Apesar dos receios do Brexit, mercado britânico continua a crescer
Na WTM London, a secretária de Estado do Turismo destacou as apostas que estão a ser feitas para contrariar eventuais efeitos do Brexit.

Raquel Relvas Neto
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De Janeiro a Agosto deste ano, o mercado britânico cresceu 13,6% em receitas turísticas, que, segundo a secretária de Estado do Turismo, é um dos maiores crescimentos que este mercado tem registado nos últimos anos.
Este crescimento reflecte assim que a incerteza das consequências do Brexit “ainda não teve qualquer efeito nos números para Portugal”. Ana Mendes Godinho, à margem da WTM Londres que acontece até quarta-feira na capital do Reino Unido, disse ao Publituris que “apesar do receio que havia, os números neste momento não demonstram abrandamento, pelo contrario estamos com uma aceleração ainda em relação ao crescimento que havia em 2016”.
Quanto ao próximo ano, as perspectivas continuam a manter-se positivas, muito fruto do investimento realizado por Portugal na captação de três grandes eventos de associações de agências de viagens e operadores turísticos do Reino Unido para Portugal, concretamente da ABTA, AITO e, esta semana, da reunião anual de retalhistas da Thomas Cook que vai acontecer no Algarve. “Isto ultrapassa os 1500 operadores turísticos e agências de viagens inglesas que vão a Portugal”, realça, acrescentando que: “Estamos a trabalhar muito no sentido de contrariar eventuais desvios que o Brexit possa vir a ter e estamos a trabalhar muito na antecipação para garantir que isto não tem efeitos negativos para Portugal”.
Apesar do crescimento do mercado britânico para Portugal, a responsável destacou a aposta realizada também na diversificação de mercados emissores, para reduzir a dependência de alguns mercados, como o do Reino Unido cuja quota em Portugal baixou de 24% em 2016 para 22,7% em 2018. “Estamos a conseguir crescer noutros mercados como os EUA, Brasil, Alemanha”, refere.
No que diz respeito à recuperação de destinos concorrentes a Portugal a nível turístico e ao que isso pode impactar nos resultados do sector em Portugal no próximo ano, a executiva defende que “estamos a conseguir demonstrar que, apesar de alguns desses mercados já estarem a recuperar – alguns com crescimentos muito grandes – nós conseguimos estar a crescer mais do que eles”.