Foto: Frame It
Transportes

“Temos trabalhado muito para dinamizar e dar a conhecer a SATA na América do Norte”

Há um ano à frente da SATA, Teresa Gonçalves, presidente do grupo de aviação açoriano, falou com o Publituris sobre a mudança de estratégia, que já está a permitir resultados históricos, nomeadamente nos mercados da América do Norte. As novas rotas e os processos de reestruturação e privatização também foram temas nesta conversa.

Inês de Matos
Foto: Frame It
Transportes

“Temos trabalhado muito para dinamizar e dar a conhecer a SATA na América do Norte”

Há um ano à frente da SATA, Teresa Gonçalves, presidente do grupo de aviação açoriano, falou com o Publituris sobre a mudança de estratégia, que já está a permitir resultados históricos, nomeadamente nos mercados da América do Norte. As novas rotas e os processos de reestruturação e privatização também foram temas nesta conversa.

Inês de Matos
Sobre o autor
Inês de Matos
Artigos relacionados
Greve no Aeroporto de Gatwick afeta voos da TAP na Páscoa
Aviação
Iberia retoma voos para Washington D.C. com aviões A321XLR
Aviação
Especialistas na defesa dos passageiros preveem mais procura e mais perturbações no verão
Aviação
Marrocos soma 4M de turistas internacionais no 1.º trimestre de 2025
Destinos
Brasil volta a exigir visto para turistas dos EUA, Canadá e Austrália
Destinos
Quinta Nova celebra 20 anos de enoturismo com “Sabores com História”
Enoturismo
Pestana Hotel Group regista receitas de 651,5M€ em 2024
Alojamento
Transavia France anuncia recrutamento para a área digital
Aviação
Embratur lança programa Novas Rotas para impulsionar turismo internacional
Destinos
Qatar Airways alarga instalação da Starlink aos aviões A350
Aviação

Em 2023, as duas companhias aéreas do Grupo SATA – Azores Airlines e SATA Air Açores – transportaram 2,4 milhões de passageiros, número histórico que, segundo Teresa Gonçalves, presidente do grupo de aviação açoriano, se deve ao crescimento do turismo nos Açores, mas principalmente a uma mudança de estratégia que tem permitido “pôr a SATA no mundo”, principalmente em mercados como o da América do Norte, onde a Azores Airlines, a companhia aérea que realiza os voos para fora dos Açores, tem vindo a reforçar a capacidade e a atrair passageiros.

Apesar desta entrevista ter sido realizada nos primeiros dias de março, quando os resultados financeiros do grupo de aviação ainda não tinham sido publicados, Teresa Gonçalves mostra-se otimista e esperava que eles evidenciassem “uma tendência muito positiva”.

PUB

Tudo isto leva Teresa Gonçalves a fazer um balanço positivo do seu primeiro ano à frente da SATA, cujo processo de privatização continua parado e sem perspetivas de retoma.

PUB

É CEO da SATA há cerca de um ano. Qual é o balanço que faz destes primeiros meses à frente deste grupo de aviação açoriano?
O balanço é muito positivo, costumo dizer que já estava na SATA antes, era administradora com o pelouro financeiro, tinha a meu cargo dossiers muito importantes, como o da reestruturação e submissão do plano à Comissão Europeia.  Portanto, na verdade sempre estive muito envolvida e já tinha um papel muito importante em termos dos grandes dossiers.

Faço um balanço muito positivo porque conseguimos implementar coisas muito giras e trabalhar internamente com os nossos trabalhadores, dando-lhes formação e criando condições para eles se sentirem bem no trabalho e dar a conhecer a SATA, ou seja, pôr a SATA no mundo.

Portanto, o balanço deste primeiro ano é muito positivo.

Fizemos um trabalho muito forte para dinamizar este mercado [América do Norte], que é muito importante para a SATA porque tem um peso muito relevante nas rotas que operamos – atualmente, representa 23% das nossas rotas e teve um crescimento de 54% face ao ano anterior

Ao longo destes meses, quais foram os momentos mais desafiantes que identifica e porquê?
Os desafios passam sempre pela relação com as pessoas, todas as questões relacionadas com pessoas são sempre um grande desafio e as negociações com sindicatos são muito desafiantes, mas foi também um grande desafio ir para outras geografias, como a América do Norte, e mostrar que existimos, dar-nos a conhecer e falar com os destinos, com os turismos, com os governos e com as autoridades locais para eles saberem que a SATA existe. Isso também foi um grande desafio.

Resultados 2023
Em 2023, as companhias aéreas do Grupo SATA tiveram resultados operacionais positivos, com 2,4 milhões de passageiros transportados, de tal forma que 2023 se tornou no melhor ano de sempre para o grupo. Já se sente responsável por estes resultados?

Claro, claro que sinto, sem dúvida. Este é o resultado de tudo o que temos feito e é o resultado de termos agarrado a oportunidade e termos ido à América do Norte dar a conhecer a SATA. Temos trabalhado muito para dinamizar e dar a conhecer a SATA na América do Norte, nomeadamente em Boston e em Nova Iorque, mas também em Toronto, no Canadá. Portanto, fizemos um trabalho muito forte para dinamizar este mercado, que é muito importante para a SATA porque tem um peso muito relevante nas rotas que operamos – atualmente, representa 23% das nossas rotas e teve um crescimento de 54% face ao ano anterior.

Este é o resultado disso, é o resultado de termos estado mais ativos no mercado, de termos mostrado que existimos e termos uma série de iniciativas com várias entidades.

No Porto, também aconteceu isso, começámos a dinamizar mais ações com as autoridades locais, com um papel mais interventivo e que permitiu criar novas rotas.

Por isso, sim, sem dúvida que já me sinto responsável por estes resultados.

Quais foram as rotas da Azores Airlines ou da SATA Air Açores que, no ano passado, apresentaram resultados mais positivos?
As rotas da América do Norte têm um papel muito expressivo e são rotas muito importantes. Vemos que a SATA estava muito vocacionada para servir a diáspora e uma das coisas de que nos podemos congratular é que, hoje, efetivamente, servimos a diáspora mas servimos também o mercado turístico e esse está a crescer muito. As pessoas já sabem que podem vir, via Açores, para se ligarem ao mundo, seja à Europa ou a África, através de Cabo Verde.

A rota de Cabo Verde também é muito importante e expressiva no nosso mercado de rotas, é importante porque temos esta ligação da América do Norte a Cabo Verde que está sempre muito concorrida e, portanto, claramente estas são as rotas mais importantes.

