Loftleidir nega “benesses por parte do Estado ou entidades relacionadas” no acordo da CVA
Esclarecimento surge depois de terem vindo a público notícias que davam conta da existência de um acordo secreto com a empresa islandesa e ruinoso para o Estado cabo-verdiano.

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A Loftleidir veio esta terça-feira, 21 de setembro, negar o recebimento de “quaisquer benesses por parte do Estado ou entidades relacionadas” no acordo celebrado em março de 2021 com o Estado cabo-verdiano e relativo à Cabo Verde Airlines (CVA).
“Rejeitamos todas as acusações que foram feitas à Loftleidir, que sempre pautou o seu comportamento pelo estrito cumprimento da legalidade, dos acordos assinados e em respeito aos mais elevados padrões éticos. Nunca chantageou ou praticou qualquer ato semelhante com o Estado de Cabo Verde ou entidades relacionadas, O processo negocial foi conduzido de forma transparente, tendo as partes sido assessorados por especialistas internacionais com competência e experiência matéria. A Loftleidir não recebeu quaisquer benesses por parte do Estado ou entidades relacionadas. O principal beneficiário desse acordo foi a CVA”, refere a empresa que integra a Loftleidir Cabo Verde, que detinha 51% da companhia aérea até à sua renacionalização, num esclarecimento enviado à imprensa.
Este esclarecimento surge depois de terem vindo a público notícias que davam conta da existência de um contrato secreto e ruinoso para o Estado cabo-verdiano, que a Loftleidir veio agora negar, afirmando que sempre “cumpriu integralmente os acordos assinados com o Estado de Cabo Verde e com a TACV”.
A Loftleidir aproveita também para esclarecer que “não deve quaisquer impostos ou taxas ao Estado de Cabo Verde”, sendo “igualmente falso que as contas não foram prestadas, pois a Loftleidir, enquanto acionista, recebeu os relatórios e documentos de prestação de contas dos anos anteriores, devidamente assinados, para serem discutidos na assembleia geral e que não sucedeu porque o Estado optou por nacionalizar a CVA no dia agendado para a realização da mesma”.
A Loftleidir explica ainda que assinou, com o Estado de Cabo Verde, um acordo de confidencialidade e que, por isso, não pode “revelar os contornos do acordo”, mas assegura que, pelo menos da sua parte, “toda a negociação e o seu desfecho foram discutidas em boa-fé, numa base de confiança, tendo chegado a um resultado que foi aceite pelas duas partes”.
“O novo acordo implicou cedências de parte a parte para fazer face aos constrangimentos financeiros provocados pela pandemia, com o único intuito de permitir à CVA reiniciar as suas operações”, garante a Loftleidir, que faz uma retrospectiva dos últimos meses, desde a chegada da pandemia, que parou a aviação em todo o mundo e afetou fortemente a companhia aérea cabo-verdiana, cuja operação continua parada.
Recorde-se que o Estado de Cabo Verde avançou para a privatização da então TACV em março de 2019 e vendeu 51% do capital da companhia aérea à Loftleidir Cabo Verde, que juntava a Loftleidir e alguns investidores islandeses, num negócio que viria a ser afetado pela pandemia que, em março de 2020, levou à suspensão de todos os voos da CVA e motivou novas negociações entre os investidores e as autoridades cabo-verdianas, com vista ao reinício das operações.