinha sido anunciada em maio de 2023, apesar de, em setembro do mesmo ano, o ministro das Relações Exteriores do país, Mauro Vieira, ter dito que o Brasil estava disposto a negociar a isenção de visto com os países envolvidos dentro de um conceito de reciprocidade.

“Ou seja, ao país que aceitar que os brasileiros viajem sem visto físico, daremos a mesma vantagem”, disse, na altura, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira.

A Lusa recorda que o Japão também constava nessa lista, mas firmou um acordo com o Brasil em 2023, pelo que os cidadãos de ambos os países deixaram de ter que apresentar vistos de entrada em viagens de curta duração.

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Enoturismo

Quinta Nova celebra 20 anos de enoturismo com “Sabores com História”

“A Cidade e as Serras”, “Os Maias” ou “Uma Campanha Alegre” são o mote para um menu exclusivo, disponível no período da Páscoa, onde o chef André Carvalho reinterpreta as referências gastronómicas da prosa de Eça de Queiroz. A iniciativa dá arranque às 20 celebrações a propósito dos 20 anos da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo enquanto primeiro enoturismo do Douro.

As vinhas centenárias, o cenário idílico de uma primavera em flor e o rico receituário descrito em diversas obras de Eça de Queiroz serviram de inspiração ao chef André Carvalho para a criação de um menu temático e de edição limitada, disponível entre os dias 18 e 30 de abril.

O novo menu serve de arranque a um conjunto de 20 iniciativas previstas acontecer em 2025, de maneira a assinalar as duas décadas do primeiro projeto de enoturismo com hotel vínico do Douro, alojado na centenária Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo e de portas abertas desde 2005.

Também no ano em que se comemoram os 180 anos do nascimento de Eça de Queiroz, o Terraçu’s Winery Restaurant desafia os mais curiosos a uma experiência sazonal, uma viagem gastronómica pelos sabores mais genuínos do autor de “A Cidade e as Serras”, onde se celebram as maravilhas destas “vinhas que se vão espraiando em socalcos” e do deslumbramento de Jacinto pela comida autêntica e deliciosa, mas também pela “grandeza do Douro e da vinha, a serra … a descoberta da Natureza”.

A inspiração de Eça não se prende apenas na experiência gastronómica, e encontra razão de ser na paisagem envolvente. A Winery House, casa senhorial composta por 11 quartos com o selo da Relais & Châteaux, surpreende pelo ambiente de exclusividade que proporciona, todo ele envolvido pela natureza, tendo apenas paralelo com as palavras de Eça no livro “A Cidade e as Serras”: “A paisagem deslumbrante, os vales lindíssimos, as quedas de água, os pomares, as flores, tudo aquilo que há naquele bendito monte”.

O menu disponível no Terraçu’s, desenhado pelo chef André Carvalho, à frente do restaurante desde 2018, tem um preço de 135 euros por pessoa (com harmonização incluída) e procura dar vida às memórias de um receituário genuíno.

 

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Pestana Blue Alvor
Alojamento

Pestana Hotel Group regista receitas de 651,5M€ em 2024

O valor de receitas consolidadas registadas em 2024 pelo Pestana Hotel Group representa um aumento de 17% face a 2023. A hotelaria representou 65% das receitas totais do grupo, seguida pela área de negócio imobiliário, sob a marca Pestana Residences, que contribuiu com cerca de 19%.

O Pestana Hotel Group auferiu 651,5 milhões de euros em receitas consolidadas no ano passado. O valor representa um aumento de 17% nas receitas face a 2023, bem como um crescimento de 33% nos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA).

O setor da hotelaria representou cerca de 65% das receitas totais do grupo, seguido pela área de negócio imobiliário, sob a marca Pestana Residences, que contribuiu com cerca de 19% para as receitas de 2024.

Outras atividades, como o Pestana Vacation Club, o golfe e a Empresa de Cervejas da Madeira representaram 16% da receita da empresa.

A valorização do capital humano foi uma das apostas do grupo em 2024, que indica ter distribuído, em em média, dois salários extra por colaborador, além de ter procedido a uma atualização salarial média de 9% nas remunerações base.