O turismo nos Açores tem vindo a crescer e a atingir bons resultados. Esse aumento da procura turística pelos Açores também ajuda a explicar os bons resultados da SATA?
Sem dúvida, os Açores são um destino muito importante e que está a ganhar uma preponderância muito especial e isso já tinha acontecido na pandemia, quando os Açores começaram a ser um destino de fuga para quem queria sair, ter paz e ar livre, sem preocupações.

Os Açores são um destino sustentável, que tem ganho constantemente prémios de destino sustentável, de melhor destino aventura ou melhor destino de outra coisa qualquer.

Portanto, tem havido essa aposta e nós temos a sorte de estarmos nos Açores e de conseguirmos conciliar, não só o destino sustentável, mas por outro lado toda a Europa. Podemos levar as pessoas, através da Europa, para todo o mundo. Quase que permite visitar um destino maravilha como os Açores e depois seguir para qualquer parte do mundo.

Hoje, efetivamente, servimos a diáspora mas servimos também o mercado turístico e esse está a crescer muito

Além dos resultados operacionais, também os financeiros têm vindo a melhorar. Qual é a sua expetativa em relação aos resultados de 2023?
Tenho uma ideia muito clara, mas ainda não posso falar sobre os resultados, mas claramente temos uma tendência muito positiva, o que é muito bom. [Esta entrevista foi realizada poucos dias antes dos resultados financeiros do Grupo SATA serem conhecidos e que vieram mostrar que, apesar de uma melhoria de 8,1 milhões de euros face ao resultado negativo de 32,4 milhões de euros do ano anterior, a Azores Airlines ainda apresentou, no ano passado, um prejuízo de 24,3 milhões de euros].

Reestruturação e privatização
A SATA está, atualmente, em processo de reestruturação ditado pela Comissão Europeia. Qual foi o impacto desta reestruturação no regresso da SATA aos bons resultados?
Sem dúvida que a reestruturação foi positiva. Quando cheguei à SATA, a SATA estava muito debilitada em termos operacionais e financeiros, por isso é que recorremos a um processo de auxílio de Estado junto da Comissão Europeia e foi também por isso que apresentámos um plano de reestruturação para reestruturar o grupo como um todo.

Obviamente que houve aqui um trabalho muito grande e, hoje, podemos dizer que temos uma operação consistente e que temos um produto que é bom para o passageiros, que tem qualidade e o plano de reestruturação permitiu-nos olhar para os mercados onde estávamos e consolidar a nossa presença nesses mercados e, depois, financeiramente também permitiu começar a ter um rumo e a caminhar para o ‘verde’ para podermos ter capacidade de crescer e de avançar para outras rotas e rotas novas, como lançámos agora recentemente.

Foi essa mudança de estratégia, de tentar atrair também os turistas desses mercados, que ditou este caminho de sucesso em que a SATA se encontra?
Foi fundamental porque continuamos a servir a nossa comunidade, e temos isso na nossa missão e nos nossos valores – trazer os açorianos para casa e levar os açorianos para o mundo – mas claramente que era também importante ir buscar todo o outro mercado, que tem um potencial enorme. O mercado norte-americano tem um potencial fora de série, ainda agora estivemos na Califórnia e vimos a dimensão daquele mercado que não acaba, que tem tanto potencial e muito poder de compra.

Portanto, quando fizemos esta viragem e começámos a focar-nos em divulgar a SATA enquanto companhia aérea que leva os turistas para um destino muito bom, sustentável e que até lhes dá a possibilidade de irem para qualquer parte do mundo, na Europa, América ou África, claramente que se abriu um leque de oportunidades que não estavam devidamente exploradas.

A Azores Airlines também está em processo de privatização, que foi parado devido à instabilidade política regional. Já há alguma previsão de quando poderá o processo ser retomado?
Não, a única coisa que sabemos é que o Governo vai assumir funções na próxima semana [4 de março] mas não sabemos mais nada sobre a privatização.

O júri do concurso para a privatização da companhia aérea tinha, no entanto, escolhido a proposta do consórcio Newtour/MS Aviation. O que pensa a administração da SATA da proposta deste consórcio, que conta com a participação de um grande grupo de turismo dos Açores?
Não faço a mínima ideia, temos um processo muito bem montado, com um júri que esteve a analisar todas as propostas, esteve a ver todo o processo e as propostas que foram apresentadas e a SATA, neste momento, está num caminho paralelo. Agora, que o processo foi suspenso, ainda não tivemos acesso ao relatório final, nem outras conclusões e, portanto, neste momento, não me consigo pronunciar.

Sem dúvida que a reestruturação foi positiva. Quando cheguei à SATA, a SATA estava muito debilitada em termos operacionais e financeiros

Vai continuar a liderar a SATA depois da privatização?
Costumo dizer que vou fazendo as coisas no momento em que estou e, neste momento, estou focada em continuar e consolidar a estratégia da SATA e em levar a SATA a todo o mundo, para dar a conhecer a companhia aérea e os Açores. Portanto, é algo em que não penso, que não me preocupa neste momento.

2024
Para o verão de 2024, a SATA conta com várias novidades ao nível de novas rotas. Qual é a expectativa, nomeadamente, para as novas rotas de Londres e Milão, mas também para a rota de Montreal, que até vai começar mais cedo do que estava previsto?
Vamos ter uma série de novidades. Temos Milão, Londres e Faro desde Ponta Delgada, e a expetativa é a melhor.

No caso de Faro, por exemplo, começámos com duas frequências e aumentámos para a terceira ao final de três semana. Portanto, Faro está a correr muito bem.

Milão é uma rota muito apetecível e que tem muita ligação com a América do Norte. Analisámos o potencial destas rotas, até mesmo com o tráfego de ligação e são rotas que, pelo que estamos a ver, estão a correr muito bem.

Montreal é uma rota que já tínhamos, este ano, o que acontece é que vamos iniciá-la dois meses antes. Vamos ter uma frequência de abril a final de maio e, depois, a partir de junho temos quatro frequências, ou seja, uma frequência a mais do que no ano passado e com a vantagem de que vamos fazer a rota à noite e, portanto, quando as pessoas chegam já têm ligação para a Europa e para todas as ilhas dos Açores.

Por outro lado, vamos ter também o Porto com ligação direta à América do Norte, o que é uma novidade porque a rota era sempre via Ponta Delgada e, agora, vai haver uma ligação direta, o que é bastante bom para os passageiros do Porto.

Falou sobre Faro mas queria saber porque decidiu a SATA apostar em Faro, foi com o objetivo de proporcionar um destino de lazer aos açorianos?
É um misto. A SATA em tempos já tinha voado para Faro, antes de eu chegar à companhia aérea, mas depois a rota foi descontinuada. O que acontece é que os açorianos têm uma grande apetência por Faro mas os norte-americanos também e, portanto, vemos isto sempre pelo lado de como conseguimos conjugar os destinos para onde voamos com os destinos que queremos ligar.

Claro que também vamos ter pessoas do Algarve a viajar para os Açores porque se torna mais fácil chegar aos Açores.

O plano de reestruturação permitiu-nos olhar para os mercados onde estávamos e consolidar a nossa presença

Também a operação intra-regional entre a Madeira e os Açores tem vindo a ser reforçada, assim como as ligações desde a Madeira à América do Norte. Qual é o balanço que a SATA faz desta operação na Madeira e qual é a possibilidade de ela vir a aumentar ainda mais no futuro?
Fazemos um balanço bastante positivo, temos trabalhado em conjunto com o Turismo da Madeira para promover e dinamizar estas rotas e o objetivo é continuarmos a trabalhar com eles para vermos ângulos que possamos explorar para dinamizar estas rotas.

Desafios para 2024
Apesar da aviação, de uma forma global, estar a registar resultados positivos, há no mundo vários desafios que podem impactar negativamente o transporte aéreo. Qual é a opinião da SATA sobre as perspetivas mundiais, será possível continuar a crescer apesar de tantos desafios?
Desde a COVID-19 que nunca mais nada foi igual. Isto é um facto e, por outro lado, temo-nos deparado muito com questões muito ligadas com a falta de capacidade de recursos humanos em geral. É um problema geral que afeta também muito o mundo da aviação e todas as entidades que trabalham na nossa cadeia de valor e isso vê-se quando os aviões começam a atrasar porque vão para manutenção mas não há capacidade de resposta e atrasam meses. Isto tem impacto na operação e temos de alugar aviões para garantir a qualidade do serviço e para garantir que os passageiros ficam com o serviço assegurado. Portanto, isto tem impacto.

Depois, tivemos, em fevereiro de 2022, a guerra da Ucrânia que, parecendo que não, fez os combustíveis disparar e, apesar de, em 2023, termos reparado que houve aqui um decréscimo no preço e de ser expectável que este decréscimo se mantenha em 2024, apesar de não ser muito significativo, o facto é que estamos em níveis onde nunca tínhamos estado.

Portanto, houve aqui, claramente, um salto muito grande e não sei se, algum dia, vamos voltar aos níveis anteriores.

Isto, claramente, tem um custo muito grande que não podemos passar completamente para o passageiro ou seria insustentável.

Mas há mais desafios. Tivemos, por exemplo, uma subida de taxas de juro muito elevada para compensar a taxa de inflação e tudo isto impacta a SATA e os nossos fornecedores. Estamos no fim da cadeia de valor e todos os nossos fornecedores vão tentando incorporar nos seus preços e contratos estes impactos, que eles próprios também sofrem, mas nós, enquanto companhia de aviação e que está no final da cadeia, também não podemos dizer que vamos refletir tudo no preço do bilhete do passageiros ou então qualquer dia deparamo-nos com a situação de que só viajam os ricos. Seria voltar outra vez a uma época em que a aviação era um produto de luxo.

Depois, também acho que temos grandes desafios ao nível da sustentabilidade e isso é pouco falado mas, efetivamente, as companhias de aviação – porque não é só a SATA, são todas – vão ter grandes desafios, nomeadamente na adoção dos combustíveis sustentáveis. A partir de 2025, está imposta pela Comissão Europeia a adoção mínima de 2% e, ao longo dos anos, será aumentada a percentagem de SAF – Combustíveis Sustentáveis para a Aviação que os aviões têm de usar mas o problema é que não há SAF disponível e o que existe é muito caro. Portanto, se não houver aqui um trabalho muito bem feito, com os governos e outras entidades para assegurar que o SAF vai estar disponível e é viável, vemos isto como uma preocupação para a aviação.

[O aeroporto de Lisboa] é algo que esperamos que esteja resolvido em breve, mas não opinamos relativamente ao local, apenas queremos é que seja resolvido, da forma que for melhor para todos mas, acima de tudo, para garantir níveis de pontualidade

A sustentabilidade é, realmente, um desafio para a aviação, atualmente. O que é que a SATA tem vindo a fazer neste âmbito, já há, por exemplo, uma política de sustentabilidade definida?
Em termos de sustentabilidade, a SATA tem feito um trabalho muito grande. Temos três pilares de sustentabilidade e é preciso não esquecer que, quando falamos em sustentabilidade, ela envolve três áreas: a sustentabilidade ambiental, social e a governança.

A SATA tem trabalhado muito e temos uma política de sustentabilidade e, em termos ambientais, temos feito muito trabalho com a IATA e aderido a uma série de iniciativas e certificações para garantir que estamos de acordo com tudo aquilo que é definido pela indústria e melhores práticas, e fizemos a renovação da frota para aviões que poupam combustível. Os nossos aviões, hoje em dia, poupam cerca de 20% do combustível face aos que tínhamos, emitem menos ruído em termos de motores e, portanto, são também melhores para as comunidades locais, e temos ainda apostado em veículos elétricos no aeroporto, bem como em práticas sustentáveis nos nossos escritórios.

Na parte da governança, que para nós é o pilar de tudo, fizemos questão de criar uma área só focada nesta temática porque é daqui que vão sair todas as políticas, regulamentos e todas as formas de trabalhar.

Temos de ter os nossos alicerces bem construídos para podermos trabalhar e acho que fizemos isto da melhor maneira e conseguimos ter, hoje, uma empresa muito bem estruturada e organizada, com tudo muito bem definido.

Depois, temos ainda a parte social, porque olhamos não só para dentro, ou seja, para os nossos trabalhadores, como para a nossa comunidade. E temos feito muita coisa porque a nossa preocupação são as pessoas e achamos que devemos investir em formação e sugeri que se montasse um programa de formação, denominado “12 meses, 12 formações”, mas acabou por ser “12 meses, 15 formações”. Estamos a dar formação em várias áreas, muitas vezes até em áreas da vida comum, explicando o que é, por exemplo, uma taxa de inflação, que impacto tem nas taxas de juro. O objetivo é dar às pessoas formação básica e, por isso, montámos este programa, que tem tido adesão.

