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Projeto Fall in Love Portugal vai promover Portugal no segmento de casamentos

A pandemia colocou em suspenso a indústria dos casamentos, mas não travou a vontade de promover um mercado que em Portugal atraía, até há bem pouco tempo, cada vez mais procura internacional para hotéis e venues.

Carina Monteiro
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Projeto Fall in Love Portugal vai promover Portugal no segmento de casamentos

A pandemia colocou em suspenso a indústria dos casamentos, mas não travou a vontade de promover um mercado que em Portugal atraía, até há bem pouco tempo, cada vez mais procura internacional para hotéis e venues.

Carina Monteiro
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À semelhança de muitos outros setores, a pandemia colocou em suspenso a indústria dos casamentos, mas não travou a vontade de promover um mercado que em Portugal atraía, até há bem pouco tempo, cada vez mais procura internacional para hotéis e venues.

É o que pretende o projeto Fall in Love Portugal, que junta quatro nomes conhecidos da indústria dos casamentos: a empresa de produção de fotografias e vídeo It’s all about, a designer de moda Andreia Lobato, a wedding planner Lucyana Sposito, e João Nuno Martins Styling & Decor.

A esta equipa juntaram-se Raquel e Miguel, o casal de influencers conhecidos no Instagram como os Explorerssaurus. Juntos, vão percorrer nos próximos 11 dias o país de Norte a Sul para uma produção que irá explorar muitos dos locais de luxo para casamentos. O objetivo final é “ajudar a construir um caminho no trajeto pretendido de levar Portugal a ser o Destino n. 1 dos casamentos da Europa”, refere a It’s all about, porta voz do projeto.

Vários hotéis e venues associaram-se ao projeto. É o caso do Vila Monte Farm House e do Tivoli Carvoeiro, no Algarve; do Comporta Café e do Pestana Eco-Resort, no Alentejo; do Tivoli Palácio de Seteais, da Estufa Fria, My Story Hotels e Pestana Palace, na Região de Lisboa; e da Aqueduto Eventos, Six Senses Douro Valley e Pestana Palácio do Freixo, na Região Norte.

“Para podermos explorar o que o país tem de melhor fizemos um levantamento dos espaços de casamentos que se enquadravam com a mensagem que queríamos passar, estes são espaços de excelência e que estão ligados também à realização de casamentos”, explica a empresa.

Como tudo começou?
Habituados a realizar produções fotográficas de vestidos de noiva em vários destinos como Porto, Londres, Marrocos, Paris, Veneza, Santorini e Barcelona, os parceiros deste projeto preparavam-se para realizar este ano mais uma produção, desta vez em Nova Iorque. O desafio em 2020 era fotografar um casal que fosse conhecido em Portugal, mas que tivesse visibilidade fora de fronteiras. “Depois de algumas e longas pesquisas, encontrámos a Raquel e o Miguel – Explorerssaurus. Têm perto de 745 mil seguidores , espalhados por todo o mundo, reúnem tudo o que procurávamos num casal, carismáticos, naturais e, acima de tudo, portugueses”.

Depois de seis meses a trabalhar no projeto, a viagem estava prevista acontecer em julho. Surpreendidos com a pandemia e com a impossibilidade de viajar, transformaram a produção fotográfica num projeto de promoção do mercado de casamentos em Portugal. “Como não somos de ficar de braços cruzados e após algumas reuniões fez sentido para cada um de nós que o novo destino apenas podia ser… Portugal”, afirmam.

Os promotores não têm dúvidas que esta é a altura para apostar na divulgação do país. “Mais do que nunca está na hora de abraçar o nosso país. Quem está na área dos casamentos sabe que Portugal tem um potencial inexplicável e uma qualidade inigualável. Temos um país pequeno mas ao mesmo tempo tão grande e tão cheio de bons profissionais, esta Pandemia, faz-nos dia após dia lutarmos por algo que acreditamos e que poderá continuar a ser um dos motores de turismo em Portugal”.

Além das parcerias criadas com cada um dos parceiros, em que “cada um impulsionará o melhor método de comunicação”, o projeto terá destaque na ZankYou – o site português com maior relevância na área dos casamentos.

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RoadShow das Viagens do Publituris arranca hoje com 45 expositores e mais de 580 agentes inscritos

O RoadShow das Viagens do Publituris arranca esta terça-feira, 19 de março. Nesta 9.ª edição, o RoadShow percorrerá as cidades de Braga, Aveiro (20 de março) e Lisboa (21 de março), contando com 45 expositores e mais de 580 agentes inscritos.

Publituris

O Roadshow das Viagens do Publituris 2024 início esta terça-feira, 19 de março, estando o seu final marcado para dia 21 de março.

A 9.ª edição conta com 45 expositores que irão mostrar as ofertas que possuem para os agentes de viagens portugueses para este ano de 2024.

O arranque da 9.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris acontece em Braga, mais concretamente, no Meliá Braga Hotel & SPA, com mais de 130 agentes inscritos.

No dia 20 de março, o RoadShow das Viagens do Publituris ruma a Aveiro a Aveiro, para o Meliá Ria Hotel & SPA. Para o evento na Capital Portuguesa da Cultura Aveiro 2024 inscreveram-se 150 agentes.

O final da 9.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris está marcado para o dia 21 de março, no Lisbon Marriott Hotel, local que contará com mais de 320 agentes.

Os expositores presentes nesta 9.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris são:

Consolidador.com
Abreu online
Visit Saudi
Sonhando
Mundomar Cruzeiros
Unlock Boutique Hotels
Loja de Cruzeiros
APG
Lisbon Marriott Hotel
TAAG – Linhas Aéreas de Angola
CNtravel
BedsOnline
StarClass Cruzeiros
AlgarExperience
MGM Muthu Hotels
The Fladgate Partnership Group
TAP Air Portugal
In Azores
SATA Azores Airlines
The Editory Collection Hotels
Air Canada
Transavia
Município de Sintra
United Airlines
Be Live Hotels
Amazing Evolution
Avis
4 Tours
Turismo do Centro de Portugal
MSC Cruzeiros
Hoti Hotels
Picos de Aventura
Europcar
MAWDY
Turangra
Turismo da Madeira
Turismo da Polónia
AIR France-KLM
WOTELS
Etihad Airways
LATAM Airlines
Ibiza
Turismo de Marrocos
In Sure Broker
Ilha Verde

Dirigido aos agentes de viagens de todo o país, o evento é uma oportunidade para Operadores Turísticos, Companhias Aéreas, GSA, Cruzeiros, Hotéis e Delegações Oficiais de Turismo mostrarem a sua oferta num evento que potencia o conhecimento, o negócio e o networking.