Na área das remodelações, em 2024 o grupo pricedeu à modernização e renovação de unidades como o Pestana Blue Alvor Beach, o Pestana Orlando Suites – Lake Buena Vista e da Quinta Perestrello, no Funchal. Foi ainda desenvolvido um conjunto de projetos na área imobiliária sob a marca Pestana Residences, com o grupo a destacar a conclusão do empreendimento Madeira Acqua Residences.

Já no âmbito da transformação digital, o Pestana Hotel Group investiu 10 milhões de euros para renovar todo o sistema de front-office dos hotéis e do website pestana.com.

O grupo refere ainda manter-se comprometido com a redução de 37% das emissões de carbono até 2030, considerando 2019 como ano base.

Até 2023, na área da hotelaria, o grupo refere ter reduzido em 25% as emissões de âmbito 1 e 2, fruto de um investimento acumulado de 16 milhões de euros em projetos de eficiência energética e hídrica. Estes incluíram a instalação de painéis fotovoltaicos e projetos de redução de consumo de água por recurso a fontes alternativas ou circularidade, incluindo a utilização de uma dessalinizadora do Alvor e a reutilização de águas residuais para rega de campos de golfe no Algarve.

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Aviação

Transavia France anuncia recrutamento para a área digital

A Transavia France vai recrutar 20 colaboradores em 2025, incluindo cargos de Business Analysts, Enterprise e Domain Architects, Engenheiros de Cibersegurança, Team Leaders/Engenheiros de Sistemas e Redes, Product Owners, Data Engineers, Cloud Integration Engineers e outros perfis. 

A Transavia France abriu 20 vagas para reforçar as suas equipas de Tecnologias de Informação (TI) no ano de 2025, recrutamento que, segundo a companhia aérea low cost do Grupo Air France – KLM, visa apoiar o crescimento de 19% que a transportadora espera para este ano.

“Para sustentar o seu crescimento de 19% este ano, a Transavia France está a desenvolver um conjunto de projetos estruturantes de TI para melhorar o seu desempenho e a eficiência das suas operações”, lê-se num comunicado da companhia aérea.

Sébastien Lemaire, diretor de Sistemas de Informação da Transavia France, explica que as “equipas de TI desempenham um papel fundamental na implementação destes projetos” que pretendem melhorar as operações da transportadora.

“É por isso que estamos a lançar um ambicioso programa de recrutamento em diversas áreas de TI para permitir o desenvolvimento de projetos inovadores ao serviço de uma experiência cada vez mais fluida e inovadora para os clientes e os colaboradores”, acrescenta.

Os projetos de TI atualmente em desenvolvimento na Transavia France dizem respeito a todas as operações da companhia e passam, nomeadamente, pela “integração de uma nova ferramenta de gestão de Operações, destinada às suas tripulações e equipas operacionais”, mas também pela “modernização dos sistemas de reservas e da jornada do passageiro” e ainda pela “integração de modelos preditivos e tarifas dinâmicas utilizando a IA e a aprendizagem automática (machine learning), para otimizar as decisões comerciais e melhorar a taxa de ocupação dos voos”.

Previsto está ainda o “desenvolvimento de aplicações os dispositivos móveis de melhoria da gestão diária do negócio”, concretamente em terra com “a implementação de terminais móveis para os agentes”, o que “vai permitir a introdução digital de informações operacionais importantes, com o objetivo de melhorar a pontualidade”, mas também a bordo, já que  a Transavia continua a desenvolver as suas ferramentas de eco-pilotagem para reduzir as suas emissões de CO2.

A Transavia France diz que tem vindo a integrar a IA em “diversos domínios para melhorar a eficácia interna e a experiência do cliente”, a exemplo da ferramenta GitHub Copilot, que é destinada aos Data Engineers para “facilitar o desenvolvimento informático, nomeadamente através de conselhos de desenvolvimento e uma revisão de código assistida pela IA”.

“Já este mês, a Transavia France está a introduzir uma IA generativa interna, que vai ajudar a otimizar a gestão de projetos e a comunicação”, acrescenta a informação divulgada.

De forma a dar resposta a estes projetos, a Transavia France vai recrutar 20 novos colaboradores em 2025, incluindo cargos de Business Analysts, Enterprise e Domain Architects, Engenheiros de Cibersegurança, Team Leaders / Engenheiros de Sistemas e Redes, Product Owners, Data Engineers, Cloud Integration Engineers e outros perfis.

Mais informações sobre as vagas disponíveis aqui.

