Acordo “ReFuel EU” é um passo em frente para permitir o SAF na aviação europeia
A partir de 2025, pelo menos 2% dos combustíveis de aviação devem ser sustentáveis, aumentando essa parcela a cada cinco anos: 6% em 2030, 20% em 2035, 34% em 2040, 42% em 2045 e 70% em 2050. A Airlines for Europe (A4E) diz que agora é tempo de os decisores políticos se voltarem para o desenvolvimento de uma indústria SAF.

Victor Jorge
Top Atlântico tem novas lojas
Os 5 melhores locais para mergulho em Portugal para promover o turismo de mergulho
Small Portuguese Hotels integra mais três hotéis
CLIA foi ao Parlamento dar a conhecer medidas de sustentabilidade dos cruzeiros
Governo aprova redução de 30% nas portagens eletrónicas no interior e onde não há alternativas
Coimbra vai criar mais de 200kms de ciclovias
Embratur e TAP em parceria para ampliar conectividade para o Brasil
Feira “Grandes Escolhas Vinhos & Sabores” está de volta à FIL com aposta no enoturismo
LAM liga Joanesburgo ao destino turístico de Inhambane
CTI entrega avaliação de curto prazo da atual infraestrutura do aeroporto Humberto Delgado ao Governo
Os dados já tinham sido lançados: a partir de 2025, pelo menos 2% dos combustíveis de aviação devem ser sustentáveis, aumentando essa parcela a cada cinco anos: 6% em 2030, 20% em 2035, 34% em 2040, 42% em 2045 e 70% em 2050. Além disso, uma proporção específica do mix de combustíveis (1,2% em 2030, 2% em 2032, 5% em 2035, atingindo progressivamente 35% em 2050) deve incluir combustíveis sintéticos como o e-querosene.
Para a Airlines for Europe (A4E), os decisores políticos da União Europeia (UE) devem agora “voltar sua atenção para garantir que a Europa desenvolva uma indústria SAF forte que possa fornecer combustível sustentável suficiente para as companhias aéreas cumprirem os mandatos acordados durante as negociações da ReFuel EU.
A adoção generalizada do SAF (Sustainable Aviation Fuel) é um componente crítico do roteiro da aviação europeia para alcançar o net zero, salientando os responsáveis da A4E que “os decisores políticos da UE precisam “investir os seus esforços na construção da indústria SAF da Europa da mesma forma que estão a apoiar outras tecnologias sustentáveis”.
O diretor administrativo interino da A4E, Laurent Donceel, admite que “o SAF é a pedra angular para trazer a aviação para as emissões de carbono Net Zero. Este acordo oferece segurança tanto para a indústria SAF como para as companhias aéreas, enquanto trabalhamos para a primeira meta de 2% de aceitação de SAF até 2025”.
Contudo, Donceel salienta que o ReFuel EU “não é o destino final para combustível de aviação sustentável na Europa”, afirmando que os decisores políticos europeus precisam garantir que agora sigam e ajudem a construir uma indústria SAF líder mundial, fortalecendo a segurança do combustível, gerando empregos sustentáveis. A UE precisa pensar no SAF da mesma forma que pensa em turbinas eólicas, painéis solares e outras tecnologias sustentáveis, a fim de apoiar a transição energética da aviação sem cobrar o preço do passageiro no ar”.
“O trabalho no SAF está apenas a começar e os decisores de políticas precisarão garantir que haja uma política positiva e um ambiente de investimento para a indústria europeia de SAF para garantir o fluxo de combustíveis sustentáveis a preços acessíveis e colocar a aviação europeia no seu caminho para um futuro mais sustentável”, concluiu Donceel.
A A4E frisa ainda que “o mandato único para SAF em toda a UE evitará a fragmentação do mercado único da UE para a aviação por meio de diferentes metas nacionais em diferentes estados-membros”, destacando que o mandato da UE deve agora “suplantar os mandatos nacionais e harmonizar toda a legislação relevante”.
“Regras de reporte rigorosas para fornecedores de combustível com requisitos de transparência no que diz respeito à sustentabilidade do combustível fornecido serão fundamentais para garantir a legitimidade do mandato aos olhos dos passageiros”, diz a A4E.
Os decisores políticos também concordaram em introduzir um rótulo ecológico para voos a partir de 2025. Embora a A4E apoie o fornecimento de informações aos consumidores sobre os seus voos, a entidade adverte que “qualquer rótulo deve ser baseado numa metodologia robusta e apresentar uma descrição precisa do impacto ambiental dos voos”.