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Viagem ao mundo da operação turística| Parte III

O Publituris publica a terceira e última parte do artigo “Viagem ao mundo da operação turística”, publicado na edição impressa do jornal de 24 de Novembro.

Carina Monteiro
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Viagem ao mundo da operação turística| Parte III

O Publituris publica a terceira e última parte do artigo “Viagem ao mundo da operação turística”, publicado na edição impressa do jornal de 24 de Novembro.

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O Publituris publica a terceira e última parte do artigo “Viagem ao mundo da operação turística”, publicado na edição impressa do jornal de 24 de Novembro. O trabalho resulta do encontro entre quatro operadores turísticos portugueses e o director de vendas da TAP para Portugal, Paulo Henrique Salles Cunha, para discutir o estado do sector no País. Falou-se de concorrência e transparência entre operador e o canal de distribuição e da relação comercial com a companhia aérea de bandeira.

Relação comercial com a TAP

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O debate passa a ser centrado na relação comercial dos operadores turísticos com a TAP, e o director de vendas da companhia é o primeiro a intervir para responder à questão de qual é a importância da distribuição para a TAP. ”Sempre foi e continuará a ser alta”, começa por dizer. Apesar de ser um mercado novo, – o responsável assumiu o cargo este ano, depois de ter trabalhado vários anos no Brasil e em Espanha-, Paulo Henrique Salles Cunha está surpreendido com “o nível de profissionalismo” dos operadores em Portugal, que afirma ser “muito elevado”. “Na pergunta anterior ia dar uma resposta externa e isenta em relação ao suposto corporativismo. Impressiona-me a forma como os operadores aqui se defendem, no bom sentido da palavra. Ou seja, penso que é uma questão de defesa e não de proibição ou evitar que outros concorrentes entrem”.
Voltando à importância que a companhia dá a este canal e se as directrizes da administração são para continuar a apostar na distribuição, o responsável afirma que sim, “não só no canal de operação, mas no canal indirecto”. “Nos últimos anos, assistimos a uma mudança radical naquilo que são as formas de fazer negócio. As companhias aéreas passaram a ser vistas, eventualmente, como um inimigo. E uma das coisas que estou a tentar trazer para o mercado é o oposto. Temos a consciência que, mesmo com as mudanças na forma de fazer negócio e na tecnologia, que permite às companhias chegar a um maior número de clientes, o nosso intuito nunca foi, nem nunca vai ser, abraçar o mercado inteiro, por uma razão muito simples: é impossível”.
O responsável afirma que “cada vez mais as companhias aéreas têm capacidade de chegar a um público directo”. “Aquilo que disse antes, relativamente aos operadores é válido para mim. Defendi e continuo a defender que, se quiser fazer um negócio directo com o cliente, não o posso fazer pela via de condições diferenciadas, só o posso fazer pela via da decisão do próprio cliente. Algo que posso afirmar com alguma segurança é que a direcção de vendas Portugal tem autonomia para decidir como é que esta relação com o mercado vai ser daqui para a frente”, garante.
Mas estarão os operadores turísticos demasiado dependentes da TAP? Para Nuno Mateus, a resposta é simples: “Sendo a companhia de bandeira, é inevitável que a TAP seja a nossa companhia número um, porque é a companhia com mais voos à partida de Portugal. A TAP é provavelmente a empresa mais importante de Portugal. Como todas as empresas, há momentos em que temos discussões com a TAP, porque temos pontos de vista às vezes diferentes. É sem dúvida nenhuma o nosso principal parceiro”.
José Manuel Antunes reforça a ideia que a TAP é a empresa “mais importante de Turismo em Portugal e se calhar do País”. No entanto, alerta para o facto de existirem alguns operadores cuja relação comercial não passa necessariamente pela TAP. “Penso que a companhia está atenta a isso nos últimos dois anos e nós temos vindo a fazer operações charter com a TAP já em grande número. “Para o Réveillon na Madeira, apesar da companhia ter voos regulares e extra para o destino, temos com a TAP oito charters, exactamente no período de Fim-de-Ano. Portanto, a TAP deu-nos preços razoáveis para competirmos com a própria TAP, porque a companhia entendeu, e bem, que existe essa complementaridade. O melhor exemplo que podemos dar é a nossa operação de Verão para Porto Santo, em que a TAP tem o monopólio para Porto Santo e tem o charter connosco também. Fazemos 34 charters para Porto Santo com a TAP e, em 2018, vamos repetir”, garante.
Paulo Henrique Salles Cunha dá outro exemplo: a operação para Boavista, em Cabo Verde. “A operação hoje existe em função dos operadores, que tiveram a capacidade de propôr e assumir o risco de sustentar essa operação com a TAP e é um caso de sucesso”.
Mas se em alguns destinos as relações estão boas, outros há em que nem sempre é assim. “Em alguns destinos, a TAP não tem a abertura que pensamos que poderia ter em relação aos operadores. O exemplo mais claro é o Brasil, onde o número de lugares que dá aos operadores é manifestamente insuficiente. Até pelo histórico, quando em 2009, se decidiu alterar o esquema, é bom lembrar que os operadores em conjunto tinham 11 charters semanais para o Brasil e abdicaram deles para apoiar a TAP e, aos poucos e poucos, a TAP foi retirando espaço aos operadores. Hoje em dia, a operação para o Brasil é muito reduzida”, lembra José Manuel Antunes.
Apesar de darem preferência à TAP, na Solférias, “quando a companhia nos fecha a porta, vamos à procura de alternativas. O que está a acontecer é que há cada vez mais companhias aéreas interessadas no Brasil e há mais rotas para o destino”, diz Nuno Mateus.
A ideia é complementada por Miguel Ferreira. “Não só o Brasil, os EUA, em que a TAP era dona e senhora do destino, com voos do Porto e Lisboa para Nova Iorque e depois Miami, e de repente temos as companhias norte-americanas a voar para cá”. Em relação à dependência, o operador considera que é de 50-50. “O Paulo Henrique deu um exemplo da Boavista, se não fossem dois operadores, aquele voo morria. Há rotas em que a TAP já não precisará dos operadores, como é o caso Brasil, mas quando o balão de oxigénio se esvaziar, se calhar vai voltar a precisar”. A solução, na opinião do responsável da Exoticoonline, é encontrar “um ponto de equilíbrio entre os destinos”, porque quando a companhia abre novos destinos e pede ajuda aos operadores, em geral, os operadores estão com a TAP. Nos destinos que estão com ocupações elevadíssimas esquecem-se que os operadores também ajudaram a abrir e a sustentar esses destinos”.
Perante o que atrás foi dito, o director de vendas da TAP para Portugal assume que “um dos grandes desafios é aproximar o máximo que puder todos os players envolvidos”. “Quando um operador decide fazer uma acção, é o responsável do operador que decide, quando é uma companhia aérea há muitos factores em torno de uma decisão que têm de ser considerados. (…) Tenho do lado de lá aquilo que chamamos de Rede (departamento que faz a gestão da ocupação e do preço), que não é um ser vivo monstruoso. Nas três pontas, a visão que cada um tem das outras duas é a pior possível. A rede olhava para o departamento de vendas como o departamento na TAP onde tudo podia ser feito. Os operadores olham para a Rede como um monstro que não deixa nada acontecer e nós olhamos para os operadores como aqueles que só querem os preços baixos e nenhum dos três tem razão, só que esse paradigma tem de ser desmontado”, defende.
Fernando Bandrés corrobora a opinião dos restantes operadores: “A TAP é um parceiro muito importante, mas é óbvio que, quanto mais relações comerciais temos, mais momentos de desencontro vamos ter, porque muitas vezes os nossos interesses não coincidem. A isso acrescento uma nova realidade da TAP, à qual a própria companhia se está a adaptar”. O mais importante, refere o director de operações da Soltrópico, é “a vontade de dialogar e chegar a bom porto nas negociações”, algo que tem acontecido. “Nesse sentido, e agora falo do mercado espanhol, nunca tinha visto uma proximidade tão grande de uma companhia de bandeira com o sector da operação turística”.

