Procura crescente por viagens exigem levantamento de restrições, pede ACI World
Com a forte procura por viagens e apesar das restrições ainda em vigor na Ásia, a ACI World estima que o tráfego de passageiros a nível global atinja 77% dos níveis registados em 2019, representando mais de 7 mil milhões de passageiros a nível mundial.
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No seu relatório trimestral, o Airports Council International (ACI) World salienta um impacto positive e imediato na procura global por viagens, “renovando o otimismo da indústria”. No entanto, frisa a ACI World, esta realidade “expôs ainda mais a recuperação desigual, uma vez que os principais mercados de aviação na Ásia-Pacífico ficam atrás dos seus pares ocidentais, pois continuam parcialmente fechados ao tráfego internacional”.
Os números da ACI World estimam uma melhoria significativa no tráfego de passageiros a nível global, já que, em 2022, deverá atingir 77% dos níveis registados em 2019, prevendo-se um total de 7,1 mil milhões de passageiros a nível mundial.
Relativamente ao ano de 2021, a ACI World refere que a COVID retirou 4,6 mil milhões de passageiros, comparado com os dados de 2019, representando uma perda de 50,3% do tráfego global de passageiros. Para os dois anos de pandemia, o conselho estima que se tenham perdido mais de 10 mil milhões de passageiros nos aeroportos mundiais.
Luís Felipe de Oliveira, diretor-geral do ACI World, refere no relatório que, com base nos dados mais recentes, “não há dúvida de que muitos viajantes estão ansiosos para retomar as viagens e os volumes do início do verão são uma prova disso” Depois da “privação de férias” e um crescente aumento na confiança nas viagens aéreas, proporcionado pelo aumento das taxas de vacinação e medidas de segurança, o responsável do conselho antevê que “o relaxamento das restrições ajudará a aumentar a propensão para as viagens aéreas e impulsionar a recuperação do setor”.
Luís Felipe de Oliveira admite que, “com muitos países a tomarem medidas para o retorno a uma certa normalidade, levantando quase todas as medidas de saúde e restrições de viagens, esperamos um salto na procura por viagens aéreas no segundo semestre de 2022”.
Contudo e mesmo com as tendências atuais relativamente ao tráfego aéreo, o ACI World considera que “ainda há muita incerteza em torno da recuperação do setor de aviação, principalmente no médio e longo prazo”. Embora muitos indicadores apontem para a recuperação, o setor também enfrenta “alguns ventos contrários, incluindo conflitos geopolíticos, inflação, risco de desaceleração económica, interrupções na cadeia de abastecimento, escassez de mão de obra e possíveis novas vagas de COVID”, lê-se no relatório.
No entanto, apesar dos riscos negativos, a indústria continua “confiante de que o potencial de recuperação para níveis de 2019 surja dentro de dois ou três anos”.