Além do habitual workshop, a 9.ª edição do Roadshow das Viagens do Publituris terá, também, um programa social, com jantares exclusivos e animação que promovem o networking entre os participantes.

Os workshops decorrem entre as 18h00 e 21h00, seguindo-se os jantares com os agentes de viagem inscritos.

O evento conta com o patrocínio da Turismo do Centro e terá como parceiros a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), YVU, Meliá Braga Hotel & SPA, Meliá Ria Aveiro Hotel & SPA, Lisbon Marriott Hotel, GR8 e IberoBus.

Sobre o autorPublituris

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Club Med cresce 17%, em 2023, e atinge quase 2MM€ de volume de negócios

Em Portugal, o Club Med cresceu 27% face a 2022, com os destinos de neve a registarem um aumento de 63%.

Victor Jorge

O volume de negócios do Club Med ascendeu, em 2023, a 1,981 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 17% em comparação com 2022 (1,699 mil milhões de euros) e +16% em relação a 2019, com base numa capacidade de resort melhorada, mas reduzida, de 2,3% em comparação com 2019.

O rendimento operacional resorts ascendeu a 174 milhões de euros, um aumento de 64% em comparação com 2022 e de mais de 70% em comparação com 2019, indicando ainda um resultado líquido de 99 milhões de euros.

A capacidade dos resorts aumentou 6% em comparação com 2022, com 97% de capacidade de luxo ou muito luxo (+10 pontos em relação a 2019), indicando os resultados a mais de 1,5 milhões de clientes a passarem férias no Club Med, um aumento de 16% em comparação com 2022, principalmente graças à recuperação da Ásia em 2022, após a continuação das restrições da pandemia.

Henri Giscard d’Estaing, presidente do Club Med, refere que, “depois de regressar ao seu nível pré-pandémico já em 2022, o Club Med atingiu quase 2 mil milhões de euros em volume de negócios pela primeira vez na sua história. O aumento de 50% da sua margem operacional, perto de 10%, e o seu lucro líquido recorde demonstram o sucesso do novo modelo de negócio do Club Med, cuja transformação começou em 2004”.

O responsável adianta ainda, em comunicado, que “o ano de 2024 marcará a finalização bem-sucedida da transição para o mercado superior do nosso portefólio de resorts. Nos seus 74 anos de história, o Club Med nunca teve um portefólio de resorts tão apetecível, quer sejam novos, recentes ou renovados. Com um novo e forte aumento nas reservas para o primeiro semestre de 2024, o Club Med está no bom caminho para se tornar um campeão mundial francês e a marca de turismo de lifestyle mais desejável, oferecendo uma experiência de mudança de vida aos seus funcionários e contribuindo para o turismo sustentável”.

Portugal acompanha crescimento
No que diz respeito a Portugal, a tendência de crescimento global foi transferida para o mercado português, que registou um crescimento de 27% e, em particular, os destinos de neve (que representam 49% do negócio total) aumentaram 63% em comparação com 2022.

As três principais estâncias de neve para os portugueses são Tignes que abriu totalmente renovada em dezembro de 2023 (+625% face a 2022), Val Thorens (+3% que em 2022) e Alpe d’Huez (+189% que em 2022).

O segundo pilar da empresa em Portugal são os destinos long haul, onde os principais destinos são Seychelles, Punta Cana e Cancún. Em comparação com 2022, as Seychelles registam um aumento de 20%, Cancun aponta +57% e Punta Cana aumentou 3%, representando estes três destinos 48% do negócio long haul.

Em termos de destino de short haul (que corresponde a 20% do negócio total), o resort Da Balaia mantém-se a primeira eleição dos portugueses (com um aumento de 26%), representando 43% do total de negócios desta categoria. A vizinha Marbella também é uma das principais escolhas (+31%), bem como Gregolimano na Grécia (+178%), e Yasmina em Marrocos (+29%).

Crescimento em todas as geografias
O volume de negócios da Europa situou-se em 1.195 milhões de euros, um aumento de 7% e 11% em relação a 2022 e 2019, respetivamente, apesar de um contexto geopolítico e inflacionário sensível.

A capacidade dos resorts na Europa aumentou 4% em relação a 2022 (-10% vs 2019), com um aumento de 12 pontos da sua capacidade upscale, indicando as contas um número total de clientes de 615.000, +3% do que em 2022.

A tarifa diária média na Europa foi de 239 euros, aumentando mais de 8% em relação ao ano de 2022, devido à inflação e ao crescimento da capacidade dos resorts premium e de esqui.

Em 2023, França continuou a ser o maior mercado mundial do Club Med, com um volume de negócios de 743 milhões de euros, representando 37,5% do volume de negócios global; aumentando 5,4% em relação a 2022 e 9,8% em relação a 2019, com menos 10% de capacidade devido ao aumento do portfólio do Resort.

Na região das Américas (Norte e Sul), o volume de negócios ascendeu a 478 milhões de euros, tendo crescido 23,5 % em relação a 2022 e 62,7 % em relação a 2019.

O número de clientes registou uma evolução de 5 % em relação a 2022 e de mais de 20% em relação a 2019.

A região da América do Norte beneficiou do facto de o Canadá se ter tornado um mercado estratégico após a abertura bem-sucedida do seu primeiro resort de montanha, o Quebeque Charlevoix, no final de 2021, do seu “efeito de auréola” global na atividade e do desenvolvimento do mercado de Ontário.

Em 2023, o Brasil tornou-se o segundo mercado de vendas a nível mundial em termos de volume de negócios, devido a um sólido impulso nas viagens domésticas e nas férias nos Alpes.

Já na Ásia, o Club Med viu o seu volume de negócios aumentar em 96% em comparação com 2022 e recuperou para 101% do mesmo período em 2019, apesar de o negócio de saída da China ainda estar longe do nível pré-pandémico.

O número de clientes aumentou mais de 50% em comparação com 2022 e excedeu o nível pré-pandémico em mais de 5%.

Este aumento deve-se a várias razões como, por exemplo, o fenómeno “Revenge Travel” na Ásia-Pacífico, um forte impulso nas viagens domésticas na China (+26% de volume de negócios em comparação com 2022) com capacidade crescente (+10% em comparação com 2022) e o sucesso do novo Club Med Kiroro Peak, o terceiro resort de montanha em Hokkaido, Japão, inaugurado em dezembro de 2022.

Tendência de reservas muito encorajadora para o primeiro semestre de 2024
As tendências para o primeiro semestre de 2024, impulsionadas em particular pelo crescimento contínuo da procura das férias na montanha no Club Med e pelo fenómeno das “viagens de vingança” na Ásia, refletem uma nova fase de crescimento, em comparação com o mesmo período de 2023, que já registou valores históricos.

Assim, as reservas para partidas no 1.º semestre de 2024 (a partir de 2 de março de 2024), aumentaram 14% em comparação com o 1.º semestre de 23, evoluindo de forma diferente em várias áreas geográficas. Enquanto na Europa o crescimento é de 7%, as Américas sobrem 11%, para a Ásia indicar uma evolução de 51%, graças ao fenómeno das “viagens de vingança”, na sequência da reabertura de vários destinos e mercados no Sudeste Asiático e da recuperação gradual do sector do turismo na China.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Foto: Frame It

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IAG7 está compradora em Portugal

A IAG7 é a quarta maior agência de viagens corporativas em Espanha, e está em Portugal há cinco anos. Quer crescer, quer ser cada vez maior não só no país de origem como também em Portugal e, por isso está à procura de uma oportunidade para comprar médias agências de viagens ligadas a este segmento. A revelação foi feita em entrevista ao Publituris pelo seu CEO, Ángel Muñoz, estando acompanhado da sua diretora em Portugal, Andreia Oliveira.

A IAG7 é uma agência de viagens corporativa, de business travel e eventos, fundamentalmente. É a quarta maior nestes segmentos de viagens em Espanha. Existe há 40 anos e, com esta, sociedade há 20. Nasceu em Madrid, cresceu por toda a Espanha, e entrou em Portugal há cinco anos, mercado onde quer aumentar a sua influência com aquisições de novas médias agências de viagens, ou a parte corporate de empresas que acumulam este segmento com o lazer.

Em Portugal, “achamos que chegou o momento de incorporar alguma agência de viagens, aumentar a equipa, enfim, fazer mais coisas”, revelou ao Publituris, Ángel Muñoz, CEO da IAG7, em entrevista, acompanhado pela sua diretora no nosso país, Andreia Oliveira.

Porquê Portugal?
“O crescimento natural para nós, enquanto agência corporativa no sector de viagens de negócios foi Portugal, por diversos motivos: a proximidade geográfica e também como parte estratégica de alavancar e de fortificar relações estratégicas com os nossos clientes que têm negócios em ambos os países” acentuou o CEO da empresa, indicando ainda que “realizámos algumas ações específicas na Suécia e no Reino Unido apenas de forma tática, devido às necessidades dos clientes”. No entanto, “o nosso foco no imediato está em Portugal, onde estamos a crescer, mas onde estamos a começar a explorar oportunidades de aquisição para acelerar a nossa presença. Outras geografias virão mais tarde, mas não é uma urgência”.

“Começamos a procurar e a ver devagarinho, mas entendemos que precisamos de crescer num mercado em ascensão como é o português, com a incorporação de novas agências, em Lisboa ou no Porto. Achamos que agora é a oportunidade”, disse o gestor.

Apontou que o nosso país é um mercado que alcançou o ponto de amadurecimento ao nível de grandes agências de viagens de lazer, mas “como em Espanha, existem ainda muitas médias agências de corporate, então há uma oportunidade de criar uma grande empresa em Portugal”. Assim, “gostaríamos que fosse durante o 2024”, e para Andreia Oliveira, “num negócio que seja competitivo”.

O CEO da IAG7 sublinha que “os clientes pedem cada vez mais, é preciso muita tecnologia e há que pagá-la, então, é necessário ser um operador grande. O mesmo se passou no mundo do lazer em Portugal, já que os operadores são muito fortes, mas no business travel ainda não tanto e, aí, há um papel onde podemos jogar”.

Em 2022, o grupo IAG7 registou um volume de negócios de 270 milhões de euros, dos quais mais de 80% correspondem a viagens e eventos empresariais (business travel e MICE), “sendo esta a nossa principal área de negócio”, revelou, sublinhando que “o resto corresponde ao negócio B2B de venda a outras agências de viagens na consolidação de companhias aéreas (somos um dos principais consolidadores em Espanha, e outros serviços prestados a agências de viagens também na área do lazer”.

No ano passado, a faturação do grupo aumentou para cerca de 320 milhões de euros. “Crescemos com os clientes que incorporamos no final de 2023, e estamos também a ver algumas aquisições em Espanha para acelerar o crescimento. Temos de crescer mais rápido”, realçou Ángel Muñoz.

O ano de 2023 foi “fantástico para o setor em termos de recuperação comercial e, possivelmente, também de rentabilidade. Crescemos muito em 2023 como resultado do esforço comercial que realizámos desde 2021”, enfatizou o responsável, ressaltando que “o cenário de crescimento generalizado dos preços pode ter um impacto tanto na procura das empresas como das famílias, mas penso que este impacto se manifestará gradualmente ao longo de 2024. Se não ocorrerem acontecimentos extraordinários, 2024 continuará a ser um bom ano para as viagens de negócios, MICE e certamente também para as férias em lazer”.

Ángel Muñoz, CEO da IAG7, e Andreia Oliveira, diretora da IAG7 em Portugal
Foto: Frame It

Resposta positiva do mercado português
A diretora da agência em Portugal apontou, igualmente, que o corporate está a crescer muito no nosso país. “Cada vez mais as pessoas estão a voltar às viagens, aos eventos, cada vez mais as pessoas nos pedem mais serviços, o que não acontecia tanto antes da pandemia, por isso temos mais volume”.

A resposta positiva do mercado português “reflete não apenas a aceitação, mas a celebração das experiências únicas que proporcionamos aos consumidores e às empresas, tornando-nos uma escolha privilegiada no ambiente competitivo do nosso sector”, frisou Andreia Oliveira.

Salientou ainda que, “em solo português, os nossos serviços são mais do que uma resposta às necessidades; são uma estratégia para a excelência. Desde pacotes de viagens customizados para exploradores individuais até soluções corporativas adaptadas para empresas alicerçadas em tecnologia e integrações, cada serviço é uma expressão da nossa dedicação à qualidade. O aumento do setor em Portugal cria uma necessidade crescente por serviços turísticos diferenciados e competitivos, uma necessidade que estamos orgulhosamente capacitados a atender”.

Por sua vez, para Muñoz Portugal “não é apenas o palco de nossas operações, é um território em constante transformação onde a necessidade de serviços diferenciadores está intrinsecamente ligada ao crescimento do ambiente empresarial”, avançando que “estamos aqui não apenas como prestadores de serviços, mas como parceiros estratégicos para empresas e consumidores que procuram não apenas satisfazer, mas superar as expectativas num mercado cada vez mais dinâmico e globalizado. A nossa presença em Portugal é mais do que comercial; é uma celebração da parceria, da inovação e, acima de tudo, do compromisso em oferecer serviços que transcendem as expectativas do exigente público português”.

O cliente lazer da IAG7 vai estar sempre ligado ao business travel, disse o gestor, indicando que “são normalmente clientes corporate que, quando querem fazer lazer, como conhecem o nosso serviço personalizado, procuram-nos”. Por isso é que não querem, em Portugal, ter uma rede de lojas de rua. “Essas já existem e temos em Espanha 20. Queremos, sim, aumentar a nossa incorporação no segmento que dominados”, defendeu.

Foco nas tecnologias
O investimento em tecnologia vai continuar a aumentar, disse Ángel Muñoz que explicou que “somos proprietários de uma empresa de motores de busca e vendemos a outras agências de viagens. A importância é ter estas tecnologias nos processos porque é fundamental no segmento de business travel”.

Sobre esta matéria adiantou que “estamos a trabalhar na melhoria dos nossos processos internos para acompanhar o crescimento com eficiência, incluindo novas tecnologias internas.

A nossa contribuição para a RSE é também um foco, não só no aspeto ambiental, onde já fizemos muito trabalho, mas também no nosso impacto social dentro e fora da empresa. Por fim, a tecnologia está sempre presente para nós como soluções para os clientes (ferramentas de relatórios, ferramentas de auto-reserva, etc., com as nossas próprias soluções) e também para uso interno”.

Um dos capítulos principais da nova política de viagens é a sustentabilidade. Na opinião do responsável, “em primeiro lugar, compreender com o cliente quais são as suas prioridades de sustentabilidade e como compatibilizá-las com as viagens, uma vez que a primeira contribuição para a sustentabilidade é a racionalização das viagens. Depois, oferecemos ferramentas de informação sobre o impacto ambiental das suas viagens, com relatórios de consumo e estimativas de emissões de CO2. Também lhes oferecemos soluções de compensação de emissões, se tal for do seu interesse”.

A IAG7 é parceira da Travel Leaders, uma associação global de agências de business travel. O CEO da empresa considerou que “a nossa adesão é estratégica porque nos dá acesso a conhecimento e gestão global de viagens de negócios, bem como é um catalisador para apoiar a expansão internacional dos nossos clientes noutros países, com parceiros em mais de 80 países. Ao mesmo tempo, é uma fonte de crescimento para Espanha e Portugal, permitindo-nos fornecer serviços de viagens de negócios a outros clientes da Travel Leaders”. Por outro lado, tendo muito conhecimento em tecnologia “permite-nos aceder a todas essas ferramentas”.

Ao longo da entrevista, Muñoz ressalvou sempre que “hoje somos grandes, mas mantemos uma filosofia algo familiar, preocupados com a qualidade e o serviço, tendo a tecnologia muito presente”, daí que, sobre a sua equipa em Portugal, defende que “a Andreia é uma valente, iniciou o projeto connosco e estamos supercontentes com a sua prestação. Além disso, para nós, a relação com as pessoas e o contacto direto é muito importante, e esteve sempre claro que ela aposta no projeto, tendo começado do zero”.

O nosso foco no imediato está em Portugal, onde estamos a crescer, mas onde estamos a começar a explorar oportunidades de aquisição para acelerar a nossa presença no mercado. Outras geografias virão mais tarde, mas não é uma urgência”

Onde e como tudo começou
A empresa foi fundada em 2005, inicialmente com o nome comercial IA Viajes, que significa “Integración de Agencias de Viajes”. Nasceu da fusão de sete agências de viagens corporativas localizadas em Madrid. A G7 foi adicionada quando adquiriram uma agência de viagens corporativas e MICE com o nome de G7 Viajes. Na altura, “acreditámos que a melhor mensagem para o mercado era reforçar o nome das duas empresas, ficando assim IAG7 Viagens”, explicaram. As agências adquiridas pelo grupo IAG7 Viajes já não mantêm a sua designação comercial, nem funcionam de forma independente, todas estão ligadas e são geridas de forma unanime.

O gestor diz que ser o quarto maior em Espanha no segmento de business travel “é um orgulho, porque começámos muito pequeninos e acreditamos que fazemos as coisas bem. A proposta de serviço tem sido adequada, somos flexíveis, adaptamo-nos às necessidades do cliente, apostamos na tecnologia e no crescimento sustentável. Estes foram sempre os nossos objetivos. Também acreditamos que a dimensão é importante. É necessário ser grande para poder prestar serviços de maneira competitiva”, destacou.

Conforme assegurou os elementos diferenciadores do grupo são: “a especialização em viagens de negócios e MICE, que nos permite oferecer uma gama completa de soluções e serviços para uma empresa pública ou privada, PME ou grande empresa; flexibilidade e agilidade na tomada de decisões, o que permite adaptar a oferta comercial às necessidades específicas do cliente e gerir facilmente o pós-venda e as incidências; proximidade e conhecimento local, que permite a adaptação e o tratamento humano no serviço. Os restantes atributos, tais como a experiência, o conhecimento, ou a confiança, já existem, e já são um dado adquirido”, observou.

Mercado global em recuperação
A nível geral já se pode falar numa total recuperação do mercado das viagens? Respondendo a esta questão, Ángel Muñoz considerou que “é possível que o mercado das viagens de negócios, no seu conjunto, não tenha recuperado. Pelas informações que temos, e seguindo as publicações da associação GEBTA da qual fazemos parte, em Espanha o mercado está possivelmente 90% recuperado; sendo os pequenos e médios clientes os que recuperaram muito mais, e os clientes da dimensão das grandes multinacionais ainda não registam valores de recuperação tão elevados, talvez porque tenham aproveitado a oportunidade para modificar procedimentos no que diz respeito às suas políticas de viagem. No caso do MICE, parece que talvez os números de 2019 já tenham sido ultrapassados e haja mais volume do que antes da pandemia”, concluiu o nosso entrevistado.

Sobre o autorCarolina Morgado

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Solférias reforça a aposta em Cabo Verde com abertura de escritório na Ilha do Sal

Mantendo o compromisso de reforçar a posição em Cabo Verde, o operador turístico acaba de reforçar a sua presença no país com a abertura de um escritório na Ilha do Sal.

Publituris

O compromisso do operador turístico Solférias mantém-se relativamente a um dos destinos preferidos dos portugueses. Assim, a Solférias abre um escritório em Cabo Verde, mais concretamente, na Ilha do Sal, referindo que o objetivo é manter “o compromisso de apresentar a melhor e mais competitiva oferta de programas, mas igualmente de garantir o melhor apoio e serviço a todos os que elegem a viajar com a Solférias para Cabo Verde”.

Leia também: Solférias já vendeu mais 59% face ao mesmo período de 2023 e procura reforçar capacidade para alguns destinos em charter

Contando com o seu conhecimento e do seu “staff” local, para apoiarem e garantirem a qualidade da programação para Cabo Verde, a Solférias Cabo Verde possui, igualmente, uma frota própria de autocarros e mini-bus, para que a segurança e qualidade Solférias estejam presentes em todos os momentos de cada viagem.

“Esta é mais uma boa noticia para todos os agentes de viagem e para todos os viajantes portugueses que continuam a manter Cabo Verde no topo dos destinos preferidos”, conclui o operador turístico.

Sobre o autorPublituris

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Turismo

Nova Edição: Turismo Religioso, AITO Ucrânia, Tendências Amadeus, Embratur e a Conferência dedicada ao Enoturismo

A segunda edição do mês de março faz capa com o Turismo Religioso que reclama maior valorização. Nesta edição ainda poderá ler sobre o turismo na Ucrânia, as tendências de viagens da Amadeus, a estratégia da Embratur e a relevância do Enoturismo. Isto e a BTL 2024 em imagens.

Publituris

A edição de 15 de março de 2024 do jornal Publituris destaca o Turismo Religioso. Como Santuário de Fátima a receber quase 7 milhões de peregrinos, em 2023, correspondendo a um aumento de 39% face a 2022 e mais 9% relativamente a 2019, Europa, América – com destaque para os EUA, Brasil e México – e Ásia (Filipinas, Coreia do Sul e Vietname) são os principais continentes que procuram este destino. Contudo, Purificação Reis, presidente da ACISO, entidade organizadora dos Workshops Internacionais do Turismo Religioso, apela à valorização do Turismo Religioso Nacional.

Na “Distribuição”, o Publituris esteve à conversa com Olena Kazmina, vice-presidente da Associação de Operadores Turísticos Incoming da Ucrânia (AITO), que pede que “não esqueçam a Ucrânia”. De resto, Kazmina refere que, apesar do conflito existente na Ucrânia, iniciado pela Rússia, o turismo no país não parou. “Grande parte dos visitantes são, naturalmente, apoiantes da causa ucraniana”, admitindo que “sabemos que, atualmente, o destino não é de lazer, seguro, onde se pode ter umas férias relaxadas, mas há regiões não afetadas pela guerra, nomeadamente, mais a Ocidente”.

No âmbito da BTL 2024, a Amadeus revelou as últimas tendências de viagens a nível mundial. Apresentados os resultados, a empresa deu a conhecer duas tendências em lazer e duas em business: o turismo musical e a classe executiva; o poder do networking e a sustentabilidade, respetivamente. Como tendência transversal encontra-se o Assistente Pessoal com recurso à Inteligência Artificial (IA).

Em imagens, trazemos o que foram os “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”, bem como uma amostra do que foi a maior feira do turismo em Portugal, para nas “Capas que fazem história”, trazermos os destaques do Publituris da edição de 15 de março de 1974.

Nos “Destinos”, um ano depois de ter assumido a presidência da Embratur – Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, Marcelo Freixo regressou a Portugal para dar conta da nova estratégia de promoção que o Brasil definiu para os mercados europeus e na qual Portugal tem um lugar de destaque.