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Como melhorar a relação comercial com a TAP?
A opinião é unânime: mais do que melhorar a relação comercial com a TAP, há em primeiro lugar um aspecto que está a limitar, tanto trabalho da TAP, como o dos operadores, que se chama aeroporto de Lisboa. “Neste momento, estamos a debater-nos com uma dificuldade tremenda do aeroporto de Lisboa, começa por dizer Nuno Mateus. “Temos praticamente todas as operações pedidas para o próximo Verão, nunca tínhamos pedido com tanta antecedência e, mesmo assim, estamos expectantes se confirmam ou não”, afirma o responsável da Solférias. “Para todos podermos aumentar o negócio, e a TAP também, há uma estrutura que nos está a faltar e isso inevitavelmente vai prejudicar o sector e o País. Neste momento há muitas limitações às quais nem nós, nem a TAP consegue responder. Se me perguntarem neste momento o que é mais importante, é o aumento do aeroporto de Lisboa”, defende.
Por ser uma aposta dos operadores ou por força deste estrangulamento em Lisboa, a verdade é que nunca houve tanta operação do Porto como este ano, confirmam os operadores.
Quanto ao que pode ser feito para melhorar as relações comerciais com a TAP, Nuno Mateus começa por fazer um balanço do Verão, revelando que, com a companhia aérea não existiram praticamente problemas. “Esta operação de 2017 foi a que teve mais operações charters com a TAP e houve um caso pontual em dezenas de charters. O Verão correu bem”. A maior crítica que o responsável faz à TAP tem a ver com o tempo de resposta. “Qualquer decisão ou qualquer resposta que o Paulo dê como director de vendas da TAP, tem vários pareceres que têm de ser respeitados porque a máquina é muito grande. Enquanto nós, como empresas mais pequenas, apesar de também termos de pedir autorizações, é muito mais fácil, do que no caso de uma companhia aérea. Esse atraso na resposta é que às vezes nos dificulta a vida”.
Para Paulo Henrique Salles Cunha, “esta é uma relação em que sempre vai haver atritos, mas não são atritos maus. Tenho experiência em três mercados no Brasil, este é o primeiro mercado em que o diálogo é tão profícuo”. O que é que pode melhorar? “Na relação comercial não vejo grandes pontos de melhoria, nós dialogamos bem, mesmo quando temos de discutir, discutimos. Mas conceptualmente o que pode melhorar é a percepção do mercado que a operação tem um valor, uma responsabilidade por detrás do que está a ser oferecido que tem de ser reconhecido”, refere o responsável da companhia.
Miguel Ferreira também afirma que dificilmente operadores e companhia aérea estarão sempre de acordo e relembra que “passámos a ter outra TAP, houve uma transformação da companhia, nós somos animais de hábitos e por natureza avessos à mudança. Quando estamos na nossa zona de conforto, não queremos sair. Quando nos impõem mudanças muito bruscas, é legítimo que exista algum confronto, mas dizemos o que pensamos, expomos os problemas e tentamos chegar a um equilíbrio”, constata.
O diálogo é a premissa usada por todos e Nuno Mateus até dá o exemplo: “Estivemos na WTM, em Londres, e houve muitas reuniões com fornecedores que fizemos em conjunto com outros operadores, porque temos várias parcerias. A verdade é que discutimos abertamente os problemas com os fornecedores, o que eles nos dizem é que não conhecem nenhum mercado onde dois operadores vão discutir questões que são pertinentes para o destino. Nos últimos dois, três anos houve uma grande evolução ao nível da partilha de operações, até porque o nosso mercado é pequeno”, conclui.

