“No Turismo, espera-se sempre um entendimento entre Governo e oposição”
Não foi longa a intervenção do Presidente da República – a mais aguardada do dia – mas enérgica e com vários recados para actual e futuros governos e actual e futura oposição: “O que gera emprego e promove investimento deve ser aproveitado da melhor forma, sem que exista ideologia política. O que se espera é… Continue reading “No Turismo, espera-se sempre um entendimento entre Governo e oposição”
Ângelo Delgado
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Não foi longa a intervenção do Presidente da República – a mais aguardada do dia – mas enérgica e com vários recados para actual e futuros governos e actual e futura oposição: “O que gera emprego e promove investimento deve ser aproveitado da melhor forma, sem que exista ideologia política. O que se espera é um acordo partilhado entre Executivo e oposição”, disse, durante a sessão de encerramento da III Cimeira do Turismo Português, que contou, no início do dia, com o Primeiro-Ministro, António Costa.
Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou ainda a plateia do auditório do Museu do Oriente para recuar até aos anos 60 para recordar o “arranque do Turismo em Portugal”, fazendo questão de insistir na convergência neste sector. “Podemos ter governos muito diferentes, mas o caminho a percorrer no sector do Turismo não poderá ser alterado de forma profunda. Que se aprofundem as razões do crescimento exponencial do Turismo, pois o ano vivido é muito bom, mas devemos caminhar em frente à procura de mais e melhor”.
“Precisamos de mais pistas”
O apelo é de David Neeleman, um dos accionistas da TAP, questionado por António Mexia, CEO da EDP sobre a necessidade de alargamento do actual aeroporto de Lisboa ou de adoptar a solução Portela +1. Neeleman respondeu desta forma. “Precisamos de mais pistas e de mais terminais. Caso isto não suceda nos próximos anos, não conseguiremos crescer mais e, neste momento, precisamos de crescer mais. Precisamos de uma nova solução”.
Sobre se seria uma boa solução alocar as low-cost na Margem Sul do Tejo, David Neeleman concordou com a ideia, afirmando que “em vários países europeus, os aeroportos utilizados pelas low-cost ficam a uma hora dos centros das cidades, sendo que o Montijo fica apenas a 15/20 minutos da capital”.
Relativamente à polémica sobre a TAP caminhar no sentido de se tornar uma low-cost, o responsável nega, mas sublinha que “com as alterações nos novos aviões, pode-se voar de forma mais económica, tipo Ryanair, ou mais confortável, como sempre foi na TAP”.
Ainda durante a sua apresentação, onde destacou o Stopover, a ponte aérea Lisboa-Porto, a renovação da frota mais envelhecida da Europa – de 21 para 2 anos – recordou que “é vital transformar a TAP numa empresa mais eficiente”.
A finalizar, o que vai ser feito no seio da companhia de bandeira portuguesa: 53 novos aviões, recuperação total dos interiores da frota actual e a renovação de 48 aviões.