Receita do Grupo SATA cresce 15,2% face a 2019 no 1.º semestre
O Grupo SATA registou, entre janeiro e junho, receitas no valor de 107,9 milhões de euros, valor que torna este no “melhor 1.º semestre em termos de Receita desde que há registos consolidados”.
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No primeiro semestre do ano, o Grupo SATA obteve receitas de 107,9 milhões de euros, valor que cresceu 51,4 % face a igual período do ano passado e 15,2% em comparação com o primeiro semestre de 2019, antes da pandemia da COVID-19, o que, segundo o grupo de aviação açoriano, “antecipa uma boa execução do Plano de Restruturação em 2022”.
De acordo com um comunicado do Grupo SATA, o valor de 107,9 milhões de euros constitui “o melhor 1.º semestre em termos de Receita desde que há registos consolidados” e deve-se à “recuperação do tráfego pós-pandemia”.
Além da receita, o Grupo SATA assistiu também ao aumento do número de passageiros transportados pela Azores Airlines, a companhia aérea que realiza voos para fora do arquipélago dos Açores, e pela SATA Air Açores, que liga as ilhas açorianas, que “duplicou em relação ao 1.º semestre de 2021 e ficou apenas 2,3% abaixo do primeiro semestre de 2019”.
Entre janeiro e junho de 2022, a Azores Airlines obteve receitas de 70,2 milhões de euros, crescendo 115% em comparação com o mesmo período de 2021 e 8,6% em comparação com o mesmo período de 2019.
Já a SATA Air Açores apresentou receitas de 41,5 milhões de euros entre janeiro e junho, o que traduz um aumento de 2,2% face a igual período do ano passado e de 26% face ao primeiro semestre de 2019.
“Em ambas as companhias aéreas o semestre de janeiro a junho de 2022 passou a
ser o melhor 1.º semestre em termos de Receita dos últimos 10 anos”, indica o grupo de aviação açoriano.
Na informação divulgada, o Grupo SATA revela que, no primeiro semestre, foi também possível descer os Custos Operacionais Unitários, com exceção do combustível, que apresentaram um decréscimo de 31,4% e 10%, face ao primeiro semestre de 2021 e 2019, respetivamente. Já na SATA Air Açores, os Custos Operacionais Unitários caíram 18,4% e 5% face aos seis primeiros meses de 2021 e 2019, respetivamente.
“Estes ganhos tendem a aumentar à medida que a operação normaliza, as iniciativas de restruturação se consolidam e os custos extraordinários de combate à pandemia desaparecem. Estas poupanças transversais ajudam a acomodar, embora apenas parcialmente, o brutal impacto da subida dos custos com combustível”, explica o Grupo SATA.
No caso do combustível, a tendência é a oposta e, no primeiro semestre de 2022, este custo subiu 304% em relação a igual período de 2021, o que corresponde a 24,3 milhões de euros, muito por culpa da guerra na Ucrânia. Em comparação com 2019, os custos do combustível aumentaram já 75%, representando cerca de 13,9 milhões de euros.
Em resultado do aumento do preço do combustível, o EBITDA da Azores Airlines foi de 14,9 milhões de euros, em linha com 2019, com o grupo de aviação açoriano a destacar que, este indicador, é “tradicionalmente negativo no 1.º semestre”.
Já na SATA Air Açores o EBITDA do primeiro semestre foi de 4,9 milhões de euros, , “substancialmente superior a 2019”, quando este indicador tinha ficado nos 0,2 milhões de euros.
Na informação divulgada, o Grupo SATA revela ainda que, ao nível operacional, os níveis de pontualidade dos voos das suas companhias aérea “estiveram sob pressão no 2.º trimestre”, devido aos constrangimentos aeroportuários na Europa e EUA, ainda que o grupo sublinha que, “as companhias aéreas SATA têm na generalidade conseguido executar a operação planeada”, registando-se um “mínimo de cancelamentos”.
Apesar dos resultados positivos, a incerteza que a aviação vive leva o Grupo SATA a indicar perspetivas “moderadas” para o resto do ano, um a vez que, considera o grupo, “o tráfego no verão continua a crescer a um ritmo forte e sustentado”, mas os “preços do combustível continuam elevados, indiciando tendência para descer ligeiramente, mas de forma muito volátil”.
“Também o crescimento da inflação e aumento das taxas de juro ameaçam a procura no último quadrimestre. Ainda assim, neste contexto, o Grupo SATA antecipa terminar
o ano com uma performance melhor do que a prevista no seu Plano de Restruturação”, conclui o grupo de aviação açoriano.