Nova directiva
É talvez a questão que mais se fala hoje em dia no sector distribuição, mas há muito tempo que os operadores olham para a Nova Directiva das Viagens Organizadas. “Andamos a falar da Nova Directiva há algum tempo e é algo que nos preocupa bastante. O que está em causa, no fundo, é o aumento da nossa responsabilidade e isso é inevitável”, afirma Nuno Mateus. O responsável da Solférias e também do Capítulo dos Operadores da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) destaca “a forma exemplar” como os operadores turísticos encontram soluções para se defenderem em relação a futuros problemas. “A lei, se for promulgada, entrará em vigor no dia 1 de Junho de 2018. Quatro operadores [Exoticoonline, Sólferias, Soltrópico e Sonhando] aderiram ao Seguro por Motivos de Força Maior em Dezembro de 2016. Até aí nos destacamos de outros mercados”, refere o responsável. Nuno Mateus recorda ainda que, antes desta decisão de aderir a este seguro, os operadores depararam-se com a greve de segurança nos aeroportos portugueses em Agosto de 2016, que teve um impacto de meio milhão de euros. “Nós reembolsámos os clientes e não tínhamos que o fazer. Fizemo-lo na expectativa que o mercado entendesse que existe uma diferença em reservar connosco ou directamente num site em qualquer parte do mundo”, defende.
Ainda em relação à nova directiva, Nuno Mateus afirma que estão preparados para a sua transposição, mas alerta para a necessidade de todos os ‘players’ do mercado estarem atentos. “Muitas vezes quando lançamos os programas, as pessoas só comparam o preço, e não comparam que há operadores que gastam uma fortuna em ter cláusulas que defendam os passageiros de todos os imprevistos”. O director-geral da Solférias volta ao início da conversa: “A lei permite que todos façam a sua programação. Sabemos que por muito que passemos a mensagem de que a lei vai entrar em vigor no próximo ano, vai haver sempre pessoas distraídas que não se aperceberam disto. A verdade é que não sou obrigado a ter um seguro, mas sou obrigado a reembolsar o cliente. Se tiver capacidade financeira, posso fazê-lo, acho que nenhum de nós a tem”.
Miguel Ferreira destaca que, pela primeira vez, a lei é transversal a todos os países da União Europeia. “O que se passou com a última lei comunitária é que, enquanto Espanha não a transcreveu na totalidade, Portugal quis ser um dos primeiros países a transcrever e fez um ‘copy’ e ‘paste’ da lei”. “Desta vez parece que não, há uma transcrição para todos e isso significa que nos põe em pé de igualdade com outros mercados.” O responsável da Exoticoonline acrescenta ainda que “há dois anos que têm havido reuniões no Capítulo de Operadores na APAVT para acautelar esta questão, ao ponto de nós os quatro estarmos preparados caso a lei entre em vigor amanhã”.
José Manuel Antunes comenta: “Se isto é corporativismo, é um corporativismo positivo. Temos uma tradição em Portugal, desde a década de 90, de fazermos ‘pools’ de operadores. Quero enaltecer o Capítulo de Operadores da APAVT que sempre existiu, mas era completamente amorfo. Desde que está cá o Nuno Mateus, que as coisas mudaram. Temos um grupo solidário, activo, que dá também confiança aos pequenos operadores”.  ¶

*Agradecimentos ao Hotel Iberostar Lisboa

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Volume de negócios no setor de viagens e turismo cai 5% no primeiro trimestre, revela a GlobalData

Os negócios no setor de viagens e turismo mostraram sinais de otimismo cauteloso no primeiro trimestre de 2025, com a atividade geral a cair apenas 5% em relação ao mesmo período do ano anterior, revela a GlobalData.

Uma análise do Banco de Dados de Negócios da GlobalData relatou que a composição dos negócios apresentou um quadro misto, com um crescimento do volume de negócios de fusões e aquisições enquanto, na curva inversa está o número de negócios de private equity e financiamento de risco.

O volume de negócios de financiamento de risco caiu cerca de 44% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024, e o volume de negócios de private equity caiu cerca de 25%. Ao mesmo tempo, o número de negócios de fusões e aquisições anunciados no setor globalmente aumentou cerca de 9%.

Os EUA, que são o principal mercado mundial em termos de atividade de negócios, registaram uma descida de aproximadamente 25% no número de negócios anunciados no primeiro trimestre deste ano, face ao período homólogo. O Reino Unido também apresentou um ligeiro declínio no volume de negócios, enquanto o Japão apresentou uma subida notável e o volume de negócios para a Índia e a Austrália permaneceu praticamente no mesmo nível.

Aurojyoti Bose, analista da GlobalData, comenta que “embora o declínio geral possa refletir um clima de investimento mais cauteloso, à medida que os negociadores reavaliam as suas estratégias à luz das condições de mercado prevalecentes, vários países mantiveram volumes de negócios estáveis ​​e alguns também conseguiram registar uma melhoria notável, indicando resiliência nesses mercados.”

O analista considera ainda que “á medida que a procura por viagens se estabiliza e a inovação digital remodela o setor, os investidores provavelmente estarão concentrados em oportunidades escaláveis ​​e mercados resilientes”, para avançar que a perspectiva de curto prazo “aponta para uma recuperação seletiva, mas constante, no ímpeto de fecho de negócios.”

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Explora I faz escala inaugural em Lisboa a caminho do Mediterrâneo

A escala inaugural em Lisboa foi assinalada com a tradicional cerimónia de troca de placas a bordo, que contou com a participação do capitão Diego Michelozzi, assim como de representantes do Porto de Lisboa e de várias autoridades nacionais.

Inês de Matos

O EXPLORA I, primeiro navio da Explora Journeys, a companhia de luxo do grupo da MSC Cruzeiros, realizou esta segunda-feira, 14 de abril, a primeira escala em Lisboa, momento que foi assinalado com uma cerimónia a bordo e que aconteceu durante a viagem de reposicionamento do navio no Mediterrâneo, onde vai ficar até outubro.

