Aeroportos portugueses recebem investimento de 136 milhões para infraestruturas de baixo carbono
O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Aeroportos de Portugal (ANA) anunciaram uma parceria que vai permitir o investimento de 136 milhões de euros em infraestruturas de baixo carbono em aeroportos do país.
Publituris
No almoço/debate com AHP: Ministro da Economia diz que o turismo tem ainda muitos desafios pela frente apesar dos bons resultados
Transporte aéreo de passageiros continuou a crescer no 2.º trimestre com aumento de 4,8%
Constituição de novas empresas abranda até agosto e os Transportes lideram as quebras
TAP assina protocolo de intenções com governo da Bahia para voos entre o Porto e Salvador
Comité Setorial de Turismo promove encontros em quatro regiões do país
Grupo GEA leva 80 agências de viagens associadas em sete famtrips
Privatização da Azores Airlines será concluída “em breve” mas não este ano
Explora Journeys inaugura segundo navio a 15 de setembro
Barcelona vai ter “aumento substancial” da taxa turística para cruzeiristas de curta duração
TAP lança campanha que oferece bagagem extra em voos entre Portugal, Moçambique e Angola
No âmbito deste projeto, o BEI e a ANA assinaram um contrato de financiamento no valor de 50 milhões de euros para o desenvolvimento de infraestruturas de baixo carbono “em aeroportos localizados no continente e nas ilhas, entre eles os aeroportos de Lisboa e do Porto”, adiantam em comunicado conjunto.
O projeto “está incluído no quadro de ação climática e sustentabilidade ambiental do BEI e integra o programa de sustentabilidade da ANA, que visa alcançar a neutralidade carbónica nas suas emissões âmbito 1 e 2, até 2030, e apoiar a transição dos seus parceiros”.
Na prática, serão implementados sistemas de fornecimento de energia e ar condicionado aos aviões parqueados, que, ao desligarem os seus motores, reduzem o consumo de combustível e as emissões de gases poluentes, referem as duas organizações.
Segundo o comunicado, o projeto que prevê ainda a instalação de pontos de carregamento elétrico para veículos de assistência e “revolucionará a paisagem operacional dos aeroportos portugueses”.
Estão previstas 135 posições de estacionamento para aeronaves e aproximadamente 600 pontos de carregamento, mas também serão instalados sete projetos fotovoltaicos, com uma capacidade de 12,8MWp, nos aeroportos para autoconsumo e que “terão um impacte significativo na redução da sua pegada de carbono”, indicam o BEI e a ANA.
“Esta iniciativa vem reforçar o nosso compromisso NetZero até 2030, nos nossos aeroportos, nos âmbitos 1 e 2, promovendo a descarbonização do setor e a mobilidade positiva. Nos aeroportos ANA e VINCI Airports estamos a atuar de forma acelerada e com os nossos parceiros para obtermos os melhores resultados ambientais”; assinalando Thierry Ligonnière, Chief Executive Officer da ANA, “os benefícios tão relevantes, quer ao nível ambiental como operacional”, ao mesmo tempo que destaca o apoio manifestado pelo Governo português aquando da candidatura ao programa europeu.
O projeto será implementado ao longo dos próximos dois anos e deverá beneficiar do Mecanismo de Infraestrutura para Combustíveis Alternativos para Transportes, no âmbito do setor dos transportes do Mecanismo Interligar a Europa (CET-T-AFIF).
Esta iniciativa faz parte da estratégia da ANA para “eletrificar as operações de solo aéreo”, substituindo veículos com motor de combustão interna e unidades auxiliares de energia de aeronaves por soluções mais sustentáveis, refere ainda o comunicado.
Recorde-se que a ANA passou a fazer parte da rede Vinci Airports em setembro de 2013 e gere aeroportos no continente (Lisboa, Porto, Faro e Beja), nos Açores (Ponta Delgada, Horta, Flores e Santa Maria) e na Madeira (Madeira e Porto Santo).
Com capital detido pelos Estados-membros, o BEI é uma instituição de financiamento a longo prazo da União Europeia que financia investimentos que contribuam para a concretização dos objetivos estratégicos comunitários.