Polónia sofre queda de 14% nos turistas portugueses devido à guerra na Ucrânia
Agata Witoslawska, diretora do Turismo da Polónia, considera que, para contrariar o receio que os turistas portugueses possam ter da guerra, é preciso trabalhar para dar a conhecer a Polónia em Portugal e mostrar que a vida no país “continua normal”, pois o conflito está “muito distante” do território polaco.

Inês de Matos
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Apesar de estar distante, a guerra na Ucrânia ditou um decréscimo das visitas dos turistas portugueses à Polónia, admitiu esta quarta-feira, 19 de fevereiro, Agata Witoslawska, diretora do Turismo da Polónia, que considera que, para contrariar esta realidade, é preciso trabalhar para dar a conhecer a Polónia em Portugal e mostrar que a guerra está “muito distante” do território polaco.
“Precisamos de recuperar quase 14% dos turistas portugueses que visitavam a Polónia. Imagino que, para os portugueses, a guerra na Ucrânia não é uma situação muito confortável, principalmente se tivermos em conta que Portugal não vive uma situação de guerra há mais de 200 anos”, começou por admitir a responsável em conversa com os jornalistas, à margem de um workshop que o Turismo da Polónia voltou a promover em Lisboa.
Segundo Agata Witoslawska, em 2019, a Polónia tinha recebido cerca de 71 mil turistas portugueses, número que baixou 14% no ano passado, numa descida que a responsável atribui ao facto dos portugueses terem receio do conflito armado, apesar da vida na Polónia “continuar normal” e das hostilidades decorrerem numa zona da Ucrânia que fica longe da Polónia.
“Acredito que para os portugueses seja horrível ter uma guerra tão próxima da Polónia. Mas, se olharmos para o mapa, percebemos que a Ucrânia é um país muito grande e que a zona de Donetsk, onde o conflito realmente está a acontecer, fica muito longe da Polónia. Mesmo assim, consigo perceber que os portugueses tenham algum receio”, acrescentou.
A responsável do Turismo da Polónia diz, no entanto, que tem havido alguma recuperação por parte do mercado português, ainda que a um ritmo mais lento do que o verificado, por exemplo, em Espanha.
“O turismo português na Polónia está a recuperar, é uma recuperação mais lenta do que, por exemplo, apresenta Espanha. Em Espanha, temos um decréscimo de apenas 10% comparativamente aos números dos espanhóis que visitaram a Polónia em 2019. Em Portugal, temos muito trabalho ainda para fazer, mas também acredito que temos de estar mais presentes no mercado”, explicou, referindo, por isso, que o Turismo da Polónia planeia realizar mais eventos B2B em Portugal, tendo já garantida a presença na próxima edição da BTL e com brochuras em português.
Agata Witoslawska diz que fundamentais para essa recuperação são também os voos que a LOT abriu recentemente entre Lisboa e Varsóvia, que passam a ligações diárias no final deste mês e que, segundo a responsável, devem ajudar à desejada recuperação, uma vez que, sublinhou a responsável, “sem os voos, a Polónia não é um destino competitivo”.
Este ano, o Turismo da Polónia pretende promover, essencialmente, os mercados de Natal que são uma tradição no país e que os turistas também apreciam, estando previsto o lançamento de pacotes específicos para este fim, assim como no âmbito do Turismo Ativo e dos City-Breaks, de forma a aproveitar também os dois voos diários que passaram a existir, já que o voo diário da LOT se juntou aos voos que a TAP já operava diariamente para o destino.