A escala inaugural em Lisboa foi assinalada com a tradicional cerimónia de troca de placas a bordo, que contou com a participação do capitão Diego Michelozzi, assim como de representantes do Porto de Lisboa e de várias autoridades nacionais.

Após a cerimónia, Silvia Oliveira, sales executive da Explora Journeys em Portugal, realizou uma pequena apresentação do EXPLORA I, navio que inaugurou os cruzeiros de luxo da Explora Journeys, uma marca que tem raízes “no profundo respeito pelos Oceanos”, assim como nas tradições marítimas.

Com “461 suítes, todas vista mar, e com varandas que são as maiores do setor”, cujas áreas variam dos 35 aos 280 metros quadrados, o EXPLORA I é um navio de perto de 65 mil toneladas, que prima pelo “design minimalista”, assim como pela qualidade do serviço a bordo, como indica o rácio de 1,25 passageiros para cada tripulante.

Destaque merece também a gastronomia a bordo, que é apontada mesmo como “um ex-libris”, já que os passageiros têm à disposição seis restaurantes, todos incluídos na tarifa, com exceção do Anthology, que é “um restaurante com chef com estrela Michelin, com sete degustações” e que está apenas incluído nas tarifas superiores.

Emporium Market Place, que é uma espécie de buffet com oito estações gastronómicas; Sakura, dedicado à cozinha oriental; Marble & Co, que aposta nas carnes; Fil Rouge, de cozinha francesa; e Med Yacht Club, de gastronomia mediterrânica, constituem as restantes opções gastronómicas.

O EXPLORA I conta ainda com três piscinas exteriores climatizadas, uma interior com cobertura retrátil, ginásio com zona interior e exterior, 64 cabanas e jacuzzis, assim como Spa com cerca de mil metros quadrados e zona termal, com piscina interior.

Disponíveis estão ainda vários lounges e bares, incluindo um bar de charutos e o Malt Whisky Bar, casino, assim como um espaço dedicado aos mais novos, já que o navio também está pensado para famílias, dispondo, por isso, de 78 suítes comunicantes.

A tarifa inclui também bebidas ilimitadas, incluindo vinhos de excelência e licores premium, Wi-Fi a bordo, assim como programas de bem-estar e fitness, taxas, e transporte do porto para o centro da cidade.

Verão 2025 no Mediterrâneo

O EXPLORA I fez também a sua escala inaugural em Ponta Delgada, na passada sexta-feira, 11 de abril, num itinerário que vai ainda passar por Espanha e que vai colocar o navio no Mediterrâneo, onde vai ficar ao longo do verão de 2025.

Em novembro, o EXPLORA I regressa à América Central e Caraíbas, onde vai ficar até março de 2026, altura em que regressa novamente ao Mediterrâneo para mais uma temporada de verão.

“Em novembro, o navio vai estar posicionado na América Central e nas Caraíbas, habitualmente fazemos os portos mais emblemáticos e outros menos conhecidos”, revelou Silvia Oliveira, explicando que, na Explora Journeys, as “travessias mais lentas para o cliente aproveitar mais, as excursões são diferentes” e existem “overnights para aproveitar o tempo em escala”.

“A filosofia é o Ocean State of Mind, ter tempo e espaço”, resumiu a responsável.

 

 

 

 

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Atlanta mantém-se como aeroporto mais movimentado no mundo

De acordo com os dados divulgados pela Airports Council International (ACI) World, o Aeroporto de Atlanta (EUA) continua a ser o aeroporto mais movimento do mundo. Já na movimentação de passageiros internacionais, é o Dubai que lidera.

Victor Jorge

108.067.766. Foi este o número de passageiros que o Hartsfield-Jackson Atlanta International Airport (EUA) movimentou no ano 2024, correspondendo a uma subida de 3,3% face ao ano anterior de 2023, mas continuando abaixo dos números alcançados em 2019 (-2,2%).

O Top 3 do ranking da ACI World é completado pelo Aeroporto Internacional do Dubai, com 92.331.506 passageiros, uma subida de 6,1% face a 2023 e um crescimento de 6,9% relativamente a 2019. Dallas Fort Worth International Airport completa o pódio, com 87.817.864 passageiros, um aumento de 7,4% referente a 2023 e +17% quando comprado com o ano 2019.

A maior subida no ranking dos 10 melhores aeroportos foi registada pelo Aeroporto Internacional de Xangai Pudong, que passou da 21.ª posição, em 2023, para o 10.º lugar, em 2024. Esta ascensão foi impulsionada pela ampliação das políticas de vistos, pela retoma e expansão dos voos internacionais, por melhorias operacionais e pela recuperação da região Ásia-Pacífico, em particular da China.

Justin Erbacci, diretor-geral da ACI World, salienta que “no meio de desafios globais, destaca-se a resiliência dos aeroportos mais movimentados do mundo. Estes centros são artérias vitais do comércio, dos negócios e da conectividade”.

Os dados preliminares indicam que o total global de passageiros, em 2024, rondou os 9,5 mil milhões, representando um aumento de 9% em relação a 2023, ou um crescimento de 3,8% face aos níveis pré-pandemia (2019).

Os 10 aeroportos mais movimentados, que representam 9% do tráfego global (855 milhões de passageiros), registaram um aumento de 8,8% em comparação com 2023 e um crescimento de 8,4% face aos resultados de 2019 (789 milhões de passageiros em 2019).

Analisando os principais aeroportos a nível de movimentação de passageiros internacionais, a liderança pertence ao Dubai, com mais de 92,3 milhões de passageiros (+6,1% face a 2023 e + 7% face a 2019), seguindo-se o aeroporto de Heathrow/Londres com 79,2 milhões de passageiros internacionais (+5,7% face a 2023 e +4,1% face a 2019) e o aeroporto de Incheon/Coreia do Sul, com 70,7 milhões de passageiros internacionais (+26,7% face a 2023 e +0,1% face a 2019).

