Fevereiro acentua quebra na movimentação de passageiros nos aeroportos portugueses
O segundo mês de fevereiro deste ano foi, novamente, nefasto para o movimento de passageiros e aeronaves nos aeroportos nacionais.
Victor Jorge
TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé
Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros
Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023
Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023
Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio
Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris
Octant Hotels promove-se nos EUA
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
Em fevereiro de 2021 os aeroportos nacionais movimentaram 265,6 mil passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos), representando uma variação homóloga de -92,9% (-79,3% em janeiro e -74,7% em dezembro), revelam os dados divulgados, esta segunda-feira, 19 de abril, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Considerando o total de passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais em fevereiro de 2021, cerca de 57% corresponderam a tráfego internacional (83% no período homólogo), sendo a maioria provenientes de aeroportos localizados no continente europeu (48%).
Já quanto aos passageiros embarcados, cerca de 60% estão associados a tráfego internacional (82% no período homólogo), tendo como principal destino aeroportos localizados no continente europeu (51%).
Analisandos os meses de janeiro e fevereiro de 2021, o aeroporto de Lisboa movimentou 52,3% do total de passageiros (543 mil), registando uma quebra de 87,4%.
Faro foi, contudo, e considerando os três aeroportos com maior tráfego anual de passageiros, o aeroporto que maior decréscimo do número de passageiros movimentados, indicando o INE uma descida de 92,2% nos dois primeiros meses de 2021).
O aeroporto da Madeira manteve o último lugar no top 3 dos aeroportos nacionais com maior movimento de passageiros neste período (75,3 mil, -83,6%), superando o aeroporto de Faro.
Quanto aos países de origem e destinos, França aparece em primeiro lugar entre janeiro e fevereiro de 2021, com o Brasil a ocupar o segundo principal país de origem apesar do inexpressivo número de passageiros desembarcados durante o mês de fevereiro, resultado da suspensão dos voos, de e para este país, a partir do fim de janeiro. Já a Suíça foi o 3.º principal país de origem e o 2.º de destino, enquanto Espanha evidenciou os maiores decréscimos em ambos os indicadores e ocupou a 4.ª posição.
No que diz respeito à movimentação das aeronaves, o INE revela que, em fevereiro de 2021, aterraram nos aeroportos nacionais 3,4 mil aeronaves em voos comerciais, representando uma variação homóloga de -76,7% (-62% em janeiro e -57,3% em dezembro).
Comparando o número de aeronaves aterradas diariamente entre janeiro e fevereiro de 2021 com o período homólogo de 2020, regista-se um agravamento no mês de fevereiro, verificando-se reduções diárias superiores a 60% no número de aeronaves aterradas.
Um ano de COVID-19
Segundo o INE, entre março de 2020 e fevereiro de 2021 desembarcaram 5,8 milhões de passageiros, o que corresponde a uma variação negativa de 80,6% face aos 12 meses anteriores, sendo que, no que toca às aeronaves, aterraram nos aeroportos nacionais 79,5 mil voos comerciais, representando uma diminuição de 65,2% relativamente a esse mesmo período.
Após março de 2020, o INE mostra que agosto e setembro foram os meses com menores decréscimos (-46,4% e -50,2% de aeronaves aterradas, -65,7% e -70,5% de passageiros desembarcados, respetivamente). Já quanto aos meses que mostraram maiores reduções, abril e maio aparecem com quebras de 94,5% e 92,7% de aeronaves aterradas, 99,4% e 98,5% de passageiros desembarcados, respetivamente), “refletindo o impacto das medidas de restrição à mobilidade adotadas nacionalmente e nos principais destinos e origens do tráfego aéreo para os aeroportos portugueses, tendo em vista limitar o efeito da pandemia”, refere o INE.
A diminuição do tráfego internacional teve o maior contributo (84%) na redução do número de passageiros desembarcados no primeiro ano de pandemia. Efetivamente, o peso do tráfego internacional diminuiu 6 p.p., representando 77% do total.
França foi o principal país de origem dos voos com passageiros (18% dos passageiros desembarcados) e o Reino Unido o segundo (11%), salientando o INE que, no período homólogo pré-pandemia, os mesmos países ocupavam posições inversas.
Espanha, que surgia na 3.ª posição no período anterior à pandemia (representando 10% do total), passou para a 5.ª posição no período pandémico, diminuindo o seu peso para metade (5%). Já a Alemanha aumentou a sua representatividade no período de pandemia, em termos de passageiros desembarcados (de 8% para 10%), enquanto Itália deixou de constar entre os cinco principais países durante o primeiro ano de pandemia, dando lugar à Suíça que, no período de pandemia, foi a origem de 6% do total de passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais.