Portugal quer ser um laboratório de ‘start-ups’
Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, defendeu, esta sexta-feira, no Lisbon Challenge – Tourism Day, que Portugal oferece muitas oportunidades. Soluções relacionadas com ‘business inteligence’ são a prioridade dentro das necessidades do Turismo de Portugal.

Raquel Relvas Neto
Colômbia e Argentina assinam memorando para a liberalização da aviação comercial
IAG arranca 2025 com números em alta e com 71 aviões encomendados
Escolas do Turismo de Portugal reforçam aposta na sustentabilidade
Alemanha com quebras nas dormidas e hóspedes no 1.º trimestre
Pequim levanta proibição às companhias aéreas chinesas de receberem aviões da Boeing
Turismo de golfe pode valer quase 66 mil milhões de dólares até 2035
Herança Judaica na Europa é nova série de “Viagens com Autores” da Pinto Lopes Viagens
Inscrições até 20 de maio: Turismo de Portugal vai “comandar” missão empresarial a Cabo Verde
Tunísia prevê temporada turística “excecional”, segundo o governo
Escolas de Hotelaria e Turismo de Portugal vão colaborar com congéneres do Luxemburgo
Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, defendeu, esta sexta-feira, no Lisbon Challenge – Tourism Day, que Portugal oferece muitas oportunidades e desafios para os empreendedores que quiserem apostar no sector turístico.
O responsável pela pasta do Turismo português começou por apresentar os números do sector em Portugal, que tem crescido mais de 10% neste ano e que representa 8% do emprego, desafiando as start-ups presentes a desenvolverem soluções que respondam às actuais necessidades do sector do turismo em Portugal, que é “um campo de oportunidades”. O responsável salientou que Portugal pode ser o laboratório ideal para as start-ups testarem e colocarem em prática as suas ideias.
O responsável realçou que, “embora estejamos a crescer rapidamente e de uma forma consistente (…) estamos a enfrentar vários desafios sérios e quero partilhar alguns convosco que podem despoletar o vosso interesse para pensarem sobre eles”.
Dividindo os desafios em dois grupos – público e privado – o responsável indicou que, no primeiro sector, existe um problema relacionado com a ‘business inteligence’. “Olhamos para o Turismo e não temos informação suficiente, não temos ‘business intelegence”, seja, sobre o comportamento dos turistas que nos procuram, onde é que gastam o seu dinheiro, nem quando nem porquê. “Precisamos de saber o que o turista que nos visita quer”, reforçou, indicando ainda que, “precisamos de perceber, não só a olhar, mas através de factos, o que está a despertar o interesse das novas tendências dos turistas”.
Outro desafio que o Turismo de Portugal tem, segundo o secretário de Estado do Turismo, é monitorizar os resultados da campanha de markenting que lançou no digital: “Claro que temos os dados de quantos turistas estão a vir para Portugal. Mas será que estão a vir devido à campanha ou não?” Encontrar formas de monitorizar as campanhas de marketing e de relações públicas do instituto público é uma das actuais necessidades, bem como avaliar os verdadeiros impactos dos grandes eventos que o País recebe: “O sector privado já encontrou maneiras de avaliar o impacto dos grandes eventos, que trazem milhões para o País, mas o que estou a falar é como é que na verdade estes eventos são importantes para a cidade ou para o País?”
O terceiro desafio está relacionado com o território e o respectivo ordenamento. Numa altura em que Portugal está a receber cada vez mais turistas, o responsável referiu que “temos de achar maneiras de os acomodar de uma melhor forma. Como é que podemos gerir o espaço e o trânsito? O que é que podemos fazer no terreno para tornar a experiência do turista mais proveitosa? Este é também um desafio que estamos realmente a enfrentar de momento e estamos empenhados em achar uma solução para isto, porque se essa solução não aparecer vamos começar a olhar para o Turismo como um problema e não como uma oportunidade. Temos que nos focar nisto.”
A promoção de Portugal também foi uma questão levantada pelo responsável, concretamente, saber “como é que podemos promover o nosso País com orçamentos mais pequenos do que outros países como Espanha ou França e como é que o podemos realizar de uma forma mais eficaz?” “Entrámos no mercado digital e estamos satisfeitos com os resultados. Mas precisamos de novas ferramentas, técnicas, B2P. Como podemos promover o nosso País de forma a alcançarmos os turistas que queremos, os operadores ou os canais de distribuição que pretendemos alcançar? A ideia do ‘digital marketing’ é algo que precisamos de fazer um ‘update’ e depende de vocês esse ‘update’.”
Já no sector privado, segundo a perspectiva do secretário de Estado do Turismo, os modelos de negócio das empresas está ultrapassado e os empresários “precisam de novas ideias de negócio, novas ferramentas para serem competitivos”. A par deste desafio, a economia partilhada e o networking entre as empresas do sector foram outros desafios apresentados.