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Base Ryanair na Madeira: uma visão da SkyExpert 365 dias depois

Depois do início das operações a 29 de março de 2022 e oficialmente inaugurada a 14 de abril, Pedro Castro, diretor da SkyExpert Consulting, refere que o balanço é “sem dúvida positivo”.

Victor Jorge
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Base Ryanair na Madeira: uma visão da SkyExpert 365 dias depois

Depois do início das operações a 29 de março de 2022 e oficialmente inaugurada a 14 de abril, Pedro Castro, diretor da SkyExpert Consulting, refere que o balanço é “sem dúvida positivo”.

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Com início das operações a 29 de março e oficialmente inaugurada a 14 de abril, o Publituris colocou três perguntas ao diretor da SkyExpert Consulting, Pedro Castro, relativamente ao início da base da Ryanair na Madeira.

Que balanço faz do 1.º ano da base da Ryanair na Madeira?
Do lado do Turismo da Madeira e da criação de empregos diretos ligados à aviação, o balanço é sem dúvida positivo. O aeroporto da Madeira cresceu a dois dígitos a partir de abril de 2022 quando a Ryanair abriu a sua base e isto depois de um período pré-pandémico de estagnação no aeroporto – não se vislumbrava um crescimento significativo, pelo contrário. Com a Ryanair, passaram a chegar à ilha mais turistas oriundos de novos mercados, com preços e voos mais acessíveis que colocam a Madeira a um nível mais competitivo, nomeadamente em relação às Canárias. Por outro lado, a Ryanair traz um tipo de turista individual que estimula outro tipo de atividades e que ajuda a equilibrar a dependência da Madeira por relação aos touroperadores estrangeiros. Houve naturalmente também a criação e fixação de pilotos, tripulantes e outros empregos diretos no setor aéreo na ilha.

É mais difícil para mim dar uma resposta tão simples sobre a Ryanair: a análise custo-oportunidade que a empresa fez significa que está sempre à procura do aeroporto europeu onde poderá tirar melhor partido financeiro com esses mesmos aviões. Seria necessário ter mais dados financeiros para verificar se esta conta é, de facto, positiva do lado da companhia aérea e se é melhor do que ter estes aviões noutros aeroportos.

Com exceção do Porto, o próximo verão não será marcado por grandes mudanças na operação da Ryanair. De que forma é que isso pode afetar o crescimento em 2023?
É verdade e é um pouco surpreendente. Olhando para trás, a Ryanair raramente abre uma base num aeroporto para onde nunca tenha voado, como foi o caso da Madeira. O aumento das frequências do Porto é feito com os aviões baseados no Porto e está diretamente relacionado com a oportunidade criada pelo abandono da rota Porto-Funchal pela Transavia. Ou seja, a Ryanair não identificou outra oportunidade para crescer na Madeira nos próximos seis meses nem mesmo com aviões de outras bases, mantendo a mesma oferta de voos. Isto pode estar relacionado com os desafios operacionais do aeroporto que, por questões de vento e meteorologia, fecha com uma frequência maior do que a desejada.

Estas disrupções são graves para qualquer companhia, mas para as companhias de baixo-custo que têm departamentos comerciais e de atendimento ao cliente muito racionados, este tipo de situação afeta-as ainda mais. Mas vejo oportunidades para a Ryanair crescer em voos mais curtos como para Espanha, Canárias e até Marrocos. O Algarve, claro, porque não tem voos diretos para a Madeira. Já os Açores estão excluídos devido ao regime protecionista em vigor nestas ligações.

Acredita que outras companhias poderão inspirar-se na Ryanair e criar uma base na Madeira?
Acredito que o Governo Regional deve utilizar todos os mecanismos possíveis para pressionar o Ministério das Infraestruturas, em Lisboa, a fazer um “upgrade” rápido e urgente dos radares que medem o vento na Madeira. Isto não é uma competência regional e o governo da República arrasta inexplicavelmente este tema que é muito mais simples de resolver do que o novo aeroporto de Lisboa, tem um impacto potencial imediato muito maior, mas que não goza da mesma cobertura mediática e cai no esquecimento.

De resto, penso que o Governo Regional prossegue eficazmente o seu trabalho em atrair novas companhias e novas rotas para a Madeira, sendo que conseguir uma base é sempre o auge mais desejado por qualquer região. Temos de compreender, porém, que existem poucas companhias com esta flexibilidade em criar bases noutros aeroportos – nem a companhia pública, onde os Madeirenses colocaram cerca de 100 milhões de euros, consegue fazê-lo.

Existe também a questão do aeroporto do Porto Santo: parece-me essencial dar uma atenção especial ao Inverno e evitar que se repita o que aconteceu em 2020 e 2021 em que a ilha ficou sem voos diretos para o Continente. Em 2022, a easyJet garantiu esses voos diretos para Lisboa duas vezes por semana, mas com horários pouco convenientes para o posicionamento do destino como “escapadela” de fim de semana, com voos aos domingos que saiam da ilha às 09h30. Sem isso, o destino perde uma grande oportunidade da qual depende para se manter aberto durante todo o ano e para se afirmar.

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Portugal tem uma nova rent-a-car: Sicily by Car

Foi apresentado nas novas instalações, no Prior Velho, o mais recente player no mercado de rent-a-car-em Portugal. Chega de Itália, mais concretamente, da Sicília. Fundada em 1963, a Sicily by Car entra no nosso país com uma frota de 400 veículos e aposta no serviço ao cliente e na qualidade. Porto e Faro são os próximas cidades escolhidas para a expansão nacional.

Victor Jorge

Chama-se Sicily by Car e é o novo player no mercado de rent-a-car em Portugal. Depois do mercado de origem (Itália), a empresa fundada por Tommaso Dragotto em 1963, chega ao nosso país com a intenção de “dar aos clientes o que mais desejam: um excelente serviço e qualidade”, revelou João Marques Alves, diretor de Operações da Sicily by Car em Portugal.

A empresa que arrancou há 61 anos com uma frota composta por um Fiat 1300, um Fiat 1100 e dois Fiat 500, apresentou-se esta terça-feira (10 de setembro) nas modernas instalações localizadas no Prior Velho, junto ao Aeroporto Humberto Delgado, e contou com a presença do fundador e presidente da empresa, do embaixador de Itália em Portugal, Claudio Miscia, e de muitos convidados.

Ao Publituris, Vittoria Scalici, Business Manager da Sicily by Car, admitiu que Portugal é “um passo lógico na nossa expansão”. De resto, Portugal aparece no mapa de internacionalização da Sicily by Car depois desta ter aberto operações próprias na Albânia, Malta e Croácia, e, em parcerias, em França (Paris) e Áustria (Viena).

“Portugal tem registado um crescimento incrível no turismo e, por isso, é lógica esta expansão para um mercado que ainda tem capacidade para absorver mais players”, referiu ainda Vittoria Scalici.

De resto, os planos de expansão da empresa italiana não se ficam por Lisboa, já que o pretendido é abrir operação no Porto e Faro, ambicionando os responsáveis que isso aconteça até ao final deste ano de 2024. Já as aberturas nas ilhas – Madeira e Açores – deverão acontecer em 2025, embora João Marques Alves refira que “não existe timing fixo. Acontecerão quando tiverem reunidas as condições de prestarmos o serviço que queremos, sempre apostados na excelência e qualidade do serviço a prestar ao cliente”.

Direcionada ao cliente viajante que chega a Portugal e quer percorrer o país, a Sicily by Car quer explorar, também, o cliente corporate, embora reconheça que “ainda não temos no nosso parque as viaturas que são solicitadas”, salientando, no entanto, o diretor de Operações da empresa que “essas viaturas estão a chegar e são top”.

