Funchal confirma taxa turística para cruzeiros a partir de 1 de janeiro de 2025
A taxa turística para passageiros de cruzeiro vai ter um valor de dois euros e foi decidida depois de um acordo com a CLIA – Cruise Lines International Association, que se mostra satisfeita com a transparência do processo.
Inês de Matos
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A partir de 1 de janeiro de 2025, a Câmara Municipal do Funchal começa a cobrar uma taxa turística de dois euros por cada passageiro de cruzeiro que desembarque na capital madeirense, confirmou esta sexta-feira, 27 de setembro, Cristina Pedra, presidente da autarquia.
A autarca do Funchal adiantou que a taxa aplicada aos passageiros de cruzeiro vai ter o mesmo valor da que, partir de 1 de outubro deste ano, começa a ser também cobrada sobre as dormidas na hotelaria e estabelecimentos de alojamento local da cidade.
“Para já, aplicamos nos hotéis e alojamento local, a partir de 1 de outubro deste ano, dois euros por noite e por hóspede. E houve um compromisso com a CLIA, que honramos porque somos pessoas que honram os seus compromissos, de aplicar o mesmo valor de taxa turística, a partir de 1 de janeiro de 2025”, adiantou Cristina Pedra, durante a assinatura de um protocolo com a Cruise Lines International Association (CLIA), que prevê a plantação de plantas endémicas da Madeira no Parque Ecológico do Funchal.
A autarca do Funchal explicou que a adoção da taxa pretende fazer face “ao acréscimo de custos do próprio turismo e da pressão do turismo” na cidade, já que, apesar de ter apenas 115 mil habitantes, o Funchal recebe diariamente 100 mil turísticas, aos quais se juntam “mais de 50 mil pessoas que vivem entre a Ribeira Brava e Santa Cruz e que vêm para o Funchal trabalhar ou por razões de negócio”.
“Isto é uma pressão enorme sobre o Funchal”, lamentou a autarca, lembrando que o valor encontrado, de dois euros por noite ou por passageiro de cruzeiro, é “muito mais baixo do que em algumas zonas do país e, seguramente, na Europa”.
Já Nikos Mertzadinis, vice-presidente de portos e destinos da CLIA Europa, destacou a importância do acordo alcançado com a autarquia do Funchal neste tema, considerando que “os destinos devem estar em ótimas condições e os residentes locais devem estar satisfeitos para receber os cruzeiristas”.
Por isso, segundo o responsável, a CLIA está satisfeita quanto ao acordo alcançado relativamente à taxa turística a aplicar aos passageiros de cruzeiros, uma vez que “todos devem pagar a sua justa parte de taxas”.
“Foi isso que nos foi pedido pelo município e que foi feito com uma grande transparência. Os nossos passageiros sabem o que estão a pagar e, desta forma, temos tempo para adaptar o nosso modelo de negócio e para as companhias de cruzeiros se adaptarem às novas taxas turísticas. Isto foi alcançado de forma graciosa graças ao município do Funchal”, considerou o responsável da CLIA.
Nikos Mertzadinis disse ainda esperar que este acordo o “quanto as companhias de cruzeiros estão comprometidas com a Madeira e com os destinos”, de forma a garantir não só a sustentabilidade ambiental, como também social.