Lufthansa duplica lucros e passa de 790 milhões para 1,7 mil milhões de euros, em 2023
O grupo Lufthansa mais do que duplicou os lucros líquidos, em 2023, passando de 790 milhões, em 2022, para 1,7 mil milhões de euros, em 2023. As receitas globais atingiram os 35,4 mil milhões de euros e a companhia mais 20% de passageiros.

Victor Jorge
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Os lucros líquidos do grupo Lufthansa atingiram, no exercício de 2023, 1,7 mil milhões de euros, mais do que duplicando-os face aos 790 milhões de euros alcançados, em 2022.
O grupo explica, em comunicado, que no exercício de 2023, “gerou o terceiro melhor resultado financeiro da sua história devido à continuação da elevada procura de viagens aéreas e a outro resultado recorde na Lufthansa Technik”.
As receitas da transportadora aérea alemã atingiram, por sua vez, 35.422 milhões de euros, uma subida de 15% face aos 30,9 mil milhões de euros de 2022.
Já o lucro operacional atingiu os 2,7 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 1,2 mil milhões de euros face ao ano anterior (+88%), passando a margem EBIT ajustada de 4,9% para 7,6%.
Carsten Spohr, chairman do Executive Board e CEO da Deutsche Lufthansa AG, refere que “o Grupo Lufthansa recuperou a sua solidez financeira”, admitindo ainda que, “com o empenho dos cerca de 100.000 funcionários, 2023 é um dos três melhores anos da história do Grupo Lufthansa”.
Segundo admite a companhia, “o desejo de viajar manteve-se elevado no ano passado. A procura de bilhetes aumentou mais uma vez”. Em 2023, um total de 123 milhões de passageiros viajaram com as companhias aéreas do Grupo Lufthansa, um aumento de 20% em comparação com os 102 milhões do ano anterior.
As companhias aéreas do Grupo Lufthansa aumentaram o número de voos oferecidos em 14% para 946.000. O número de lugares em oferta foi gradualmente alargado ao longo do ano. Em média, as companhias aéreas ofereceram 84% da capacidade de 2019 no ano passado. A taxa de ocupação de lugares melhorou 3,1 pontos percentuais, para cerca de 83%, regressando aos níveis anteriores à crise.
A principal prioridade da empresa no planeamento da capacidade foi “garantir operações de voo estáveis e a melhoria associada da experiência do cliente”. 98% de todos os voos puderam ser realizados conforme planeado. No entanto, como resultado dos buffers necessários no sistema, a produtividade ficou significativamente abaixo do nível pré-crise de 2019, particularmente na marca principal da Lufthansa.
Com a procura de serviços de manutenção, revisão e reparação e de outros produtos da Lufthansa Technik a manter-se elevada no exercício de 2023 e apesar das tensões nas cadeias de abastecimento e do aumento dos custos de material e de pessoal, a Lufthansa Technik voltou a gerar um resultado recorde em 2023. O lucro operacional do último exercício financeiro ascendeu a 628 milhões de euros (ano anterior foi de 554 milhões de euros). Com o seu plano de crescimento “Ambição 2030”, a Lufthansa Technik está a planear investimentos na expansão do seu negócio principal, na expansão das suas localizações globais e na expansão dos modelos de negócios digitais para os próximos anos.
Quanto às aeronaves, o Grupo Lufthansa está atualmente a proceder à maior modernização da frota da sua história. Em 2024, a empresa voltará a receber mais de 30 novos aviões, incluindo cerca de 20 aviões de longo curso. Serão entregues à companhia mais de 10 Boeing 787-9 “Dreamliners”, oito Airbus A350-900 e um Boeing 777 cargueiro. Todos estes aviões de longo curso voarão para a Lufthansa Airlines e a Lufthansa Cargo. “Nunca antes na nossa história esperámos a entrega de tantos novos aviões de longo curso para a Lufthansa num só ano”, admitem os responsáveis do grupo germânico.
No total, o Grupo Lufthansa tem atualmente mais de 250 aviões de última geração na sua lista de encomendas. “A médio prazo, a modernização levará ao desmantelamento das subfrotas mais antigas, o que conduzirá a um aumento significativo do conforto dos clientes, bem como a uma redução sustentável das emissões de CO2. Os aviões, significativamente mais eficientes em termos de combustível, consomem até 30% menos querosene em comparação com os respetivos modelos anteriores e emitem menos CO2”, concluem os responsáveis da Lufthansa.
Mais aviões, passageiros e ITA em suspenso
Quanto ao futuro, o Grupo Lufthansa prevê um aumento contínuo da procura de bilhetes de avião no corrente ano. “A procura já é elevada, especialmente para os voos durante os períodos de férias da Páscoa e do verão”; salienta em comunicado.
Apesar do aumento da capacidade, as taxas de ocupação reservadas para os próximos três meses estão “acima do nível do ano passado”. Os destinos mais populares são Espanha, Itália, Grécia e outros países mediterrânicos, com as companhias aéreas de passageiros do Grupo Lufthansa a registarem, igualmente, uma “elevada e contínua procura de serviços de e para a América do Norte”.
Devido à forte procura, o Grupo está a expandir ainda mais a oferta de capacidade das suas companhias aéreas de passageiros. No entanto, também em 2024, o foco permanecerá em garantir operações de voo estáveis, a fim de melhorar ainda mais a regularidade e a pontualidade. Para o ano inteiro, o Grupo Lufthansa prevê uma oferta média de capacidade de cerca de 94% em comparação com 2019. Isto corresponde a um crescimento anual de cerca de 12%.
Já no que diz respeito a aquisições, o Grupo Lufthansa diz “continuar a impulsionar sistematicamente a sua transformação de um grupo de aviação para um grupo de companhias aéreas global”.
Assim, o grupo espera a aprovação da Comissão Europeia para um investimento na companhia aérea italiana ITA Airways ao longo deste ano. “O Grupo Lufthansa está a trabalhar em estreita colaboração e de forma construtiva com a Comissão da UE para alcançar uma rápida conclusão e subsequente implementação da transação”, pode ler-se.
Com o investimento planeado na ITA Airways, o Grupo Lufthansa está a “impulsionar a internacionalização da empresa, a fim de aproveitar melhor as atraentes oportunidades de crescimento no estrangeiro”, conclui.