Com uma frota global que soma mais de 13.000 viaturas, o único handicap apontado por João Marques Alves é não ter nenhum ponto de contacto no interior do aeroporto de Lisboa, situação que admite “será solucionada com a comunicação que iremos fazer junto de quem quer viajar e chega a Portugal”.

Claudio Miscia, embaixador de Itália em Portugal na apresentação da Sicily by Car na sede, no Prior Velho

O embaixador de Itália em Portugal enfatizou a presença de visitantes italianos no nosso país, mas também dos italianos que já residem em Portugal, “o que demonstra o bem que se sentem neste país”. Claudio Miscia salientou, de resto, que, “se há 10 anos viviam em Portugal não mais de 3.000 italianos, atualmente, esse número multiplicou-se por 10, já que são mais de 30.000 os italianos que residem em Portugal. Ora, isso quer dizer alguma coisa”.

Além da expansão prevista para o nosso país, a Sicily by Car anunciou, também, a expansão da operação para Ibiza (Espanha), que terá início a 1 de janeiro de 2025.

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Bruxelas obriga Ryanair a devolver entre 13 e 14 M€

A Comissão Europeia ordenou a Ryanair e o aeroporto de Frankfurt-Hahn a devolver auxílios estatais considerados “incompatíveis”.

Publituris

A Comissão Europeia (CE) ordenou a Ryanair a devolver entre 13 e 14 milhões de euros de auxílios estatais alemães incompatíveis concedidos à companhia aérea low cost irlandesa, incluindo juros.

Além da Ryanair, também o aeroporto de Frankfurt-Hahn se vê obrigado a devolver 1,25 milhões de euros, acrescidos de juros.

Por uma questão de princípio, as regras da UE em matéria de auxílios estatais exigem que os auxílios estatais incompatíveis sejam recuperados sem demora, a fim de eliminar a distorção da concorrência criada pelo auxílio.

Em outubro de 2018, a Comissão deu início a uma investigação aprofundada para avaliar se o financiamento público concedido pela Alemanha ao aeroporto de Frankfurt-Hahn e à Ryanair estava em conformidade com as regras da UE em matéria de auxílios estatais.

A investigação da Comissão abrangeu duas medidas a favor do aeroporto de Frankfurt-Hahn, nomeadamente: i) uma garantia concedida pelo Land da Renânia-Palatinado relativamente a uma venda de terrenos e ii) a devolução ao aeroporto de Frankfurt-Hahn de um terreno anteriormente adquirido pelo Land da Renânia-Palatinado sem que o aeroporto de Frankfurt-Hahn pagasse qualquer indemnização.

A Comissão investigou igualmente quatro medidas a favor da Ryanair, a saber: i) dois acordos de comercialização celebrados em 2005 e 2017 com o Land da Renânia-Palatinado, ii) três acordos de serviços aeroportuários celebrados em 2013, 2015 e 2016 com o aeroporto de Frankfurt-Hahn, iii) um apoio à formação e iv) o aluguer de uma escola de tripulantes e pilotos e de uma sala de manutenção.

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Destinos

Turismo continua a crescer no Dubai e Abu Dhabi

O Dubai recebeu 10,62 milhões de turistas até julho, mais 8% que em igual período de 2023. Já o vizinho Abu Dhabi registou 2,87 milhões de hóspedes em hotéis até junho.

Publituris

O setor do turismo nos Estados Árabes Unidos (EAU) continua a registar um desempenho positivo nas chegadas de turistas internacionais e nas reservas de hotéis, na primeira metade de 2024.

De acordo com os dados disponibilizados, nos primeiros sete meses deste ano o Dubai recebeu 10,62 milhões de turistas, mais 8% que em igual período de 2023, enquanto o vizinho Abu Dhabi registou 2,87 milhões de hóspedes em hotéis até junho.

