Península Ibérica, Polónia e Alemanha lideram indústria hoteleira europeia
Com performances negativas estiveram as cidades italianas, francesas e belgas, estas últimas motivadas pelo ambiente de insegurança motivado pelos ataques terroristas de que foram alvo.
Raquel Relvas Neto
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Nos primeiros nove meses de 2016, a indústria hoteleira na Europa tem registado um crescimento tímido nos vários indicadores. Segundo o último relatório do Observatório de Destinos Europeus da European Cities Marketing com a MKG Hospitality, no período em questão, o RevPAR apresentou um ligeiro crescimento de 0,4% em relação ao mesmo período de 2015. No que diz respeito à Taxa de Ocupação, esta desceu um pouco (-0,5%). Contudo, o Average cresceu 1,1%.
Globalmente, o crescimento tem sido “tímido”, mas “permite ao continente europeu publicar resultados que são geralmente positivos, graças à península Ibérica, Polónia e Alemanha, em particular”, conclui o relatório.
Varsóvia registou um RevPAR de 8,9%, justificado pela organização da cimeira da NATO em Julho, POLMUN e Codemotion em Setembro.
Na Península Ibérica, as chegadas de turistas continuam a crescer sob o efeito, diz o relatório, da dinâmica interna (contexto económico melhorado) e do desvio de visitantes de destinos do Mediterrâneo afectados por ataques terroristas nos últimos meses (Turquia, Riviera Francesa, Egipto e Magreb…). Todas as cidades em Espanha (14,2%) e Portugal (8,7%), ganharam um forte crescimento do RevPAR, por exemplo, Madrid registou um aumento neste indicador de 8,1%, Barcelona e Bilbau em 12%, San Sebastian 17,6% e Lisboa 3,8%.
A Alemanha, por sua vez, segue uma tendência positiva de crescimento, + 4,5% do RevPAR. No entanto, apesar de uma forte actividade comercial, Berlim, Colónia, Dresden e Frankfurt estão a seguir uma tendência de decrescimento, enquanto Düsseldorf, Nuremberg e Leipzig registaram um aumento de 18,7%, 17,9% e 9,6%, respectivamente.
Com performances negativas estiveram as cidades francesas, italianas e belgas. Itália (-4,5%), registou uma queda no seu RevPAR em relação a 2015, quando a actividade foi sustentada pela Expo Milão e pela Bienal de Veneza. Estas duas cidades registaram, respectivamente, uma queda do RevPAR de 17,8% e 7,5%.
A Bélgica registou uma quebra nas suas performances hoteleiras, com o RevPAR a cair 14,8%. Bruxelas caiu 22,1%, principalmente devido a uma queda de 15,9 pontos na Taxa de Ocupação, após os ataques em Março. O RevPAR em Antuérpia caiu 7,8% e 2,9% em Ghent.
A França conheceu uma redução do RevPAR de 5,8%, impulsionada pelos dois fortes pólos turísticos (Paris e Nice) que tiveram, respectivamente, uma queda de 8,9 e 4,4 pontos na Taxa de Ocupação em relação ao ano passado. “O contexto de insegurança que invadiu a Bélgica e França desde os ataques continua a prejudicar as chegadas de turistas”, indica o relatório.