Empresários açorianos querem participação privada na SATA
Empresários consideram que os problemas relatados nos últimos meses têm um “impacto negativo na imagem da empresa e da região”.
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A Câmara de Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) está preocupada com a “degradação acentuada” da companhia aérea SATA, defendendo um novo modelo de gestão para a empresa, que inclua a participação privada.
“A CCIA considera que se tornou ainda mais premente uma nova solução, que terá de passar por um novo modelo de empresa que sirva devidamente os Açores e que comporte uma participação privada, devendo para o efeito ser criado um ‘grupo de missão’ consensual”, salienta a associação, num comunicado divulgado pela Lusa, na sequência de uma reunião realizada na segunda-feira, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
A associação empresarial açoriana mostra-se preocupada com os vários incidentes e problemas técnicos registados desde Junho e considera que os problemas relatados têm um “impacto negativo na imagem da empresa e da região, devido fundamentalmente a sucessivos problemas de carácter operacional”.
Por outro lado, os empresários açorianos alegam que “a greve anunciada para os próximos dias só irá contribuir para acentuar a trajetória descendente da empresa, tornando ainda mais débil a sua situação financeira”.
Também a Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada já tinha manifestado preocupação com o “registo frequente de atrasos significativos e cancelamentos de voos” da SATA, alertando para a necessidade de se manter a “sustentabilidade financeira” da empresa.
A Câmara de Comércio e Indústria dos Açores defende ainda “a alteração dos sistemas de incentivos ao investimento” nas áreas de reconversão do edificado e Turismo, tendo em conta a regeneração urbana provocada pela procura turística, no sentido de “imprimir padrões de qualidade consentâneos com a estratégia global”.
A associação empresarial lamenta, por outro lado, que as entidades públicas não tenham acolhido as propostas dos empresários para consolidar o turismo, defendendo que “o crescimento que o setor tem vindo a conhecer nunca pode ser considerado como um dado adquirido”.
“A falta de investimento na formação de recursos humanos, na sinalética, na requalificação de infraestruturas de apoio como miradouros, áreas balneares e outras áreas essenciais para o acolhimento de turistas são alguns exemplos com efeitos negativos já bem evidentes”, frisa.
Recorde-se que o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil emitiu um pré-aviso de greve para os dias 23, 24, 25 e 26 de Agosto, dos tripulantes de cabine da Azores Airlines e da SATA Air Açores.