Em 2024, o crescimento do tráfego global de passageiros enfrentou “incertezas significativas decorrentes da evolução dos cenários económicos e geopolíticos”, refere a ACI World, adiantando ainda que “os desafios contínuos nas cadeias de abastecimento e os atrasos na produção por parte dos fabricantes de aeronaves, bem como as tensões geopolíticas, representaram um risco para as oportunidades de crescimento, ao potencialmente alterarem rotas de voo, aumentarem os custos operacionais e afetarem a confiança dos passageiros”.

Além disso, “a ameaça de tarifas aduaneiras gerou preocupações sobre possíveis perturbações no comércio global, o que afetou indiretamente a procura por viagens internacionais e impulsionou o aumento das construções”, frisa a entidade.

Em 2025, a ACI World prevê que o tráfego global de passageiros atinja os 9,9 mil milhões, com uma taxa de crescimento anual de 4,8%. “Embora a procura por viagens continue forte, espera-se que o ritmo de expansão abrande, à medida que os mercados transitam de picos impulsionados pela recuperação para padrões de crescimento estrutural e a longo prazo”, refere a ACI World.

“Desafios-chave como a incerteza económica, as tensões geopolíticas e as limitações de capacidade deverão ter um impacto crescente na trajetória do setor. Nos mercados desenvolvidos, a estabilização da procura, os estrangulamentos nas cadeias de produção de aeronaves e a falta de capacidade nos aeroportos poderão moderar o crescimento”, acrescenta ainda.

A ACI World conclui que “mercados emergentes, o aumento do investimento em infraestruturas e a crescente procura de viagens por parte da classe média deverão continuar a impulsionar a expansão. À medida que a indústria entra numa nova era de crescimento, o setor aeroportuário terá de concentrar-se na viabilidade financeira, no investimento em infraestruturas, na eficiência operacional e na sustentabilidade”.

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Movimento de passageiros nos aeroportos portugueses com quebra ligeira em fevereiro

Os aeroportos nacionais registaram um ligeiro decréscimo no movimento de passageiros no mês de fevereiro, totalizando pouco mais de 4,3 milhões. No acumulado dos dois meses de 2025, os números continuam positivos.

Victor Jorge

Em fevereiro de 2025, os aeroportos nacionais movimentaram 4,317 milhões de passageiros, correspondendo a variações de -0,5% face aos 4,338 milhões de fevereiro de 2024 (+5,9% no mês anterior).

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que, no segundo mês de 2025, registou-se o desembarque médio diário de 78,6 mil passageiros, valor superior ao registado em fevereiro de 2024 (76,6 mil; +2,6%).

Em fevereiro de 2025, 82,9% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 1,8 milhões de passageiros (-0,3%), na maioria provenientes do continente europeu (68,7% do total), correspondendo a uma ligeira diminuição de 0,6% face a fevereiro de 2024. O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 8,6% do total de passageiros desembarcados (-6,4%).

Relativamente aos passageiros embarcados, 82,1% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 1,7 milhões de passageiros (+1,1%), tendo 68% do total como principal destino aeroportos no continente europeu, registando um ligeiro crescimento de 0,3% face a fevereiro de 2024. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (8,7% do total; -3,2%).

“O movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal. Os valores diários mais elevados são geralmente encontrados no período de verão e, no ano 2024, o domingo foi o dia da semana com maior número de passageiros desembarcados”, refere o INE.

Relativamente à movimentação de aeronaves, o mês de fevereiro de 2025 também registou um ligeiro decréscimo de 0,2%, passando de 15.665, no segundo mês em 2024 para os atuais 15.641 de fevereiro de 2025.

Em fevereiro de 2025, Lisboa manteve a liderança na movimentação de passageiros, com 2,361 milhões, correspondendo a uma descida de 2,5% face ao mesmo mês de 2024 (+6,9% em janeiro, 2,416 milhões de passageiros).

Já o Porto, registou uma subida de 2,2% face ao mês homologo de 2024, totalizando 1,015 milhões de passageiros (+2,1% em janeiro, 950 mil passageiros). Faro também manteve o registo positivo (+1,5%), embora o crescimento seja inferior ao do mês de janeiro (+6,1%), totalizando 365 mil passageiros contra os 310 mil do mês anterior.

Dois meses positivos
No acumulado do ano 2025 – janeiro e fevereiro – os números do INE mostram, contudo, uma subida em todos os parâmetros.

Nos primeiros dois meses de 2025, os aeroportos nacionais movimentaram 8,563 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida de 2,6% face a igual período de 2024.

Neste período, o aeroporto de Lisboa movimentou 55,8% do total de passageiros (4,8 milhões), +2,1% comparando com os primeiros dois meses de 2024. O aeroporto de Faro registou um crescimento de 3,6% no movimento de passageiros (675 mil; 7,9% do total) e o aeroporto do Porto concentrou 22,9% do total de passageiros movimentados (cerca de 2 milhões) e aumentou 2,2%.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais nos primeiros dois meses de 2025, França foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado crescimentos no número de passageiros desembarcados e embarcados face ao mesmo período de 2024 (+2,4% e +0,6%, respetivamente). Reino Unido e Espanha ocuparam a 2.ª e 3.ª posições, como principais países de origem e de destino. Alemanha ocupou a 4.ª posição. A 5.ª posição foi ocupada pelo Brasil enquanto país de origem e pela Itália enquanto país de destino dos voos.

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Greve no Aeroporto de Gatwick afeta voos da TAP na Páscoa

Segundo a AirAdvisor, os funcionários de assistência em terra no Aeroporto de Londres Gatwick confirmaram oficialmente uma greve entre 18 e 22 de abril, que deverá ter um forte impacto sobre a operação da TAP.

