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Portugueses viajaram menos no segundo trimestre de 2016

Dados do INE revelam que, no segundo trimestre do ano, a população residente fez menos deslocações turísticas (-1,2%) face ao mesmo período de 2015.

Ângelo Delgado
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Portugueses viajaram menos no segundo trimestre de 2016

Dados do INE revelam que, no segundo trimestre do ano, a população residente fez menos deslocações turísticas (-1,2%) face ao mesmo período de 2015.

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Dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que as viagens turísticas da população residente em Portugal registaram um recuo de 1,2% face ao período homólogo de 2015, embora, em comparação com o primeiro trimestre de 2016, tenha havido um crescimento de 0,8%.

No total, foram 4,27 milhões de deslocações turísticas, das quais 10,7% tiveram como destino o estrangeiro. Aqui, porém, notou-se um aumento face ao primeiro trimestre de 2015, ainda que um recuo de -9,8% face ao primeiro trimestre deste ano.

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Referência ainda para o facto de 51,4% dos turistas pertencerem ao sexo feminino e para a principal motivação da viagem: “visita a familiares ou amigos”, que reuniu 1,8 milhões de viagens, 42,6% do total. A faixa etária mais representada nas viagens turísticas situa-se entre os 25 e 44 anos: 16,4% no sexo feminino e 15,7% no masculino.

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Já o meio de transporte mais utilizado foi o automóvel com 3,4 milhões deslocações, 79% do total, e menos 0,4% que no período mesmo homólogo. O avião contou com a preferência de 10,7%, o que reflectiu um aumento de 0,8% face ao mesmo período em análise de 2015.

O segundo trimestre de 2016 registou ainda um acréscimo de 1,9% nas viagens de curta duração – até três noites – as quais representaram 79,4% do bolo total. Em oposição, as de longa duração – quatro ou mais noites – mantiveram-se em queda (-11,3%), tal como no anterior trimestre de 2016 (-10,8%).

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Hilton abre Cénica Porto Hotel, Curio Collection by Hilton nas próximas semanas

O Cénica Porto Hotel, Curio Collection by Hilton tem abertura prevista para as próximas semanas, conta com 126 quartos e vai aumentar o portfolio da Hilton em Portugal para 24 hotéis.

A Hilton assinou um acordo de franchising para o Cénica Porto Hotel, Curio Collection by Hilton, que tem abertura prevista para as próximas semanas e que vai aumentar o portfolio da Hilton em Portugal para 24 hotéis.

Localizada no centro da cidade do Porto, a poucos passos da Avenida dos Aliados, a nova unidade da Hilton vai estar direcionada para viajantes de lazer e negócios, contando com 126 quartos, espaço de fitness e duas salas de reuniões.

“No seguimento da nossa expansão na Europa, temos o prazer de anunciar que o Cénica Porto Hotel irá juntar-se ao nosso crescente portfólio de hotéis lifestyle. Em 2023, o Porto registou quase seis milhões de estadias, o que comprova a popularidade deste destino entre os viajantes, pelo que estamos muito entusiasmados por inaugurar, brevemente, uma nova propriedade Hilton na região”, afirma Patrick Fitzgibbon, Senior Vice President, Development, EMEA, do grupo Hilton, citado em comunicado.

O Cénica Porto Hotel, Curio Collection by Hilton, que será a terceira unidade da Hilton na cidade do Porto, vai contar ainda com restaurante com terraço, lobby bar e Spa com duas salas de tratamento, sauna, banho turco e piscina.

Recorde-se que, no Porto, a Hilton conta também com os hotéis Se Catedral Hotel Porto, Tapestry Collection by Hilton e Arts Hotel Porto, Tapestry Collection by Hilton, enquanto a nova unidade vai funcionar sob a marca Curio Collection by Hilton, que tem um portfólio global de mais de 170 hotéis, que se distinguem por evocarem a história através da arquitetura e design, gastronomia de elevada qualidade e experiências selecionadas.

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Atout France faz balanço positivo dos Jogos Olímpicos: “Foram um sucesso”

Segundo Emmanuel Marcinkowski, diretor regional da Atout France para Espanha, Portugal, Itália, Brasil e México, todos os mercados europeus registaram crescimento durante a realização da prova desportiva, o que terá sido também comum a Portugal.

Inês de Matos

Os Jogos Olímpicos de Paris, que decorreram entre 26 de julho e 11 de agosto, “foram um sucesso” e contribuíram para dar a conhecer França ao mundo, considera Emmanuel Marcinkowski, diretor Regional da Atout France para Espanha, Portugal, Itália, Brasil e México.

“Os Jogos Olímpicos foram um sucesso. Tudo correu muito bem, os Jogos Olímpicos foram vividos numa atmosfera muito positiva e foram um sucesso também pela imagem que passaram de França em todo o mundo”, disse o responsável ao Publituris, durante uma entrevista em Lisboa.

