ACTEP considera este um “bom momento” para agências de viagens de Portugal apostarem no turismo ‘outbound’ chinês
Para Yong Liang, presidente da Associação do Turismo Chinês em Portugal (ACTEP), esta é a “oportunidade certa” para aposta no turismo ‘outbound’ chinês.
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A poucos dias da realização do 20.º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (CPC), a partir do dia 16 deste mês, Yong Liang, presidente da Associação do Turismo Chinês em Portugal (ACTEP), salienta que a China “abre portas à entrada de agências de viagens portuguesas no seu importante mercado turístico de ‘outbound’”. A associação afirma ainda, em comunicado, que “o ajustamento político das agências de viagens estrangeiras na China é um sinal positivo de que a China está disposta a abrir ainda mais o mercado turístico de ‘outbound’ e reforçar as ligações com o resto do mundo, incluindo Europa e Portugal”, destacando a “oportunidade que será para as agências de viagens portuguesas”.
De acordo com o responsável da associação, as agências de viagens com investimento estrangeiro, que estejam já estabelecidas ou venham a estabelecer-se em Pequim, Xangai ou Chongqing, estão agora autorizadas a organizar operações turísticas para chineses viajarem para fora.
Esta decisão advém de uma decisão que o Conselho de Estado da China aprovou no dia 8 de outubro, relativa ao ajuste provisório de certas disposições do regulamento sobre a atividade das agências de viagens, que se manterão em vigor até 8 de abril de 2024.
Embora o turismo ‘outbound’ da China ainda esteja suspenso, Yong Liang considera que esta abertura é um sinal “muito positivo”, indicando que a China irá expandir ainda mais o seu mercado de ‘outbound’ e está disposta a “fortalecer ainda mais as ligações com o resto do mundo, incluindo a Europa e Portugal”, refere o presidente da ACTEP.
As agências de viagens com capital estrangeiro vão poder implementar o sistema de licenciamento para os turistas chineses viajarem para o estrangeiro, embora para obter as necessárias qualificações empresariais precisem de cumprir determinadas condições, designadamente a necessidade de um período prévio de dois anos de operação no país.
Por isso, Yong Liang admite que “este é um bom momento para as agências de viagens de Portugal com forte vontade de se expandir para o enorme mercado turístico chinês”, frisando que a criação de agências de viagens na China “não só pode proporcionar oportunidades para as empresas de turismo portuguesas organizarem turistas chineses para viajarem em Portugal e noutros países da Europa, mas também expandir-se mais na área do recetivo, quando turistas portugueses e de países de língua portuguesa forem à China para turismo”.
Contudo, e uma vez que o turismo de ‘outbound’ da China ainda não está aberto, o impacto direto deste ajustamento “não será imediato”, salienta o presidente da ACTEP. Mas, conclui, “agora é a oportunidade certa, depois, pode ser demasiado tarde para entrar, quando a epidemia diminuir”, manifestando a disponibilidade da ACTEP para ajudar as agências portuguesas nestes processos.
De resto, Yong Liang recorda que a China foi, antes da pandemia, “o maior mercado turístico do mundo e voltará a sê-lo em poucos anos”. “Todo o esforço promocional que a ACTEP agora fez será muito útil para garantir que Portugal está bem posicionado para esta recuperação, razão pela qual queremos envolver as autoridades turísticas portuguesas, nacionais e regionais e as agências de viagens portuguesas neste esforço”, conclui Yong Liang.