E montámos também um programa de saúde mental, que também tem tido muita adesão. No início, achámos que poderia haver alguma relutância das pessoas, mas tem tido muita adesão e, por isso, vamos continuar este programa.

Temos, de facto, uma série de iniciativas e temos uma muito gira e que impacta a comunidade onde vivemos, que é um programa que inclui uma aplicação que calcula os nosso passos diários, que são depois convertidos em milhas, que são doadas a instituições nos Açores, que podem assim voar ou proporcionar experiências.

Portanto, temos tentado desenvolver uma série de iniciativas e, acima de tudo, promover um equilíbrio muito grande entre o trabalho e a vida pessoal, para que as pessoas se sintam bem a trabalhar. E acho que estamos no bom caminho em termos de sustentabilidade.

Desafio vai continuar também a ser o aeroporto de Lisboa, uma vez que continuam a existir muitas dúvidas sobre a escolha da nova infraestrutura. No caso da SATA, há alguma preferência sobre a localização ou sobre o tipo de infraestrutura?
O aeroporto de Lisboa, efetivamente, tem alguns constrangimentos, temos trabalhado muito com a ANA – Aeroportos de Portugal porque operamos em Lisboa com constrangimentos mas em Ponta Delgada também temos bastantes desafios e a ANA tem sido um parceiro da SATA na tentativa de encontrar soluções, uma vez que nas ilhas ainda é mais complicado lidar com os problemas aeroportuários.

Efetivamente, o aeroporto de Lisboa tem estas condicionantes todas, que todas as companhias aéreas estão a sofrer e que impactam os nossos voos, porque há atrasos que, depois, se refletem nos restantes voos. Mas temos conseguido minimizar o atraso que esteve na origem.

É algo que esperamos que esteja resolvido em breve, mas não opinamos relativamente ao local, apenas queremos é que seja resolvido, da forma que for melhor para todos mas, acima de tudo, para garantir níveis de pontualidade porque os passageiros esperam isso quando começam as suas viagens.

Se tivesse que formular um desejo para o que falta do seu mandato na SATA, o que é que desejaria?
Era que continuássemos no bom trabalho que temos feito, continuarmos a pôr a SATA no mundo porque a SATA é muito pequenina, estava ali no meio do Atlântico e era desconhecida mas, a pouco e pouco, temos conseguido inverter isso. Portanto, o que desejo é que continuemos a fazer o trabalho que temos feito, que penso que é um excelente trabalho.

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
Artigos relacionados
Greve no Aeroporto de Gatwick afeta voos da TAP na Páscoa
Aviação
Iberia retoma voos para Washington D.C. com aviões A321XLR
Aviação
Especialistas na defesa dos passageiros preveem mais procura e mais perturbações no verão
Aviação
Marrocos soma 4M de turistas internacionais no 1.º trimestre de 2025
Destinos
Brasil volta a exigir visto para turistas dos EUA, Canadá e Austrália
Destinos
Quinta Nova celebra 20 anos de enoturismo com “Sabores com História”
Enoturismo
Pestana Hotel Group regista receitas de 651,5M€ em 2024
Alojamento
Transavia France anuncia recrutamento para a área digital
Aviação
Embratur lança programa Novas Rotas para impulsionar turismo internacional
Destinos
Qatar Airways alarga instalação da Starlink aos aviões A350
Aviação
Aviação

Greve no Aeroporto de Gatwick afeta voos da TAP na Páscoa

Segundo a AirAdvisor, os funcionários de assistência em terra no Aeroporto de Londres Gatwick confirmaram oficialmente uma greve entre 18 e 22 de abril, que deverá ter um forte impacto sobre a operação da TAP.

Os funcionários de assistência em terra no Aeroporto de Londres Gatwick confirmaram oficialmente uma greve entre 18 e 22 de abril, que deverá ter um forte impacto sobre a operação da TAP, uma vez que a Red Handling é a empresa que está “no centro da disputa”, sendo também a responsável por prestar os serviços terrestres essenciais à operação da companhia aérea nacional neste aeroporto da capital britânica.

De acordo com a AirAdvisor, empresa especialista na defesa dos passageiros aéreos, os “voos da TAP entre Londres Gatwick e as cidades portuguesas de Lisboa e Porto deverão sofrer perturbações significativas durante o período de greve, com cerca de 30 a 40 voos provavelmente afetados”.

“Isto poderá impactar entre 4.500 e 6.000 passageiros durante a greve de cinco dias”, acrescenta a AirAdvisor, lembrando que a greve afeta essencialmente a Red Handling, que é a empresa que fornece serviços de check-in, tratamento de bagagem e despacho de voos à TAP, no Aeroporto de Gatwick.

Anton Radchenko, CEO da AirAdvisor, alerta que esta “greve confirmada pode apanhar muitos viajantes desprevenidos devido à baixa divulgação”, aconselhando, por isso, os passageiros a começarem já a preparar-se para “minimizar o impacto nos seus planos de viagem”.

“Gatwick é um importante centro para os viajantes portugueses que chegam e partem do Reino Unido, especialmente durante o fim de semana da Páscoa, quando muitas pessoas viajam para visitar familiares ou fazer pequenas pausas. Esta greve, se não for gerida adequadamente pelas companhias aéreas, pode causar sérios transtornos aos passageiros de ambos os lados”, afirma o responsável.

Por isso, o CEO da Air Advisor aconselha os passageiros com voos nessas datas a consultarem antecipadamente o estado das suas ligações, chegando ao aeroporto com a maior antecedência possível, sendo ainda prudente possuir “um plano flexível para o caso de atrasos ou cancelamentos”.

“As companhias aéreas são responsáveis ​​por garantir que os seus passageiros são atendidos durante interrupções — mesmo quando a causa é de terceiros”, acrescenta Radchenko, lembrando que, se um voo for cancelado ou sofrer um atraso significativo, “a companhia aérea deverá oferecer atempadamente a remarcação, refeições ou alojamento em hotel, quando necessário”.

Em caso de greve, acrescenta o responsável, “é altamente improvável que haja indemnização”, ainda que os passageiros tenham “direito a reembolso ou remarcação, bem como a assistência”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

Iberia retoma voos para Washington D.C. com aviões A321XLR

A Iberia explica que a utilização deste avião, que tem “fuselagem estreita mas é capaz de atravessar o Atlântico”, permite o aumento de quatro para seis voos por semana até agosto, passando a rota a contar com voos diários em setembro e outubro.

A Iberia retoma este sábado, 12 de abril, os voos para Washington D.C., capital dos EUA, numa operação que arranca com seis voos por semana e que, mais tarde, passa a voos diários, e que vai decorrer ao longo de todo o ano, em aviões B321XLR.

Num comunicado enviado à imprensa, a Iberia explica que a utilização deste avião, que tem “fuselagem estreita mas é capaz de atravessar o Atlântico”, permite o aumento de quatro para seis voos por semana até agosto, passando a rota a contar com voos diários em setembro e outubro.

Os voos da Iberia têm partida prevista do Aeroporto Aldolfo Suárez Madrid-Barajas, na capital espanhola, pelas 11h50, chegando ao Aeroporto Internacional Washington-Dulle pelas 15h00.

Na informação divulgada, a Iberia realça que a capital norte-americana se torna no seu segundo destino nos EUA servido com o avião A321XLR, depois dos voos para Boston, que também estão a ser realizados com este aparelho.

“A incorporação do novo A321XLR nos próximos meses reforçará a aposta da Iberia nos Estados Unidos, país com maior número de destinos na rede intercontinental da companhia aérea”, realça a transportadora espanhola do Grupo IAG.

Este verão, a Iberia vai disponibilizar 1,1 milhões de assentos e operar 140 voos semanais entre Espanha e os EUA, número que representa um aumento de 14% face ao verão de 2024.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Foto: Depositphotos.com
Aviação

Especialistas na defesa dos passageiros preveem mais procura e mais perturbações no verão

Depois de 2024 ter ditado o crescimento do tráfego aéreo em Portugal, que recebeu cerca de 69 milhões de passageiros, as empresas de defesa dos direitos dos passageiros aéreos estimam que o próximo verão volte a ficar marcados por novos aumentos de tráfego, que deverão voltar a ser acompanhados por várias perturbações, fruto da capacidade esgotada dos aeroportos nacionais e de novas greves, entre outros desafios que devem marcar a época alta da aviação em 2025.

No verão do ano passado, cerca de 39% dos passageiros que passaram pelos aeroportos nacionais experimentaram algum tipo de perturbação nos seus voos, numa tendência que se mantém há alguns anos e que, segundo as empresas de defesa dos direitos dos passageiros aéreos, se deverá voltar a manifestar também este verão, até porque Portugal é cada vez mais visto como um destino turístico de referência, o que tem levado a um aumento da procura de voos para o país e do número de passageiros aéreos que Portugal recebe.

“Naturalmente, na AirHelp não conseguimos prever o que vai acontecer no futuro, mas se o verão passado servir de exemplo, podemos antecipar algumas tendências que poderão ocorrer. Em primeiro lugar, esperamos um aumento da procura de voos, uma vez que Portugal continua a revelar-se um destino de viagem cada vez mais popular, especialmente cidades como Lisboa e Porto”, começa por dizer ao Publituris a AirHelp, confirmando que a sua base de dados mostra que “um número crescente de passageiros tem voado para Portugal”.

E 2025 não deverá ser diferente, uma vez que, acrescenta a AirHelp, “com um crescente número de companhias aéreas europeias e de longo curso a aumentar o número de rotas e voos para Portugal”, a previsão é que exista “um desenvolvimento das rotas internacionais, com as companhias a adaptarem-se à procura por parte de turistas e de viajantes de negócios”.

Opinião idêntica manifesta o advogado Anton Radchenko, CEO da AirAdvisor, que lembra que, em 2024, Portugal foi o “9.º maior mercado aéreo da Europa” e registou um crescimento de 12% no turismo internacional, números que o levam a mostrar-se convicto de que “o próximo verão deverá voltar a bater recordes”, uma vez que “as operações aéreas em Portugal vão certamente continuar a aumentar este verão, e os aeroportos já estão a preparar-se”. “A AirAdvisor prevê um crescimento do tráfego aéreo, com aumento médio de 3,7% nos voos para 2025, atingindo os 11,1 milhões de voos”, refere o responsável, que lembra que o Aeroporto de Lisboa tem em curso “um projeto de expansão de 233 milhões de euros, enquanto a Horta e Ponta Delgada estão a fazer atualizações nos seus terminais” de forma a lidar com os aumentos de procura esperados.

Novos recordes, os mesmos problemas

O aumento do tráfego aéreo tem levado, segundo a AirHelp, ao aumento também das perturbações nos voos, às quais Portugal não é exceção. “No verão de 2024 assistimos em toda a Europa ao pico em termos de perturbações nos voos. Portugal não foi exceção neste contexto, com greves do controlo de tráfego aéreo a causarem perturbações em julho e agosto, bem como greves do pessoal de assistência em terra e das companhias aéreas”, indica a empresa ao Publituris, sublinhando que os meses de “julho e agosto de 2024 registaram alguns dos números mais elevados de passageiros com perturbações”.

Por isso, a empresa de defesa dos direitos dos passageiros aéreos considera que, “atendendo ao que se tem passado nos últimos anos no verão, é expectável que existam perturbações” também nesta época alta. “À medida que mais pessoas viajam para Portugal, os seus aeroportos e sistemas vão ficando cada vez mais sobrecarregados, o que pode levar a uma intensificação dos conflitos laborais dos trabalhadores da aviação sobre as condições de trabalho, o que pode então levar a perturbações nos voos ali operados”, refere a AirHelp, lembrando que, de julho a setembro de 2023, 37% dos passageiros que passaram pelos aeroportos nacionais enfrentaram perturbações, percentagem que subiu para 39% no verão do ano passado e que, segundo a AirHelp, demonstra “uma tendência para um aumento de ano para ano”.

Anton Radchenko concorda e, apesar de reconhecer que os aeroportos mais movimentados estão “a fazer melhorias antes da época de alta temporada”, defende que estas infraestruturas “ainda têm um caminho desafiante pela frente”, até porque Lisboa não deverá ver a sua capacidade aumentada antes de 2027, esperando-se, por isso, que “este verão provavelmente veja a mesma sobrelotação do verão passado”.