Também no âmbito da BTL 2024, o Publituris co-organizou a conferência dedicada ao Enoturismo, uma atividade, um mercado já histórico em Portugal, que tem as suas tradições, tem o seu valor acrescentado, mas, no entanto, só agora começou a ser olhado como tal. A especificidade deste segmento, a sua interligação com outros produtos turísticos e a sua promoção foram temas da conferência em que participaram Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, Pedro Valle Abrantes, Managing Partner da Trypor, Alexandra Leroy Maçanita, Events & Wine Tourism Manager da Fita Preta, Luís Santos, General Manager do Palácio Ludovice Wine Experience Hotel, e Ana Maria Lourenço, Public Relations do World of Wine (WoW).

Além do Pulse Report da GuestCentric, as opiniões desta edição pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor) e Manuel de Carvalho e Sousa (docente no ISAG-European Business School).

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Destinos

Turismo da Alemanha quer capitalizar crescimento do mercado português com o Euro 2024

Depois de ter registado um crescimento de 5% nas dormidas de turistas portugueses em 2023, face a 2019, totalizando mais de 544 mil, o Turismo da Alemanha pretende que a realização do Euro 2024 sirva de mote para atrair ainda mais portugueses a visitar terras germânicas.

Victor Jorge

A Alemanha registou 80,9 milhões de dormidas internacionais, em 2023, um aumento de 18,8% relativamente a 2022, sendo que de turistas provenientes da Europa, o número foi de 62,1 milhões de dormidas (+15,3% face ao ano anterior). Isto só para dormidas calculadas em hotéis com mais de 10 camas e todo o território alemão.

Em 2023, Portugal registou 544.135 dormidas, um aumento de 14,3% face a 2022 e uma evolução de 5% quando comparado com 2022, salientando Ulrike Bohnet, diretora do Turismo da Alemanha para Portugal e Espanha, em conferência de imprensa, tratar-se de “um novo recorde”, depois de, em 2022, as dormidas terem totalizado 476.190, um crescimento de mais de 110% relativamente a 2021.

Na opinião da responsável pelo Turismo da Alemanha para Portugal e Espanha, a realização do Campeonato Europeu de Futebol, de 14 de junho a 14 de julho, para o qual Portugal está apurado, terá “uma importância enorme para o turismo na Alemanha, já que chamará milhões de pessoas”.

Ora, é precisamente neste evento que o Turismo da Alemanha alavanca a sua estratégia para atrair mais visitantes internacionais. “Não queremos que os turistas internacionais visitem a Alemanha somente neste período de um mês que dura o Euro 2024, mas que utilizem o evento para visitar e ficar mais tempo”.

Por isso mesmo, a campanha que o Turismo da Alemanha tem preparada para o turismo internacional ter o claim “Stay longer”. Utilizando este claim, a Alemanha prepara-se para mostrar as regiões e cidades onde decorrem os jogos dos diversos países, sendo que no caso português, Leipzig, Dortmund e Gelsenkirchen serão os palcos onde a seleção nacional jogará as suas partidas.

Se na primeira cidade, a “Rota da Música” é uma das atrações principais, havendo conexões diretas de Lisboa Porto, Faro e Funchal até ao aeroporto de Berlim, o aeroporto de Düsseldorf servirá de ponto de chegada para quem quiser ver os jogos em Dortmund e Gelsenkirchen, e onde a região de Wuppertal e Ruhr, respetivamente, são alguns dos destinos a visitar.

Mas a campanha do Turismo da Alemanha quer capitalizar o Euro com mais atrações. “A Campanha Cultura 2024 terá um foco muito forte nos 7.200 museus, 8.000 exposições, 80 salas de ópera, 700 teatros e 13 regiões vitivinícolas existentes em todo o território alemão e dos quais queremos fazer uso para promover a Alemanha nos mais diversos mercados internacionais, Portugal incluído”, admitiu Ulrike Bohnet.

“Queremos que, quem nos visite, possa usufruir dos 52 lugares declarados Património da Humanidade da UNESCO e que siga a máxima ‘viajar menos, mas ficar mais tempo’”.

Mas não é só no Turismo Cultural que a Alemanha aposta. Também o Turismo Industrial é uma das vertentes que a entidade responsável pelo turismo da Alemanha pretende divulgar em força, além de colocar a Alemanha como um dos destinos turísticos mais sustentáveis.

Assim, o Euro 2024 “serve só de ‘branding’, já que o nosso papel não passa por promover o Campeonato de Futebol, mas todo o território alemão com a sua diversidade de oferta”, esclareceu Ulrike Bohnet.

Com um total de 23 voos que ligam Portugal à Alemanha diariamente, o Turismo da Alemanha espera que a média de noites dormidas pelos visitantes portugueses possam aumentar para além das 6,8 registadas em 2023, número que, segundo a responsável do Turismo da Alemanha para Portugal e Espanha indicou como “bastante positivos, mas que queremos que aumentem”.

E se o período do Euro 2024 é o mote para atrair os turistas de todo o mundo à Alemanha, os responsáveis pelo turismo do país já estão a pensar mais à frente e apontam baterias aos Mercados de Natal, “outra época forte no turismo na Alemanha e que será promovido ao longo deste período”.

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Alojamento

INE: Alojamento turístico em janeiro registou 230,8M€ em proveitos totais

No seu mais recente relatório, o Instituto Nacional de Estatística (INE) aponta que o crescimento dos proveitos totais registou um abrandamento em janeiro pelo terceiro mês consecutivo.

Carla Nunes

Após ter dado conta, no final de fevereiro, que o setor do alojamento turístico registou 1,5 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas em janeiro, o INE indica agora que no primeiro mês do ano foram gerados 230,8 milhões de euros de proveitos totais, mais 9,4% face ao período homólogo e mais 13,4% em relação a dezembro de 2023.

Quanto aos proveitos de aposento em janeiro deste ano, foram registados 166 milhões de euros, mais 8,5% em relação ao período homólogo e mais 14,8% face a dezembro de 2023.

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (35,8% dos proveitos totais e 37,5% dos proveitos de aposento), seguida pela Região Autónoma da Madeira (17% e 16,3%, respetivamente) e do Norte (16,7% e 16,9%, pela mesma ordem).