Publituris

Os funcionários de assistência em terra no Aeroporto de Londres Gatwick confirmaram oficialmente uma greve entre 18 e 22 de abril, que deverá ter um forte impacto sobre a operação da TAP, uma vez que a Red Handling é a empresa que está “no centro da disputa”, sendo também a responsável por prestar os serviços terrestres essenciais à operação da companhia aérea nacional neste aeroporto da capital britânica.

De acordo com a AirAdvisor, empresa especialista na defesa dos passageiros aéreos, os “voos da TAP entre Londres Gatwick e as cidades portuguesas de Lisboa e Porto deverão sofrer perturbações significativas durante o período de greve, com cerca de 30 a 40 voos provavelmente afetados”.

“Isto poderá impactar entre 4.500 e 6.000 passageiros durante a greve de cinco dias”, acrescenta a AirAdvisor, lembrando que a greve afeta essencialmente a Red Handling, que é a empresa que fornece serviços de check-in, tratamento de bagagem e despacho de voos à TAP, no Aeroporto de Gatwick.

Anton Radchenko, CEO da AirAdvisor, alerta que esta “greve confirmada pode apanhar muitos viajantes desprevenidos devido à baixa divulgação”, aconselhando, por isso, os passageiros a começarem já a preparar-se para “minimizar o impacto nos seus planos de viagem”.

“Gatwick é um importante centro para os viajantes portugueses que chegam e partem do Reino Unido, especialmente durante o fim de semana da Páscoa, quando muitas pessoas viajam para visitar familiares ou fazer pequenas pausas. Esta greve, se não for gerida adequadamente pelas companhias aéreas, pode causar sérios transtornos aos passageiros de ambos os lados”, afirma o responsável.

Por isso, o CEO da Air Advisor aconselha os passageiros com voos nessas datas a consultarem antecipadamente o estado das suas ligações, chegando ao aeroporto com a maior antecedência possível, sendo ainda prudente possuir “um plano flexível para o caso de atrasos ou cancelamentos”.

“As companhias aéreas são responsáveis ​​por garantir que os seus passageiros são atendidos durante interrupções — mesmo quando a causa é de terceiros”, acrescenta Radchenko, lembrando que, se um voo for cancelado ou sofrer um atraso significativo, “a companhia aérea deverá oferecer atempadamente a remarcação, refeições ou alojamento em hotel, quando necessário”.

Em caso de greve, acrescenta o responsável, “é altamente improvável que haja indemnização”, ainda que os passageiros tenham “direito a reembolso ou remarcação, bem como a assistência”.

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Pestana Hotel Group regista receitas de 651,5M€ em 2024

O valor de receitas consolidadas registadas em 2024 pelo Pestana Hotel Group representa um aumento de 17% face a 2023. A hotelaria representou 65% das receitas totais do grupo, seguida pela área de negócio imobiliário, sob a marca Pestana Residences, que contribuiu com cerca de 19%.

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O Pestana Hotel Group auferiu 651,5 milhões de euros em receitas consolidadas no ano passado. O valor representa um aumento de 17% nas receitas face a 2023, bem como um crescimento de 33% nos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA).

O setor da hotelaria representou cerca de 65% das receitas totais do grupo, seguido pela área de negócio imobiliário, sob a marca Pestana Residences, que contribuiu com cerca de 19% para as receitas de 2024.

Outras atividades, como o Pestana Vacation Club, o golfe e a Empresa de Cervejas da Madeira representaram 16% da receita da empresa.

A valorização do capital humano foi uma das apostas do grupo em 2024, que indica ter distribuído, em em média, dois salários extra por colaborador, além de ter procedido a uma atualização salarial média de 9% nas remunerações base.

Na área das remodelações, em 2024 o grupo pricedeu à modernização e renovação de unidades como o Pestana Blue Alvor Beach, o Pestana Orlando Suites – Lake Buena Vista e da Quinta Perestrello, no Funchal. Foi ainda desenvolvido um conjunto de projetos na área imobiliária sob a marca Pestana Residences, com o grupo a destacar a conclusão do empreendimento Madeira Acqua Residences.

Já no âmbito da transformação digital, o Pestana Hotel Group investiu 10 milhões de euros para renovar todo o sistema de front-office dos hotéis e do website pestana.com.

O grupo refere ainda manter-se comprometido com a redução de 37% das emissões de carbono até 2030, considerando 2019 como ano base.

Até 2023, na área da hotelaria, o grupo refere ter reduzido em 25% as emissões de âmbito 1 e 2, fruto de um investimento acumulado de 16 milhões de euros em projetos de eficiência energética e hídrica. Estes incluíram a instalação de painéis fotovoltaicos e projetos de redução de consumo de água por recurso a fontes alternativas ou circularidade, incluindo a utilização de uma dessalinizadora do Alvor e a reutilização de águas residuais para rega de campos de golfe no Algarve.

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Nova edição: Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, DS Travel, Japão e dossier Cruzeiros

A nova edição do Publituris faz capa com uma entrevista a Luís Pedro Martins, presidente da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal (ATPNP), que assinalou recentemente três décadas de existência. Além disso, publicamos um artigo sobre o Japão e outro sobre a DS Travel, a fotorreportagem da 10.ª edição do Publituris Roadshow das Viagens, assim como entrevistas ao CEO da TAAG e ao manager da Camping Car Park. O dossier é dedicado aos cruzeiros.

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A nova edição do Publituris faz capa com uma entrevista a Luís Pedro Martins, presidente da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, que assinalou recentemente três décadas de existência.

Ao Publituris, o responsável faz um balanço positivo dos 30 anos da associação, ainda que realce que, para o futuro, é preciso investir, defendendo igualmente intervenções no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Além da entrevista a Luís Pedro Martins, esta edição traz também, na secção Destinos, um artigo sobre o Japão, que, este ano, recebe a Exposição Universal até outubro, e que é um dos destaques da programação do operador turístico do Grupo Ávoris, CATAI.