Ainda assim, o responsável lembra que até “houve menos atrasos e cancelamentos no ano passado em comparação com o ano anterior”, pelo que também esta tendência se deverá manter em 2025. “As interrupções de voos caíram de 38% para 36,4% no verão passado, pelo que esperamos que esta tendência se mantenha”, indica Anton Radchenko, prevendo um aumento moderado de 3% nas interrupções de voos em Portugal em 2025 por culpa de desafios como “os problemas operacionais das companhias aéreas, as possíveis greves e o aumento do tráfego aéreo”.

Oportunidades à vista, apesar dos desafios

O certo é que ambas as empresas de defesa dos direitos dos passageiros aéreos preveem que 2025 traga vários desafios aos aeroportos nacionais, a par de algumas oportunidades.

No caso da AirHelp, a previsão indica que, este verão, “embora a procura de voos continue a aumentar, existem alguns estrangulamentos que o setor da aviação português poderá enfrentar”, a começar pelo facto do “Aeroporto Humberto Delgado estar a funcionar quase na sua capacidade máxima, especialmente durante os meses de verão”. “Recebe atualmente um número de passageiros muito superior ao que foi inicialmente projetado, o que provoca constrangimentos no check-in, na segurança e na recolha de bagagens”, denuncia a AirHelp, que fala também num “número crescente de greves laborais e de questões relacionadas com o pessoal”, que podem “causar perturbações quando se trata de viajar para ou a partir de Portugal”.

Além disso, a AirHelp alerta que, “dado que o setor da aviação ainda está a recuperar da escassez de pessoal provocada pela pandemia de Covid-19, algumas companhias aéreas e aeroportos poderão continuar a enfrentar problemas no recrutamento e retenção de pessoal qualificado, o que tem impacto para os passageiros aéreos”.

Preocupado com os desafios que podem levar a perturbações está ainda Anton Radchenko, que considera que “as questões relacionadas à capacidade em Faro e Lisboa continuarão a ser problemáticas”, existindo ainda “outras preocupações que podem tornar o verão particularmente desafiante para a aviação comercial”, a exemplo dos “problemas da cadeia de abastecimento que têm sido um problema crescente desde há algum tempo”, assim como do “afastamento das metas climáticas de 2050”, o que tem vindo a ser provocado pela “crescente procura de viagens aéreas e crescimento subsequente da indústria da aviação em geral”.

No entanto e apesar dos desafios, também há oportunidades, sendo que tanto a AirHelp como a AirAdvisor são perentórias em afirmar que Portugal pode tornar-se numa referência no que diz respeito à sustentabilidade ambiental na aviação, com destaque o SAF – Combustível Sustentável para a Aviação.

No caso da AirHelp, a empresa destaca que Portugal pode tornar-se numa referência quanto à sustentabilidade “devido ao crescimento contínuo no setor do turismo, bem como à expansão da conectividade regional e doméstica”. “À medida que a sustentabilidade se torna uma prioridade a nível mundial, o setor da aviação em Portugal pode aproveitar o momento para liderar as práticas de aviação mais ecológica. Os investimentos em aeronaves mais eficientes e sustentáveis, a implementação de programas de compensação de carbono e os Combustíveis de Aviação Sustentáveis ​​​​(SAF) podem melhorar a imagem de Portugal como líder no turismo e na aviação sustentáveis”, explica a AirHelp ao Publituris.

Por parte da AirAdvisor, a perspectiva é semelhante, com Anton Radchenko a considerar que “há grandes oportunidades para o mercado português da aviação no próximo ano”, com destaque para a produção de SAF, “que pode posicionar Portugal como líder do setor, especialmente devido à alocação governamental de 40 milhões de euros destinada a ajudar na descarbonização”.

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
Ouarzazate
Destinos

Marrocos soma 4M de turistas internacionais no 1.º trimestre de 2025

Nos três primeiros meses do ano, Marrocos recebeu um total de quatro milhões de turistas internacionais, número que representa um novo recorde para o país e que traduz um crescimento de 22% face ao mesmo período de 2024.

2025 começou da melhor forma para o setor turístico marroquino, já que o país recebeu, nos três primeiros meses do ano, um total de quatro milhões de turistas internacionais, número que representa um novo recorde para o país e que traduz um crescimento de 22% face ao mesmo período de 2024.

De acordo com informação divulgada pela imprensa marroquina, que cita o Ministério do Turismo, Artesanato e Economia de Marrocos, o número total inclui 2,1 milhões de turistas internacionais e 1,9 milhões de marroquinos que vivem no estrangeiro e que visitaram o país de origem nos primeiro meses de 2025.

A diversidade da oferta marroquina é, segundo a imprensa do país, a principal razão apontada para o crescimento registado no primeiro trimestre, contribuindo para afirmar Marrocos como um destino para visitar ao longo de todo o ano.

O destaque vai para o mês de março que, apesar do Ramadão, viu chegar a Marrocos perto de 1,4 milhões de turistas provenientes do estrangeiro, o que traduz um crescimento de 17% comparativamente a março de 2024.

“Estes resultados evidenciam a significativa transformação da oferta turística de Marrocos. O setor adaptou-se com sucesso às diferentes expectativas dos viajantes”, considera Fatim-Zahra Ammor, ministra do Turismo de Marrocos.

Os resultados do primeiro trimestre contribuem para que Marrocos estabeleça objetivos ambiciosos para 2025 e para o futuro, uma vez que o país se quer afirmar com um dos destinos de destaque do Mediterrâneo e vai ser palco, conjuntamente com Espanha e Portugal, do Mundial de Futebol de 2030.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Brasil volta a exigir visto para turistas dos EUA, Canadá e Austrália

A medida entrou em vigor esta quinta-feira, 10 de abril, devido à falta de reciprocidade destes três países e prevê que, a partir de agora, os turistas americanos, canadianos e australianos tenham de realizar um pedido online e pagar uma taxa de 80,90 dólares (72,29 euros) para entrar no Brasil.

O Brasil voltou a exigir visto para que os turistas dos EUA, Canadá e Austrália possam visitar o país, numa medida que reverte a decisão de 2019, do ex-Presidente Jair Bolsonaro, e que de deve à falta de reciprocidade destes três países, que continuam a exigir visto aos turistas brasileiros.

O decreto entrou em vigor na passada quinta-feira, 10 de abril, e prevê que, a partir de agora, os turistas americanos, canadianos e australianos tenham de realizar um pedido online e pagar uma taxa de 80,90 dólares (72,29 euros) para poderem entrar no Brasil.