Segundo Emmanuel Marcinkowski, todos os mercados europeus registaram crescimento durante a realização da prova desportiva, o que terá sido também comum a Portugal, ainda que a Atout France não tenha, por enquanto, os dados apurados em relação ao mercado português.

“Ainda não temos números relativos ao mercado português, mas posso dizer que todos os mercados subiram e, por isso, pensamos que também o mercado português cresceu, até porque a economia portuguesa está a melhorar”, considerou o responsável.

Apesar disso, o diretor Regional da Atout France revelou que, anualmente, França tem vindo a receber cerca de 1,3 milhões de turistas portugueses, número que, apesar do sucesso dos Jogos Olímpicos, não deverá sofrer grande oscilação ao longo do corrente ano, assim como no próximo.

“Queremos, pelo menos, manter o número de portugueses. Temos cerca de 1,3 milhões de turistas portugueses a visitar França e queremos, pelo menos, manter essa média. Esse é o nosso objetivo para o próximo ano”, explicou Emmanuel Marcinkowski.

A proximidade, o elevado número de ligações aéreas entre Portugal e França, assim como a relação histórica que existe entre ambos os países e a campanha promocional prevista para novembro em parceria com a Abreu Viagens, levam a que o responsável se mostre convencido de que os portugueses vão continuar a visitar França em 2025.

“Penso que manter o número de portugueses não vai ser um problema, a não ser que existam grandes problemas no mundo.  Mas a proximidade entre Portugal e França também ajuda e, pelo que sei, os operadores portugueses têm boas perspectivas para o início do próximo ano. Por isso, com a promoção que vamos fazer e com a conectividade que existe, estamos otimistas para receber os turistas portugueses”, explicou.

No global, França espera terminar 2024 com cerca de 100 milhões de turistas internacionais, ainda que o diretor Regional da Atout France para Espanha, Portugal, Itália, Brasil e México destaque para a prioridade são as receitas, que também terão subido este ano.

“Os gastos estão a subir. No ano passado, tivemos receitas de 63 mil milhões de euros, e este ano estamos a prever, mais ou menos, 68 mil milhões de euros. Estamos a subir e para isso contribuíram muito os Jogos Olímpicos”, revelou ainda o responsável.

 

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Turismo compromete-se a abraçar o seu papel como pilar de paz e entendimento

No Dia Mundial do Turismo de 2024, o Turismo da ONU reuniu líderes do setor de todas as regiões globais em torno de uma visão e compromisso comuns para construir um “setor sensível à paz”, reconhecendo o seu potencial para construir pontes e promover o entendimento.

Publituris

As celebrações oficiais em Tbilisi, Geórgia, receberam quase 500 participantes de 51 países diferentes, incluindo 13 ministros do Turismo.

Dando boas-vindas aos delegados, o Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, enfatizou que “sem paz, não há turismo”, para avançar que “peço a todos vocês que ajudem a construir um setor que desempenhe um papel fundamental na construção da paz e no fim dos conflitos, forneça às partes interessadas do turismo ferramentas para concretizar esse potencial, promova a formação em turismo como educação para a paz e conecte o turismo a outras iniciativas de construção da paz”.

Refletindo sobre o tema do Dia Mundial do Turismo de 2024, “Turismo e Paz”, as celebrações oficiais apresentaram um debate ministerial em que as principais conclusões incluem o papel importante do turismo no combate à desinformação e à desconfiança, e a necessidade essencial de garantir que os benefícios que o turismo proporciona sejam desfrutados de forma justa e igualitária em todas as sociedades.

Para complementar a visão do setor público, o dia também contou com um painel do setor privado. O diálogo explorou o potencial e a responsabilidade do setor privado e a alavancagem dos seus pontos fortes e capacidades para promover a paz e a estabilidade através do turismo, e como pode trabalhar com o setor público para atingir essas metas essenciais. No campo do empreendedorismo e da inovação digital, os intervenientes destacaram o potencial do turismo para se reconstruir no pós-conflito e criar resiliência contra choques futuros.

Natalia Bayona, Diretora Executiva do Turismo da ONU, expôs o caso dos investimentos em turismo como chave tanto para o crescimento como para a paz e oportunidade, realçando que “vimos repetidamente como o turismo pode transformar regiões pós-conflito, fornecer emprego e fomentar iniciativas empreendedoras”, assim, “o setor privado deve permanecer comprometido em usar os seus recursos para construir a paz e criar oportunidades em regiões emergentes e vulneráveis.”

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Portugueses mantêm tendência de subida em Espanha, apesar da queda nas despesas

No segundo trimestre do ano, chegaram mais 3,2% de visitantes portugueses do que em 2023, revelam os dados do INE espanhol.