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Embratur lança programa Novas Rotas para impulsionar turismo internacional

A Embratur lança o programa Novas Rotas, iniciativa inédita voltada para a internacionalização de destinos turísticos brasileiros ainda fora dos roteiros tradicionais, através da capacitação de profissionais do setor e da valorização de experiências sustentáveis e autênticas.

O programa pretende promover o desenvolvimento de regiões próximas a destinos já consolidados no mercado internacional, incentivando a criação de roteiros temáticos e prolongando a permanência do turista estrangeiro no Brasil. A proposta é fortalecer a cadeia produtiva do turismo, ampliar o consumo local, gerar emprego e distribuir melhor o fluxo de visitantes pelo território nacional.

O lançamento oficial marca o início de uma série de ações em todo o país, incluindo ações de formação em sustentabilidade, dados e inovação, voltados para gestores públicos, empresários, operadores de turismo e demais atores do setor. O programa também prevê a criação de uma plataforma online de ensino à distância, além de incluir os destinos emergentes nas ferramentas de promoção internacional da Embratur, de acordo com a maturidade e perfil de cada localidade.

Num primeiro momento o programa centra-se no estado do Rio de Janeiro, em que cada região será dividida em polos. Serão criados o Polo Costa Verde, com Angra dos Reis, Itaguaí, Mangaratiba, Paraty e Rio Claro; o Polo Agulhas Negras/Vale do Café, com Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio das Flores, Valença e Volta Redonda; e o Polo Centro Sul, com Areal, Levy Gasparyan, Paulo de Frontin, Miguel Pereira, Mendes, Paracambi, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Sapucaia, Três Rios e Vassouras.

A iniciativa conta com a colaboração de secretarias estaduais e municipais de turismo, operadores regionais, observatórios turísticos e outros parceiros estratégicos, formando uma ampla rede de cooperação nacional.

“A ideia é mostrar ao mundo que o Brasil é muito mais do que os seus cartões-postais tradicionais. Queremos revelar novas paisagens, culturas e experiências, de forma sustentável, inteligente e inovadora”, afirma o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, que considera este “um passo importante para descentralizar o turismo internacional e gerar desenvolvimento em todas as regiões do país”.

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Qatar Airways alarga instalação da Starlink aos aviões A350

A Qatar Airways anunciou está a poucos aviões de concluir a instalação do sistema Wi-Fi da Starlink nos seus aviões B777 e revelou que, ainda este mês, este sistema vai começar também a ser instalado nos aparelhos A350.

A Qatar Airways anunciou está a poucos aviões de concluir a instalação do sistema Wi-Fi da Starlink nos seus aviões B777 e revelou que, ainda este mês, este sistema vai começar também a ser instalado nos aparelhos A350.

Com o alargamento da instalação do serviço de internet Wi-Fi da Starlink, a Qatar Airways torna-se na “primeira companhia aérea do mundo a oferecer esta ligação de ponta aos passageiros a bordo do modelo de aeronave Airbus A350”.

“Esta expansão surge na sequência do sucesso da companhia aérea com o Boeing 777 e permitirá a um número ainda maior de passageiros desfrutar de Wi-Fi ultrarrápido e gratuito para fazer streaming, jogar e trabalhar sem interrupções a 35 000 pés de altitude”, explica a Qatar Airways, num comunicado enviado à imprensa.

Segundo Badr Mohammed Al-Meer, CEO do Grupo Qatar Airways, a instalação da Starlink nos aparelhos A350 representa “mais um passo” no percurso da companhia aérea para “redefinir a experiência de ligação à internet durante o voo”.

“Reafirmamos os nossos esforços contínuos para melhorar a nossa experiência WiFi a bordo, assegurando aos passageiros um maior conforto, comodidade e serviço”, congratula-se o responsável.

Atualmente, a Qatar Airways conta já com mais de 80% da sua frota de Boeing 777 equipada com Starlink, tendo operado já mais de seis mil voos com a internet Wi-Fi Starlink disponível para os passageiros.

“Sendo um avião de última geração operado em muitas das rotas mais estratégicas da Qatar Airways, a atualização do Airbus A350 reflete o investimento contínuo da companhia aérea na melhoria da experiência dos passageiros em cada viagem”, refere ainda a companhia aérea de bandeira do Qatar.

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