De acordo com a Lusa, a decisão de reverter a anterior exceção deve-se à falta de reciprocidade dos três países e já tinha sido anunciada em maio de 2023, apesar de, em setembro do mesmo ano, o ministro das Relações Exteriores do país, Mauro Vieira, ter dito que o Brasil estava disposto a negociar a isenção de visto com os países envolvidos dentro de um conceito de reciprocidade.

“Ou seja, ao país que aceitar que os brasileiros viajem sem visto físico, daremos a mesma vantagem”, disse, na altura, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira.

A Lusa recorda que o Japão também constava nessa lista, mas firmou um acordo com o Brasil em 2023, pelo que os cidadãos de ambos os países deixaram de ter que apresentar vistos de entrada em viagens de curta duração.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Enoturismo

Quinta Nova celebra 20 anos de enoturismo com “Sabores com História”

“A Cidade e as Serras”, “Os Maias” ou “Uma Campanha Alegre” são o mote para um menu exclusivo, disponível no período da Páscoa, onde o chef André Carvalho reinterpreta as referências gastronómicas da prosa de Eça de Queiroz. A iniciativa dá arranque às 20 celebrações a propósito dos 20 anos da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo enquanto primeiro enoturismo do Douro.

As vinhas centenárias, o cenário idílico de uma primavera em flor e o rico receituário descrito em diversas obras de Eça de Queiroz serviram de inspiração ao chef André Carvalho para a criação de um menu temático e de edição limitada, disponível entre os dias 18 e 30 de abril.

O novo menu serve de arranque a um conjunto de 20 iniciativas previstas acontecer em 2025, de maneira a assinalar as duas décadas do primeiro projeto de enoturismo com hotel vínico do Douro, alojado na centenária Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo e de portas abertas desde 2005.

Também no ano em que se comemoram os 180 anos do nascimento de Eça de Queiroz, o Terraçu’s Winery Restaurant desafia os mais curiosos a uma experiência sazonal, uma viagem gastronómica pelos sabores mais genuínos do autor de “A Cidade e as Serras”, onde se celebram as maravilhas destas “vinhas que se vão espraiando em socalcos” e do deslumbramento de Jacinto pela comida autêntica e deliciosa, mas também pela “grandeza do Douro e da vinha, a serra … a descoberta da Natureza”.

A inspiração de Eça não se prende apenas na experiência gastronómica, e encontra razão de ser na paisagem envolvente. A Winery House, casa senhorial composta por 11 quartos com o selo da Relais & Châteaux, surpreende pelo ambiente de exclusividade que proporciona, todo ele envolvido pela natureza, tendo apenas paralelo com as palavras de Eça no livro “A Cidade e as Serras”: “A paisagem deslumbrante, os vales lindíssimos, as quedas de água, os pomares, as flores, tudo aquilo que há naquele bendito monte”.

O menu disponível no Terraçu’s, desenhado pelo chef André Carvalho, à frente do restaurante desde 2018, tem um preço de 135 euros por pessoa (com harmonização incluída) e procura dar vida às memórias de um receituário genuíno.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Pestana Blue Alvor
Alojamento

Pestana Hotel Group regista receitas de 651,5M€ em 2024

O valor de receitas consolidadas registadas em 2024 pelo Pestana Hotel Group representa um aumento de 17% face a 2023. A hotelaria representou 65% das receitas totais do grupo, seguida pela área de negócio imobiliário, sob a marca Pestana Residences, que contribuiu com cerca de 19%.

O Pestana Hotel Group auferiu 651,5 milhões de euros em receitas consolidadas no ano passado. O valor representa um aumento de 17% nas receitas face a 2023, bem como um crescimento de 33% nos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA).

O setor da hotelaria representou cerca de 65% das receitas totais do grupo, seguido pela área de negócio imobiliário, sob a marca Pestana Residences, que contribuiu com cerca de 19% para as receitas de 2024.

Outras atividades, como o Pestana Vacation Club, o golfe e a Empresa de Cervejas da Madeira representaram 16% da receita da empresa.

A valorização do capital humano foi uma das apostas do grupo em 2024, que indica ter distribuído, em em média, dois salários extra por colaborador, além de ter procedido a uma atualização salarial média de 9% nas remunerações base.

Na área das remodelações, em 2024 o grupo pricedeu à modernização e renovação de unidades como o Pestana Blue Alvor Beach, o Pestana Orlando Suites – Lake Buena Vista e da Quinta Perestrello, no Funchal. Foi ainda desenvolvido um conjunto de projetos na área imobiliária sob a marca Pestana Residences, com o grupo a destacar a conclusão do empreendimento Madeira Acqua Residences.

Já no âmbito da transformação digital, o Pestana Hotel Group investiu 10 milhões de euros para renovar todo o sistema de front-office dos hotéis e do website pestana.com.

O grupo refere ainda manter-se comprometido com a redução de 37% das emissões de carbono até 2030, considerando 2019 como ano base.

Até 2023, na área da hotelaria, o grupo refere ter reduzido em 25% as emissões de âmbito 1 e 2, fruto de um investimento acumulado de 16 milhões de euros em projetos de eficiência energética e hídrica. Estes incluíram a instalação de painéis fotovoltaicos e projetos de redução de consumo de água por recurso a fontes alternativas ou circularidade, incluindo a utilização de uma dessalinizadora do Alvor e a reutilização de águas residuais para rega de campos de golfe no Algarve.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

Transavia France anuncia recrutamento para a área digital

A Transavia France vai recrutar 20 colaboradores em 2025, incluindo cargos de Business Analysts, Enterprise e Domain Architects, Engenheiros de Cibersegurança, Team Leaders/Engenheiros de Sistemas e Redes, Product Owners, Data Engineers, Cloud Integration Engineers e outros perfis. 

A Transavia France abriu 20 vagas para reforçar as suas equipas de Tecnologias de Informação (TI) no ano de 2025, recrutamento que, segundo a companhia aérea low cost do Grupo Air France – KLM, visa apoiar o crescimento de 19% que a transportadora espera para este ano.

“Para sustentar o seu crescimento de 19% este ano, a Transavia France está a desenvolver um conjunto de projetos estruturantes de TI para melhorar o seu desempenho e a eficiência das suas operações”, lê-se num comunicado da companhia aérea.

Sébastien Lemaire, diretor de Sistemas de Informação da Transavia France, explica que as “equipas de TI desempenham um papel fundamental na implementação destes projetos” que pretendem melhorar as operações da transportadora.