Publituris

O setor do turismo em Espanha continua a registar bons números no que diz respeito aos turistas portugueses, avançando os dados do Instituto Nacional de Estatística espanhol, confirmados pela Turespaña, que, ao longo do segundo trimestre do ano 2024, um crescimento no volume homólogo de 3,2%, mas um decréscimo de 3,4% nas despesas acumuladas, em relação ao ano anterior.

Assim, em 2023, a quota espanhola das viagens dos portugueses ao estrangeiro foi de 41,6%, ultrapassando a obtida em 2022, e seguida pela França, Itália e Reino Unido em termos de volume de representação. Além disso, durante o ano passado, o volume de entradas em Espanha superou os níveis pré-pandémicos, situando-se 15,40% acima do nível de 2019 e 16,01% acima do de 2022.

Primeiro país por despesa
Em termos de despesas turísticas, os dados de 2023 publicados pelo Banco de Portugal colocam Espanha em primeiro lugar como destinatário das despesas turísticas internacionais dos portugueses, com um valor de despesas de 1.367 milhões de euros, em 2023 (mais 18,72% do que em 2019).

Além disso, segundo a Turespaña, em 2023, 2,8 milhões de turistas portugueses visitaram Espanha, representando 3,3% do total de turistas recebidos, com uma despesa estimada de 1,5 mil milhões de euros (1,5% do total).

A despesa média por pessoa e por dia foi de 557 e 144 euros, respetivamente, enquanto a estada média foi de 3,9 noites. A despesa média por pessoa e a estadia média são as mais baixas de todos os mercados emissores, o que se explica provavelmente pela facilidade e proximidade de acesso, favorecendo assim as estadias de curta duração.

Lazer, a principal motivação
A principal motivação dos turistas portugueses que visitaram Espanha no ano passado foi o lazer (75% do total), seguido das viagens de negócios (11%). Pernoitaram maioritariamente em hotéis (70%) e uma longa distância em casa de familiares ou amigos (11%). Viajaram maioritariamente sem pacote turístico (89%) e os seus destinos preferidos foram a Galiza (26%), a Andaluzia (23%) e a Catalunha (10%).

Predominaram os turistas com formação superior (66%), de classe média (70%), bem como os que viajaram em casal (37%), seguidos dos que viajaram com familiares (24%). As principais atividades foram visitar cidades (62%), desfrutar da praia (38%) e visitas culturais (30%).

A idade média é de 44,9 anos, ligeiramente superior à idade média do conjunto dos turistas (44,1 anos). 73% utilizaram o transporte rodoviário como principal meio de acesso, como é próprio de um país fronteiriço, contra 26% que utilizaram o transporte aéreo, segundo a estimativa de Turespaña com base nos dados do INE.

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Hotelaria

Grupo Jupiter investe cerca de 21M€ para abrir novo hotel no Porto

O futuro Jupiter Porto Hotel será a primeira unidade deste grupo hoteleiro no norte do país, fruto de uma parceria com a Solive. Com 131 unidades de alojamento, salas de reunião e zonas de lazer, o hotel ficará localizado junto à Avenida da Boavista.

Publituris

O grupo hoteleiro Jupiter vai investir cerca de 21 milhões de euros na construção de um novo hotel no Porto, o Jupiter Porto Hotel, cuja conclusão está prevista para o segundo semestre de 2025.

O futuro hotel de quatro estrelas, localizado junto à Avenida da Boavista, surge de uma parceria com a Solive, uma joint venture entre o Grupo Legendre e a tecnibuild, responsável pela identificação do local, desenvolvimento do projeto, investimento financeiro e licenciamento.

Com 131 unidades de alojamento, entre quartos e suites, o futuro hotel vai contar com três salas de reunião com capacidade para 150 pessoas e zonas de lazer, entre um rooftop, piscina e spa. O intuito passa por criar um edifício que reúna “o tradicional e o moderno, assente num design de interiores inspirado na cidade”, como referido em comunicado, sendo que o projeto de arquitetura é assinado pela Cerejeira Fontes Architects e o projeto de arquitetura de interiores por Hugo Raposo Arquitetos.

“Embora este seja o primeiro grande projeto da Solive em Portugal no setor hoteleiro, o grupo Legendre desenvolveu em França vários projetos, o que nos dá uma enorme experiência na conceção e execução deste tipo de obras. Por outro lado, a tecnibuild, que tem também uma experiência relevante no setor hoteleiro, foi fundamental na conceção e desenvolvimento deste projeto”, afirma Telmo Carriço, diretor da Legendre em Portugal, em nota de imprensa.

O grupo Jupiter conta atualmente com três hotéis no Algarve e uma unidade hoteleira em Lisboa. Este será o primeiro hotel do grupo no norte do país.

