Brasil supera estimativa da OMT em 2023
Os dados divulgados resultantes de uma parceria entre a Embratur, Ministério do Turismo do Brasil e Polícia Federal dão conta que o Brasil superou em 3% as estimativas da OMT, tendo alcançando quase seis milhões de turistas.
Victor Jorge
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O Brasil recebeu, em 2023, aproximou-se do número de turistas internacionais alcançado no período pré-pandemia, revelando os dados Embratur, Ministério do Turismo (MTur) e Polícia Federal (PF) que, no acumulado dos 12 meses de 2023, o país registou a entrada de 5.908.341 visitantes do exterior.
Este número é 3% superior à estimativa da Organização Mundial do Turismo (OMT) para o Brasil, e 62,7% maior que o acumulado de 2022, quando o país recebeu 3,6 milhões de turistas. Em 2019, o Brasil recebeu 6,3 milhões de estrangeiros.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, referiu, durante a apresentação destes resultados que “o interesse pelo Brasil voltou devido à mudança de Governo e à consequente mudança de rumos na política ambiental, de respeito à democracia e aos direitos humanos. Passamos de inimigos da humanidade ao melhor destino de ecoturismo do planeta. Esse resultado significa criação de emprego e rendimento por todo o país, numa atividade económica que só faz bem ao Brasil”.
De janeiro a novembro, entraram na economia brasileira como o turismo internacional 31 mil milhões de reais (quase 5,8 mil milhões de euros), números superiores aos níveis pré-pandemia.
Só em novembro foram3 mil milhões de reais (perto de 560 milhões de euros), valor 13,3% mais elevado do que o ano de 2011, até então o melhor da série histórica (desde 1995).
O acumulado de 2023, já contando com o mês de dezembro, será publicado pelo Banco Central do Brasil nas próximas semanas, apontando, contudo, Marcelo Freixo que “o trabalho técnico desenvolvido pela Embratur na promoção internacional do turismo brasileiro foi o que permitiu o aumento de 62,7% na chegada de turistas em apenas um ano”.
“Esse resultado só foi possível porque o aumento de interesse no Brasil foi acompanhado de um trabalho muito eficiente da nossa equipa na atração de novos voos internacionais, que resultou num aumento da conectividade aérea de 40%”, referindo ainda que, “de onde esses novos voos descolaram, atuamos com uma estratégia de publicidade e de geração de negócios com as empresas brasileiras e estrangeiras, colocando os nossos destinos na prateleira internacional”, completou.
Por mercados, a Argentina mantém-se como principal país emissor de turistas para o Brasil, com 1,9 milhões de visitantes (32% do total) – o equivalente a 96% do total de 2019. Em seguida estão EUA com 668,5 mil (11%), Chile com 458,5 mil (7,7%), Paraguai com 424,5 mil (7,1%) e Uruguai, com 334,7 mil (5,6%).
França é o principal país emissor da Europa e aparece na sexta posição, com 187,5 mil turistas (3,1%), seguido de Portugal, com 158,5 mil (3%). Alemanha com 158,5 mil (2,6%), Reino Unido com 130,2 mil (2,2%) e Itália com 129,4 mil (2,2%) completam o Top 10.
Em 2023, a chegada de chilenos foi recorde, a maior da série histórica, o que recolocou o país na terceira colocação entre os principais emissores, ultrapassando o Paraguai e retomando a posição que ocupava até 2018. No entanto, a chegada de paraguaios também cresceu e alcançou o melhor resultado desde 1999, quando o número de turistas do país foi de 501 mil.
Os 5,9 milhões de turistas internacionais de 2023 correspondem a 93% das entradas do último ano antes da pandemia. Em relação ao mês de dezembro, o número de turistas internacionais que entraram no Brasil foi de 621.171. O registo é 17,4% maior que o de dezembro de 2022, que foi de 529.038. Nesse caso, a marca corresponde a 95,2% dos dados de 2019, quando o número de visitantes do exterior no país ficou em 652.099.
Os estados que registaram a maior entrada de turistas foram São Paulo, com 2.107.179, Rio de Janeiro, com 1.192.814, Rio Grande do Sul, com 1.000.909, Paraná, com 791.536, e Santa Catarina, com 288.429. A principal via de acesso foi aérea, com 3.794.260 de entradas, seguida pela terrestre, com 1.923.243.