Já na secção Distribuição, o destaque vai para um artigo sobre a DS Travel, que quer chegar às 100 unidades nos próximos três anos, acreditando que o crescimento da procura por experiências de viagens personalizadas e o seu modelo inovador de expansão, vão permitir alcançar esse crescimento.

Nesta edição, merece ainda destaque a reportagem fotográfica sobre a 10.ª edição do Publituris Roadshow das Viagens, que decorreu entre 25 e 27 de março, e que passou pelo Porto, Coimbra e Lisboa, reunindo 45 expositores, que puderam mostrar a sua oferta a mais de 450 agentes de viagens.

Em Transportes, saiba quais são os planos da TAAG – Linhas Aéreas de Angola, que se está a reinventar para estar ao nível dos gigantes da aviação africana, de acordo com Nélson Oliveira, CEO da transportadora aérea angolana.

Ainda na secção Transportes, publicamos também uma entrevista com Rui Monteiro, manager da Camping Car Park em Portugal. Esta rede de gestão de áreas de serviço para autocaravanas já está presente em território nacional desde 2013 e tem planos ambiciosos para chegar às 100 áreas de serviço nos próximos anos.

Esta edição, conta ainda com um Dossier dedicado aos cruzeiros, que traz as novidades das companhias e operadores de cruzeiros que atuam em Portugal para este verão, mas também para o inverno e para o verão do próximo ano. Neste trabalho, conheça também os navios que vão chegar ao mercado em breve, assim como o EXPLORA II, o segundo navio da Explora Journeys, a companhia de luxo do grupo que detém a MSC Cruzeiros, que esteve em Lisboa no final de março.

Já as opiniões desta edição, que conta também com o Pulse Report, são assinadas por Fransciso Jaime Quesado (economista e gestor), Rui Terroso (CEO e fundador da Living Tours) e Pedro Castro (docente e diretor da SkyExpert Consulting).

Leia a edição aqui.

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Aviação

Atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais afetaram perto de 2M de passageiros no 1.º trimestre, diz AirHelp

A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior. 

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A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior.

De acordo com um novo relatório da empresa especialista na defesa dos passageiros aéreos, “durante os primeiros três meses do ano, mais de seis milhões de passageiros apanharam um voo a partir de um aeroporto português”, tendo a grande maioria das ligações aéreas, cerca de 70%, sido efetuadas à hora prevista.

No entanto, cerca de dois milhões de pessoas sofreram alguma perturbação no seu voo e, “embora na maioria dos casos se tratasse de atrasos menores e não dessem origem a uma compensação financeira, perto de 114 mil pessoas encontram-se elegíveis para receber uma indemnização por um atraso superior a três horas, pelo cancelamento do seu voo ou pela perda de uma ligação causada pelo atraso de um voo anterior”.

A AirHelp diz que, comparando com o mesmo período do ano passado, “verifica-se uma redução do número de voos e de passageiros”, uma vez que, nos três primeiros meses de 2025, registaram-se cerca de 47 mil voos contra 48 mil em 2024, o que significa menos 2% de voos e menos 4% de passageiros.

Apesar deste declínio, a taxa de perturbações de voos aumentou cerca de 13% em comparação com o ano anterior”, acrescenta a AirHelp, que diz também que “os passageiros com direito a indemnização aumentaram consideravelmente (48%)”, passando de de 75 mil em 2024 para quase 113 mil em 2025, o que se deveu “a um aumento dos voos com atrasos superiores a três horas”.

Aeroporto de Lisboa regista maioria dos atrasos

O relatório da AirHelp mostra também que a TAP foi a companhia aérea a operar em Portugal que registou a maioria dos atrasos, uma vez que, dos mais de dois milhões de passageiros transportados pela companhia aérea nacional até março, 38% registou alguma agitação com mais de 41 mil destes passageiros a estarem elegíveis para uma compensação financeira.

De seguida, surge a Ryanair, que transportou mais de um milhão de passageiros no primeiro trimestre, dos quais, refere a AirHelp, “apenas 26% dos passageiros sofreu alguma perturbação no seu voo”, pelo que pouco mais de sete mil têm direito a compensação financeira.

No que diz respeito a aeroportos, o destaque volta a recair em Lisboa, que se manteve como o aeroporto que registou “mais perturbações nos seus voos”, com 40% dos voos a registar algum atraso ou a ser cancelado, o que resulta em 39,5% dos passageiros aéreos a verem alguma perturbação nos seus voos.

Já o Aeroporto de Faro teve 84,5% dos voos sem qualquer perturbação, enquanto o Aeroporto do Porto registou 80% dos voos sem perturbações, pelo que 80,2% dos passageiros desta infraestrutura registaram “um voo tranquilo”.

 

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Barómetro do Turismo do IPDT antecipa uma Páscoa positiva

Além das expectativas para o período da Páscoa, a 73.ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT – Turismo e Consultoria procurou também saber o impacto que os especialistas do setor esperam que as próximas eleições autárquicas tenham no turismo, assim como a importância do segmento MICE.

Inês de Matos

A 73.ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT – Turismo e Consultoria traz expectativas positivas para o próximo período festivo da Páscoa, com a maioria dos inquiridos a anteciparem um aumento nas receitas do turismo do mercado interno, assim como do mercado externo.

“Relativamente aos indicadores analisados, verifica-se uma perspectiva de evolução positiva na rentabilidade dos negócios do turismo durante o período da Páscoa de 2025. Cerca de 56% dos membros do Barómetro do Turismo antecipam um aumento nas receitas do turismo do mercado interno, apontando para um desempenho superior face ao período homólogo de 2024”, lê-se na informação divulgada pelo IPDT.