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Eventos Publituris

Outubro começa com os Portugal Meeting Forums by Publituris

1 de outubro marca o arranque dos Portugal Meeting Forums by Publituris, evento de três dias dedicado ao segmento MICE e dirigido ao mercado internacional.

Publituris

Nos dias 1, 2 e 3 de outubro de 2024, o jornal Publituris vai organizar o seu evento MICE dirigido ao mercado internacional – “Portugal Meeting Forums by Publituris”.

A 8.ª edição deste evento, que conta com o apoio do Turismo de Portugal, TAP Air Portugal, Vila Galé Hotéis, MiceBuzz e YVU, conta com 26 buyers internacionais confirmados.

O objetivo é mostrar, divulgar, promover e sublinhar Portugal como destino fundamental na organização de eventos MICE, com foco exclusivo no mercado português, na sua diferenciação, oferta e mais-valia.

O evento arranca no dia 1 de outubro, com a chegada dos buyers internacionais, seguido de um Cocktail Dinatoire no Vila Galé Collection Palácio dos Arcos.

O segundo dia, 2 de outubro, será dedicado, em exclusivo, a reuniões, a realizar no Vila Galé Collection Palácio dos Arcos, com um working lunch. À noite, o jantar será no Forte da Crismina, implantado na orla costeira Guincho-Cascais, a sul da Praia do Guincho e junto à Praia da Água Doce

O último dia, 3 de outubro, suppliers & buyers terão oportunidade de conhecer Lisboa a partir do rio Tejo, com uma viagem de barco que os levará de Oeiras até Alcântara.

Entre os buyers internacionais estão confirmados:
Crédit Agricole Bank (França)
Alaman Consulting GmbH (Áustria)
Toy Family Treasures LLC (Alemanha)
Meeting_Concept (Alemanha)
Travel.com & HelmsBriscoe (Alemanha)
Sylla Events (Alemanha)
GI – Travel – Xcentive (Países Baixos)
Your Travel Business (Países Baixos)
J&Ti Events (Itália)
Terramundus BV (Países Baixos)
3Events (Bélgica)
Win Events (Reino Unido)
Tui Centrum Podrozy Lodz Poland & Unitour Lodz (Polónia)
Ayeyu Hola Afrika (Espanha)
Voka (Bélgica)
mach 2 Sports Tours Entertainment GmbH (Alemanha)
Pipeline (EUA)
Agaxtur (Brasil)
Eu Venue Finders (Luxemburgo)
AE nv (Bélgica)
MDG Events (França)
EF (França)
Eurazeo (França)
Ipsos (França)
Slupsky Event Management (Países Baixos)
Copastur (Brasil)

Do lado dos suppliers nacionais, estão confirmadas as presenças de:
Açoreana DMC
Açorsonho Hoteis
Amazing Evolution
Bensaude Hotels Collection
Boeira Garden Hotel Porto Gaia, Curio Collection by Hilton
Bomporto Hotels
BrightSite DMC
Discovery Hotel Management
DoubleTree by Hilton Lagoa Azores
DP Tours Plus
Fitapreta Vinhos
GR8 Events & DMC
Hard Rock Cafe Lisboa
Highgate Portugal
In Azores DMC
MEO Arena Congress Centre
Parques de Sintra
Pestana Hotel Group
Portugal Green Travel – DMC
Quinta de S. Sebastião
Real Hotels Group
Sana Hotels
Savoy Signature
Sport Lisboa e Benfica
TAP Air Portugal
Tazte, Catering Venues & Events
Transalpino Viagens & Turismo
Turismo de Portugal
Vila Galé Hotéis
WOW

Para saber mais sobre os “Portugal Meeting Forums by Publituris” 2024 visite o site em: https://meetingforums.publituris.pt/2024/

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Destinos

Agosto histórico impulsiona turismo para mais de 21 milhões de hóspedes e 55 milhões de dormidas nos primeiros oito meses de 2024

Depois de um ligeiro abrandamento registado no mês de julho, agosto volta a colocar o setor do turismo em alta, com os dados do INE a mostrarem um oitavo mês histórico. No acumulado dos oito meses, Portugal já regista mais de 21 milhões de hóspedes e ultrapassou a fasquia dos 55 milhões de dormidas.

Victor Jorge

O setor do alojamento turístico registou 3,8 milhões de hóspedes e 10,5 milhões de dormidas em agosto de 2024, correspondendo a subidas de 5,9% e 3,8% face a igual mês de 2023, respetivamente, depois de, em julho, se ter registado crescimento de 1,7% e 2,6%, pela mesma ordem, avançam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados no último dia de setembro.