Os maiores crescimentos ocorreram no Oeste e Vale do Tejo (mais 33,3% nos proveitos totais e mais 22,4% nos de aposento, face ao período homólogo), no Centro (mais 14,4% e mais 13,7%, respetivamente) e no Algarve (mais 12,9% e mais 16,3%, pela mesma ordem).

Destaque também para a Península de Setúbal, a única região que registou decréscimos em ambos os proveitos (menos 2,6%), e para a Região Autónoma dos Açores, que embora tenha verificado uma diminuição de 1,9% nos proveitos de aposento, registou um crescimento de 2,3% nos proveitos totais.

Em janeiro, o INE dá conta do crescimento dos proveitos nos três segmentos de alojamento.

Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 88% e 86,1% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 9,5% e 8,9% em relação ao período homólogo, pela mesma ordem.

Já nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9% e 10,9%, respetivamente), registaram-se aumentos de 6,2% nos proveitos totais e 4,9% nos proveitos de aposento face ao período homólogo.

Por fim, no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,1% nos proveitos totais e de 3% nos de aposento), os aumentos foram de 16,5% e 11,2%, respetivamente.

ADR cresceu em todas as regiões

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se nos 30,2 euros, mais 3,9% face ao período homólogo e mais 9% face a dezembro. Já o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 83,7 euros, mais 7,6% em relação ao período homólogo e mais 6,2% quando comparado com os dados de dezembro.

Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na Região Autónoma da Madeira (51,2 euros) e na Grande Lisboa (49,5 euros), tendo os maiores crescimentos ocorrido no Oeste e Vale do Tejo (mais 15,5% face ao período homólogo) e no Algarve (mais 12,2% em relação ao período homólogo). A Região Autónoma dos Açores foi a que registou o maior decréscimo, com menos 6,3% em relação ao período homólogo.

Em janeiro, este indicador cresceu 5,4% na hotelaria (mais 10,4% face a dezembro de 2023) e 3,8% no turismo no espaço rural e de habitação (mais 9,7% do que dezembro de 2023). No alojamento local decresceu 3,6% (+3,2% em dezembro).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu os 83,7 euros, mais 7,6% em relação ao mesmo mês de 2023, e mais 6,2% quando comparado com dezembro de 2023.

O INE aponta ainda que o ADR atingiu os valores mais elevados na Grande Lisboa, a 105,9 euros, e na Região Autónoma da Madeira, com 87,5 euros. Os acréscimos mais expressivos verificaram-se no Algarve (mais 12,1%), na Região Autónoma da Madeira (mais 11,9%) e na região Centro (mais 11,2%), sempre em relação ao período homólogo.

Em janeiro, o ADR cresceu 8% na hotelaria (mais 6,3% do que em dezembro de 2023), 7,2% no turismo no espaço rural e de habitação (mais 5,5% em dezembro) e 4,2% no alojamento local (mais 4,9% em dezembro), atingindo os 86,2 euros na hotelaria, os 100,5 euros no turismo no espaço rural e de habitação e os 65,5 euros no alojamento local, respetivamente.

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Transportes

Início de 2024 mantém tendência de crescimento na movimentação de passageiros nos aeroportos nacionais

Os aeroportos nacionais continuam em alta, com a movimentação de passageiros a registar um crescimento de 1,6% face ao primeiro mês de 2023, totalizando 4 milhões de passageiros em janeiro de 2024. França liderou como principal país de origem e de destino. Lisboa mantém a liderança, seguida do Porto e Madeira.

Victor Jorge

Em janeiro de 2024, os aeroportos nacionais movimentaram 4 milhões de passageiros, correspondendo a um crescimento de 1,6% face a janeiro de 2023, verificando-se “máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais”, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

No primeiro mês deste ano, os aeroportos nacionais assinalaram um desembarque médio diário de 61,4 mil passageiros, valor superior ao registado em janeiro de 2023 (60,7 mil; +1,2%).

“O movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal. Os valores diários mais elevados são geralmente encontrados no período de verão e o sábado é o dia da semana com maior número de passageiros desembarcados”, refere o INE.

Em janeiro de 2024, 80,5% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 1,5 milhões de passageiros (+2,7%), na maioria provenientes do continente europeu (63,6% do total), correspondendo a um aumento de 0,9% face a janeiro de 2023. O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 11% do total de passageiros desembarcados (+12,1%).

Relativamente aos passageiros embarcados, 82,2% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 1,7 milhões de passageiros (+3,5%), tendo como principal destino aeroportos no continente europeu (67% do total), registando um crescimento de 2,2% face a janeiro de 2023. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (10,3% do total; +13,1%).

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais em janeiro de 2024, França foi o principal país de origem e de destino dos voos, apesar de ter registado decréscimos no número de passageiros desembarcados e embarcados face a janeiro de 2023 (-9%; -7,7%). Espanha e Reino Unido ocuparam a 2.ª e 3.ª posições, como principais países de origem, e posições inversas como principais países de destino. Brasil e Alemanha alternaram a 4.ª e 5.ª posição consoante país de origem ou de destino dos voos.

O aeroporto de Lisboa continuar a ser a principal porta de entrada, movimentando 56,4% do total de passageiros (2,3 milhões), +0,7% comparando com janeiro de 2023. O aeroporto de Faro registou um crescimento de 8,5% no movimento de passageiros (292,1 mil) e o aeroporto do Porto concentrou 23,2% do total de passageiros movimentados (930,1 mil) e aumentou 3,8%.

De salientar que o aeroporto da Madeira foi o 3.º aeroporto com maior movimento de passageiros em janeiro de 2024 (302,1 mil; -3,7%), superando o aeroporto de Faro.

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Eventos Publituris

Publituris lança 1.ª edição do “BOOK de Enoturismo” com apoio do Turismo de Portugal

A Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL 2024 marcou o lançamento de um novo produto no universo Publituris, com a 1.ª edição do “BOOK de Enoturismo”, com o apoio do Turismo de Portugal.