No caso do Dubai, o DET distribui os visitantes estrangeiros ao Dubai da seguinte forma: África (5%), América (7%), Australásia (2%), CEI e Europa de Leste (14%), região do Golfo (14%), Médio Oriente e Norte da África (14%), Nordeste e Sudeste da Ásia (10%), Sul da Ásia (17%) e Europa Ocidental (20%).

Até julho de 2024, o Dubai apresentava 825 unidades de alojamento, mais 12 que em igual período de 2023, dividindo-se entre 165 hotéis de 5 estrelas (52.766 quartos), 196 hotéis de 4 estrelas (43.592 quartos), 275 unidades de 1 a 3 estrelas (28.898 quartos), 80 hotéis/apartamentos deluxe ou superior (13.734 quartos), e 109 hotéis apartamentos standard (12.426 quartos).

Estes dados colocam a região em conformidade com a Estratégia de Turismo dos EAU para 2031, que visa atrair 100 mil milhões de AED (24,5 mil milhões de euros) em investimentos no turismo e aumentar a contribuição do setor para o Produto Interno Bruto (PIB) para 450 mil milhões de AED (110 mil milhões de euros) até 2031.

Em 2023, o setor do turismo contribuiu com 11,7% do PIB dos EAU, totalizando 220 mil milhões de AED (54 mil milhões de euros), e deverá aumentar para 12% ou 236 mil milhões de AED (58 mil milhões de euros) em 2024, de acordo com dados do World Travel & Tourism Council (WTTC).

De resto, o WTTC prevê que a contribuição do setor do turismo para o PIB dos EAU atinja cerca de 275,2 mil milhões de AED (68 mil milhões de euros) até 2034, apoiada pelas infraestruturas existentes no país, que incluem aeroportos e alojamentos, mas também atrações turísticas.

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Emprego e Formação

NEST lança programa de pré-incubação para o turismo

O NEST Portugal – Centro de Inovação do Turismo está a promover um programa de pré-incubação para o turismo, com um grupo de mentores especializados na área do empreendedorismo: o iGNITE by Nest.

Publituris

A iniciativa tem como objetivo impulsionar ideias focadas na procura de soluções para o futuro do turismo, visando descobrir jovens talentos no meio académico e empreendedor, que, em conjunto com as sessões de mentoria, possam dar resposta aos desafios do turismo.

Constituído por quatro etapas, e com uma duração de oito semanas, a participação nesta iniciativa permite a capacitação para futuros programas de ideação e pré-aceleração, promovidos pelo FIT – Fostering Innovetion in Tourism, do Turismo de Portugal, garantindo um maior conhecimento das ferramentas necessárias para transformar ideias em negócios de sucesso.

Com uma jornada de pré-incubação de 6 semanas, o programa congrega ainda a capacitação com formadores experientes na fase inicial de pré-arranque; a mentoria com profissionais de empresas e startups que são uma referência no setor; e visitas temáticas a espaços inovadores e disruptivos para o turismo.

O pitch final está agendado para o CIBT Estoril, a 28 novembro 2024.

As candidaturas para o iGNITE by Nest estão abertas até 30 setembro 2024 e podem ser realizadas através do site do programa.

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Aviação

A4E considera que decisores políticos da UE e Estados-Membros “devem fazer tudo” para setor de aviação europeu manter-se competitivo

Conhecido que está o relatório elaborado por Mario Draghi, o economista italiano, ex-primeiro-ministro do seu país, antigo presidente do Banco da Itália e do Banco Central Europeu, diz que a Europa precisa de mobilizar pelo menos 750 a 800 mil milhões de euros por ano. O setor da aviação é um dos visados.

Publituris

Depois de apresentado o relatório “O futuro da competitividade da Europa”, no qual Mario Draghi revela as ações que a União Europeia deve implementar sem demora, a Airlines for Europe (A4E) apela à Comissão Europeia, liderada por Ursula Von der Leyen, ao Parlamento Europeu e aos Estados-Membros para que sejam corajosos e assegurem que as recomendações sobre aviação constantes do relatório de 400 páginas.

Reconhecendo a importância do transporte aéreo para impulsionar a prosperidade económica da Europa, a A4E apoia as recomendações de Draghi para a indústria da aviação europeia, a fim de garantir que tal continue a acontecer, nomeadamente no que diz respeito “ao apoio à transição ecológica e estimulo ao fornecimento de combustíveis com baixo teor de carbono; desbloqueio ao investimento na descarbonização da aviação; reforma do ineficiente espaço aéreo europeu; e abordagem à chamada descarbonização assimétrica e a fuga de informação das empresas”.

Em particular, o relatório confirma que o transporte aéreo é um setor “difícil de descarbonizar” e que tem uma “necessidade crítica” de combustíveis com baixo teor de carbono, reconhecendo que o custo da energia é um fator significativo do fosso de competitividade que está a surgir entre a Europa e o resto do mundo.

Em reação à publicação do relatório, Ourania Georgoutsakou, diretora-geral da A4E, salienta que “a próxima Comissão deve ser corajosa e aplicar políticas que abordem as questões relativas à aviação constantes do relatório Draghi: apoiar os combustíveis com baixo teor de carbono, combater as fugas de informação das empresas e concluir o nosso mercado único. A UE é excelente na elaboração de relatórios, mas só isso não garantirá que a Europa continue a ser uma potência industrial e económica mundial. Com este novo mandato, a Europa precisa agora de se destacar na aplicação de políticas que nos mantenham competitivos.”

De acordo com o relatório, a Europa precisa de mobilizar pelo menos 750 a 800 mil milhões de euros por ano para acompanhar o ritmo de concorrentes como os EUA e a China.

Além de apontar que a China constitui um “problema” para a Europa, Mario Draghi salienta, igualmente, que a Europa tem de reorientar urgentemente os seus esforços coletivos para colmatar o défice de inovação em relação aos EUA e à China, em especial no domínio da alta tecnologia.

“O problema não é a falta de ideias ou de ambição da Europa (…) mas sim o facto de a inovação ser bloqueada na fase seguinte: não estamos a conseguir traduzir a inovação em comercialização”, afirmou Draghi na apresentação do relatório.

Também a necessidade de a Europa ter uma estratégia industrial e de dever evitar as “armadilhas do protecionismo”, Draghi conclui ainda que “a Europa não se coordena onde é importante, e as regras de decisão da Europa não evoluíram substancialmente à medida que a UE se alargou e o ambiente global que enfrentamos se tornou mais hostil e complexo”.

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“Incerteza” e “aparente inércia” na privatização da Azores Airlines preocupam consórcio Newtour/MS Aviation

O impasse no processo de privatização da Azores Airlines está a preocupar o consórcio Newtour/MS Aviation, depois de o Governo Regional dos Açores ter decidido cancelar o processo, em maio, e o vice-presidente do Governo Regional, Artur Lima, ter afirmado, recentemente, que “este ano [2024], naturalmente, não é possível”.

Publituris

O consórcio Newtour/MS Aviation está “preocupado” com a incerteza e com a “aparente inércia” em torno do processo de privatização da Azores Airlines.

Apesar de pouco se conhecer sobre o acordo entre o Governo Regional e a Comissão Europeia (CE), é do conhecimento público que a Azores Airlines deve ser privatizada até ao dia 31 de dezembro de 2025. “Este prazo, já de si curto dada a complexidade inerente a uma privatização desta envergadura, torna-se ainda mais exíguo face à falta de decisão da SATA Holding e do Governo”, refere o consórcio em comunicado.

Recorde-se que o Governo Regional dos Açores decidiu, no início de maio, cancelar o processo – decisão essa que não foi contrariada nem confirmada pelo conselho de administração da SATA Holding. Com a privatização em suspenso, a Azores Airlines está num “impasse”, considerando o consórcio que esta situação “pode ter consequências graves para a companhia aérea, para o setor do transporte aéreo na região e, por extensão, para o desenvolvimento económico dos Açores”.

No comunicado, o consórcio admite que a Azores Airlines enfrenta, atualmente, “sérias dificuldades financeiras“, frisando que o adiamento deste processo de privatização “não só ameaça agravar ainda mais a situação precária da companhia, como também coloca em risco a estabilidade económica da região, que depende fortemente de um transporte aéreo eficiente e fiável”.

De resto, o consórcio sublinha que o processo de privatização, que o Governo Regional dos Açores considera encerrado, “ainda não foi concluído”, referindo que teve “apenas conhecimento da decisão [do Governo Regional] anunciada publicamente e que, de forma incorreta, foi assumida como definitiva”.

Além disso, o consórcio diz que, “posteriormente, soube também da existência de um projeto de decisão de cancelamento do concurso do conselho de administração da SATA Holding”.

A este propósito o consórcio clarifica que “cabe ao Conselho de Administração da SATA, e não ao Governo, propor o cancelamento do concurso, ou seja, essa é uma competência de gestão e não política”, destacando que “tal decisão, até ao momento, não ocorreu”.

No final do comunicado, o consórcio Newtour/MS Aviation diz “manter-se firme no seu compromisso de contribuir para uma solução que respeite o acordo estabelecido com a Comissão Europeia, assegurando que o processo de privatização seja concluído dentro do prazo estipulado, devolvendo à SATA o prestígio merecido e dotando-a dos meios necessários para competir eficazmente no mercado”.

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Cairo mais próximo de Lisboa: 2 voos semanais com a EgyptAir

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Cairo mais próximo de Lisboa: Voos Diretos com a EgyptAir

Agora, explorar o Egito está mais fácil do que nunca a partir do aeroporto de Lisboa, com a nova rota de voos diretos, que tornam a viagem mais rápida e conveniente. Com duas ligações semanais e a possibilidade de viajar durante todo o ano, a sua próxima aventura no Egito está apenas a um voo de distância.

Uma Aventura de Cultura e História

O Egito, com a sua rica combinação de Antiguidade e Modernidade, continua a ser um destino irresistível para muitos viajantes. Em 2024, foi eleito pela Lonely Planet como um dos 50 melhores destinos turísticos, destacado não só pela sua excelente relação custo-benefício, mas também pela diversidade de sítios a visitar, aliados à sua história milenar, cultura fascinante, gastronomia exótica e paisagens de tirar o fôlego.

Voos Diretos para o Cairo

Diga adeus a voos com escalas e esperas intermináveis.
Desde 22 de julho, a Egyptair passou a voar diretamente de Lisboa para o Cairo, reduzindo o tempo de viagem para apenas 5 horas. Os voos partem de Lisboa às 23h e chegam ao Cairo às 6h20 da manhã (hora local). O regresso é igualmente conveniente, com partidas do Cairo às 18h15 e chegada a Lisboa por volta das 22h. Essa nova rota está disponível durante todo o ano, oferecendo uma excelente opção para quem deseja escapar do inverno europeu e encontrar um clima ameno e sem chuvas.

Panorama of Cairo cityscape taken during the sunset from the famous Cairo tower, Cairo, Egypt

Descubra o Cairo

Com uma população de mais de 20 milhões de habitantes, o Cairo é uma cidade multifacetada repleta de atrações imperdíveis. Entre os destaques estão as icônicas Pirâmides de Gizé, incluindo as de Quéops, Quéfren e Miquerinos, além da Grande Esfinge. O Museu Egípcio na Praça Tahrir é outro ponto alto, com a sua impressionante coleção de artefactos antigos, múmias e a famosa máscara funerária de Tutankhamon.

Explore também o Cairo Copta, uma área histórica com locais de culto antigos, incluindo a Igreja Suspensa e a Mesquita de Amr Ibn al-As. O Museu Copta oferece uma visão fascinante da história da comunidade copta, descendentes dos egípcios que adotaram o cristianismo.

Para uma imersão completa na cultura local, não perca o Bazar Khan El-Khalili. Passeie pelas suas ruas estreitas, descubra especiarias, souvenirs e delicie-se com pratos tradicionais como o koshary e o fetee. E, claro, um passeio de feluca pelo Rio Nilo é uma experiência obrigatória numa viagem ao Egito.

Explore Além do Cairo

O Egito é muito mais do que apenas a sua capital. Outras cidades notáveis como Luxor, Aswan e Alexandria oferecem experiências únicas. A Egyptair é uma companhia do grupo Star Alliance, que voa atualmente a partir do seu hub no Cairo, para mais de 40 destinos em África e Médio Oriente e 5 destinos na Ásia. Reserve sua viagem agora e descubra o Egito como nunca!
Para mais informações e reservas, visite: https://www.egyptair.com/en/Pages/HomePage.aspx

 

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Como é que o Regulamento dos Mercados Digitais (DMA) afecta a Pesquisa Google e que implicações tem para os hoteleiros?

Inicialmente vista como uma medida para nivelar as condições de concorrência digitais para os hotéis, o Regulamento dos Mercados Digitais parece estar a ter o efeito contrário.

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Seguindo os regulamentos da DMA, a Google ajustou substancialmente as páginas de resultados de pesquisa de hotéis em janeiro. A análise mais recente da D-EDGE revela tendências preocupantes:

O tráfego orgânico e não pago para o website dos hotéis diminuiu, levando a uma queda significativa nas receitas das reservas. Em contrapartida, o tráfego pago e as receitas aumentaram significativamente, resultando em custos de distribuição direta substancialmente mais elevados para os hotéis na Europa, incluindo os que visam um público europeu através de publicidade.

O que é o Regulamento dos Mercados Digitais?
O Regulamento dos Mercados Digitais, introduzido pela Comissão Europeia, tem como alvo os “guardiões” online, como a GAFA (Google, Apple, Facebook e Amazon), para promover a concorrência leal e aumentar a escolha dos consumidores no mercado digital.

Esperava-se que a implementação do DMA nivelasse as condições de concorrência para os hotéis na Europa, proporcionando transparência na melhoria das classificações e da visibilidade, oferecendo um maior controlo sobre a distribuição e reduzindo a dependência das OTA.

Alterações nas páginas de pesquisa de hotéis do Google
Foram registadas várias alterações importantes nas páginas de resultados de pesquisa para consultas relacionadas com hotéis. Os resultados orgânicos são agora empurrados mais para baixo na página, tornando-os menos visíveis. Além disso, a nova secção “locais” dá mais espaço para as OTA e Metasearch aparecerem.

Principais conclusões:

1.Queda significativa no tráfego gratuito:
O tráfego orgânico e não pago da Google caiu de 66% para 57% das receitas directas, o que representa uma diminuição de 20% no tráfego orgânico para os websites dos hotéis. A receita proveniente do Google Free Booking Links caiu 32%, provavelmente devido às alterações de exibição que reduziram os cliques em 41%.

2.Aumento da dependência do tráfego pago:
As receitas das campanhas pagas da Google aumentaram de 34% para 43% das receitas diretas.
O Google Ads (marketing de pesquisa) representa atualmente 39% dos cliques.

3.Aumento dos custos de distribuição:
Os custos diretos de distribuição aumentaram 18%, passando de 3,3% para 3,9% da receita. Apesar deste aumento, os custos directos continuam a ser, em média, significativamente inferiores aos custos indirectos.

4.Mudança desfavorável na distribuição de canais:
A quota de receitas das reservas directas diminuiu 4,3% para uma média de 28,1%. A quota de mercado das receitas das OTA aumentou para 62,7%, enquanto outras fontes indirectas, principalmente Hotelbeds, aumentaram para 9,1%.

Visão geral dos fluxos de receitas das reservas de hotéis em linha

O que é que isto significa para os hotéis na Europa e para aqueles que têm como alvo os clientes europeus?
O impacto destas alterações, potencialmente devido aos regulamentos da DMA, ainda é incerto. Até agora, estas atualizações beneficiaram significativamente a visibilidade das OTAs e as receitas de publicidade da Google. Por outro lado, os hotéis estão a perder visibilidade, a ver menos tráfego orgânico e a enfrentar custos de distribuição mais elevados.

O que é que os hoteleiros devem considerar?
Monitorizar os dados de perto: Analisar os impactos no tráfego do website, nas receitas, no mix de distribuição e nos custos
Estabelecer parcerias com especialistas: Colaborar com os Google Premier Partners para obter informações sobre SEO e estratégias de marketing em todos os canais
Aumentar os gastos com marketing digital: Aumente a publicidade paga, especialmente para a marca do seu hotel, para aumentar a visibilidade

Esperar mais Mudanças
A DMA adicionou recentemente a Booking.com à sua lista de guardiões. Dado o domínio da Booking.com na Europa, a sua conformidade com os regulamentos da DMA também poderá alterar significativamente a distribuição hoteleira.

Consulte a D-EDGE para descobrir quais as estratégias de marketing específicas que deve implementar para se adaptar a estes regulamentos em evolução.

 

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Meeting Industry

2024 terá a maior edição do WTM London

O WTM London 2024 será o maior evento realizado até à data, confirma a organização da feira.

Publituris

O World Travel Market (WTM) London 2024 revelou que o evento deste ano será o maior até à data, com um crescimento esperado de 7% e expansão para novos pavilhões no ExCeL London, refletindo a recuperação do setor das viagens e do turismo internacional.

A decorrer de 5 a 7 de novembro, o WTM espera apresentar cerca de 4.000 expositores, incluindo entidades de turismo, hoteleiros, companhias de transportes, serviços tecnológicos e experiências de classe mundial. “Até ao momento, há informações de que haverá mais de 80 novos expositores no encontro global”, refere a organização da feira.

“Registou-se um crescimento significativo no mercado de destinos, com um aumento de 9% na participação de destinos”, adianta a organização do WTM, referindo ainda que “mais de 135 Organizações Nacionais de Turismo estarão presentes, com um enorme volume de regiões e cidades a juntarem-se a elas”.

África é a região do evento que regista o crescimento mais rápido, confirmando a sequência de estratégias proativas e diligentes implementadas por nações como Marrocos e o Egito num mundo pós-pandémico.

A registar há, também, um aumento significativo de marcas de viagens sem destino a expor no WTM London, com um aumento de 71% na participação de expositores de empresas que se alinharam com a nova zona “Experiências” do evento.

A feira regista um crescimento de 22% nas marcas de alojamento e um crescimento de 16% de expositores no setor da tecnologia.

Os expositores que participam pela primeira vez incluem a KOS Island, VIET EXPERIENCES TRAVEL, China Nimbus Travel, Nimax Theatres, Kuoni Tumlare, Jabal Omar Co, Latvia Travel, Grand Prix Grand Tours, Corendon Airlines, Barclaycard Payments, Riyadh Air, Regnum Hotels, Addison Lee & Stripe Payments – com mais a serem anunciados em breve!

Juliette Losardo, diretora de Expositores da WTM London, refere que “2024 será o melhor ano até agora para o World Travel Market, com o maior grupo de expositores já registado. Estamos orgulhosos de ter representação de destinos de todo o mundo e continuar a aumentar a participação de organizações do setor privado e não-destino”, salientando que “há algumas grandes marcas novas este ano”.

“O World Travel Market é verdadeiramente a casa do comércio mundial de viagens e este encontro de mais de 45 000 profissionais de viagens representa o ponto de encontro mais influente do calendário de viagens e turismo”, conclui Losardo.

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