ANA, Vinci e consórcio assinam contrato para obras de 233 milhões de euros no aeroporto de Lisboa
O contrato para a realização de obras no Aeroporto de Lisboa foi assinado pela Vinci, ANA e um consórcio liderado pela Mota-Engil, prevendo-se uma despesa de 233 milhões de euros.
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O auto de consignação foi assinado pelo diretor da Vinci para Portugal e Brasil, Thierry Ligonnière, pelo presidente da ANA Aeroportos, José Luís Arnaut, e pelo presidente da Mota-Engil, Carlos Mota dos Santos, espelhando um investimento no valor de 233 milhões de euros e que prevê a construção de 10 pontos de embarque, a reformulação de todo o edifício do ‘busgate’ sul, ligação do ligação do Pier Central ao Pier Sul e reformulação do atual Pier Central, ficando a realização da obra a cargo de um consórcio liderado pela Mota-Engil.
Com esta intervenção no Terminal 1 a ANA refere que vão ser obtidas melhorias em vários níveis, especificando maior conforto para os passageiros através de aumento da área do terminal e do embarque em contacto direto com o terminal; maior eficácia operacional do aeroporto; bem como redução da pegada carbónica através infraestrutura com alto desempenho energético e redução de tráfego de viaturas na pista.
Numa declaração antes da assinatura do acordo, José Luís Arnaut enalteceu que este é um “momento importante” e que, com as obras, o Aeroporto Humberto Delgado “vai ter um ‘upgrade’ significativo”.
Já Thierry Ligonnière assinalou que este é “o maior projeto que a ANA fez, em termos de valor, desde a realização do aeroporto Francisco Sá Carneiro”, adiantando ainda que irá “melhorar o conforto, a operacionalidade e o desempenho ambiental do Aeroporto de Lisboa”.
Ligonnière frisou ainda que “este é um de vários investimentos que estamos a fazer nos Aeroportos portugueses e que demonstra o compromisso da ANA e da VINCI Airports no desenvolvimento da conectividade do país e na qualidade de serviço prestada aos passageiros’ sublinha o CEO da ANA.
Além do contrato para estas obras, foi assinado um protocolo de utilização militar com o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, João Cartaxo Alves.
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, falou na assinatura de “um documento absolutamente essencial com a Força Aérea”.
“Se dúvidas houvesse da vontade de a Força Aérea estar ao nosso lado, ficaram completamente dirimidas, e por isso hoje estamos aqui, mas também já estamos a dar os passos subsequentes, nomeadamente estamos, em conjunto, a pensar no novo Campo de Tiro da Força Aérea, absolutamente essencial para cumprir os nossos compromissos com a NATO, os nossos compromissos de defesa nacional”, referiu Miguel Pinto Luz.
De igual forma, falou do fim da operacionalidade do Aeródromo de Trânsito n.º 1, de Figo Maduro e que terão de ser garantidas as condições para Portugal “continuar a receber as altas individualidades com o respeito merecido”, mas remeteu para uma apresentação em janeiro.
Miguel Pinto Luz disse ainda esperar, em 17 de dezembro, a entrega do primeiro relatório da Vinci sobre estas obras, onde ficarão claros “os compromissos de Vinci, os calendários, a ambição e a visão para a nova infraestrutura aeroportuária”.
Sobre as obras, o governante apontou que são “essenciais”, porque “quem utiliza este aeroporto, sabe que está sobrelotado há muitos anos”.
De referir que no Aeroporto de Lisboa foi concluída este ano a repavimentação do Taxiway e a 1.ª fase do Plano de Melhoria da Qualidade de Serviço que incluiu a remodelação da área de embarque Schengen, novos pavimentos, tetos acústicos, mais lugares sentados, postos de carregamento, novos painéis de informação de voo, remodelação do acesso ao Parque P1 e área de acesso ao metro (corpo cilíndrico), novas instalações sanitárias, lounge, entre outros.