Casa 1923 volta a ganhar vida no coração de Faro
A Casa 1923, no coração de Faro (Algarve) volta a abrir portas, 100 anos depois da sua construção, agora renovada, com novas valências, mas fiel ao desenho original, aos materiais e aos elementos decorativos da época.

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Vânia Brito Fernandes, algarvia, arquiteta, quis fazer desta a sua morada, consciente do desafio que seria a recuperação do edifício raro na cidade de Faro, de estilo Arte Nova, com elementos decorativos Art Déco. Assim, a PAr – Plataforma de Arquitectura, a qual a proprietária integra, assinou o projeto de renovação e ampliação do edifício sem comprometer a sua identidade e com recurso aos materiais tradicionais da região.
Manteve-se a volumetria do edifício e a distribuição, a partir de um corredor central, a espinha dorsal da casa, tal como na planta original. No piso térreo, surge a casa nuclear, constituída por cozinha equipada, salas de estar e de jantar e dois estúdios (T0 e T1). No pátio, preservou-se o poço e plantou-se uma horta. No piso superior, contam-se mais dois quartos e uma assoalhada comum, transformada numa cozinha e sala polivalente (T2). É aí que está instalada a piscina, no mesmo local onde, outrora, foi o tanque da Horta do Colégio dos Jesuítas.
A paleta de cores respeitou as tonalidades originais dos interiores, em rosa velho, branco e com apontamentos preto e bordeaux. A decoração é minimalista e acolhedora e sobressai o mobiliário desenhado pela PAr, assim como a iluminação, que contrastam com os elementos de época reconstituídos, como as portas e janelas, as serralharias trabalhadas com desenhos orgânicos, os vitrais, os frisos e florões em gesso, a escaiola nas paredes, os azulejos com motivos geométricos ou florais, os ladrilhos hidráulicos, o mármore com veios rosados, as ferragens de latão. No isolamento, recorreu-se à cortiça. Não faltam comodidades, como o ar condicionado, televisão e wifi.
A Casa 1923 ganhou versatilidade, os ambientes adaptam-se às necessidades da vida quotidiana ou do trabalho. O aproveitamento dos materiais – azulejos, pedras, madeiras – e o recurso aos fornecedores e artesão locais são determinantes para a sustentabilidade do projeto.