Publituris

A crescente relevância do Enoturismo em Portugal serviu de mote para o jornal Publituris lançar a 1.ª edição do “BOOK de Enoturismo”, com o apoio do “Visit Portugal”, do Turismo de Portugal, contando, igualmente, com a TryPor e André Villa de Brito como parceiros.

Portugal possuía no final de 2022, segundo dados do Turismo de Portugal, 458 unidades que desenvolviam atividade no mundo das experiências vínicas, com o segmento do Enoturismo a assumir uma relevância cada vez maior na diversificação da oferta turística em Portugal.

Em 128 páginas, a 1.ª edição do “BOOK de Enoturismo” do Publituris dá a conhecer algumas unidades, de Norte a Sul, incluindo ilhas, que desenvolvem a sua atividade no mundo das experiências vínicas, mostrando não só algumas quintas nas diversas regiões vitivinícolas do país, como, também, algumas empresas que prestam serviços nesta atividade.

Além da distribuição própria assegurada pelo jornal Publituris, a 1.ª edição do “BOOK de Enoturismo” será, também, distribuído pelas diversas delegações do Turismo de Portugal junto dos agentes dos respetivos mercados internacionais.

A importância do Enoturismo para o Turismo em Portugal foi, de resto, tema da conferência organizada pelo Publituris durante a realização da BTL 2024. Na altura, Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal; Pedro Valle Abrantes, Managing Partner da TryPor; Alexandra Leroy Maçanita, Events & Wine Tourism Manager da Fita Preta; Luís Santos, General Manager do Palácio Ludovice Wine Experience Hotel; e Ana Maria Lourenço, Public Relations do World of Wine (WoW), reconheceram a importância deste segmento, que já é histórico no nosso país, tem grandes tradições, mas só há pouco tempo começou a ser olhado com maior atenção pelo valor acrescentado que traz ao destino Portugal, passando a ser considerado como um produto turístico que ajuda a incorporar o equilíbrio territorial e que permite um turismo ao longo do ano, esbatendo assim a sazonalidade, para além de atrair um público mais exigente, com maior poder de compra, e de países como os Estados Unidos, Canadá ou Brasil, para além dos europeus.

Para 2025 está prometida a 2.ª edição deste “BOOK de Enoturismo” do Publituris.

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Aviação

CTI antecipa publicação do relatório final e mantém Alcochete ou Vendas Novas como “mais favoráveis”

A Comissão Técnica Independente (CTI) antecipou a publicação do relatório final, prevista para 22 de março, considerando Alcochete ou Vendas Novas como soluções “mais favoráveis” para uma solução única para o novo aeroporto de Lisboa.

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Nas conclusões do relatório ambiental publicado antecipadamente, a Comissão Técnica Independente (CTI) refere que “as opções estratégicas de solução única são as que se apresentam como mais favoráveis em termos globais”, apontando as hipóteses Alcochete e Vendas Novas.

Contudo, realça a “vantagem financeira das soluções duais assentes na manutenção do Aeroporto Humberto Delgado (AHD)”, com a construção da nova infraestrutura quer em Alcochete, quer em Vendas Novas.

As recomendações da CTI apontam que Humberto Delgado + Santarém “pode ser uma solução”, depois de esta opção ter sido descartada no relatório preliminar.

Nesta solução, a comissão refere Santarém como “aeroporto complementar ao AHD (Humberto Delgado), mas com um número de movimentos limitado, não permitindo satisfazer a capacidade aeroportuária necessária no longo prazo”.

“Teria a vantagem de permitir ultrapassar no curto prazo as condicionantes criadas pelo contrato de concessão, tendo ainda como vantagem um financiamento privado”, destaca, apontando ainda a vantagem para a “coesão territorial a nível nacional, sobretudo na Região Centro, embora com menos vantagem para a Região de Lisboa”.

A comissão tem “dúvidas em relação à sua rapidez de execução” e considera que “não será viável” a solução Santarém como infraestrutura única, “devido às limitações aeronáuticas militares existentes que não permitem que se venha a constituir como um aeroporto único alternativo ao AHD”.

A CTI aponta que a opção Vendas Novas “apresenta menos vantagem em termos de proximidade” à Área Metropolitana de Lisboa (AML), bem como “de tempo de implementação”, referindo que são necessários “mais estudos, bem como mais expropriações”.

Vendas Novas “tem mais vantagens do ponto de vista ambiental com menor afetação de corredores de movimentos de aves e recursos hídricos subterrâneos, apesar de afetarem áreas de montado e recursos hídricos superficiais de forma muito equivalente”.

Esta solução “pode contribuir ainda para um aumento da coesão territorial a nível nacional, sobretudo na Região Alentejo, ainda com capacidade de extensão à Região de Lisboa”, pode ler-se ainda.

As soluções Alcochete e Vendas Novas obrigam à desativação do Campo de Tiro de Alcochete, representando para a Vendas Novas “um ónus adicional”.

Sobre a opção Humberto Delgado + Montijo, ou Montijo como aeroporto único, a CTI alerta para constrangimentos, como a “não renovação da DIA [Declaração de Impacto Ambiental]” na solução dual, que “assim perde a sua vantagem na rapidez de execução”.

A CTI frisa ainda que Humberto Delgado + Montijo é “desvantajosa no longo prazo porque se limita a adiar o problema do aumento real da capacidade aeroportuária, tendo em conta as projeções de aumento da procura, mesmo as mais modestas” e refere que qualquer solução com Montijo “apresentam ainda os maiores e mais significativos impactos ambientais negativos, o que as torna não viáveis desse ponto de vista”.

A comissão recomenda que a solução passe por um aeroporto único, que garanta “a eficiência e eficácia do seu funcionamento”, lembrando que todas as opções geram “oportunidades, mas também de riscos, considerando incertezas, e também impactos negativos, nomeadamente ambientais e sobre a saúde humana”.

Recorde-se que a publicação do relatório final sobre as opções de localização para o novo aeroporto de Lisboa estava prevista para 22 de março, mas a CTI refere, em comunicado, que decidiu antecipar a publicação “por motivos de transparência”.

O relatório final está disponível em www.aeroparticipa.pt.

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