Empresas de turismo também cortam ligações à Rússia
Da aviação, à operação turística, sem esquecer o alojamento, cruzeiros ou a manutenção aeronáutica, são já várias as marcas do setor do turismo que anunciaram a suspensão ou encerramento de atividade na Rússia.

Publituris
Nova Edição: Viagem aos bastidores do 50.º Congresso da APAVT, mercado chinês, Florianópolis e dossier sobre seguros de viagem
Edição Digital: Viagem aos bastidores do 50.º Congresso da APAVT, mercado chinês, Florianópolis e dossier sobre seguros
Ministros do Turismo do BRICS pretendem dinamizar ações conjuntas
LATAM Airlines já voa com as novas cabines Premium Business renovadas
Volta ao Mundo 2027 da Princess Cruises visita 61 destinos em 20 países e três continentes
Monte da Bica vai investir 1,5M€ para criar boutique hotel, dois lagares e uma sala de provas
Fiscalidade, Emprego, Investimento e Coesão Territorial são os 4 eixos das 13 medidas propostas pela AHRESP para a próxima legislatura
Setor dos Transportes entre os que mais recuaram na constituição de novas empresas até final de abril
Pilotos da TACV anunciam greve de cinco dias a partir de 22 de maio
Turismo de Portugal promove gastronomia nacional no Japão
Com a ocupação russa da Ucrânia, várias são as marcas que estão a anunciar a suspensão ou encerramento das suas atividades na Rússia, num movimento que também chega ao turismo, já que, nos últimos dias, várias têm sido as empresas do setor que anunciaram a saída do mercado russo.
Da aviação, à operação turística, sem esquecer o alojamento, cruzeiros ou a manutenção aeronáutica, o certo é que o movimento começou com o encerramento do espaço aéreo europeu à companhia aérea russa Aeroflot, que acabaria por cancelar todos os seus voos internacionais, com exceção da Bielorrússia.
Mas, além da companhia aérea estatal russa, este movimento de boicote à Rússia está também a ser impulsionado por várias outras empresas globais do setor, como é o caso da Airbnb, cujo CEO, Brian Chesky, anunciava na passada quinta-feira, 3 de março, através da sua conta do Twitter, o fim da operação da plataforma de alojamento local na Rússia e Bielorrúsia.
A Airbnb está mesmo a oferecer alojamento gratuito e de longo prazo a 100 mil refugiados ucranianos e já ofereceu ajuda no mesmo sentido para que a Polónia, Alemanha, Hungria e Roménia possam receber refugiados da Ucrânia no seu território.
A Expedia Group é outra das empresas do setor do turismo a juntar-se ao movimento, tendo já anunciado o fim da oferta de viagens de e para a Rússia, em represália pela agressão militar russa à Ucrânia.
“Em resposta aos recentes atos e sanções impostas pelo governo (dos EUA) contra a Rússia, cessamos a venda de viagens de e para a Rússia”, disse a gigante de viagens, que tem sede em Seattle, nos EUA, e que detém a plataforma de aluguer de alojamento de férias Vrbo.
Apesar da decisão, justificada com “a tristeza pelo que continua a acontecer na Ucrânia”, a Expedia garante que vai continuar a “apoiar os viajantes, parceiros e membros” da sua equipa que tenham sido afetados por esta decisão ou que tenham familiares e amigos nas áreas afetadas.
Quem também se juntou ao boicote internacional à Rússia foi a Amadeus, que anunciou que não vai “firmar nenhum novo contrato na Rússia” e já eliminou as tarifas da Aeroflot do seu sistema.
“Vendo os ataques à Ucrânia, paramos imediatamente qualquer novo projeto comercial que pudéssemos ter previsto na Rússia”, afirma a empresa de tecnologia para agências de viagens, citada pela agência Efe.
Tal como a Amadeus, também a Sabre já rescindiu, na passada quinta-feira, 3 de março, o acordo de distribuição que mantinha com a companhia aérea russa Aeroflot, com o jornal espanhol Hosteltur a lembrar que, em conjunto, a Amadeus e a Sabre representam cerca de 80% do mercado da distribuição de bilhetes aéreos.
“Estamos a tomar uma posição contra este conflito militar. Estamos a cumprir, e vamos continuar a cumprir, as sanções impostas à Rússia”, disse Sean Menke, CEO da Sabre, empresa norte-americana de software e tecnologia para agências de viagens.
Ao boicote juntaram-se ainda os gigantes aeronáuticos Airbus e Boeing, que suspenderam a manutenção e apoio técnico prestado às companhias aéreas russas, tendo a Airbus já parado de enviar peças de substituição para a Rússia, numa altura em que está ainda a avaliar o encerramento do seu centro de engenharia em Moscovo.
Já a norte-americana Boeing, que também suspendeu o envio de peças de reposição, manutenção e serviços de suporte técnico para companhias aéreas russas, optou ainda por anunciar o fim das suas “grandes operações” na Rússia.
No que diz respeito aos cruzeiros, a invasão da Ucrânia pela Rússia levou as companhias a suspenderem as escalas em território russo. Norwegian Cruise Line, MSC Cruzeiros, Carnival Corporation e Celebrity Cruises são algumas das companhias que substituíram as escalas em território russo por outros portos nos países nórdicos.