Meeting Industry cresce em 2014
Há quem aponte 2010 ou 2013 como os melhores anos deste segmento. Mas a opinião é geral, as perspectivas até ao final do ano são positivas e 2015 prevê-se que seja ainda melhor.

Raquel Relvas Neto
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Depois de Portugal ter subido quatro posições no ranking da ICCA – International Congress and Convention Association em 2013, com a realização de 249 meetings, e de Lisboa e do Porto terem também subido na ranking, fomos analisar como decorre este ano para este segmento e quais as perspectivas para 2015.
Apesar de nem todos os congressos que a capital portuguesa serem elegíveis para o ranking da ICCA, estes não deixam de ter uma elevada importância para a economia da cidade. Alexandra Toregão, coordenadora de marketing do Centro de Congressos de Lisboa, indica que até ao final de 2014 são expectáveis em Lisboa cerca de 15 mil congressistas, dados apenas referentes ao CCL, que impactam significativamente os dados e estatísticos da cidade, mas “não são dados gerais”. Mas existe um evento que se destaca por ser o de maior impacto económico, segundo a responsável, “o Congresso Mundial da Água – IWA, que se realizará de 21 a 25 de Setembro com cerca de 5 mil participantes”. De acordo com as informações mais recentes, “prevê-se um impacto económico entre 20 a 25 milhões de euros”.
No que refere ao Porto, Helena Gonçalves, directora executiva do Porto Convention Bureau, refere que “face aos indicadores que temos, podemos adiantar que o ano de 2014 será um ano de referência a nível de captação/concretização de congressos no Destino consubstanciado no forte compromisso e acções que a ATP (Associação de Turismo do Porto) tem vindo a imprimir neste segmento e na nossa vontade férrea de subir novamente no ranking da ICCA”.
Analisando se o impacto económico dos congressos se avalia pelo número de participantes ou não, Alexandra Toregão indica que “o número de congressistas é efectivamente o aspecto com maior influência e que impacta outros sectores/serviços como sejam: viagens, transportes, alojamento, alimentação, comércio em geral, criação de emprego, etc”. Na perspectiva da responsável da ATP, o número de congressistas de um evento “não determina, necessariamente, um maior impacto económico.” Mas questões como a duração do evento, programa social e actividades paralelas são indicados como “factores de grande relevo quando se pretende fazer uma avaliação correcta sobre o impacto económico de um evento”.
No que diz respeito ao próximo ano, o Centro de Congressos de Lisboa indica que o destino está “no bom caminho”. “Para 2015, temos confirmados, à data, 20 congressos com uma média de cerca de 2100 participantes por congresso”, avança. No que refere ao Porto, “pelos eventos de MI que actualmente já estão confirmados no destino, estamos francamente optimistas em relação ao ano de 2015”, indica Helena Gonçalves, fazendo alusão aos prémios que o destino tem acumulado nos últimos tempos, além das estatísticas apontarem o Porto e Norte de Portugal como uma das regiões “com maior índice de crescimento”.
Apesar destes indicadores, as responsáveis têm opiniões díspares relativamente ao melhor ano em cada destino ao nível de congressos. No CCL, 2010 deixa saudades. Já no Porto, a responsável da ATP refere que “nesta década, todos os anos têm sido sucessivamente superiores aos anos anteriores, o que denota um crescimento sustentado”. Depois de ter subido sete posições no ranking da ICCA no último ano, Helena Gonçalves espera que “o trabalho conjunto que temos desenvolvido com o Turismo de Portugal e Associados da ATP, sejamos capazes de manter este ritmo de crescimento, escalando novamente mais alguns lugares no final de 2014”.