Depois de terem registado um decréscimo em julho, as dormidas de residentes aumentaram 4,6% (-2,2% em julho), crescimento superior ao registado pelos não residentes, que subiu 3,4% (+4,9% em julho), mas que revela um abrandamento pelo 3.º mês consecutivo. Assim, as dormidas de residentes totalizaram 3,6 milhões (contra as 2,7 milhões de julho) e as de não residentes totalizaram 6,9 milhões (6,3 milhões do sétimo mês de 2024).

10 principais mercados valem mais de 80%
No que diz respeito aos 10 principais mercados emissores, em agosto, estes representaram 80,2% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico (17,1% do total das dormidas de não residentes) a manter-se com o maior peso e a registar um aumento de 1,3% face ao mês homólogo para 1,178 milhões.

As dormidas do mercado espanhol, o segundo principal mercado emissor em agosto (16,3% do total), cresceram 4,6% para 1,123 milhões, seguindo-se o mercado francês, na 3.ª posição (quota de 11,3%), que decresceu 2,9% para 776 mil. A Alemanha assumiu-se neste mês como o 4.º principal mercado (peso de 9,2%), com um aumento de 4,8% para 631 mil.

No grupo dos 10 principais mercados emissores em agosto, face a igual mês de 2023, os mercados que mais cresceram foram o canadiano (+11,2%), para 165 mil, e o norte americano (+8,4%), para 495 mil. Contudo, ambos estes mercados registam um decréscimo face ao mês anterior de julho e junho de 2024.

Destaque ainda para os decréscimos registados pelos mercados brasileiro (-5,9%), que totalizou 187 mil dormidas, e italiano (-0,8%), cujas dormidas ascenderam a 374 mil.

Madeira é a única que não cresce em agosto
Relativamente às dormidas em agosto, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas, com exceção da Madeira (-0,3%). Os maiores aumentos observaram-se na Península de Setúbal (+8,1%) e nos Açores (+7,5%), sendo mais modestos no Algarve (+1,1%) e no Oeste e Vale do Tejo (+1,6%).

As dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões, exceto nas Regiões Autónomas da Madeira (-14,9%) e dos Açores (-1,5%), enquanto os aumentos mais expressivos foram registados na Península de Setúbal (+10,7%) e no Alentejo (+10,3%).

As dormidas de não residentes registaram os crescimentos mais expressivos nos Açores (+10,5%) e no Norte (+9,2%). Em sentido contrário, registaram-se decréscimos no Oeste e Vale do Tejo (-3,1%), no Alentejo (-0,5%) e no Algarve (-0,2%).

Quanto à estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,80 noites), em agosto, os números do INE indicam uma diminuição de 2% (+0,9% em julho). Este indicador apenas registou aumentos no Alentejo (+2,3%), no Oeste e Vale do Tejo (+0,7%) e na Península de Setúbal (+0,3%), tendo-se verificado os maiores decréscimos na Madeira (-3,9%), na Grande Lisboa (-2,7%) e no Algarve (-2,5%).

Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,85 noites) e no Algarve (4,31 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,99 noites), no Oeste e Vale do Tejo (2,05 noites) e no Norte (2,09 noites).

Neste domínio, a estada média dos residentes (2,45 noites) diminuiu 2,1% e a dos não residentes (3,03 noites) decresceu 1,8%, em agosto.

A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, com exceção do Alentejo. A Madeira registou as estadas médias mais prolongadas por parte dos não residentes (5,14 noites), enquanto o Algarve registou as estadias mais longas por parte dos residentes (4,21 noites).

Finalmente, a taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (67,9%) aumentou em agosto (+0,6 p.p., após -0,2 p.p. em julho). O mesmo sucedeu com a taxa líquida de ocupação-quarto (74,3%), que registou um aumento idêntico, +0,6 p.p. (-0,2 p.p. em julho).

Assim, as taxas de ocupação-cama diminuíram no Oeste e Vale do Tejo (-0,7 p.p.) e nos Açores (-0,6 p.p.). Os crescimentos de maior magnitude registaram-se na Península de Setúbal (+2,8 p.p.) e no Alentejo (+2,2 p.p.).

As taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se no Algarve (76,0%), seguido da Madeira (75,6%) e da Península de Setúbal (72,1%), enquanto as mais baixas ocorreram no Centro (54,5%), no Oeste e Vale do Tejo (55,5%) e no Alentejo (59,1%).

Oito meses históricos
De acordo com os dados do INE, Portugal registou, no acumulado do ano 2024 – janeiro a agosto – um total 21,3 milhões de hóspedes, correspondendo a uma subida de 5,1% face a igual período de 2023.

Destes, 8,2 milhões de hóspedes foram residentes em Portugal, o que compara com os 8 milhões de igual período de 2023, o que perfaz uma subida de 2,6%. Já a subida dos não residentes foi maior (+6,7%), perfazendo um total de 13,1 milhões de hóspedes contra os 12,3 milhões de período homólogo de 2023.

Neste capítulo, os dados do INE mostram subidas em todas as regiões nos primeiros oito meses de 2024. As maiores subidas foram registadas no Península de Setúbal (+7,4% para 516 mil), Açores (+7,3% para 697 mil), Oeste e Vale do Tejo (+7,2% para 1,3 milhões), Norte (+6,9% para 4,9 milhões), Centro (5,9% para 2 milhões) e Grande Lisboa e Alentejo, ambas com +5,3% (5,7 milhões e 1,1 milhões, respetivamente). Com subidas menores aparecem Algarve (+2,4% para 3,7 milhões) e Madeira (+0,9% para 1,4 milhões).

No que diz respeito às dormidas, no acumulado dos oito meses de 2024, estas registaram uma subida total de 4,1% face a igual período de 2023, ultrapassando as 55,1 milhões.

Deste total de dormidas nos oito meses de 2024, mais de 38,6 milhões foram de não residentes, correspondendo a uma subida de 5,2% face aos mesmos meses do ano anterior. Também aqui a subida dos residentes foi mais modesta, ficando pelo 1,5%, o que faz com que as dormidas dos portugueses totalizassem quase 16,5 milhões.

Também neste campo, todas as regiões de Portugal registaram uma subida nas dormidas. A maior foi registada nos Açores (+8,5% para 2,1 milhões), seguindo-se o Oeste e Vale do Tejo (+6,9% para 2,4 milhões), Península de Setúbal (+6,3% para 1,1 milhões), Norte (+6,2% para 9,5 milhões) e Alentejo (+2,3 milhões). Com subidas, mas mais modestas aparecem o Centro (+4,7% para 3,5 milhões), Grande Lisboa (+4,2% para 13,1 milhões), Madeira (+2,2% para 6,4 milhões) e, finalmente, o Algarve (+2,1% para 14,8 milhões).

Fazendo contas e somando somente o mesmo número de hóspedes e dormidas dos quatro meses de 2023 (sem qualquer variação percentual) em cima do que o turismo português já registou nestes oito meses, Portugal atingirá mais de 31 milhões de hóspedes e supera as 79 milhões de dormidas.

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Portugueses têm isenção de visto na China em estadias até 15 dias

A partir de 15 de outubro, Portugal passa a fazer parte de uma lista de países cujos cidadãos não necessitam de visto para entrar na China, em estadias até 15 dias.

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A China alargou a política de isenção de vistos aos cidadãos portugueses e, a partir de 15 de outubro, Portugal passa a fazer parte de uma lista onde já se encontram 16 países cujos cidadãos não necessitam de visto para entrar na China, em estadias até 15 dias.

De acordo com a Lusa, o alargamento da política de isenção de vistos a Portugal foi comunicado esta segunda-feira, 30 de setembro, pelo ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, seguindo-se à Noruega, Eslovénia, Grécia, Dinamarca e Chipre, que também passaram a dispensar visto em estadias até 15 dias na China.

A isenção de visto aplica-se a cidadãos que viajem para a China em turismo, negócios ou trânsito, e vai vigorar até 31 de dezembro de 2025, com a Lusa a explicar que a China pretende, com esta medida, estimular o turismo internacional e o investimento estrangeiro, que estão paralisados desde a pandemia da COVID-19, durante a qual a China impôs um encerramento quase total das fronteiras.

Recorde-se que, em novembro do ano passado, as autoridades chinesas já tinham anunciado os nacionais de França, Alemanha, Itália, Países Baixos e Espanha beneficiariam de uma isenção de visto unilateral, numa lista que foi alargada em março desde ano com a entrada de países como a Suíça, Irlanda, Hungria, Áustria, Bélgica e Luxemburgo.

No primeiro semestre de 2024, a China recebeu 14,64 milhões de turistas estrangeiros, número que representou um crescimento de 152,7% em relação ao mesmo período de 2023.

Os dados mostram também que as entradas sem visto no país ultrapassaram as 8,5 milhões, representando 58% das viagens e um aumento de 190% em relação ao ano anterior.

No entanto, o número de estrangeiros continua aquém dos registos pré-pandemia, quando a China era visitada por cerca de 15 milhões de pessoas por ano.

 

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Turismo

Estratégia Turismo 2035: 1ª sessão do Ciclo de Conferências tem lugar em Lisboa dia 3 de outubro

A 1.ª sessão do ciclo de conferências subordinada ao tema “Construir o turismo do futuro”, que passará por todas as regiões turísticas do país, no âmbito de construção da Estratégia de Turismo em Portugal 2035, tem lugar em Lisboa, no próximo dia 3 de outubro, a partir das 16 horas, Museu do Design (MUDE) e está organizada em vários painéis.