“É por isso que estamos a lançar um ambicioso programa de recrutamento em diversas áreas de TI para permitir o desenvolvimento de projetos inovadores ao serviço de uma experiência cada vez mais fluida e inovadora para os clientes e os colaboradores”, acrescenta.

Os projetos de TI atualmente em desenvolvimento na Transavia France dizem respeito a todas as operações da companhia e passam, nomeadamente, pela “integração de uma nova ferramenta de gestão de Operações, destinada às suas tripulações e equipas operacionais”, mas também pela “modernização dos sistemas de reservas e da jornada do passageiro” e ainda pela “integração de modelos preditivos e tarifas dinâmicas utilizando a IA e a aprendizagem automática (machine learning), para otimizar as decisões comerciais e melhorar a taxa de ocupação dos voos”.

Previsto está ainda o “desenvolvimento de aplicações os dispositivos móveis de melhoria da gestão diária do negócio”, concretamente em terra com “a implementação de terminais móveis para os agentes”, o que “vai permitir a introdução digital de informações operacionais importantes, com o objetivo de melhorar a pontualidade”, mas também a bordo, já que  a Transavia continua a desenvolver as suas ferramentas de eco-pilotagem para reduzir as suas emissões de CO2.

A Transavia France diz que tem vindo a integrar a IA em “diversos domínios para melhorar a eficácia interna e a experiência do cliente”, a exemplo da ferramenta GitHub Copilot, que é destinada aos Data Engineers para “facilitar o desenvolvimento informático, nomeadamente através de conselhos de desenvolvimento e uma revisão de código assistida pela IA”.

“Já este mês, a Transavia France está a introduzir uma IA generativa interna, que vai ajudar a otimizar a gestão de projetos e a comunicação”, acrescenta a informação divulgada.

De forma a dar resposta a estes projetos, a Transavia France vai recrutar 20 novos colaboradores em 2025, incluindo cargos de Business Analysts, Enterprise e Domain Architects, Engenheiros de Cibersegurança, Team Leaders / Engenheiros de Sistemas e Redes, Product Owners, Data Engineers, Cloud Integration Engineers e outros perfis.

Mais informações sobre as vagas disponíveis aqui.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Embratur lança programa Novas Rotas para impulsionar turismo internacional

A Embratur lança o programa Novas Rotas, iniciativa inédita voltada para a internacionalização de destinos turísticos brasileiros ainda fora dos roteiros tradicionais, através da capacitação de profissionais do setor e da valorização de experiências sustentáveis e autênticas.

O programa pretende promover o desenvolvimento de regiões próximas a destinos já consolidados no mercado internacional, incentivando a criação de roteiros temáticos e prolongando a permanência do turista estrangeiro no Brasil. A proposta é fortalecer a cadeia produtiva do turismo, ampliar o consumo local, gerar emprego e distribuir melhor o fluxo de visitantes pelo território nacional.

O lançamento oficial marca o início de uma série de ações em todo o país, incluindo ações de formação em sustentabilidade, dados e inovação, voltados para gestores públicos, empresários, operadores de turismo e demais atores do setor. O programa também prevê a criação de uma plataforma online de ensino à distância, além de incluir os destinos emergentes nas ferramentas de promoção internacional da Embratur, de acordo com a maturidade e perfil de cada localidade.

Num primeiro momento o programa centra-se no estado do Rio de Janeiro, em que cada região será dividida em polos. Serão criados o Polo Costa Verde, com Angra dos Reis, Itaguaí, Mangaratiba, Paraty e Rio Claro; o Polo Agulhas Negras/Vale do Café, com Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio das Flores, Valença e Volta Redonda; e o Polo Centro Sul, com Areal, Levy Gasparyan, Paulo de Frontin, Miguel Pereira, Mendes, Paracambi, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Sapucaia, Três Rios e Vassouras.

A iniciativa conta com a colaboração de secretarias estaduais e municipais de turismo, operadores regionais, observatórios turísticos e outros parceiros estratégicos, formando uma ampla rede de cooperação nacional.

“A ideia é mostrar ao mundo que o Brasil é muito mais do que os seus cartões-postais tradicionais. Queremos revelar novas paisagens, culturas e experiências, de forma sustentável, inteligente e inovadora”, afirma o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, que considera este “um passo importante para descentralizar o turismo internacional e gerar desenvolvimento em todas as regiões do país”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

Qatar Airways alarga instalação da Starlink aos aviões A350

A Qatar Airways anunciou está a poucos aviões de concluir a instalação do sistema Wi-Fi da Starlink nos seus aviões B777 e revelou que, ainda este mês, este sistema vai começar também a ser instalado nos aparelhos A350.

A Qatar Airways anunciou está a poucos aviões de concluir a instalação do sistema Wi-Fi da Starlink nos seus aviões B777 e revelou que, ainda este mês, este sistema vai começar também a ser instalado nos aparelhos A350.

Com o alargamento da instalação do serviço de internet Wi-Fi da Starlink, a Qatar Airways torna-se na “primeira companhia aérea do mundo a oferecer esta ligação de ponta aos passageiros a bordo do modelo de aeronave Airbus A350”.

“Esta expansão surge na sequência do sucesso da companhia aérea com o Boeing 777 e permitirá a um número ainda maior de passageiros desfrutar de Wi-Fi ultrarrápido e gratuito para fazer streaming, jogar e trabalhar sem interrupções a 35 000 pés de altitude”, explica a Qatar Airways, num comunicado enviado à imprensa.

Segundo Badr Mohammed Al-Meer, CEO do Grupo Qatar Airways, a instalação da Starlink nos aparelhos A350 representa “mais um passo” no percurso da companhia aérea para “redefinir a experiência de ligação à internet durante o voo”.

“Reafirmamos os nossos esforços contínuos para melhorar a nossa experiência WiFi a bordo, assegurando aos passageiros um maior conforto, comodidade e serviço”, congratula-se o responsável.

Atualmente, a Qatar Airways conta já com mais de 80% da sua frota de Boeing 777 equipada com Starlink, tendo operado já mais de seis mil voos com a internet Wi-Fi Starlink disponível para os passageiros.

“Sendo um avião de última geração operado em muitas das rotas mais estratégicas da Qatar Airways, a atualização do Airbus A350 reflete o investimento contínuo da companhia aérea na melhoria da experiência dos passageiros em cada viagem”, refere ainda a companhia aérea de bandeira do Qatar.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.