“Não vislumbro que alguém ganhe com essa precipitação da não aprovação do OE”
Numa altura em que decorrem “reuniões secretas” para uns e “encontros com discrição” para outros, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, acredita que a “razoabilidade” irá imperar na altura da decisão relativamente ao Orçamento de Estado para 2025.

Victor Jorge
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Numa semana em que foram conhecidas algumas reuniões – secretas ou com discrição – entre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e os líderes do Chega, André Ventura, e do Iniciativa Liberal, Rui Rocha, e agendada que está, precisamente para o Dia Mundial do Turismo (27 de setembro), um encontro com o secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros admite que, a não aprovação do Orçamento de Estado para 2025, “independentemente se vamos para eleições antecipadas ou para a gestão em duodécimos, é péssima”.
Em entrevista ao Publituris – a publicar na íntegra na próxima edição do jornal, a 27 de setembro – Francisco Calheiros afirma que a não aprovação do OE pode, efetivamente, “afastar investimento e investidores externos”. “Somos animais racionais e olhando para quem possa aprovar ou não o OE – PS, PSD/AD, Chega – não vislumbro que alguém ganhe com essa precipitação da não aprovação”. Por isso, frisa, “embora haja alguma crispação neste discurso, acho que, no fim do dia, a razoabilidade vai imperar e o Orçamento passará”.
Nesta mesma entrevista, Francisco Calheiros revelou que, depois de conhecido o “Programa Acelerar Economia”, no qual o Governo avançou com 60 medidas para dinamizar a economia nacional, das quais 17 estão diretamente ligadas ao turismo, “depois do Orçamento, dependendo das folgas que existirem, vamos voltar a uma segunda ronda, e para o ano que vem vamos voltar a uma terceira ronda”.
A entrevista ao presidente da CTP abordou ainda temas como a TAP, aeroporto, a taxa turística, a “turistificaçáo” e a imigração sobre a qual Francisco Calheiros foi claro: “Um em cada três trabalhadores no turismo é imigrante. Há três setores onde a imigração é vital: construção, agricultura e turismo”.
Quanto ao tema da VII Cimeira do Turismo Português– “Turismo é Valor” – Francisco Calheiros destacou que, “o que temos feito é estar a aumentar a criação desse mesmo valor do turismo”, concluindo que “o turismo é uma atividade muito diferente das outras. É provavelmente a atividade mais transversal que temos. O turismo põe tudo a mexer”.