O processo de construção da Estratégia de Turismo 2035, que está a ser desenvolvida em conjunto com todos os parceiros públicos e privados do ecossistema turístico e, também, pela sua transversalidade temática e geográfica, com os parceiros que com o turismo se cruzam nas várias regiões, compreende um ciclo de conferências que passará por todas as regiões turísticas do país.

A 1.ª sessão deste ciclo de conferências tem lugar em Lisboa, na quinta-feira, dia 3 de outubro, no Museu do Design, às 16 horas.

O painel de abertura conta com a participação de Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Nuno Bento, Vogal Executivo do Programa Regional de Lisboa, Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa e Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo.

Caberá a Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal fazer uma apresentação sobre os desafios que se colocam ao setor no âmbito da Estratégia Turismo 2035, seguida de um painel de discussão subordinado ao tema “Como responder aos desafios do turismo?”  que ​conta com a participação de Miguel de Castro Neto, diretor da Nova IMS, Gonçalo Rebelo de Almeida, CEO Rebelo de Almeida Consulting, Hélia Gonçalves Pereira, Reitora da Universidade Europeia, Thierry Ligonnière, CEO da ANA Aeroportos de Portugal e Bárbara Coutinho, diretora do MUDE – Museu do Design.

A sessão termina com uma discussão pública aberta a todos e é encerrada pelo ministro da Economia, Pedro Reis.

A Estratégia Turismo 2035, sucedendo à Estratégia Turismo 2027, que está agora em construção, pretende constituir-se como um novo referencial estratégico para o turismo em Portugal, permitindo enfrentar os novos desafios que se colocam ao país, à Europa e ao mundo, conforme refere o Turismo de Portugal no seu site oficial.

“Se o turismo pode ser uma força para o bem, há que transformar este setor essencial da economia num pilar cada vez mais importante para o desenvolvimento sustentável e equilibrado do país. Além disso, num enquadramento em que há escassez de recursos humanos, tecnologias disruptivas e a premência da sustentabilidade em todas as suas facetas, há que não esquecer as tendências que já se identificam e que é necessário acompanhar, sem perder o foco e a autenticidade do destino”, diz o Turismo de Portugal, que anuncia este ciclo de conferências, para observar que este grande desafio conta com a participação de todos, sejam do setor do turismo, sejam aqueles que com ele cooperam e convivem.

Eis o calendário das sessões do ciclo de conferências da Estratégia Turismo 2035, abertas a todos, mas mediante inscrição:

– ​Lisboa​​​​ – ​03-10-2024 – ​Auditório do Museu do Design

– ​Porto e Norte – ​07-10-2024 – ​Alfândega do Porto

​- ​Centro – ​10-10-2024 – ​Centro de Congressos de Aveiro

​- ​Alentejo ​- 14-10-2024 – ​Évora Hotel

​- ​Açores – ​21-1​0-2024 – ​Laboratório Regional de Engenharia Civil dos Açores em Ponta Delgada

​- Madeira – ​28-10-2024 – ​Auditório do Museu da Eletricidade (Casa da Luz​) no Funchal

​- ​Algarve – ​11-11-2024 – ​Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve em Faro

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Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Turismo

“O que seriam os dados oficiais da economia do país se não fosse o contributo do Turismo?”, pergunta presidente da CTP

No final da VII Cimeira do Turismo Português, Francisco Calheiros, presidente da CTP, deixou alguns “recados” ao primeiro-ministro, Luís Montenegro. A necessidade de uma reforma do Estado, redução da carga fiscal, um PRR executado dentro dos prazos previstos, uma solução intermédia para o aeroporto, aposta na ferrovia, e uma grande capacidade negocial para vender a TAP, foram algumas das chamadas de atenção.

Victor Jorge

No discurso de encerramento da VII Cimeira do Turismo Português, organizada pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, presidente da entidade começou por frisar que “o país precisa do Turismo”.

Considerando que a atividade do turismo tem sido “o motor da economia portuguesa na última década”, destacando que foi este o setor que permitiu “minimizar a crise financeira e económica e virar a tal página da austeridade, depois da intervenção da troika”, o presidente da CTP, que dirigiu o seu discurso ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, que chegara de uma reunião com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, em que foi negociado o Orçamento de Estado para 2025, referiu ainda que o turismo “foi um grande apoio da nossa economia para a recuperação a seguir ao recente período da pandemia de Covid-19”.

Frisando que o contributo do turismo tem um peso no PIB próximo dos 15%, “mais do que a média europeia”, Francisco Calheiros espera que os dados oficias do mês de agosto possam confirmar o crescimento registado em julho nas dormidas (+4%) e nas receitas (+11,6%), indicando, igualmente, que os dados que a CTP possui apontam para um crescimento das dormidas na ordem dos 3%, “sendo que as receitas terão um aumento maior”, admitiu Calheiros.