Os membros do Barómetro do Turismo antecipam também que “o número de dormidas e de hóspedes no mercado interno apresentará um comportamento semelhante ao verificado na Páscoa de 2024”, com 61% dos inquiridos a defenderem que “estes indicadores deverão manter-se estáveis”.

O Barómetro do Turismo do IPDT apurou ainda que também em relação ao mercado externo as expectativas estão em alta, uma vez que “as previsões para o mercado externo revelam-se mais positivas do que as apresentadas para o mercado interno”.

“Cerca de 66% dos membros do Barómetro do Turismo antecipam um crescimento das receitas do turismo durante o período da Páscoa de 2025 face ao período homólogo de 2024”, acrescenta a informação divulgada.

Os resultados do Barómetro do Turismo mostram também que o “indicador número de dormidas verifica uma tendência de crescimento no mercado de externo, com cerca de 49% dos membros do painel a considerarem que este irá melhorar face ao ano transato”.

O inquérito que serve de base à 73.ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT decorreu entre 19 a 27 de fevereiro de 2025, reunindo 46 respostas válidas.

Além das expectativas para a Páscoa, o estudo mostra também que, em fevereiro de 2025, o nível de confiança no setor turístico registou 85,2 pontos, naquele que é “o valor mais elevado da série histórica”, com um crescimento de 2,3 pontos face à última edição.

“Este valor indica que apesar dos fatores exógenos, como a instabilidade política global e os cenários de guerra, os membros do painel apresentam-se confiantes face ao crescimento positivo do turismo”, lê-se na informação divulgada.

O estudo procurou ainda avaliar o impacto que os membros do Barómetro do Turismo esperam que as eleições autárquicas, que vão decorrer no último semestre do ano, venham a ter no setor, apurando que 78% dos especialistas não preveem que as eleições autárquicas 2025 representem impacto para o turismo, ainda que “33% consideram que a colaboração entre as autarquias e os empresários é baixa, apontando para a necessidade de maior coordenação”.

Outro dos temas em destaque foi o MICE, com a pesquisa do IPDT a indicar que a “captação de grandes eventos é essencial para o crescimento do setor MICE em Portugal”.

“Os membros do Barómetro do Turismo destacam a segurança e a estabilidade política (23%) e a relação custo-benefício (19%) como os principais atrativos de Portugal para o turismo de negócios. Para impulsionar o setor MICE, 65% dos especialistas indicam a captação de grandes eventos e 63% o investimento em infraestruturas especializadas”, refere ainda o IPDT.

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Turismo do Algarve e do Alentejo lançam campanha que reforça posicionamento do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina

A nova campanha insere-se no Programa de Comunicação e Gestão de Branding do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, lançado pelo Turismo do Algarve e pela ERT do Alentejo para “regenerar, valorizar e promover os territórios de Aljezur, Monchique e Odemira”, que foram “severamente afetados pelos incêndios do verão de 2023”.

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O Turismo do Algarve e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo lançaram o Programa de Comunicação e Gestão de Branding do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, iniciativa que visa “regenerar, valorizar e promover os territórios de Aljezur, Monchique e Odemira”, que foram “severamente afetados pelos incêndios do verão de 2023”, no âmbito do qual se destaca a campanha “Ao Natural é melhor!” para reforçar o posicionamento destes territórios como destinos autênticos e sustentáveis.

“Financiado pelo Turismo de Portugal no âmbito da Linha + Interior Turismo – Aviso “Regenerar Territórios”, o programa estende-se até agosto de 2026 e representa uma aposta firme na coesão territorial, na sustentabilidade e na valorização da identidade local”, lê-se num comunicado conjunto do Turismo do Algarve e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo.

A nova campanha de branding, que “posiciona o Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina como um refúgio de autenticidade, onde a natureza dita o ritmo, e onde o essencial volta a ter protagonismo”, assenta num conjunto de mensagens que “convidam os visitantes a abrandar e reconectar-se com os valores mais simples e puros da vida”.

“Troca as notificações por sensações”, “Faz refresh com os dedos dos pés. Na relva e no mar” ou “Ver casas caiadas de branco, é natural” são as mensagens desta campanha que, segundo a informação divulgada, apresenta um “tom poético e provocador, promovendo uma nova forma de estar no território — descomplicada, presente e consciente”.

Este programa tem também associadas várias iniciativas, a exemplo da já executada reposição da ponte de madeira sobre a Ribeira de Seixe, que é vista como um “símbolo da união entre o Algarve e o Alentejo e que havia sido destruída pelos incêndios”.

“Esta intervenção é parte de um conjunto mais vasto de medidas de qualificação da oferta turística, que inclui também a recuperação de trilhos pedestres e cicláveis da Rota Vicentina, permitindo devolver aos residentes e visitantes o acesso seguro e sustentável à paisagem protegida”, acrescenta o mesmo comunicado.

O plano contempla igualmente a definição e implementação da imagem da campanha, a produção de conteúdos multimédia e materiais de suporte à promoção, bem como um vasto conjunto de ações de comunicação e relações públicas nos mercados nacional e espanhol.

“Entre estas ações destaca-se o evento promocional que terá lugar no Consulado de Portugal em Sevilha e um evento de animação dedicado ao turismo de natureza, a realizar-se em simultâneo nos dois territórios, no último trimestre de 2025. A promoção será reforçada através da participação em feiras internacionais, visitas de familiarização com operadores e jornalistas, e ações de comunicação dirigidas a diferentes públicos e plataformas, em Portugal e na Andaluzia”, referem as duas entidades.

Este programa, refere ainda o comunicado, “traduz uma resposta ambiciosa e estratégica à necessidade de regenerar o território, reposicionando-o como um destino de experiências genuínas, ancorado na natureza, na cultura local e na hospitalidade das suas gentes”, uma vez que, “mais do que um simples destino turístico, o Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina apresenta-se como um lugar onde é possível viver devagar, saborear o tempo e recuperar a ligação com o mundo natural”.

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