Assinalando ainda que, no primeiro semestre de 2024, Portugal “foi dos países que menos crescem na zona euro”, de acordo com dados do Eurostat, o presidente da CTP convidou os presentes a responder à seguinte: “o que seriam os dados oficiais da economia do País se não fosse o contributo do Turismo?”.

Reforçando a ideia que tem vinculado há algum tempo de que “não há Turismo a mais! Há sim economia a menos e uma gestão pouco eficiente do território”, Francisco Calheiros não ignorou o facto do crescimento do Turismo deixar pegada, daí salientar que, por isso, “deve haver uma melhor estratégia da gestão dos fluxos turísticos”, de modo a que “não se faça do turismo um problema da dimensão que alguns lhe querem dar”.

Outro tema que Francisco Calheiros trouxe para o palco foi, no seu entender, “o erro” que se está a cometer ao “tentar resolver-se o tema da pressão turística aplicando uma taxa que não é a solução”. Em vez dessas taxas, a CTP defende uma solução “muito mais justa e que passa por ser aplicado na prática o chamado ‘IVA Turístico’, que está regulamentado por uma portaria, mas que não está em vigor”, considerando esta solução direta, justa e que faz todo o sentido”.

Aeroporto decidido! E a ferrovia, para quando?
A questão do aeroporto não poderia, naturalmente, faltar no encerramento da Cimeira da CTP, não por inexistência de uma decisão relativamente a esta infraestrutura, mas por não existir uma solução intermédia até à conclusão do novo aeroporto.

“Decidida a localização, que se construa e sem atrasos”, salientou Francisco Calheiros, não sem indicar que a solução intermédia a ser considerada ser “sem dúvida o Montijo”. Até porque, segundo o presidente da CTP, depois de decida a localização para o novo aeroporto, “este voltou a sair da agenda e sinceramente preocupa-me o silêncio que já vai longo desde que foi decidida a sua localização”.

Além do novo aeroporto, Francisco Calheiros avançou ainda com uma solução estratégica, também de grande importância para o país, referindo-se à ferrovia. “Seria tão importante termos, o quanto antes, a ligação Lisboa-Madrid e Porto-Madrid em TGV”, indicando que, com a existência de uma alta velocidade, por exemplo, Porto-Madrid, “estarmos a falar em mais de 40 voos diários que não serão necessários realizar e isso dá uma maior capacidade aeroportuária, enquanto o novo aeroporto não existe”.

Dirigindo-se diretamente ao primeiro-ministro, Francisco Calheiros salientou que “o que os empresários menos querem é novas eleições, instabilidade política ou um país a viver de duodécimos”, indicando o presidente da CTP que “estrategicamente há muito mais por fazer no país”. Assim, segundo Francisco Calheiros, “Portugal precisa de uma reforma do Estado que prepare o País para conseguir crescer estrategicamente, sem empecilhos burocráticos e sem uma carga fiscal insuportável, é imperativa a redução dos custos sobre os rendimentos do trabalho, nomeadamente da TSU e do IRS, assim como uma redução do IRC, e que o PRR seja executado dentro dos prazos previstos”.

Contudo, a chamada de atenção do presidente da CTP foi mais longe e abrangeu, como disse, “três temas estruturais” que têm de ser resolvidos com urgência: habitação, o problema demográfico e a necessidade de diminuir a despesa pública.

As 3 condições para venda da TAP
Finalmente, no que diz respeito à TAP, “uma empresa estratégica para o país e para o turismo”, o presidente da CTP admitiu que terá de haver “uma grande capacidade negocial para vender a TAP ao preço justo, não podendo haver hesitações ou recuos”.

Considerando que a solução para a TAP “não se pode arrastar no tempo e tem de ser eficaz”, Francisco Calheiros deixou três condições essenciais de que os empresários do Turismo na abdicamos: “quem vier a ficar com a TAP tem de garantir o hub, os empregos e as ligações aéreas à diáspora e às ilhas”.

Até porque, com uma TAP “bem gerida” e garantindo estas três condições essenciais, com um novo aeroporto a funcionar em pleno, com uma ferrovia mais moderna e a ligar todo o país, com o problema da mão de obra resolvido e com melhores condições estruturais e financeiras para o funcionamento das empresas, “continuaremos a ter o turismo a crescer de forma sustentável nas próximas décadas, criando emprego, desenvolvendo as várias regiões do país, contribuindo para a inovação e a formação e, assim, continuando a ser o motor que tanto o país precisa”, disse o presidente da CTP.

Recordando a Luís Montenegro que “o sucesso de um Governo não está no que promete, mas naquilo que realiza”, o presidente da CTP concluiu: “não nos desiluda, que o Turismo também não o irá desiludir”.

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